Retornos & Reencontros escrita por Auto Proclamada Rainha do Sul


Capítulo 20
Epilogo


Notas iniciais do capítulo

Postando o epilogo antes da hora por motivos de: passarei a tarde em função de voltar para a faculdade e logo em seguida vou viajar, então já deixo tudo postadinho e pronto.
Eu vou sentir muita falta de vocês, mas prometo que em julho volto com mais histórias, to planejando uma história focada só no Eddard Baratheon, acompanhando a infancia, adolescencia e... isso é história para outro momento.
Espero que esse seja um final a altura para a história e que todos fiquem bem satisfeitos ♥
Até os comentários e o futuro.



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No alto de seus sete anos de idade, Ned Baratheon era um garoto bem relacionado e ativo, sempre correndo nos entornos do castelo de Ponta Tempestade e tinha amizade com vários dos moleques tanto dos servos do castelo como dos pequenos feirantes que ficavam pela volta.

Mas aquele dia era especial. Ele já sabia ler desde os seus 5 anos, mas não precisava ler para identificar o selo verde com um lobo gigante que selava a carta em cima da mesa de seu pai. Ned havia aprendido esse código quando ainda era uma criança de 2 anos.

Naquela manhã ele acordara mais cedo do que a Ama e conseguiu escapar do quarto muito antes da velha entrar no quarto para lava-lo e coloca-lo na roupa que mais pinicava e mais apertada de seu guarda-roupa. Ao invés disso ele pegou uma calça surrada e um camisão velho com os sapatos de couro que há alguns meses ainda eram novos e escapou pela janela de seu quarto, pulando entre as cúpulas dos telhados.

O menino havia ouvido diversas histórias sobre seu tio Bran que sempre gostara de escalar as paredes e assim ficara paraplégico, mas isso não iria impedi-lo de continuar suas artes sobre os telhados, além de que ele não pretendia ficar espionando seus tios em torres.

O garotinho correu entre as pernas até o porto. Ele aprendera a escapar dos responsáveis por ele passando entre a multidão que quase sempre lhe cobria e evitava que fosse descoberto.

Não muito longe ele vira Gendry no meio da multidão, a cabeça de cabelos negros aparecendo ao longe. O menino se afastou mais e se escondeu entre as pernas para que o pai não o visse, ao menos não antes dele mesmo encontrar a pessoa que estava esperando.

Logo o grande Matilha do Norte estava chegando ao porto com sua proa da loba gigante Nymeria. Aquele barco sempre o deixava embasbacado desde o começo de sua vida, quando o viu pela primeira vez, ou menos a primeira vez que se lembrava de tê-lo visto.

A tripulação nem havia posto o pé no cais quando a sombra do menino se atirou sobre o corpo magro e forte da capitã que quase desabara com o peso.

— Mamãe! — ele disse, recebendo um beijo na cabeça e uma das risadas musicais de sua mãe — Eu venci você! Eu venci!

— Sim, meu amor, você venceu — ela respondeu, embalando-o nos braços. Desde que ele era pequeno os dois brincavam de quem via o outro primeiro e é claro que Arya já o havia visto e até mesmo sinalizado para o marido onde o menino se escondia, mas não queria estragar a diversão dele a ver antes, da próxima vez poderia surpreende-lo no meio da multidão.

— Nós vamos ter que conversar garotinho — fora Gendry quem dissera isso, tirando o menino dos braços da mãe e aliviando o peso antes de dar um beijo nos lábios da amada — Saudades de você.

— Eu não via a hora de chegar em casa — respondera a mulher, abraçando seus dois amores antes de seguirem para o castelo.

Sabia que o dia seria cheio, principalmente por conta do sermão que teria que dar em Ned, logo no primeiro dia de volta depois de quase 2 meses, mas ela já havia aprendido a como amaciar o menino, lhe contando historias de viagem e ouvindo as histórias dele, antes de dar um presente e coloca-lo para dormir.

— Como você saiu do seu quarto, mocinho? — ela perguntou, sentada ao pé da cama dele, que já estava embalado nas cobertas, com apenas a cabeça de fora.

— Eu pulei os telhados até chegar lá embaixo.

— Você não esteve em Winterfell? Não conversou com seu tio Bran? — ela perguntou acariciando os cabelos negros e desajeitados.

— Você vai brigar comigo? — perguntou o menino, com os olhinhos brilhantes.

— Amanhã eu converso sobre isso — ela se inclinou e beijou a testa do menino — Boa noite, meu amor!

— Boa noite mamãe!

Saindo do quarto de Ned, ela seguiu logo para onde Gendry estava a esperando sob as cobertas, o peito semi nu aparecendo contra o tecido escuro. Ela ficou o admirando do batente da porta quando ele puxou as cobertas ao seu lado e bateu no colchão, chamando para deitar.

— Eu ia tomar um banho antes.

— Deixa para amanhã, quando o dia estiver mais quente — ele respondeu — Eu estou louco de saudade, não posso esperar tanto tempo.

Ela riu antes de se aproximar da cama, passando a camisa pela cabeça antes de começar a desatar as calças.

— Seus irmão mandaram noticias — ele disse, observando enquanto a esposa se despia. Ela nunca fora dada as vergonhas que outras jovens teriam e isso ainda o encantava mesmo após tantos anos — Sansa deu a luz e Rhaella não sai de perto dela, sempre grudada em Robbert, que ficou apenas com o nome Stark e Bran está com uma jovem hospedada em Witerfell, parece que o nome é Meera.

— Eu senti falta deles — ela respondeu, se deitando e puxando as cabertas sobre o corpo nu — Deveriamos fazer uma viagem há Porto Real e Winterfell.

— Você pode passar lá na próxima viagem — ele disse, envolvendo-a com os braços fortes e a puxando para mais perto — E levar o Ned para conhecer um pouco mais do mundo.

— Não! — ela respondeu, se afastando apenas um pouco para ele observar seu rosto de pavor — Ned ainda é muito pequeno, deixe ele chegar aos doze, quatorze anos.

— Ele já vai ser um adulto, Arya — respondeu Gendry.

— Você sabe como essas viagens são perigosas? — ela perguntou, antes de começar a enumerar tudo que já havia encontrado, desde piratas até monstros marinhos, sereias e até mesmo um dragão do mar — Eu quero que um dia você vá comigo — confessou mudando de assunto.

— Você quer que eu me apaixone por uma sereia? — ele brincou a trazendo para mais perto e beijando os lábios com doçura.

— Eu só quero não ter tanta saudade — ela respondeu, jogando as pernas em torno dele e se sentando sobre o colo do marido — E lembre-se que eu sou uma assassina antes de se apaixonar por uma sereia.

Em resposta, o rei de Ponta Tempestade se ergueu e abraçou a esposa, mordiscando e beijando o pescoço e o colo dela antes de responder que realmente duvidava que ela conseguisse fazer isso.

— Eu estive pensando em passar mais tempo aqui, talvez dois anos ou três sem me afastar — ela sussurrou.

— Isso me deixaria muito feliz — retrucou Gendry olhando-a nos olhos.

— Eu tenho pensado em ter outro filho. — ela respondeu, aproveitando aquela conexão — Sem todo o tormento e susto — ela completou sorrindo.

— Isso me faz mais feliz ainda.


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Notas finais do capítulo

Para saberem o que eu ando fazendo e planejando, podem me seguir:
No blog: trintapags.blogspot.com
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