Rivach Academy - Interativa escrita por JJAlbuquerque


Capítulo 1
Prólogo




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Charleston City, Escadaria da Biblioteca Central. 25 de Agosto.

Era uma noite agradável, bonita. Iluminada pela lua e silenciosa. Estava tudo muito bem, aparentemente. As estrelas estavam visíveis. Nem mesmo os grilos cantavam, nem os costumeiros mendigos por ali não estavam mais. O que era raro e estranho. As lojas estavam fechadas e então uma escuridão anormal começou a crescer e a deixar o local mais sombrio. A praça, naquele horário, costumava ser perigosa. Mas naquele dia, justo naquele dia, nada normal estava acontecendo. Nem mesmo aquele encontro era normal. Na verdade, aquela noite não estava calma. Nada estava tranquilo. Talvez alguém tivesse seu fim logo.

Duas silhuetas apareceram. Uma delas poderia ser vista na escadaria da Biblioteca Central. A outra vinha na direção oposta. Os postes de luz foram se apagando enquanto o ser se aproximava, deixando apenas a luz do luar. Quando este se aproximou do pé da escadaria, o outro começou a falar.

— Está atrasado, Zachary.

— Vai dizer que tempo é dinheiro? – Zombou o jovem chamado Zachary.

Seu rosto, com a escuridão, não era muito visível. E o fato de estar contra a luz do luar dificultava mais ainda seu reconhecimento. Mas não iria adiantar muita coisa estando ou não iluminado. A única coisa que se tinha certeza sobre ele era seu nome, cabelo, cor dos olhos e o fato de que trabalhava sozinho. Ele sempre mudava de rosto, sendo quem era, recebia muitas ameaças de morte, e mesmo tendo a consciência de que ninguém jamais conseguiria mata-lo, preferia se esconder. Seus olhos e cabelos eram basicamente sua marca. Ambos tão negros quanto aquela noite. Os cabelos totalmente bagunçados e cheio, cada fio ia para uma direção diferente. Todo o circulo social daquele homem e todos os homens daquele mundo conheciam aquele cabelo e aquela voz de brincalhão. Aquele cabelo era a assinatura de um assassino frio. E, mesmo que a grande maioria também tivesse a mesma natureza, ninguém tinha a mesma coragem. Ninguém era como ele. Aparência impecável, trabalho muito bem feito. Todos o invejavam e ninguém queria ser seu amigo, mas pior mesmo era ser seu inimigo. Ninguém sabia seu sobrenome, havia apenas especulações. A mais conhecida de todas dizia que ele era o sem sobrenome perdido.

— Creio que nossas vidas estão em jogo.

Zachary sorriu, exalando deboche para cima do outro.

— Rodric, você acha mesmo que eu vou morrer? Como braço direito, deveria saber quem seu sou e como as coisas funcionam comigo.

O outro, chamado Rodric, e cujo sobrenome não importava, trincou os dentes. Era possível ver sua pele morena, o cabelo raspado, uma cicatriz velha em linha reta no pescoço. Olhos cor de mel. Era relativamente novo naquele mundo, e mesmo inexperiente, havia chegado ao topo. Em pouco tempo, havia se tornado o braço direito de um dos quatro homens mais poderosos e tenebrosos que existia.

— Você não está enciumado por eu ter sido escolhido?

— Então você tem senso de humor? - Zachary aproximou-se. - Não somos da máfia, onde os braços direitos dos chefes geralmente são pessoas de total confiança. Fazemos parte de outro mundo. Rodric, braços direitos, em nossa espécie, são apenas iscas.

— Então você é realmente o que dizem? Você nem saiu do Ensino Médio.

— Pelo menos sou mais inteligente do que você. – Uma risada. – Minha alma foi vendida, mas em troca de algo que me agrada muito.

— O Carniceiro. As mortes nos jornais...

— Não acredite em fofocas. E vamos logo tratar de assuntos. O envelope.

Rodric o entregou um envelope que tirara de dentro do casaco.

— Jackie? – Indagou ao tirar o primeiro papel. – Jackie Allen-Buckley? A lenda da Rivach? Querem mesmo que eu vá atrás...

Rodric interrompeu.

— São apenas informações. E não tem apenas dessa pessoa. Todos estão aí. Ele fará o anel brilhar, você só precisa pegá-lo. Os anéis dos Primeiros. Todos já têm dono, menos um. O vermelho. O pegue pra nós.

— Pra nós? Você já se considera, meus pêsames. E como eu vou fazer isso? Não é qualquer um que entra e sai daquele lugar, além disso, temos aquele... Kato.

Antes de ir embora, Zachary voltou e fez uma última pergunta.

— Eu preciso matar?

— Se quiser... Aquela pessoa já causou inúmeros danos a nós. A morte dela será apenas um incrível bônus, não só pra você como pra todos nós.

— Matar Jackie leva tempo e esforço.

— Você sabe que pode matá-la – insistiu. - Ela possui apenas uma das pistolas, levando consideração que uma delas sumiu... Acabe logo com aquela existência. Aproveite a oportunidade, ela está aqui perto...

— Você não sabe nada sobre aquele lugar, não é?

— São apenas crianças brincando de caçar demônios. Com nossas armas.

Zachary zombou mais uma vez. Entendeu o motivo de ter sido escolhido, a morte dele não seria absolutamente de nada.

— Crianças? Você está na frente daquele que chamam de ‘O Carniceiro’ que está no auge dos seus 15 anos e zomba deles? Eles são 12 anos mais novos que você e são mais inteligentes. Jackie te mandaria para o inferno sem usar a pistola dela. Ela nem precisaria tocá-lo pra isso.

Zachary guardou o envelope no casaco. Precisava ir. Ainda tinha um hospital pra visitar.

Pequenos raios negros se formavam em sua mão esquerda, junto a uma fumaça, que aos poucos foi tomando forma. Finalmente Rodric percebera o anel no dedo médio. Um cristal negro brilhava nele.

— Pistola... Você...

— Eu vou ver Jackie hoje. Você não. Eu disse que pessoas como você não duram.

Um tiro, apenas um tiro. Segundos depois, a silhueta de Zachary havia sumido.


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Notas finais do capítulo

Ficha de Personagem

Nome:
Idade - não pode passar dos 20:
Aparência:
Personalidade:
História - lembrando que nenhum dos caçadores têm família:
Peculiaridades - não é obrigatório:
Gostos - podem colocar tudo que quiserem, desde coisas que gostam a coisas que odeiam, a imaginação é de vocês:



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