Affection escrita por comeonkiller


Capítulo 21
Seize the day


Notas iniciais do capítulo

eu decidi fazer esse e o próximo cap com música acompanhando, mas a música que eu coloquei não é a que dá nome ao cap do avenged sevenfold, é uma que é extremamente fofa do the corrs - runaway
e esse cap ficou bem comprido, só que ele é a primeira parte de um cap já dividido :T aproveitem a leitura enfim

ps.: esse cap e o próximo são beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem dramáticos



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Say it's true
There's nothing like me and you
I'm not alone
Tell me you feel it too
And I would runaway
I would runaway, yeah yeah

                      Anna estava deitada em sua cama, inerte em pensamentos, quase que em transe profundo, afogada nas próprias lágrimas. Tentou sorrir, mas sem sucesso, cada vez que sorria lembrava-se da pessoa que mais lhe arrancou risos durante toda sua vida, Bill. Queria que fosse possivel, que fosse possivel afogar-se na banheira quedonda que havia em seu banheiro, mas sua esperança se esvaiu ao deduzir que quando o ar começasse a faltar ela retornaria a superfície. Decidiu tentar, procurando algo que a mantesse lá embaixo e que não lhe deixasse subir.
                      Final de tarde, destrancou a janela que estava trancada até então por não querer que seu melhor amigo  entre pela mesma. Fechou as cortinas e colocou a banheira para encher enquanto deixava um bilhete para quem se interessasse a ler, caso seu plano desse certo. Estava anoitecendo e a banheira estava a poucos mililitros de atingir sua capacidade, e Anna já havia arrumado um modo de permanecer submersa até seus pulmões encherem-se completamente de água.

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I would runaway
I would runaway with you
Because I, I'm fallin' in love with you
No, never, I'm never gonna stop
Falling in love with you

                      Bill corroia-se com a culpa de provavelmente ter estragado sua duradoura amizade com a Anna, apesar de ter sido ela quem disse para ele voltar com Juliet sugerindo que eles tentassem algo, mas é claro que ninguem nunca imaginaria que Bill Kaulitz, o cara que sempre disse que esperaria conhecer bem a namorada e tudo mais, começaria um namoro com uma das amigas da melhor amiga, logo de cara com uma tarde de puro sexo. Ainda mais sendo esta relação apenas carnal.
                      Ele não tinha o que fazer, apenas seguir o conselho do irmão: ir falar com Anna. Não havia nada a perder e provavelmente valeria mais a pena do que ficar o resto da vida se corroendo, e pensando bem, daria muito mais certo ele terminar logo com Juliet ao invés de ficar nessa relação estúpida de ninguem gostar de ninguem, porque ele mesmo só estava com ela pelo ciúmes e por ela ser boa de cama, e estava convicto de que ela tambem pensava assim. Passou pela porta do quarto do irmão, entreaberta, com uma música meio melodramática tocando quase no mínimo e ele sem camisa, adormecido profundamente. Chegava a parecer um bebê... Na hora em que abriu a porta, notou a chuva fina que começara a cair, claro, o moletom daria um jeito.

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Because I, I'm fallin' in love with you
No, never, I'm never gonna stop
Falling in love with you
With you, my love
With you
And I would runaway
I would runaway, yeah yeah

                      A garota sentiu um leve gelo na boca do estômago e parou um pouco a beira da banheira antes de terminar de colocar a camiseta velha, era normal esse gelo antes de uma tentativa de suicídio, não é? Não, não é. Era aquela pequena ligação que ela e Bill tinham criado ao longo dos anos, um tipo de relação entre gêmeos, mas mais fraca. Aos poucos, enquanto a garota preparava as cordas que seriam amarradas a seu corpo, o gelo aumentava e se tornava algo semelhante a medo. Ela queria fazer isso, ir embora e acabar com sua existência desgraçada, mas algo a fazia ficar com um medo descomunalmente grande.
                      Depois de alguns instantes finalmente a garota tinha tudo pronto para sua tentativa. Levou o ursinho marrom escuro que Bill lhe dera de aniversário para o banheiro e o colocou na pia, virado para a banheira, para ver tudo o que aconteceria, e suspirou pesadamente ao sentar-se na beirada e colocar uma perna de cada vez dentro d'água. Engoliu em seco e prendeu uma perna de cada vez, depois sentou-se e prendeu um pulso e o outro deixou por debaixo do corpo.
 -- Por favor, se me encontrar depois que eu já tiver ido, leia a droga do bilhete.
 Foi tudo o que Anna pronunciou para si mesma antes de entrar na banheira, vendo a chuva cair no parapeito da janela.
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Because I, I'm fallin' in love with you
No, never, I'm never gonna stop
Falling in love with you
I'm fallin' in love with you
No, never, I'm never gonna stop
Falling in love with you

-- Droga! Por que tinha que estar todo esse temporal? -- Bill resmungou quando a garoa começou a engrossar e ele estava apenas com o moletom -- Droga! E pequena por que você não atende o telefone?! Como é que eu vou subir pelo telhado assim?! 
                      Bill estava chegando já a casa da melhor amiga e sabia que no dia seguinte mal conseguiria levantar da cama pela dor que ganharia de brinde com o resfriado que estava adquirindo, ele estava ensopado. E resmungava já que achou que a garoa que caia não seria suficientemente forte para seu moletom não aguentar. E para melhorar sua situação, sua melhor amiga parecia se recusar a atender o telefone. Quando ligava em sua casa, sua mãe que atendia, quando era no celular, caia na caixa postal. Parecia que ela estava realmente brava com ele.
 -- Droga, vou ter que ir pela porta. -- Bill resmungou -- Lembre-se que você morre se for seu pai que atender.
 O garoto tocou a campainha ensopado e dois segundos a mãe de Anna apareceu. Como é que é? A mulher nunca estava em casa aquelas horas, o que é que está acontecendo?
 -- Ah, olá Bill -- ela cumprimentou simpática
 -- Olá, er... a Anna está?
 -- Ela está lá em cima, seria bom que você falasse com ela. -- a mulher disse de modo inseguro -- Ela está um pouco triste, não quis descer desde que voltou de sua volta pelo parque -- Bill começara a associar a tal volta ao momento em que Tom dissera que falou com ela. -- Acho que você pode conversar um pouco com ela. Mas se quiser ficar e se enxugar, fique a vontade.
 -- Ah obrigado senhora -- ele sorriu, que bom que a mãe de sua melhor amiga não a detestava tambem.
 -- De nada.
 Ela cedeu passagem e Bill subiu pingando, tomando o máximo de cuidado para não escorregar nas poças que seu corpo montava no chão. Chegou ao terceiro andar após quase 6 lances de escada e encontrou a porta de mogno do tão conhecido quarto. Suspirou pesadamente e girou a macenata facilmente, estranhando não ter de usar suas longas unhas para destrancar a porta, a mesma estava aberta; entrou e fechou a porta, o quarto estava escuro, a luz fraca da lua iluminava o comodo e havia um bilhete em cima da cama, bem onde a luz atingia. Havia a luz do banheiro, raramente acesa. Chamou a amiga umas duas vezes e não houve nenhum sinal de vida. Todos os sapatos estavam lá e não havia sinal de fuga, então o ultimo lugar disponivel seria o banheiro.
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Notas finais do capítulo

e cont no próximo capítulo