Última Linhagem dos Morgenstern escrita por Kerolin329


Capítulo 9
8- Eu te amo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/777329/chapter/9

{Capítulo Revisado e Editado Dia 22/12/2019}

Point of View Narradora

            Já era de manhã quando Jonathan acordou. Ele olhou pro lado e viu a ruiva dormindo tranquilamente, ela parece um anjo dormindo, um belo anjo, o seu anjo. Ele a abraçava pela cintura, tirou a mão lentamente para não acorda-la.

            Ele tirou o lençol que o cobria e se levantou indo em direção ao banheiro, tomou um banho, vestiu uma calça, uma blusa regata branca e uma jaqueta de couro preta, se sentou na ponta da cama e calçou seus sapatos, passou a mão pelo seu cabelo molhado e o bagunçou. Se levantou, abriu a porta para sair do quarto, mas antes de sair parou em frente da porta e olhou para Clary, por sorte ela não havia acordado.

            Ele desceu as escadas e foi até a sala, retirou a sua Estela do bolso e fez um portal e o atravessou. Ele estava em um beco na cidade de Londres.
Ele foi até a cidade para comprar coisas que estavam faltando, comprou comida, roupas (mesmo que não precisassem), foi até uma loja e comprou para a sua irmã uma tela de pintura, lápis, tinta, folhas e um caderno, ele sabia que ela estava louca para desenhar, isso ia fazer ela passar o tempo já que ficava o dia inteiro na casa assistindo televisão, cozinhando, ou pelo menos tentando, ela já havia queimado muita comida, e as vezes ela nadava na piscina.

            Depois de comprar tudo que precisavam ele foi até uma rua vazia para fazer o portal, pois não queria chamar a atenção de um Shadowhunter ou de um Submundano. Quando ele começou a desenhar o portal ouviu um rosnado, poderia ser um cachorro ou qualquer outro animal, porém era um lobo, não qualquer lobo: um da matilha do Luke.

            Era muita má sorte ter sido encontrado por um lobo da matilha do Luke. Pelo jeito, eles ainda não tinham desistido de achar a Clary. Se fosse um lobo qualquer ele não teria ligado, mas agora ele havia sido encontrado. Se ele não acabasse com ele, ele voltaria pra Nova York e contaria que ele e a ruiva estavam em Londres, isso seria um problema.

            O lobo começou a andar em direção a ele, ele iria atacar a qualquer momento. Jonathan colocou as compras no chão e retirou a Potens da cintura, e foi em direção ao lobo. O lobo pulou em cima dele fazendo ele perder o equilíbrio e cambalear para trás, depois de recuperar o equilíbrio, olhou para o lobo e disse com deboche:

            — Tolice sua vir atrás de mim — falou com um sorriso de deboche.

            O lobo apenas rosnou em resposta e pulou novamente o atacando. Arranhou o braço de Jonathan, um corte profundo que começou a sair muito sangue, ele olhou para o lobo e foi em sua direção, enfiou a adaga na barriga do lobo fazendo ele soltar um grunhido de dor. A grande boca cheia de dentes afiados do lobo se abriu e rosnou em direção ao garoto, como se o xingasse. A respiração do lobo se tornou ofegante, ele se debateu e depois parou, seus grandes olhos não piscavam mais e estavam totalmente abertos, seu peito não subia em sinal que ele estava respirando. Ele havia morrido.

            O arranhão no braço do Jonathan apenas começou a sangrar mais, ele pegou a Estela e fez uma iratze, não adiantou muita coisa, fez um portal, pegou as compras e passou por ele.

            Ele já estava na sala da casa, largou as comprar e foi até a cozinha, se sentou no banquinho e fez outra iratze, ainda não estava adiantando, pois não parou de sangra e nem fechou. Ele sentia dor, muita dor. Foi quando ouviu a doce voz de Clary:

            — Onde você estava? Eu fiquei preo... — As palavras da garota se perderam no ar quando ela viu o core no braço do seu irmão.

            Sua pele ficou branca como papel, saiu correndo ao encontro do garoto.

            — O que aconteceu? Pelo anjo! Quem fez isso? — Ela estava apavorada. Ele estava pálido, tinha perdido uma boa parte de sangue.

            — Foi um lobo. Eu o encontrei na rua e ele me atacou — disse olhando para ela. Ela passou a mão no corte, o garoto fez uma careta de dor ao sentir a ardência.

            — Você está começando a ficar pálido, Jonathan. Me dê a sua estela! — ela exigiu.

            Ela pegou a Estela de sua mão, ele percebeu que ela estava tremendo. Ela respirou fundo, se concentrou e começou a desenhar. A primeira iratze não funcionou, no momento que ela desenhou já desbotou.

            — Não está funcionado — avisou em pânico.

            — Eu sei. — Suspirou.

            Ela estava com medo, medo de perder ele, medo dele não aguentar. Ela afastou esses pensamentos negativos e respirou fundo buscando o máximo de forças. Desenhou novamente e dessa vez a iratze emitiu um brilho, não sabia por que isso havia acontecido, mas funcionou, dessa vez a iratze havia funcionado.

            Ela foi até a pia da cozinha e lavou as mãos cheias de sangue do seu irmão. Ela não suportava a ideia que podia ter o perdido, ela não iria aguentar ficar sem ele, ela o ama, ela ama o sorriso dele, ama quando ele prepara comida para ela, quando ele diz que tudo vai ficar bem. Ela percebeu que estava tremendo e sentiu lágrimas escorrendo pelo seu rosto:

            — Ei, não chore, eu estou bem — tentou tranquiliza-la.

            — Eu... Eu não suportaria te perder. — Ela virou o rosto e olhou nos olhos dele.

            — Você não vai me perder, eu estou bem. — Ele se levantou do banquinho e caminhou até ela — Vai ficar tudo bem — ele garantiu e a abraçou.

            Ela retribuiu o abraço e começou a chorar. Ele acariciou os cabelos cor de fogo dela, pegou o queixo dela e ergueu fazendo ela o olhar.

            — Vai ficar tudo bem — garantiu.

             — Quando eu acordei e não te encontrei em lugar nenhum da casa eu fiquei preocupada, e depois de um tempo você chegou. Eu vim falar com você e te encontrei nesse estado — ela olhou nos olhos dele — eu fiquei sem saber o que fazer, eu deixei tudo para ficar ao seu lado, e saber que eu poderia ter te perdido doeu muito — respirou fundo. — Somos apenas eu e você nesse mundo.

            — Mas se eu tivesse morrido você poderia voltar para sua vida, para seus amigos, sua mãe e o Jace — lembrou.

             — Você não entende? Eu não quero eles. No começo eu até queria voltar, mas por esses tempos eu não penso em mais nada, eu não quero nada além de você — confessou.

            — Clary... — começou ele.

            — Não, deixe eu falar, porque depois eu não vou conseguir dizer o que eu tenho pra te dizer  — ele assentiu — Sabe, eu te amo, eu realmente e amo, e por um minuto saber que você poderia ter morrido me deixou com medo, medo de saber que eu não veria mais você, medo de não ver o seu sorriso, os seu olhos — ela passou a mão no rosto dele —, de sentir o seu beijo, o seu calor... Eu te amo, te amo tanto.

            Fez-se silêncio depois disso. Eles apenas se olharam

            — Por favor fale algo — pediu ela. — Eu acabei de me declarar para você e você não disse nada.

            — Eu te amo, te amo tanto que eu daria a minha vida para te salvar. Quando você quase morreu depois que aquela flecha explodiu, eu fiquei sem saber o que fazer, eu não suportaria te perder, era como se meu mundo tivesse caído. Quando eu soube que eu tinha uma irmã eu fiquei feliz, feliz de saber que tinha uma pessoa igual a mim por aí, e quando eu te vi pela primeira vez foi como se meu mundo parasse. Você se tornou o meu mundo, você se tornou a coisa mais importante pra mim. Quando você me viu na casa dos Penhallow e perguntou se nos conhecíamos eu senti um a ligação entre nós, eu te amei no momento que que te vi, o seu sorriso, o seu cabelo cor de fogo, a sua coragem, seus olhos verdes brilhantes, eu simplesmente te amo — declarou-se.

            — Eu te amo, Jonathan — ela disse.

            — Eu te amo, Clary. — Ele a beijou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Última Linhagem dos Morgenstern" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.