Última Linhagem dos Morgenstern escrita por Kerolin329


Capítulo 3
2- Um pequeno beijo


Notas iniciais do capítulo

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{Editado e Revisado Dia 21/12/2019}

Point of View Clarissa Morgenstern

         Eu e Jonathan estávamos em um jardim, sentados na grama verde. O ar era tão puro, a brisa era fresca, o sol raiava no céu. Eu estava sentada no colo dele enquanto ele me abraçava. Eu estava feliz, me sentia segura nos braços dele. Eu abri os olhos e olhei para ele, coloquei as mãos no rosto dele e o puxei para perto para lhe dar um beijo.

               — Eu te amo — comecei —, eu te amo como nunca amei ninguém. — Eu coloquei um sorriso o rosto.

               — Você me ama mais do que já amou o Jace? — me perguntou com um sorriso, não um sorriso malicioso.

               — Mais do que eu já amei qualquer um! — Ele deu um sorriso de felicidade e me beijou.

               ESPERA! Eu acabei de dizer que amo o MEU irmão mais do que já amei Jace??? Como eu pude disser isso?

            Eu acordei. É claro que só podia ser um sonho, desde quando eu falaria que amo o MEU irmão mais do que o Jace? Só se eu estivesse louca para falar isso.

            Abri os olhos e vi Sebastian me encarando com um sorriso no rosto, dei um pulo de susto que quase cai da cama, mas ele me puxou pela cintura a tempo antes de eu cair.

            — Cuidado, irmãzinha, você podia ter caído. — Ele colocou um super sorriso irritante no rosto.

            — Onde eu estou? — perguntei confusa.

            Eu olhei em volta e vi que não estava mais na sala deitada no sofá, agora eu estava em uma cama de casal grande com lençóis pretos de seda em um quarto com as paredes pintadas de cinza claro com duas janelas que refletiam pouca luz. E é claro que eu não estava no meu quarto, esse quarto estava uma bagunça. Roupas espalhadas pelo chão, folhas de papeis amassadas no chão, pelo jeito eu estou no quarto de Sebastian.

            — Você está no meu quarto. — Ele me lançou um sorriso malicioso

            — Como vim parar aqui? Eu estava na sala. — Ele ainda me segurava pela cintura.

            — Depois da nossa pequena discussão, eu fui para o meu quarto por um pequeno tempo. Quando eu sai dele e fui para sala eu vi você deitada lá, então eu a trouxe para o meu quarto. Aliás, o que você estava fazendo deitada no sofá? — ele perguntou curioso.

            — Depois da nossa pequena discussão, como você disse, eu não consegui subir as escadas para ir pro meu quarto porque eu estava machucada demais, então, eu fiquei no sofá. — eu falei com um pouco de raiva.

            — Entendo. Você estava sorrindo. — Ele mudou de assunto e um sorriso malicioso preencheu seu belo rosto.

            — O que? — perguntei confusa.

            — Antes de você acordar, você estava sorrindo. O que você estava sonhando?

            Como eu podia dizer que eu sonhei que eu falava que amava ele com nunca amei ninguém? Eu não queria dizer isso: Então... eu sonhei que te beijava e falava que te amava mais do que o Jace, e que eu estava feliz ao seu lado, loucura, não? Eu não iria dizer isso nem morta.

            — Nada. — Eu menti, é claro.

            — Nada? — Ele me perguntou levantando uma das sobrancelhas.

            — É.

            Fez-se silencio por um breve momento até que ele me falou:

            — Eu sei o que você sonhou, Clary — ele sussurrou no meu ouvido e olhou maliciosamente para mim.

            Será mesmo que ele sabia o que eu havia sonhado ou ele estava blefando? Eu apenas o olhei assustada, ele não podia saber que eu sonhei aquilo, e o pior é que eu estava sorrindo enquanto sonhava. O pior foi que eu tinha gostado do sonho, gostei do abraço dele, do beijo dele, de ficar junto a ele...

            — Sério? — falei cortando aquele pensamento.

            Ele me puxou pra perto dele, nossos corpos se encaixaram perfeitamente um no outro, como se fossemos feitos um para o outro. Eu pude sentir a respiração dele em mim, isso me fez arrepiar. Ele passou a mão na minha bochecha e colocou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha.

            Ele estava quente, o calor do corpo dele me aquecia. Eu queria empurrar ele para longe, mas, por algum motivo, eu não fiz isso. Eu apenas queria ficar perto dele, sentir a respiração dele. Eu olhei nos olhos dele por um instante antes de olhar para boca dele e o beijar.

            Eu senti a surpresa dele quando o beijei, mas ele não se afastou e nem eu, ele apenas acompanhou o meu beijo. Eu coloquei as mãos no cabelo dele e aprofundei o beijo, ele colocou as mãos na minha cintura e me puxou mais para perto.

            Eu não sabia o por que tinha feito isso. O beijado. Era como se o mundo tivesse sumido por um instante antes de eu me lembrar que ele era o meu irmão. Caramba! Eu estou beijando o meu próprio irmão, o mesmo que eu falei que sentia nojo por ele, o mesmo eu havia matado, ou pelo menos pensei em ter matado.

            Ele me puxou para cima dele fazendo eu sentar em seu colo, ele passou as mãos na minha coxa descoberta, fazendo eu me arrepiar. Foi quando percebi que eu não estava mais usando a roupa que eu havia vestido antes de ter dormido no sofá, agora eu vestia uma camisola.

            Eu parei de beijar ele, o olhei bem nos olhos e me levantei de cima dele e sai do quarto dele sem explicação. Fui direto pro meu quarto e fechei a porta, sentei na cama e afundei o meu rosto nas minhas mãos. Um único pensamento veio a minha cabeça: Eu havia beijado o meu irmão! E o pior foi que eu gostei, gostei das mãos dele na minha coxa, os lábios dele nos meus. Eu estava ficando louca, mas eu havia gostado. Eu não queria nem pensar em como olhar na cara dele depois disso.

            Parei de pensar nisso e fui tomar um banho. Entrei no banheiro e liguei a água da banheira, me despi, entrei na banheira e fiquei olhando para o nada. Mergulhei minha cabeça para molhar o meu cabelo e voltei. Não sei quanto tem fiquei na banheira, mas eu já estava virando uma uva passa, sai da banheira e me enrolei na toalha e fui em direção ao quarto fazendo pequenas poças de água por onde passava.

            Havia uma pequena mesinha de centro com um vaso de flores que eu não havia percebido, quando eu me dei conta da existência dela, eu já havia esbarrado nela fazendo o vaso cair e voar cacos de vidro por todo chão.

            — O que foi isso? — Sebastian abriu a porta do quarto, ele estava ofegante, parecia ter corrido ao ouvir o barulho.

            — Eu esbarrei e caiu, foi sem querer. — Eu levantei as mãos em sinal de inocência.

            Ele balançou a cabeça em compreendimento.

            Ele me olhou e percebeu que eu só estava de toalha, ele ficou me secando na cara dura. Mesmo sabendo que eu sabia que ele me olhava ele não desviou o olhar. Ele vestia apenas uma calça, ele estava sem camisa o que fazia aparecer todo seu abdômen, eu fiquei encarando aquela obra dos anjos, só faltou eu babar de tanto que eu achava aquilo bonito, quando ele percebeu meu olhar eu desviei rapidamente olhando para a parede. Senti meu rosto esquentar, na verdade pegar fogo dá tamanha vergonha. Eu pude ver um sorriso malicioso se formando no rosto dele.

            — Deixe isso aí. — Ele gesticulou para os cacos de vidro quebrado. — Se arrume, coloque um dos vestidos.

            — Vamos sair?  — Perguntei franzindo a testa.

            — Sim. — E assim ele saiu do quarto.

            Eu olhei para o closet tentando achar o que vestir, tinha tantas roupas, acabei pegando um vestido preto brilhante com uma abertura do lado da perna, coloquei um salto alto preto, peguei duas mechas frontais do meu cabelo e os prendi para trás com um prendedor de cabelo com pedras de rubi e coloquei um brinco dourado. Me olhei no espelho e vi que eu estava maravilhosa.

            Sai do quarto e desci as escadas e vi que Sebastian me esperava. Quando ele me viu ele abriu um grande sorriso no rosto. Ele vestia um terno preto e o cabelo estava menos bagunçado do que o normal, o que fazia ele ficar sexy.

            — Você está maravilhosa irmã — disse ele estendendo o braço, eu aceitei.

            — Obrigada, você também não está nada mal. — Não pude conter um sorriso bobo.

            — Obrigado. Vamos? — perguntou.

            Assenti com a cabeça.

            Ele se dirigiu até o fim da cozinha, onde deveria haver uma porta, ele olhou para mim e foi em direção a parede, e quando olhei já estávamos do lado de fora do apartamento.


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Notas finais do capítulo

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