Última Linhagem dos Morgenstern escrita por Kerolin329


Capítulo 2
1- Irmão


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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 {Capitulo editado e reisado dia 21/12/2019}

Point of View Narradora

            Clary acordou em um quarto grande, as paredes eram pintadas de branco com detalhes em dourados. Ela estava deita em uma cama grande de casal, com cobertas cor de vinho. Ela ainda estava tentando entender o que havia acontecido na noite passada, entender como seu irmão havia voltado dos mortos, entender por que ele havia sequestrado ela. Ela sabia que não estava mais em casa, sabia que ele tinha a levado para outro lugar.

            Sua cabeça doía. Ela tirou a coberta que a cobria e tentou levantar, mas não conseguiu, se sentia fraca, estava fraca, ela apenas conseguiu se sentar.

            Era um quarto todo fechado, não tinha uma janela, apenas uma porta que com certeza estava trancada para ela não tentar fugir. Ela ainda vestia a camisola que ela havia colocado na noite anterior, mas seu coque havia se desfeito e agora seus cabelos ruivos estavam soltos.

            Ela ouviu a porta se abrir e viu Sebastian entrar no quarto.

            — Que bom que você acordou, achei que tinha te matado — ele disse encostando-se no batente da porta.

            — Seria sua vingança me matar depois do que eu fiz a você. — Ela se cobriu de volta para ele não olhar a roupa dela, mas ele já estava olhando.

            — É, eu poderia te matar aqui mesmo, mas esse não o meu plano.

            — O que você quer? — ela perguntou a ele. Ele começou a caminhar em direção a cama que ela estava sentada.

            — Por enquanto... — ele fingiu pensar. — Eu só quero você.

            — Você não vai me ter, eu sinto nojo de você Sebastian! — Ela cuspiu as palavras.

            O “bom” humor de Sebastian logo se esvaiu todo, sendo substituído por raiva. Por que é tão difícil ela a ama-lo com ele a ama? Ele se aproximou em passos pesados até ela e agarrou o seu pulso, a ruiva ficou com medo, mas manteve a cabeça erguida e não ia voltar atrás agora.

            — Eu vou te ter e você vai aprender a me amar! — ele disse enquanto aproximava o seu rosto ao dela, ela se afastou antes que ele pudesse fazer qualquer coisa — Se arrume, o jantar já está pronto, te espero em dez minutos.

            Ele se afastou da garota e foi em direção a porta, quando ele estava saindo ele se virou e disse: — E não demore, não quer que eu venha te buscar, isso não será agradável.

            — E-eu não posso, estou fraca demais para conseguir me levantar.

            — É claro, quase me esqueci — Ele se aproximou dela e tirou a sua Estela do bolso, fez uma iratze no braço dela e saiu sem olhar pra trás. Ela já podia sentir suas forças voltando.

            Pelo jeito já estava de noite para ser o jantar, ela havia dormido, ou desmaiado, o dia inteiro.

            Ela se levantou e foi até o banheiro que havia no quarto, tomou um banho não muito demorado pois não queria que Sebastian viesse busca-la. Quando saiu do banho, viu um closet cheio de roupas do tamanha dela, ela analisou o closet procurando o que vestir. Ela pegou qualquer roupa e vestiu, não se importa muito com isso agora.

            Ela saiu do quarto e começou a descer as escadas para ir para a cozinha. Quando ela chegou na cozinha viu Sebastian já na mesa a esperando, em frente dele havia dois pratos, um para ele e outro para ela, deduziu. Ela foi em direção a mesa e se sentou na cadeira em frente dele e fitou a comida.

            — Pode comer — começou ele —, eu não envenenei nada — ele pegou um pedaço do frango dela e mordeu — Viu?

            Ainda hesitante, ela pegou um pedaço do frango e comeu, estavam deliciosas, mas jamais admitiria isso a ele, só aumentaria o seu ego. Ela sentia o olhar dele nela enquanto comia.

            — Onde estamos? — perguntou Clary após comer a comida.

            — No aparamento — ele falou óbvio.

            — Achei que eu tinha destruído ele.

            — Este é outro, um dos vários apartamentos de nosso pai.

                Nosso pai, pensou Clary. Ela odiava pensar que Valentine era seu pai, e que Sebastian era seu irmão, um irmão que a queria, um irmão que era obcecado por ela.

            — Por que estou aqui? — quis saber.

            — Porque você me pertence, irmãzinha, porque eu a quero ao meu lado — ele disse tranquilamente.

            — Eu não pertenço a você, Sebastian! Pare de dizer isso! — gritou ela, já estava cansada desse papo de “você é minha”.

            Ele a olhou com fúria quando ela disse aquelas palavras. Ele levantou rapidamente e foi até, segurou seus braços e a levantou da cadeira com certa brutalidade.

            — Você me pertence e irá me amar como eu te amo.

            Ele a beijou a força, possessivamente, Clary mordeu os lábios dele, sentiu um gosto amargo e metálico percorrer sua boca, gosto de sangue, sangue que saia do lábio de seu irmão. Ele deu um passo para trás e passou a mãos na boca pra limpar o sangue. Ele olhou para ela e começou a andar até onde a ruiva estava. Ela, imediatamente, começou a correr para as escadas. Quando ela começou a subir sentiu Sebastian agarrar um de seus pés e a puxar para baixo, fazendo com que ela caísse, ele a lançou no ar fazendo ela bater as costas na parede, ela caiu com impacto no chão e sentiu-se ficar tonta, logo viu seu irmão se aproximar dela. Ele a pegou pelo pescoço e pressionou na parede.

            — Você faz tudo ser tão difícil Clarissa... — sussurrou no ouvido da garota.

            Ele começou a beijar ela, começou nos lábios e foi lentamente descendo até o pescoço, ele mordiscava o pescoço dela. Ele pressionou seu corpo ao dela e voltou a atacar sua doce boca. Com a outra mão livre, ele percorreu o corpo da garota. Apalpou um de seus seios. Ela queria lutar contra ele, mas estava fraca demais para isso e ele a segurava pelo pescoço contra a parede. Por algum motivo ele parou e a soltou, deixando-a livre ele olhou para ela e disse:

            — Da próxima vez eu não paro. — Ele lançou um sorriso malicioso e subiu as escadas indo para o quarto dele

            Clary, sem entender muito o que havia acontecido, ficou onde estava, pensando que em uma hora estava em casa, segura, e no outro estava sendo sequestrada pelo monstro do seu irmão.

            Ela se levantou e tentou subir as escadas para ir pro "seu" quarto, mas estava sem forças, ela pensou em ficar ali mesmo, no chão. Ficar ali até poder ter forças para subir.

            Ela, com muito esforço, foi até o sofá que não estava muito longe, e se sentou nele. Tudo em seu corpo doía, principalmente suas costas. Com um baixo gemido de dor ela se deitou e tentou ficar confortável no sofá. O que parecia impossível.

               Da próxima vez eu não paro, as palavras de Sebastian ecoaram em sua mente várias e várias vezes. Por um momento, apenas um momento, ela tinha gostado do beijo dele, havia gostado da sensação da mão dele percorrer o seu corpo... PARE! ordenou a si mesma, pare de pensar isso, ele é o seu irmão.

            Ela esperava que o dia de amanhã fosse melhor que o dia de hoje.


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Notas finais do capítulo

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