Última Linhagem dos Morgenstern escrita por Kerolin329


Capítulo 16
15- Finalmente Juntos




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{Capítulo Revisado e Editado Dia 22/12/2019}

Point of View Narradora

             Já se passou apenas um dia desde que Jonathan recebeu o recado da Clary pelo sonho. Desde esse dia ele não para de pensar como vai salvar a sua irmã, e não sabe quanto tempo tem pra fazer isso. Ele já havia juntado o seu exército para planejar a invasão, não é fácil entrar em um Instituto sem ser percebido, bom, ele mesmo já conseguiu fazer isso uma vez, mas agora a vida da sua amada está em risco, tudo tem que ser bem planejado. Ele ficou tão feliz quando soube que de fato ela não estava morta, pelo contrário, está viva, prestes a morrer se ele não a salvar logo.

            Ele mandou um membro de seu exército ver em quanto tempo ela ia ser executada pela Clave, ele precisa saber quanto tempo tem para salvar ela. Logo após ter tido o sonho/visão ele já estava planejando a invasão, não podia perder tempo pensando, precisava salvar ela, ela confia nele, ela ama ele e ele também, não pode deixar ela morrer, não de novo, não pode viver mais um segundo se quer sem ela. A "morte" dela já foi o bastante para ele saber que não pode ficar sem ela, ele só estava vivo até agora porque queria se vingar de todos, se vingar do que fizeram com eles, principalmente com ela.

            Ele tenta imaginar o que estão fazendo com ela. Ela não é nenhuma boneca de porcelana, mas é frágil, mas também é forte, ele não pode imaginar a tortura que ela está passando. Será que ela está sofrendo? Como ela está? Ela ainda me ama?... Perguntas rodeavam a sua mente. Ele quer ela, ele precisa dela. Precisa sentir o seu beijo, seu calor, seu abraço... ele precisa dela.

            Ele, de frente para a mesa cheia de papeis e mapas do Instituto, percebeu que o seu ajudante que ele mandou ver a situação da Clary chegou.

            — Senhor, ela será executada amanhã — falou sem rodeios.

            — Amanhã?! —Tão pouco tempo para planejar a invasão. Será que conseguiriam salvar ela? — Droga! — esbravejou. — Temos pouco tempo para salvar ela, não podemos perder tempo.

            Já estava tudo planejado: Entrar no instituto, matar qualquer um que tentar detê-los, salvar sua amada e depois voltar junta com ela para casa. Era esse o plano, só precisavam colocar em pratica.

            — Quando iremos atacar, senhor? — perguntou um dos homens.

            — Hoje — falou com um sorriso demoníaco no rosto.

[...]

            Ali, sentada no chão da cela, Clary pensava se ia morrer ou se o seu irmão iria a salvar. Ela não conseguiu dormir à noite, só conseguia pensar se iria morrer, ou se iria viver. Só pensava no seu irmão, pensava no seu sorriso, que quando ele dormia parecia um anjo, lembrou que a última vez que o viu de verdade ele estava chorando vendo-a "morrer".

             Ela pensava que seria melhor ela morrer, ela se culpava pelo o que havia acontecido, que tudo isso é sua culpa, e que, mais uma vez, estava colocando o seu irmão em perigo fazendo ele vir atrás dela. A única coisa que ela queria era ser feliz com ele, ter uma família com ele, ela não se importa com que os outros pensam sobre eles, se eles são irmãos ou não, se isso é errado ou não, a única coisa que quer é ser feliz com ele, era só isso que ela queria. Mas, será que depois de tudo isso, ela podia ser feliz? E ainda mais com o que faziam ela fazer: todo dia "matar" o seu irmão, por mais que ela chorasse, gritasse, ficasse parada ou pedir para pararem, ela sempre acabava matando ele, e depois de tudo isso, ela desabava, chorava e chorava, seu coração doía por não ver ele, por não poder ficar com ele. Sentia tanta falta dele, tanta falta..., que chegava a doer. 

            Talvez a dor sempre fique em seu coração, talvez nunca saia, sempre fique aí. Talvez amanhã a dor nem exista mais, nem ela. Talvez ela seja salva e seja feliz, talvez ela tenha o seu "Felizes para sempre" com o seu amado. Talvez o seu final feliz seja com a morte, talvez, talvez, talvez... apenas isso: um possível talvez.

            A tristeza está em seu coração, está em cada lembrança feliz que se tornou triste, talvez ela nunca mais saiba o que é felicidade. Será que se ela for salva ela consiga ser a mesma de antes? Com aquela felicidade toda? Esse tempo que ela passou presa a mudou, a tristeza tomou conta dela, talvez se ela ficar com o seu irmão, o seu amor, ela volte a ser feliz, é apenas isso que ela quer: ser feliz.

            Um suspiro ela solta com esses pensamentos. 

               Eu preciso ser forte, fala a si mesmo em pensamento. 

            Ela precisa e deve ser forte, não importa o que aconteça, ela precisa ser forte.

             Amanhã ela será executada pela sua traição contra a Clave. Ela não se arrepende de que fez, fez o que fez para ficar junto do seu irmão, para salvar ele, e no fim, os dois estão separados e ela vai morrer, mas arrependimento ela não sente.

            Ela decide dormir, ou pelo menos tentar. Precisa ter uma última boa noite de sono antes de deixar o mundo.

            Com seu exército a postos, Jonathan decide atacar. Seu exército entra primeiro e ele logo atrás, todos que estão dentro do instituto estão despreparados, nenhum alarme soou, pois eles invadiram sem disparar nenhum alarme, chegaram até ali sem chamar a atenção. Seu exército entra e logo em seguida guardas do Instituto aparece confusos com a invasão repentina, eles logo tentam detê-los, alguns aparecem com armas, outros não, eles estavam despreparados. Os nephilins atacam o exército do garoto, uma luta começa, sons de lâminas se chocando ecoam pelo local seguidos por gritos. Guardas do instituto são feridos e mortos, uns conseguem matar membros do exército do garoto, outros não. 

            Jonathan, que matou alguns guardas, sai dali e anda em direção a prisão que fica no andar de baixo do Instituto, no caminho, vários guardas aparecem tentando detê-lo, mas ele mata todos, uma trilha de corpos fica para trás. O garoto entra no corredor das celas a procura de Clary, todos estão vazios, é um imenso corredor cheios de celas, todos sem nenhum prisioneiro, exceto a última cela.

            Clary acordou com sons de gritos ecoando pelo local. Não sabia o que estava acontecendo, apenas sabia que uma invasão estava acontecendo, ela estranhou pelo fato de nenhum alarme ter soado, pelo jeito não esperavam essa invasão. Ela ficou assustada com os gritos que ouvia, cada vez mais o som ficava alto, mais próximo

            Quem será que está invadindo o instituto? se perguntou. Podia ser um demônio, ou qualquer outra coisa. Sons de passos começaram a ser ouvidos pelo local, mais próximos, a pessoa estava se aproximando da cela da garota. A garota foi tomada por medo. Será que ela iria morrer? Melhor morrer agora do que amanhã, pensou. Cada vez mais os passos se aproximavam, o medo foi crescendo, mas sumiu quando ela viu quem era: Jonathan, o seu Jon.

             No lugar do medo o alivio foi colocado ao ver seu irmão parada em frente a sua cela. Será que é mais uma alucinação? se perguntou. Ela esperava que a reposta fosse não, não é uma alucinação. O olhar dos dois se encontraram, ela se perdeu em seus olhos negros como a escuridão, e ele, nos seus olhos esmeraldas brilhantes, ela podia ficar o resto da sua vida olhando nos olhos dele, mas ele logo falou:

            — Clary! — falou.

            —Jon! — O apelido do garoto saiu em um sussurro.

            Logo o garoto tirou a sua estela do bolso e, fazendo uma runa de abertura, abriu a cela. Ele caminhou até ela, sem pressa, como se o tempo tivesse parado. Ele chegou até ela tocando seu delicado rosto com a mão.

            — Eu senti tanto a sua falta — disse ele.

                Por favor! Que não seja mais uma das alucinações! pediu ela mentalmente. Era sempre assim: ele aparecia de algum jeito, falava com ela e depois ela o matava, ela não queria fazer isso de novo, era horrível, as vezes são tão reais, que ficam gravado na mente dela, cada parte..., sem perceber, lagrimas rolavam pelo roso dela.

            — Ei, não chore, eu estou aqui — falou tentando acalma-la.

            — Não, não está. É só mais uma alucinação. Eu não quero fazer isso de novo, por favor — implorou chorando.

            — Alucinação? Como assim? — perguntou confuso. — O que você não quer fazer, Clary?

            — Te matar, eu não quero mais te matar — falou sem parar de chorar.

            O garoto ficou em choque, ele já havia ouvido que a Clave tortura os prisioneiros com alucinações, fazem eles fazerem coisas que não querem, isso com certeza deve ser horrível. Então a tortura dela era matar ele, supôs o garoto.

            Ele virou o rosto dela fazendo ela olhar ele nos olhos.

            — Meu amor, eu não sou uma alucinação, eu sou real e estou aqui por você — garantiu. Ele puxou o seu rosto e a beijou.

            Um beijo calmo e cheio de carinho, o beijo que eles tanto desejam estava acontecendo, o beijo que os dois tanto queriam, o beijo que sentiam falta. Ela parou de chorar, colocou a mão no rosto do garoto o trazendo mais para perto dela, ela queria isso, o beijo dele, o seu carinho, era isso que deseja. O beijo foi cortado pela falta de ar. Um sorriso surgiu no rosto dos dois.

            — Eu senti fala disso — confessou ela sorrindo.

            — Eu também — falou feliz — Por mais que eu queira ficar te beijando, precisamos sair daqui logo — avisou ele.

            — Então vamos! — concordou ela se levantando e puxando ele.

            Assim os dois saíram de dentro da cela e seguiram pelo corredor. Ela estava desarmada e não podia se proteger se alguém os atacassem, mas ele estava armado. Eles passaram pela trilha de corpos que o garoto havia matado, foram até a entrada do Instituto para saírem dali. Não havia sobrado muito do exército de Jonathan, e nem muitos guardas do Instituto, estavam praticamente todos mortos, menos Jonathan e Clarissa. Assim ele abriu um portal e logo saíram dali, e logo estava na sala do apartamento móvel do pai deles.

            — Finalmente juntos — disse ele entrelaçando os dedos nos dela.

            — Finalmente juntos — repetiu ela sorrindo. 


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Notas finais do capítulo

EEEEEEE, finalmente eles estão juntos.

Calma que não é o fim, ainda tem mais viu!

Eu passo o dia inteiro escrevendo apenas um capitulo, sim, o dia inteiro. Eu sempre escrevo na hora, por isso nunca sei o que colocar, mas no final fica maravilhoso (espero que vocês também achem isso rs).

Ainda tem mais capitulo por ai, Anjos.

Espero que tenham gostado :)

Bjs. Da Sra. Morgenstern _S2_



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