Hermione POV

Quando cheguei à vila, vi todos em frente a minha casa, com dois homens levando meu pai a força para uma carroça. Não podia usar a varinha, isso assustaria os aldeões. Então corri até eles segurando o braço de um, tentando impedir que levassem o meu pai.

− O que estão fazendo? Soltem o meu pai! − tentei puxar um dos homens que seguravam meu pai, mas me empurrou, derrubando-me no chão.

− Hermione! Minha filha, você voltou! − meu pai gritava, enquanto era levado. − Aquela fera libertou você?

Ouvi os outros aldeões o chamando de louco, enquanto era levado. Me levantei do chão para tentar novamente, mas Victor me segurou.

− O que está fazendo, Victor? Me solta! Eu tenho que salvar meu pai! Me ajude, Victor! − gritei, tentando me soltar dele.

− Por que eu faria isso, se fui eu que os chamei? − ele contou, surpreendendo-me. − Seu pai não passa de um louco, falando de feras e objetos falantes. Mas eu posso mudar de ideia… Se você se casar comigo − ele disse, chegando o rosto perto do meu.

− Nunca! − berrei, empurrando-o para longe de mim. Eu vi o rosto de Victor se contorcer de raiva.

− Pois bem, então. Levem-no daqui! − ordenou, afastando-se.

Fiquei desesperada, enquanto meu pai era levado. Eu já não sabia o que fazer, então corri até meu cavalo e tirei o espelho mágico da bolsa da sela.

− Meu pai não é louco e eu posso provar – falei, segurando o espelho − Me mostre a Fera! – ordenei, e o espelho brilhou, antes de mostrar a Fera rugindo.

− Ele é perigoso. − um dos aldeões disse ao fundo.

− Não, ele nunca machucou ninguém − eu disse, tentando acalmar as pessoas. − Ouçam, eu sei que ele parece perigoso, mas é muito bom e gentil. Ele é meu amigo − e sorri para a imagem da Fera.

− Se eu não te conhecesse, diria que você está gostando desse monstro − Victor provocou, ao virar-me pra ele.

− Ele não é o monstro Victor. Você é! – respondi, com asco.

− Ela é tão louca quanto o velho pai dela. − Victor falou, alto, enquanto pegava o espelho de minhas mãos. − A Fera vai apavorar os seus filhos! Vai persegui-los a noite! − assustou os aldeões.

− Não!

− Só estaremos seguros quando empalharmos a cabeça dessa Fera! − ele disse, tentando incitar os aldeões. − Nós temos que matar a Fera! – gritou, e os aldeões gritaram em acordo.

Eu tentava impedir os aldeões, mas eles não me escutavam. Quando pensei em usar a varinha para fazer alguma coisa, os aldeões pegaram a mim e ao meu pai, nos jogaram num porão e trancaram por fora.