The Hybrid Diaries escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 17
Duas Rainhas




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P.O.V. Genevieve.

Não importa o que eu faça o povo sempre gosta mais da Rosie. Ela sempre rouba a cena e agora vamos enfrentar um exército de vampiros recém criados.

Como da última vez que isso aconteceu, antes de nós nascermos usamos sangue humano fresco para distrai-los e fazê-los se espalhar.

Athenodora não faz ideia sobre os híbridos o que nos dá uma vantagem.

O exército veio como gafanhotos famintos, como uma praga e as duas esposas ficaram com cara de cu quando os híbridos começaram a massacrar seu exército.

Os lobos quileutes arrancavam facilmente as cabeças dos recém criados e a Rosie e eu botávamos fogo no que sobrava. O veneno dos híbridos fazia os recém criados passarem mal, alucinarem e eles mesmos se matavam.

P.O.V. Athenodora.

Não. Não. Isso não está acontecendo. Essas criaturas, que tipo de criatura é essa?

Meu exército está se destruindo. Os meus recém criados estão se matando. Estou perdendo.

—Então, Athenodora Volturi. A Senhora está em menor número, desarmada e em território inimigo. Oh, e está cercada também. Então acho que tenho você e a sua amiguinha em considerável desvantagem. Peguem ela.

Me senti ser agarrada por aquelas criaturas.

—Por favor, por favor. Misericórdia.

—Minha mãe teve misericórdia de você. E olha só no que deu.

Ela se aproximou de mim, tocou o meu rosto.

—Você faz alguma ideia do que acontece dentro do corpo de um vampiro que é mordido por um híbrido?

—Não.

—Vou te contar o que acontece. O veneno começa a se espalhar, como uma infecção. Infecta o sistema nervoso, causa alucinações horríveis. Dizem que a dor é excruciante. Mil vezes pior do que a da transformação, é como se o sangue fervesse dentro das veias. Alguns, levam dias pra morrer, teve um que levou quase uma semana. Pensei em matar você, mas seria rápido demais, misericórdia demais que você não merece. Caius está morto, Aro está morto... todo mundo que você ama morreu, ou quase. Porque ainda sobrou uma pessoa.

As criaturas com olhos de lobo, mas pele de vampiro agarraram Sulplícia.

—Sua amiga, sua única amiga. Veja só que rosto lindo, essa pele tão macia, esses olhos vermelhos. Os cachinhos castanhos.

Enquanto ela falava passava as mãos delicadamente no rosto e nos cabelos de Sulplícia. Que também estava sendo segurada.

—Ela é tão bonita. Imaginei este rostinho queimando como lenha numa fogueira, mas que graça teria? 

Ela lançou um olhar para uma das criaturas que afundou os dentes no pescoço de Sulplícia.

—Vamos levar as senhoras, para um lugar mais confortável.

Fomos trancadas numa cela, acorrentadas. Tentei quebrar as correntes.

—Nem tente. São encantadas. Usamo-nas na primeira vez que nos transformamos. Se eu e Genevieve não conseguimos quebrá-las, você menos ainda. Horas, dias, semanas, meses. É difícil dizer quanto tempo ela vai levar pra morrer, mas ela vai morrer. Uma morte lenta, dolorosa, agonizante.

Eu estava ajoelhada, chorando, desesperada. E ela se agachou para ficar no meu nível.

—Sua amiga vai morrer aqui nesta cela. E você vai ficar aqui assistindo de camarote enquanto isso acontece. A impotência deve ser o pior dos castigos. Seus maridos assassinaram a tia da minha mãe sabendo que ela era inocente. Ao menos do que crime que lhe acusaram. Mas, vocês? Deve ter se sentido poderosa quando mandou matar a matilha da tia Elena, se sente poderosa agora? Você vai passar a eternidade aqui. Se se recusar a se alimentar, vamos forçar o sangue pela sua garganta, enfiar nas suas veias. Você vai viver para ver a sua melhor amiga morrer, assistir aquele lindo rostinho colapsar e virar um monte de nada. Virar poeira. Porque o veneno é tão potente que destrói a vítima de dentro pra fora. Vai ter tempo para contemplar as escolhas que fez, Rainha.

Senti o desespero me tomando, tentava em vão quebrar as correntes, mas fracassava.

Com o passar do tempo, Sulplícia começou a sofrer, a gritar, se contorcer. Dava para ver o veneno viajando por suas veias. Ela se enrolava nas correntes.

—Sulplícia! Sulplícia! Por favor! Por favor! Misericórdia!

Não sei quanto tempo passou, mas deve ter sido muito. Já que as chamas da fogueira do lado de fora daquele lugar pararam de queimar e á muito já não havia mais fumaça.

Uma das criaturas entrou na cela.

—Por favor. Por favor, mate-a. Mate-me.

—Sinto muito. To aqui só pra te amordaçar, Sua Majestade.

E ele me amordaçou com uma correia de couro. Quando ele olhou para Sulplícia disse:

—Não vai demorar muito mais. Como ela não sua, a febre vai cozinhar os órgãos dela.

E como ele disse que aconteceria, aconteceu. Sulplícia começou a soltar fumaça e a vomitar sangue. Então, percebi horrorizada que o que ela estava regurgitando não era apenas sangue. Sulplícia estava vomitando os próprios órgãos internos.

Quando minha amiga finalmente morreu, a expressão no rosto dela era... de puro alívio. Tamanha devia ter sido sua agonia.

Mas, não parou. O veneno continuou consumindo o cadáver da viúva de Aro.  A pele, os músculos e até os ossos.

E a híbrida cumpriu o que prometeu. Forçaram sangue pela minha garganta, me deram sangue intravenoso. Me mantiveram viva a qualquer custo.

Após todo o tormento, toda a dor e agonia. Elas apareceram.

—Bom, como é assistir impotente a morte de alguém que você ama?

—Porque você fez isso?

—O aprendizado é sempre um processo doloroso. Me diga, você faz alguma ideia de quantas vezes, seu amado marido forçou famílias a verem seus entes queridos morrerem só porque ele podia? Caius nunca se incomodou em se colocar no lugar de suas vitimas e nem você. Você estava tão feliz, vivendo naquela torre com todo aquele luxo, sem saber em quantas cabeças tiveram que pisar para você ter tudo aquilo. Athenodora Volturi, o bibilô.

Nunca admitirei, mas ela está certa. Sempre fui um bibilô, meu marido sempre me proveu tudo. Até a garota Cullen, a mãe dela chegar e o mundo desabar em minha cabeça.

—Nada dura para sempre, nada fica enterrado ou escondido para sempre, mais cedo ou mais tarde... tudo volta. Você nunca pensou nas consequências de suas ações, nem você, nem Sulplícia e nem Caius ou Aro ou Marcus. Vocês sempre acharam que não haveriam consequências, mas estavam errados. Você queria sangue e agora você tem. Está cercada dele.

E eu estava de fato. O sangue de Sulplícia, o sangue que forçavam pela minha garganta, o que enfiavam nas minhas veias.

—Se afundando nele.

A garota mostrou-me meu reflexo no espelho e eu estava horrível. Meus  belos cabelos louros estavam bagunçados, embaraçados, sujos de sangue. Assim como minha face, meu vestido, meus pés, minhas mãos, unhas.

—Espero que tenha aprendido. Não mexa comigo, não ameace minha família, não ameace quem eu amo. Você tinha tudo no mundo e ainda assim não era o suficiente. Quando os Mestres, incluindo seu marido morreram, meu pai e minha tia te demonstraram misericórdia. Te deixaram viver, manter suas coisas, seu dinheiro. Poderia ter começado uma nova vida em outro lugar, mas escolheu vingança ou invés disso.

Ela me desacorrentou.

—Seja esperta e não cometa o mesmo erro duas vezes. Escoltem a senhora lá pra cima, deixem que ela tome banho, se lave. Haverá uma muda de roupas no quarto de hospedes. E depois disso... ela está livre pra ir.


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