The Hybrid Diaries escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 16
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Gente por favor, comentem! Tá bom, tá ruim, sugestões! Estou ficando sem ideias. Já postei umas dez fics e nada de comentários. Só algumas visitas. Por favor, deem um retorno pra mim.



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P.O.V. Jered.

Uma tribrida? O que?!

—Você está sangrando demais. Se eu não te curar você morre.

—Não dá pra chamar a emergência?

—Sim, mas como vai explicar o arranhão? E eu aposto que você não quer ficar com uma cicatriz, quer?

—Não.  Por favor, minha visão está ficando preta.

Rosie espalhou velas por toda a sala.

—Eu vou pegar os...

Emily não conseguiu terminar a frase. Porque Rosalice estalou os dedos e todas as velas se acenderam. As chamas foram nas alturas!

—Assinta Mulaf hinto sho bala. Assinta Havendox malagio calon havendox.

Assistimos atônitos o enorme e profundo arranhão no braço de Katherine simplesmente fechar.

—E nem ficou cicatriz. Maneiro.

—Não se engane. Não fiz isso por você, fiz por mim mesma. Graças á Athenodora a polícia humana não está só no rastro dela, mas no meu também. 

—Athenodora?

—Eu tenho uma família doida e complicada.

—Explique.

Ela contou tudo, Caius, Marcus, Aro, as esposas, a mãe dela, o pai dela, a tia, a vó. Bruxas, vampiros, lobisomens.

—E você vira um lobo?

—Loba, mas sim.

—A gente pode ver?

—Você percebe que para me transformar tenho que quebrar cada osso do meu corpo, certo? E que no meu estado primal posso acabar arrancando a sua cabeça.

Não parece legal.

—Não é. Bom, depois da dor é sim. É a sensação mais libertadora do mundo.

Ela acabou de ler a minha mente.

—É. Eu posso fazer isso também.

—O que?

—Ler mentes. Ver o futuro, proteger minha mente contra qualquer tipo de ataque psíquico, atacar a mente de alguém. Feitiços ofensivos, defensivos, protetivos, selos, barreiras.

—E a lua cheia?

—Só deixa os lobisomens mais fortes.

—Prata?

—Tóxico, mas geralmente não letal.

—Acônito?

—Tóxico e ás vezes letal.

—Estacas?

—Não fazem efeito.

—Água benta?

—Dá pra beber.

—Crucifixo?

—Um mero objeto decorativo.

—Caixão?

—Mito.

—Queimar no sol?

—Mito.

—Beber sangue?

—Infelizmente verdade. Por isso as presas.

—Vampiros podem se transformar em bichos? Morcegos?

—Não.

—Pode voar?

—Não. Mas, podemos correr, pular, escalar muito rápido, muito alto e muito bem o que faz os humanos pensarem que podemos voar. Só que como sou parte bruxa, posso levitar. Mas, não voar.

—Se você me morder eu viro uma vampira?

—Se eu te morder e conseguir parar sim. Mas, a transformação é agonizante, morfina não funciona só paralisa a pessoa impedindo-a de gritar e se contorcer, fora isso... ela sente tudo. É como ser queimado vivo, parece que a cabeça tá pegando fogo.

—Eu lembro disso. Pensei que fosse um pesadelo, só acordei no hospital.

—Você quase se transformou, mas eu suguei o veneno pra fora do seu corpo antes que completasse a transformação.

—Eu podia ter vivido pra sempre e você não deixou?!

—Não é tão simples. Quando...

Ela ia continuar falando quando o celular dela toca.

—Fala Gen.

—Liga a tv.

—O que? Porque?

—Põe na porra do noticiário!

—Ai. Eu tenho audição sobrenatural, sabia?

Ela tirou o telefone da orelha e pediu:

—Pode ligar a TV no noticiário local por favor?

A Emily ligou.

—A situação está ficando crítica na Capital. As pessoas continuam sumindo, cadáveres estão sendo encontrados, a polícia suspeita de uma guerra de gangues ou um assassino em série.

Disse a repórter.

—Puta merda. Ela perdeu mesmo as estribeiras.

Rosie recolocou o telefone na orelha.

—O tio Jas tá ai?

—Sim. Ele quer uma arma secreta, mas não consigo sozinha.

—Certo. O quão ruim as coisas estão?

—Á ponto de termos que usar a arma secreta. De termos que reunir a guarda. Félix, Dimitri, Chealsea. Todo mundo.

—Guerra Civil então. Estou chegando.

—Ok.

Rosalice desligou.

—Guerra Civil?

—Isso ai não é uma gangue ou um assassino em série. É um exército. Um exército de vampiros recém criados, descontrolados, cruéis e loucos de sede. No primeiro ano após a transformação é quando estão mais fortes, porém mais loucos, cruéis, descontrolados. No momento, a única coisa em que conseguem pensar, a única coisa que desejam e anseiam acima de todas as outras coisas é aquela pela qual eles vão matar. Sangue. 

—Cacete!

—Vou fazer um feitiço de barreira, de proteção ao redor da sua casa. Façam um favor e não saiam daqui. Eles vão devastar a cidade sem remorso.

Ela pegou uma tigela, tirou uma lâmina da bota e cortou a própria mão. Foram duas gotas até o ferimento cicatrizar.

—Merda. Isso vai levar um tempo.

Depois de quase meia hora a tigela ficou meio cheia. Rosie acendeu a lareira.

—Tem uma gema ai?

—Uma gema?

—Isso. Pedra preciosa. Rubi, esmeralda, qualquer coisa.

—Nossa mãe tinha um colar de rubis.

—Traga aqui.

Ela pegou o colar e com a faca tirou um dos rubis.

—Sinto muito por isso. Mas, é preciso. 

Então começou a recitar algum tipo de encantamento.

Animam markem skaristi vuca. Animam markem skaristi vuca.

Com um equipamento ela pegou a pedra e colocou no fogo da lareira.

—Idcirco praecipio tibi ut mortem et malum coram domo hac praesidio.

"Eu comando que você proteja esta casa da presença da morte e do mal."

—Defenadat, et ad vitam lux, tenebras auferetur.

"Proteja a luz e a vida, afaste a escuridão."

Então ela tirou a pedra do fogo e o sangue tinha grudado na pedra.

—Prontinho. Um talismã protetor quentinho.

De repente, ela largou a coisa e a pedra, começou a passar mal. Teve que sair da casa para voltar a respirar.

—Cara, eu sou boa. 

—Você passou mal por causa disso?

—A pedra é um talismã agora. Embebi nela parte da minha magia, e a liguei á casa. Enquanto a pedra estiver na casa, nenhum vampiro ou híbrido parte vampiro pode passar sem o consentimento do humano que mora nela. 

Ela tentou passar, mas bateu com a mão numa barreira.

—Não pode nem mesmo tentar. Bom, eu esqueci a minha bolsa ai dentro, dá pra devolver?

Dei a bolsa de couro preta transversal na mão dela.

—Obrigado. Fiquem dentro da casa e escondam a pedra.

Rosalice entrou no seu carro e foi embora.

Emily e eu fizemos o que ela mandou. Mas, nada me impede de ligar pra ela.

P.O.V. Rosie.

Depois de estar ciente de que todos os lobos eram voluntários e explicar a eles como a transformação funcionava, começamos a transformá-los em híbridos. De tempos em tempos, tínhamos que parar para que eu e a Geni nos recuperássemos.

P.O.V. Alec.

Me dói saber que minhas filhas estão tendo que se submeter a algo assim. Serem bolsas de sangue ambulantes. E me dói mais ainda saber que vamos ter que lutar contra Athenodora e Sulplícia aquelas que um dia admiramos, tomamos como mães. Assim como tomávamos os Mestres como parte de nossa família.

—Adeus aos seus ídolos caídos e falsos amigos. Lá se foram as máscaras.

Rosie era muito fã dos Clássicos. Ajudava Geni a treinar para ter o seu papel de Julieta. Apesar de desde criança ela achar Romeu e Julieta uma história idiota.

Sorri. Com a lembrança.

Flahsback On.

Estou contando Romeu e Julieta para as meninas que estão ouvindo atentamente. Elas já estão com sete anos.

—Pai, o que é Varíola?

Perguntou Genevieve.

—É uma doença. Que costumava matar humanos aos milhares.

—Credo! Continua.

Eu prossegui com a história e recitei uma fala. A que Romeu fala para Julieta quando a vê no balcão. E recebi a resposta mais inusitada do mundo vindo de Rosie.

—O Romeu bateu a cabeça ou usou drogas?

—O que? Não!

—Então, porque ele não fala direito? Porque ele não fala que ama ela, só fica falando essas besteiras!?

Tive que rir. Ela chamou uma das falas mais famosas de um dos mais aclamados clássicos da literatura inglesa de besteira. É claro, ela não entende o contexto, pra ela a língua já nasceu do jeito que ela aprendeu.

Após explicar que a língua era diferente antigamente e este era o jeito de dizer eu te amo prossegui com a história. As gêmeas se animaram na parte em que Romeu enfrentou o Conde Paris. Torceram animadamente. E ficaram felizes quando o herói derrotou o vilão.

Quando Romeu entrou na cripta, Genevieve presumiu o fim.

—Ele deu um beijo nela, a poção parou de fazer efeito e eles ficaram juntos pra sempre!

Disse comemorando e abrindo os braços como se o final fosse glorioso.

—Infelizmente não.

Quando contei que Romeu morria pouco antes de Julieta acordar, foi a vez de Rosie presumir o final.

—O Romeu vai se transformar num híbrido!

—Não. Ele morreu mesmo.

—Então a Julieta é uma bruxa que nem a gente e vai fazer um feitiço pra trazer ele de volta! Eles vão ser felizes pra sempre!

—É!

Concordou Rosie.

—Não.

Quando contei que Julieta se suicidava para estar com seu amado, elas olharam pra mim com cara de... como assim?

—Eles morreram por causa de um carteiro que entregou a carta errada e a tal da varíola?! Que carteiro idiota!

—Que história idiota. Eles deviam ser felizes pra sempre. Não gostei. Shakespere era burro.

Disse Rosalice absolutamente revoltada. Se levantando e indo até a cozinha para buscar uma bolsa de sangue.

—Eu vou assistir TV.

—Legal! Vamos ver Disney?!

—Disney!

E elas ligaram a TV e ficaram vendo desenho o resto do dia.

—Pois é irmão. Ela não deixa de ter razão. Que carteiro burro.

Jane e eu rachamos de rir. As considerações das gêmeas deixavam a história que deveria ser uma tragédia, realmente e absolutamente hilária.

Flashback Off.

Naquele mesmo ano viajamos para a Itália e fomos para Veneza, andamos de gôndola e visitamos o balcão de Julieta onde as meninas fizeram uma pose de namoradeira para tirarmos foto. E elas deixaram uma cartinha para Julieta.

Na carta dizia:

Coitada de você Julieta, se fosse mais esperta teria arrumado uma bruxa, dado umas moedas pra ela e ela trazia o Romeu de volta, com amor, Rosie e Geni Volturi.

Elas eram cômicas. Tão autênticas. Aquela sinceridade infantil, a ingenuidade, a inocência.

Agora já são adultas, estão sentadas em cadeiras com cateteres enfiados no braço doando seu sangue para ajudar a derrotar um exército.

Só então, notei que Rosie estava falando ao telefone.

P.O.V. Rosie.

Apesar de estar bebendo e doando sangue o dia inteiro. Ainda posso falar ao telefone.

—Oi Rosie.

—Oi Jered. Como vai?

—Estou literalmente preso dentro da minha casa por um talismã mágico e tem um exército de super-vampiros vindo para devastar a cidade.

—Você acha isso ruim? Estou á vinte e quatro horas direto com um cateter enfiado no braço doando meu sangue para uma causa maior.

Já tínhamos duzentos e vinte híbridos até agora. Ambos homens e mulheres.

—O que?

—É. Estamos nos preparando para o contra-ataque. E eu acho que vou desmaiar.

P.O.V. Alec.

E ela desmaiou.

—Doutor!

O Doutor Cullen tirou o cateter do braço dela e tivemos que encerar por hoje. Pois as duas mal se aguentavam em pé.

Elas dormiram juntas na mesma cama, abraçadas como faziam quando eram crianças. Enquanto as meninas se recuperavam, o Hale treinava os novos híbridos. E nunca em toda a minha existência pensei que ficaria feliz em sentir aquele odor novamente.

—Jacob?

—Nossas matilhas vão lutar também.

—Como você sabia?

—Eu contei a ele.

—Pai!

—Vão precisar de toda a ajuda possível, porque esse novo exército de novos mortos-vivos é mil vezes maior que o anterior. E vocês? Onde estavam quando aqueles malditos vieram para chacinar os Cullens, os seus semelhantes naquela época? Defensores da raça vampira, mantedores da ordem. Besteira.

—Jacob, por favor. Nós todos fazemos coisas das quais nos arrependemos.

—Só que a maioria morre antes que a lista fique embaraçosa.

P.O.V. Athenodora.

O exército está pronto. O maior e mais vasto exército de recém-criados já feito. Aqueles traidores serão massacrados.

 


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