Paradise Coast escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 1
Capítulo 1: Lisa Carlton




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P.O.V. Lisa.

Querido diário, passei a minha vida toda ouvindo que era maluca. Pulei de um médico para outro, fazendo exames e todos diziam que o que podia fazer era impossível.

Sou muito fã de Shadowhunters e da saga dos Instrumentos Mortais, porque como a Clary eu sou ruiva. Nós duas fazemos coisas impossíveis. Vemos, ouvimos e sentimos coisas que os outros não veem, ouvem ou sentem. Tenho uma melhor amiga, Beverly. Bev e eu somos amigas desde o jardim e agora estamos na Universidade. Terceiro ano.

Gostamos de surfar, nadar e etc.

Vamos para a praia amanhã com um grupo de amigos novos.

Até amanhã, Diário.

Chegamos á praia e os dois garotos estavam lá. Henry e Jeremy. Os dois britânicos, recém chegados, calouros.

P.O.V. Jeremy.

As duas eram gatas, mas eu gosto mais da ruiva. Estávamos prontos para cair na água quando de repente ela para.

—O que?

—Não devemos entrar. Eu tenho um pressentimento ruim. O pior que eu já tive.

—Você tem certeza?

—Eu não estragaria o dia á toa. Nunca fiz isso e não pretendo começar agora.

—Tudo bem. E você não estragou o dia, vamos arrumar outra coisa pra fazer.

—Eu vou buscar uma bebida. Não entrem na água.

E ela foi até o quiosque.

—Eu vou. Borá lá?

—Olha, eu não vou.

—Ah, qual é?

—Olha só, Henry... eu sou que parece loucura. Mas, sempre que a Lisa tem um mau pressentimento sobre alguma coisa... ela tá certa. Toda vez. Toda a santa vez. Me lembro de quando éramos crianças, seis, sete anos... iríamos passar as férias no Caribe. Mas, Lisa disse que não era uma boa ideia, que ela tinha um mau pressentimento. A mãe dela tentou fazê-la crer que ia ficar tudo bem que era coisa da cabeça dela e ela se trancou no quarto. E nós perdemos o voo. Resultado? Isso salvou as nossas vidas. Porque o avião caiu e todo mundo dentro morreu. O voo do Boing 4227 da Caribean Air Lines.

—Está brincando certo?

—Não. Ainda tenho as passagens. Para lembrar de nunca duvidar da Lisa. Os pressentimentos dela, nos salvaram a vida mais de uma vez.

—Ai isso é besteira. Eu vou cair na água.

O Henry foi e cara, ele devia ter ficado.

—Não! Henry não!

Lisa veio correndo, mas ela caiu na areia e ficou tendo convulsões.

—Lisa! Lisa!

Do nada, ela voltou ao normal.

—Eu vi. Eu vi. Sai Henry! Sai da água! Ele vai pegar você!

—Lisa. Lisa. Calma.

—Ele vai coçar a perna. Não coce a perna Henry.

Dito e feito. Henry coçou a perna.

—Ele vai pegar o Henry. Vai morder a perna dele. Henry vai morrer.

E cara... o Henry foi atacado pelo tubarão. Um puta tubarão! Lisa fechou os olhos, tapou os ouvidos e começou a cantar. 

Chamamos o resgate, mas... o resgate só chegou tarde demais. O meu melhor amigo foi estraçalhado. Eles removeram o corpo para não atrair mais tubarões.

—Caramba! Pior mau pressentimento de todos. Você está bem?

—Desta vez foi diferente. Foi mais. Eu não simplesmente senti, eu vi. Eu vi o ataque, todo ele.

P.O.V. Doutora Emília Carlton.

Eu sou médica, neurologista. Desde que ela era criança minha filha Lisa tem dores de cabeça, então eu a levei para um amigo de confiança para fazer exames e todas as ressonâncias, tomografias, eletroencefalogramas, todos os exames indicam a mesma coisa. Lisa usa cem por cento de sua capacidade cerebral. Quando tinha cinco anos, dizia que podia ler os pensamentos dos outros. Á princípio pensei que era brincadeira dela, mas não era. Pegou toda uma equipe médica desprevenida. Cada médico que entrava fazia a mesma cara para as respostas para a pergunta o que eu estou pensando agora. Cara de incredulidade total. Aos sete, começou a apresentar poderes telecinéticos. E ela também sempre sabe quando algo bom ou ruim vai acontecer.

Desde que os resultados dos exames de Lisa começaram a sair, eu forcei os pesquisadores, os médicos a assinarem termos de confidencialidade. Eles não podem falar sobre as habilidades de Lisa para ninguém.

Quando ela fez doze, surpresa! Pirocinese. Todo dia, algo novo acontecia. E no dia do aniversário dela é um presente surpresa á mais. Uma habilidade nova. Todo ano.

P.O.V. Bev.

Ela começou a chorar. Sabia que estava se sentindo culpada.

—Ai, não foi sua culpa. Foi escolha dele entrar na água.

—Eu devia ter feito alguma coisa.

—O que?

—Eu não sei, qualquer coisa.

—Não Lis. Não foi sua culpa. Você tentou avisar, mas ele não quis ouvir. Foi escolha dele.

—Escolha. Isso. Foi, não foi?

E foi aquele tipo de pergunta que ela sempre faz antes de chegar a uma conclusão brilhante.

—Vou querer o que a sua cabecinha está maquinando?

—Eu fico fora da sua cabeça e você da minha.

—Fechado. Vamos tomar um suco?

—É. Claro. Eu sinto muito, pelo Henry.

—Eu também.

Nos sentamos no quiosque, pegamos nossas bebidas, pagamos e a Lisa sentou mais longe da gente. Jeremy ia chegar nela, mas eu o impedi.

—Não. Agora não. Dá um tempo.

—Como isso é remotamente possível?

—Eu não sei, cara. O povo da Igreja chama ela de o milagre de Paradise Coast. Todo ano no aniversário dela vem gente do mundo inteiro. Eles fazem presentes pra ela.

—E ela gosta?

—Na verdade não. Mas, acho que ela é uma pessoa iluminada. Tem coisas que a gente não explica, a gente só... acredita.

—E que garota não gostaria de toda esta atenção?

—Uma que tem humildade e todo o poder do mundo. Sabe quantas línguas ela fala? Todas elas. Em menos de vinte e quatro horas ela aprende todas as palavras, toda a conjugação verbal e lexical de uma língua. Fomos para o Camboja e ela aprendeu a falar cambojano. Fomos para o tibet... supresa! Ela fala tibetano. Acho que ela fala todas as línguas do mundo. A Lisa aprendeu a lutar karatê e a falar chinês vendo os filmes do Bruce Lee.

—Nem vem. Eu não acredito nisso.

—Você é quem sabe.

Então, ela veio até onde estávamos.

—Temos que ir. Estão na minha casa.

—Quem?

—Os cientistas. Cientistas do governo.


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