Ladybug: a Rebelde da Rádio escrita por claradasideias, Cherry


Capítulo 2
Empregada


Notas iniciais do capítulo

claradasideias: Agradecemos a todos pelo incentivo que recebemos e eu, pessoalmente, quero agradecer a todos que gostaram desta e foram atrás de outras histórias nossas.



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 Alya e Marinette faziam moda naquele horário e já que Chloé fazia dança, elas tiveram que se separar.   

Quando já estavam acomodadas no seu canto na sala, Adrien entrou e logo foi convidado para se sentar ao lado de Lila. Convite que ele aceitou, tendo em mente todo o discurso sobre popularidade que Luka havia feito mais cedo.  

Já Marinette, saiu desesperada da sala com um sinal para Alya segui-la e elas discutirem em paz sobre algum assunto importante. No caso de daquele momento, a presença inesperada de Adrien na sala de moda.  

—O que está fazendo aqui?! Achei que ele fazia música?! – perguntou surpresa para Alya  

—O pai o obrigou a trocar, agora ele faz moda conosco. O diretor, pai dele, simplesmente é apaixonado por isso, talvez por isso ele queira tanto aquele prêmio do anel e dos brincos. Eles são lindos, mas não é um prêmio tão bom. Apesar de eles valerem muito dinheiro.  

—O que eu faço? - perguntou desesperada  

—Ei! Já estava na hora de falar com ele! Você gosta dele desde o primeiro dia de aula!  

—Não, não! Ele está ficando popular, não somos da mesma classe. Acho que o melhor é evitá-lo completamente. - disse decidida  

—Não, o Adrien não é daqueles que se acha. Fala com ele. O que a Ladybug faria? - Alya entrou na sala deixando uma Marinette pensativa para trás  

...  

—Hoje - começou a professora Bustier —Eu vou deixar a criatividade de você correr solta. Vamos iniciar um projeto para um desfile! - disse animada -Alguém tem alguma sugestão de tema para as roupas?  

Alya, que amava moda, já estava com a cabeça borbulhando de ideias. Já podia ver tudo pronto e ela apresentando suas criações. Quando ouviu a professora pedindo por uma sugestão, sentiu sua razão se esvair e só “acordou” quando a professora mandou se afastar do quadro:  

—Oh! - disse meio envergonhada -Você queria escolher o voluntário... Vamos gente! Levantem as mãos! - disse já mais animada e alguns ergueram suas mãos  

A professora Bustier olhou para a turma com atenção, viu que havia muitas sugestões de diferentes pessoas. Provavelmente já estavam visualizando a fantasia que a dupla escolhida usaria na competição de fantasias. Sabia que a chance era grande de sua turma ser escolhida para trabalhar na fantasia, por isso já começou a incentivar o lado criativo de seus alunos.  

Ela procurou por uns segundos a ideia perfeita, até que a viu:  

—Marinette, venha aqui por favor. Escolha um tema para as roupas de nosso projeto.  

Ao ouvir essas palavras, Marinette quase desmaiou. Ela tentou passar, dizendo que ela não levantara a mão e outros levantaram. Nada fez a professora dispensá-la da tarefa. Tremendo como se estivesse indo para a morte, ela se aproximou do quadro e se concentrou. Pensou em um tema e fez muita força para escrevê-lo, mas sentia como se o quadro fosse comer sua mão se encostasse nele.   

Começou a se afastar, com medo.  

...  

Adrien não achava que era o certo a se fazer, mas acreditou nas palavras de Luka. Afinal, o que ele dizia tinha sentido, talvez Lila quisesse mesmo participar daquele concurso com ele. Achou que as chances eram ainda maiores depois que ela o convidou para sentar-se ao seu lado. Pedido que, obviamente, aceitara. Era uma boa oportunidade de aumentar a fama da banda. 

Agora, precisava tomar coragem. Adrien respirou fundo e chamou Lila:  

—Lila – chamou com medo  

—Sim? - parecia interessada  

—Você sabe aquele concurso que a esco... - não pôde terminar a frase porque alguém havia batido na mesa de Lila e feito todo o material cair  

A garota tentou reparar seu erro e catar o material que derrubara, porém ao levantar-se para colocá-lo na mesa novamente, bateu com sua cabeça na mesa. Adrien sentiu a dor por ela e estremeceu. Coitada.  

—Bom – disse a professora –Ainda preciso de um voluntário.  

...  

Sabine estava testando uma nova receita de pão.  

Fazia algum tempo que ela tinha vendido a padaria. Não havia porque continuar depois da morte de Tom, visto que ele era o cozinheiro da família. Sabine aprendeu a amar a culinária com ele, mas nunca foi sua paixão. Sua paixão era ele.   

Mesmo tendo vendido a padaria, ainda gostava de cozinhar. Fazia a mulher sentir a presença de Tom mais próxima.  

—Ei, Sabine. - seu novo marido, Fu chamou ela animado  

Ela também amava Fu, só ficava pensando se sua filha também amava. Queria muito que as pessoas vivas que amava fossem felizes. Não sabia quando elas partiriam.  

—O que foi querido?  

—Eu achei essa nova radialista. Ela transmite uns podcasts pela internet e eu acho que é exatamente o que a Miraculous FM precisa para voltar a ser a mais ouvida de Paris. - ele tirou os fones e aumentou o volume  

“Vocês já tiveram medo de algo? Sabia que para conseguir alguma coisa você deveria ser você mesmo, mas sentia que ser você mesmo não era o suficiente? Então quando lhe davam algum adjetivo que representava algo que era 1% de você e, que lhe parece bom ser visto assim, você faz tudo que ser essa farsa? É difícil balancear ser você e ser uma parte de você que quer os outros lembrem ao lhe olharem. Acho que é por isso que, às vezes, acabo sendo ninguém.”  

—Nossa! Ela é boa! - disse Sabine impressionada -É exatamente assim que me sinto! Você tem que mostrar para a Marinette!  

—Por quê? - assim que ele disse isso, Sabine percebeu que ele estava comendo sua massa de pão  

—Ei! Isso está cru! Não come ainda!  

—Desculpa, eu não sabia... - disse com uma cara engraçada  

—Enfim, aposto que isso vai ajudar a acabar com a timidez dela. E vai aproximar vocês dois. - Sabine estava confiante  

—Sim... Acho que isso vai ajudar na nossa relação padrasto e... enteada – disse hesitante enquanto ia em direção ao quarto de Marinette  

—Espere! - ele parou ao chamado de Sabine—Não coma massa cru! - disse ao ver que ele disse comido mais de seu pão cru  

—O que eu posso fazer se sua comida é tão boa? - perguntou rindo Fu  

...  

Fu estava meio nervoso. Queria que a filha de sua mulher gostasse dele, o que era uma missão impossível, já que ela se isolava no quarto o dia inteiro. Não, ele não desistiria agora. Tomou coragem, recolocou seus fones para ouvir que agora Ladybug havia posto uma música e abriu a porta do quarto de Marinette.  

—Fu?! O que está fazendo aqui? - Marinette estava surpresa já que eles nunca se falavam  

—Eu moro aqui, sabia? - ele parou o sorriso irônico quando viu seu olhar sério  

—O que foi? - perguntou com pressa  

—O que você acha da Ladybug?  

—Eu a acho... legal? - disse rápido e fechou a porta  

—Ah, então você a conhece! Eu sabia que gostaria dela - animado, impediu o fechamento da porta e entrou no quarto –As duas têm muito em comum sabia?  

—Sim, ambas somos muito ocupadas. - disse tentando que ele fosse  

—Olha, eu sei que essa é uma transição difícil para você. Com o seu pai e... sua mãe e eu... Só queria que soubesse que tem um amigo aqui.  

—Não, está tudo bem – Marinette disse nervosamente, preocupada que a música estava chegando no fim  

—Então estamos aqui... Juntos... Ouvindo a Ladybug... - tentou Fu  

—Juntos – Marinette engoliu em seco quando a música acabou  

Fu acho muito estranho o programa ter caído do nada e Marinette estava suando frio, com medo de que ele descobrisse o óbvio. Ficaram se olhando por um tempo até que Fu disse o que ambos estavam pensando:  

—Você percebeu que parou do nada? Que estranho!  

Marinette engoliu em seco novamente. Foi até a sua mesa, onde estava o seu computador, colocou os fones e seguiu com seu programa. Na frente do Fu:  

—E agora o mais novo lançamento de Clara Nightingale. Eu acho essa música muito animada e poética, espero que gostem também.  

Fu olhou desacreditado e admirado para sua enteada Marinette, não podia acreditar no que via seus olhos. Simplesmente não podia ser...  

—Você é a Ladybug?! - disse descrente  

—Isso depende... Vou ser punida? - perguntou com medo  

—Não, não, claro que não... - disse para acalmá-la, ainda enfeitiçado -É só que não posso vê-la fazendo, você é bem tímida.  

—Eu sou... - confirmou –Mas ela não é. - disse como se fizesse sentido –Simplesmente, funciona.  

—Eu não acredito! Nós vamos levar a Miraculous FM para outro nível! - disse muito animado  

—Espera, nós?! - perguntou assustada  

—Sim! Você será a nova grande estrela da Miraculous FM. Vou dar-lhe um programa no horário nobre! Contratada! - disse animado demais  

Marinette sentiu seu chão sumir naquele momento, estava desesperada! Nunca devia ter feito aqueles podcasts! Ela jamais conseguiria falar em um programa na rádio! Era um alcance maior do que seu computador. Ela não era capaz!  

Pouco tempo depois, sua mãe entrou. Ela pulava e gritava de alegria.  

—Eu estava escutando lá de baixo, espero que não se importe! - ela quase berrava –Ai, caramba! Minha filhinha! Na Miraculous FM! - e abraçou sua filha assustada –O que houve? - perguntou a mãe preocupada com o horror na cara de Marinette  

—E se eu não fizer direito? - perguntou com medo  

—Ai, querida... Tem que correr riscos... Como eu... Antes repudiava cozinhar, agora é minha paixão! Como sabe que não consegue, se nunca tentou? - e Sabine abraçou a filha mais uma vez, dessa para consola–la 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui, esperamos que tenham gostado, comentem o que acharam e até mais.



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