Finalmente terminamos a poção que fazíamos a algumas semanas. O professor Slughon avaliou as poções deixando a nossa por último. Quando chegou na nossa ele a mexeu e sorriu. Depois olhou severo para o Al e o Anthony. 

— Da próxima vez irei separar os senhores. Ou vocês dois acham que eu não vi que não fizeram nada. 

— Eles nos ajudaram professor – Lyra foi ao socorro do namorado. 

— Pode me dizer como senhorita Malfoy. Se eu vi bem somente a senhorita, seu irmão e a senhorita Weasley cortando os ingredientes e mexendo o caldeirão. 

— Nós lemos as instruções - Al respondeu. 

— Está e a última vez que os senhores serão beneficiados senhor Potter. Da próxima vez eu irei organizar as equipes. 

Ele não esperou mais nada virou as costas e saiu. 

— Estamos ferrados – Anthony disse afrouxando a gravada – o que faremos Al? 

— Que tal se esforçarem e pararem de dependerem tanto de mim, Rose e Lyra. 

—  Acredito que devemos ter outra opção caro Scorp – o Al disse sério. 

Todos rimos da cara dele. 

— Chega de palhaçada. - Rose disse ainda rindo – melhor irmos para a aula da minha mãe, ela não perdoa atrasos. 

Então seguimos em direção a sala de história de magia. Quando chegamos lá ainda tinha poucos alunos. Nós sentamos na primeira fileira, eu do lado da Rose. 

— Bom mesmo que chegaram cedo, se vocês se atrasassem para minha aula eu esganaria um por um e depois os colocaria em detenção - ela disse sorrindo e vindo em nossa direção. 

— Tia – o Al disse sorrindo – estava com saudades da minha tia predileta. 

— Se é assim Potter porque não veio me ver mais cedo. De todos os meus sobrinhos a única eu apareceu para me ver foi a Roxanne. 

— Isso porque ela tem outros motivos né tia. 

— Que motivos Alvo? - ela perguntou confusa. 

— Uê agora ela não é só sua sobrinha e sua nora também. 

— O que você está dizendo? - ela perguntou surpresa – Rose o que o Al disse e verdade? 

Vi que a Rose olhou para o Al com cara de poucos amigos e depois se virou pra mãe. 

— Sobre o que ele falou com você quando eu deixei vocês aqui?  

— Praticamente nada, depois que o Hugo me abraçou ele chamou a Rox pra entrar, mas ela saiu correndo e ele só me disse que depois me explicava e foi atrás dela. Agora tudo faz sentido. 

— Então depois o Hugo te explica mãe. Não acho que isso deva ser feito por mim muito menos pelo Al. 

— Tem razão. Depois eu converso com os dois.  

Ela sorriu e foi em direção ao meio da sala. 

— Sua mãe ficou chateada com o namoro do seu irmão? - perguntei confuso. 

— De forma alguma – Rose disse me olhando – ela apenas sabe que assim como eu meu irmão terá uma batalha difícil pela frente. 

— Por que? 

— Meu pai é complicado Scorp. Ele não será contra apenas o nosso namoro, mas aos deles também. 

— Por que? 

— Meu pai é antiquando Scorp. Ele jamais aceitará. Dirá que isso é inadequado e bla, bla, bla. 

Ela não disse mais nada passou a prestar atenção na mãe que dava início a aula. 

— E muito bom estar aqui novamente nesta escola. Saber que eu estou aqui e posso contar um pouco da minha história e da história da segunda guerra bruxa é uma honra pra mim. A alguns anos atrás eu me sentei nessa mesma sala e escutei várias histórias bruxas. Sobre Grindewal sobre a primeira passagem de Voldemort. E todos anos que passamos por aqui enfrentamos muitos perigos, desde o primeiro ano tivemos que enfrentar Voldemort de várias maneiras diferentes ele se apresentou a nós no decorrer dos nossos anos em Hogwarts. A batalha de Hogwarts foi muito difícil, mas até chegarmos aqui tivemos um caminho longo. Eu precisei apagar as memorias que meus pais tinham de mim para que eu pudesse os proteger. E neste dia eu sai de casa, em busca das Horcrux e em busca do fim de uma guerra bruxa. Passamos praticamente um ano buscando as horcrux e nem tudo foram flores neste caminho. Passamos por momentos bem difíceis. Fomos capturados e eu fui torturada, passei anos tendo pesadelos com isso todos os dias. E até mesmo hoje algumas noites eu acordo com isso em mente. Acredito que de tudo que passei durante aquele ano, esse foi o momento mais doloroso e traumático. Mas no final tudo deu certo, o Dobby conseguiu nós salvar e fugimos de lá. Depois que saímos da mansão Malfoy nós fomos atrás de mais uma horcrux no banco gringotes. Assim que a pegamos Harry descobriu que havia uma horcrux bem aqui, então nós aparatamos em Hogsmed sem plano algum, apenas tentado chegar até a escola, e foi Aberforth que nós ajudou a entrar. Assim que entramos na escola fomos descobertos e a primeira parte da batalha se iniciou. Mas nós precisávamos encontrar e destruir as últimas Horcrux somente assim venceríamos. Então enquanto todos lutavam eu e Rony fomos até a câmara secreta enquanto o Harry foi procurar o diadema perdido. Eu que destruí a taça que pegamos no cofre da Bellatrix, e então fomos atrás do Harry ele estava na sala precisa. Lá encontramos o diadema mas também o Malfoy, Crabbe e Goyle, acredito que está parte da história o Malfoy tenha contado pra vocês ontem, então vocês sabem que o Crabbe colocou fogo na sala e acabou morrendo ali dentro. Depois daquilo eu, Harry e Rony fomos até aonde Voldemort estava com o professor Snape e vimos quando a Nagline atacou o professor. E assim que Voldemort saiu nos aproximamos e eles deu as lembranças a Harry. E foi ai que Voldemort nós deu algumas horas. Quando retornamos ao castelo vimos que os mortos durante o combate estava sendo levados ao salão principal. E quando entramos vimos muitos amigos que estudaram conosco em Hogwarts, até mesmo pessoas muito próximas, como Fred, Lupin, Tonks entre outros – ela conteve a vontade de chorar – foi um momento muito difícil pra todos nós. E então o Harry foi sozinho ver as lembrança do professor Snape e neste momento ele confirmou algo que eu já suspeitava ele era uma horcrux. Depois que ele saiu do castelo em direção a floresta eu e o Rony ficamos angustiando apenas esperando o derradeiro momento. Mas nada nos preparava para ver o Harry sendo carregado pelo Hagrid. E aquilo me doeu muito. O Harry sempre foi como um irmão pra mim e pensar em perde-lo em um momento que eu não tinha mais meus pais me doeu muito. Foram minutos de extremo desespero. Mas quando ele pulou do colo do Hagrid ali eu tive certeza, venceríamos a guerra, a única coisa que precisávamos fazer era matar a Nagline e ai tudo dependeria do Harry. E assim se cumpriu o Neville matou a cobra e então finalmente Voldemort foi derrotado. Bom acredito que seja isso. Vocês tem alguma dúvida?

— Como vocês descobriram que havia uma horcrux aqui na escola e que a cobra era uma delas também. – uma aluna da Lufa-lufa perguntou.

— O Harry tinha uma ligação com o Lord Voldemort por ser uma horcrux. Então através desta ligação nós descobrimos. Mais alguém?

— Quem te torturou na mansão Malfoy – escutei a voz da Nott perguntando – foi o senhor Draco Malfoy?

Vi quando a Rose se virou pra ela com expressão de raiva. Mas eu fiquei observando a senhora Hermione. Ela olhava a garota com certa curiosidade.

— Se você alguma vez leu a história da segunda guerra bruxa você sabe muito bem que quem me torturou foi Bellatrix Lestranger. Afinal isto e de conhecimento público. Alguém tenha alguma curiosidade que não esteja estampada nos livros de história da magia?

— Você aprova o namoro da sua filha com o Malfoy? – a Nott perguntou novamente.

— Querida não acredito que a vida particular da minha filha diga respeito a você. E eu estou aqui para ensinar história da magia. Tirando a colega de vocês que está mais interessada em fazer perguntas desnecessária, alguém tem uma dúvida realmente importante? Sobre o conteúdo?

— Você conseguiu encontrar seus pais e devolver as lembranças dele? – uma aluna da Corvinal perguntou.

— Consegui, mas isto levou muitos anos. Apenas no ano passado eu os reencontrei e devolvi as lembranças deles.

— Acabou de dizer que não falaria da vida pessoal e está ai dizendo. – Nott interrompeu.

— Não vou lhe expulsar da minha aula porque já estou encerrando. Mas me certificarei de passar seu nome para que a diretora lhe aplique uma detenção. – a senhora Hermione disse ríspida – acredito que podemos encerrar por aqui. Vocês estão dispensados.

Todos começaram a se levantar e se retirar da sala. A Rose conversava com a Lyra enquanto eu apenas pensava em tudo que havia acabado de escutar. Quando todos saíram ela se aproximou de nós.

— Como é o nome daquela criatura?

— Katy Parkinson Nott. – Rose respondeu.

— Tinha que ser filha daquela desagradável. Nunca me dei bem com ela.

— Nem com o meu pai – eu disse sem pensar.

Ela me olhou surpresa.

— Você realmente aceita meu namoro com a Rose? – perguntei a encarando.

— Scorpius a situação do seu pai e totalmente diferente da Parkinson. Seu pai provou que era inocente e que se arrependeu de todos os seus atos. Inclusive já me pediu desculpas. Enquanto a Parkinson se uniu cada vez mais com a magia negra e hoje cumpri pena em Azkaban. Eu não tenho nada contra o seu pai e muito menos contra você. A menos que você magoei minha filha. Ai sim eu te casarei e farei valer meu direito de ministra da magia e te prenderei em Azkaban – ela sorriu.

— Eu jamais a magoarei.

— Então não tem do que se preocupar. Agora acredito que vocês tenham que ir, vocês devem ter outra aula e minha próxima turma já deve estar chegando.

Eu apenas assenti e me levantei e fui em direção a saída percebi que os demais me seguia apenas a Rose permanecia conversando com a mãe. Quando cheguei lá fora escorei na mureta por um instante para pensar.

— Scorp – Lyra me chamou – está tudo bem?

— Sim – falei ainda sem olha-la.

— Por que perguntou aquilo para senhora Weasley?

— Você não pensou o mesmo depois de tudo que ela contou Lyra – eu finalmente a olhei – ela foi torturada na nossa casa.

— Mas nós não tivemos culpa.

— Mesmo assim Lyra. Nosso pai estava lá e não fez nada para impedir.

— Scorp.

— Ly depois a gente conversa. Eu tenho aula agora e preciso pensar um pouco. Diz a Rose que nos falamos no almoço.

Eu fui sair mas ela segurou minha mão.

— Não estrague tudo com a Rose por uma coisa que aconteceu muitos anos de você nascer e que você não tem culpa alguma.

Apenas confirmei com a cabeça.

— Al, Anthony, vamos pra nossa próxima aula.

Falei me afastando da Lyra. Vi que eles me seguiram então rumei em direção a minha próxima aula, eu tinha muito o que pensar.