After Dark escrita por saturn


Capítulo 4
Orgulho e Preconceito


Notas iniciais do capítulo

Caramba, minha imagem de capa dessa história tem dois pixels.
Mas enfim, fazer o que.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/776756/chapter/4

O jantar foi relativamente calmo até que Tony chegou. De inicio, o bilionário estava agindo normalmente, até notar que seu então dito pupilo estava posicionado entre Wanda e Bucky, de quem ele ainda alimentava certa desconfiança. Ele fez seu melhor para fingir que nada estava acontecendo, mas não conseguiu disfarçar os olhares venenosos que lançava em direção aos três, que estavam perdidos em uma conversa em alemão. Bem, Peter era quem parecia ligeiramente perdido, sua proficiência na língua não sendo tão boa quanto dos outros dois, mas ele parecia estar se virando bem se os olhares de aprovação de Natasha diziam alguma coisa.

No entanto, nem a alegria óbvia que brilhava nos olhos do Parker foi responsável por aplacar a onda de superproteção que surgiu no peito do bilionário. O garoto era jovem e inocente e, por mais que Tony não tivesse ilusões de ser uma figura paterna, e soubesse que Peter também não o via como um, ele sentia a obrigação de cuidar do menino, principalmente por ter sido ele quem o puxou para toda aquela bagunça de super-heróis.

(Sua parte racional sabia que o garoto chegou ali sem sua ajuda e teria permanecido de qualquer jeito, porque ele era teimoso dessa forma. Às vezes ele o lembrava horrivelmente de si mesmo)

Por isso ele disse o que disse em seguida.

— Então, Peter. – ele começou, sorrindo falsamente – Não sabia que você e nossa bruxinha residente eram tão amigos. Infelizmente já tinha ciência da sua ação de caridade com nosso desmemoriado local em ser amiguinho dele, mas não sabia que você tinha todo um projeto de inclusão acontecendo.

O garoto pareceu ficar tenso por um momento ou dois, até que respirou fundo e o respondeu:

— Wanda e Bucky são meus amigos tanto quanto Ned e MJ, Doutor Stark.

— Já tanto assim? Uau, isso foi rápido. Diga-me, você tem tesão por ex-agentes da HYDRA desde sempre ou é coisa nova?

Foi a vez do resto da mesa se calar.

— Isso foi desnecessário, Tony. – Natasha o repreendeu.

— Podemos, por favor, tem uma única refeição em paz? – Sam resmungou.

— Não, não podemos. – o bilionário o interrompeu, uma nota de sarcasmo em sua voz – E eu ainda estou esperando minha resposta. E então, Peter? É uma coisa nova ou não?

Ele estava esperando uma resposta cheia de gaguejos e palavras mal colocadas. Conhecendo bem o menino, ele com certeza se perderia no meio da explicação, ficaria todo envergonhado e abriria espaço para que Tony pudesse repreendê-lo mais tarde. Mas não foi isso que aconteceu.

Contra todas as probabilidades, ele enrijeceu o corpo e as feições e disse, quase que pingando veneno e malicia:

— Não, não é coisa nova. Meu fetiche por agentes da HYDRA vem de antes dos dois. - se Tony conseguiu silenciar a mesa, Peter conseguiu chocar todos ali com sua resposta, sua atitude espinhosa sendo nada comum ao garoto geralmente pacífico – Mas e você, Doutor Stark? Essa sua obsessão por controlar a vida de menores de idade que não são seus filhos é antiga ou é uma fantasia nova?

Sentindo suas bochechas queimarem de raiva com a implicação presente na frase, ele tentou rebater – Escuta aqui seu merdinha, eu não sei de onde você tirou essas ideias, mas se você não melhorar essa atitude eu vou –

— Vai fazer o que? – ele apoiou os cotovelos na mesa e inclinou o corpo para frente – Vai me bater? Faz parte das suas fantasias? – ele sorriu maliciosamente, e teria continuado se não tivesse sido puxado para trás por ambos os ombros pelos dois objetos de discórdia – Soa pervertido.

— Droga garoto. – Sam assoviou – Onde foi que você aprendeu a falar assim?

— E cresci no Bronx e me mudei para o Queens há alguns anos, Sr. Wilson.

— Legal, não sabia que você tinha tanta atitude, garoto. Porque não mostrou isso antes? Teria me feito gostar de você mais rápido. – ele riu.

— Não precisava que você gostasse de mim. – o menino rebateu e então se voltou para o bilionário, que estava calado, ainda em choque – Olha, Dr. Stark. Eu gosto e respeito muito você, de verdade. Mas você não é meu pai, e mesmo se fosse, eu já sou grandinho o suficiente para lidar com a minha própria merda, escolher meus próprios amigos e yada yada. Não preciso que você fique tentando fazer essas coisas por mim.

— Você claramente não sabe o que é melhor para si mesmo se anda com pessoas que podem lhe causar perigo.

— Ah, sei sim. Sei que Bucky e Wanda fizeram coisas ruins em seu passado, mas não fizeram porque quiseram. Sei também que eles podem ter um certo conjunto de habilidades que representam perigo, mas é quem eles são que importa para mim. Eles são meus amigos e eu gosto de ambos independentemente de seus passados. E que implicância toda é essa com eles terem sido parte da HYDRA algum dia? Não é como se algum deles tenha ativamente se voluntariado para a causa.

— Ativamente voluntariado ou não, eles ainda são indivíduos perigosos, e terem trabalhado com uma organização nazista só comprova isso.

— E por isso eles são motivo de desconfiança? Mesmo quando ambos estão trabalhando noite e dia para serem pessoas melhores e se redimirem de seus erros?

— Sim! Isso não os torna menos perigosos. Finalmente você entendeu. – Tony disse.

— Bem, eu acho que isso me torna indigno de confiança também. – e mais uma vez naquela noite, Peter deixou todos de boca aberta – Talvez ainda mais, já que eu me voluntariei sabendo no que estava entrando. Então porque você, que tem um protocolo de ataque para cada ex-agente da HYDRA ou de organizações semelhantes aqui, não cria um pra mim, que também sou um?

— Você é... o que? – disse Steve.

Parecendo finalmente ter percebido o que acabara de revelar, Peter empalideceu e se retirou do cômodo mais rápido do que qualquer um deles sabia que ele era capaz. Vários dos presentes tentaram se levantar e ir atrás do garoto, mas Bucky impediu todos com um olhar de ferro que conseguiu intimidar até mesmo o Capitão.

— Deixem o garoto em paz. O que aconteceu entre ele e a HYDRA está no passado, e embora ele não admita, foi tão vítima dela quanto eu, Wanda ou Natasha. Isso não é mais importante.

— Você sabia disso, Bucky? – Steve indagou, parecendo dividido entre sentir fúria e traição. Tony podia entender.

— Sabia. O garoto me contou. – o ex-assassino respirou fundo e balançou a cabeça, tentando colocar os pensamentos em ordem – Mas isso dificilmente é minha história para contar. Quando ele se sentir confortável ele irá compartilhar com vocês. Na verdade, ele já estava planejando tocar no assunto, mas não dessa forma.

— E você nunca pensou em dizer nada? – Sam bateu as mãos na mesa, indignado.

— Não. Como eu disse, é pessoal.

— É mais do que isso, nós temos abrigado um deles de baixo de nosso teto durante meses e você nem pensou em dizer nada, Bucky?

— Pra começo de conversa, Pete não era exatamente um agente. Mais do tipo cobaia. Ele não estava lá por que é algum tipo de nazista nem nada, ele só queria ajudar sua família.

— Eu... – Steve não conseguiu terminar de reformular a frase.

— Eu confio no Peter. – Natasha se pronunciou – Eu sei que ele é um bom garoto e que não machucaria uma mosca. Ele provavelmente tinha uma ótima razão para fazer o que fez, e antes de julga-lo nós devemos dar espaço para que ele se sinta confortável em compartilhar sua história e motivações conosco.

— Ele é um ex-HYDRA! – exclamou Sam.

— Ele é nosso amigo. – ela reforçou – O mesmo Peter que tem uma identidade falsa só para poder acariciar os cachorros no Shopping, o mesmo Peter que dá plantinhas pra gente para ‘proteção espiritual’, o mesmo Peter que aceitou o Bucky, que fez amizade com a Wanda, que ensina astronomia para os filhos do Clint. Ele ainda é o mesmo garoto de antes, nó apenas sabemos mais sobre seu passado.

— Mas –

— É o suficiente! – Bucky bateu as mãos na mesa, fazendo barulho – Peter teve seus motivos. Ele não é nenhum tipo de vilão, apenas fez escolhas ruins em seu passado. Todos nós fizemos. Vamos, Wanda.

A garota, que até então permanecera silenciosa, acenou para o Barnes e liderou sua marcha de dois em direção à onde quer que o Parker estivesse se escondendo. Seguindo sua deixa, Steve e Sam se retiraram para o ginásio e Natasha permaneceu com Tony, que ela sabia que precisava de apoio naquelas situações.

— Eu preciso de uma bebida. – o bilionário resmungou, mas foi parado pela espiã.

— Você precisa é manter a cabeça no lugar e não foder com anos de trabalho duro se livrando do alcoolismo, é disso que você precisa. E de pensar bem no que vai falar para a aranhazinha.

— Você sabia disso, Nat? – ele perguntou, olhando no fundo dos olhos dela.

— Tinha minhas desconfianças. Descobri grande parte do que aconteceu há alguns dias após uma pequena excursão minha e do James a uma das bases deles. Mas eu não sei o lado da história dele, não sei suas motivações, mas de uma coisa eu tenho certeza: ele não fez o que fez por ruindade. E se todos os registros que eu encontrei forem verdadeiros, acho que ele já sofreu o suficiente para se redimir de seus erros.

Tony fez silêncio por um momento – Agora me resta descobrir como eu vou me redimir dos meus.

Natasha apoiou uma mão em seu ombro, em um raro gesto de carinho físico – Só... pense bem. E seja sincero. Eu sei que você pode compreender e aceitar tanto quanto eu sei que ele tem uma boa explicação para dar.

— O que eu faria sem você. – ele riu pelo nariz.

— Você estaria bem, a Pepper está ai por um motivo, certo? – ela o acompanhou na risada.

— É, acho que sim. – o filantropo estudou bem o rosto da mulher que considerava um tipo de irmã e se permitiu sorrir brevemente – Obrigado, Nat.

— Disponha. – ela respondeu com um sorriso – E não seja um idiota com a aranha bebê.

— Esse papel é do Sam.

Ela foi embora após um último aceno e Tony se recostou na mesa, passando a mão pelo rosto enquanto suspirava. Ele tinha muito no que pensar, não tinha? Maldito Peter Parker.

Wanda gostava de assar. Era quando ela se sentia mais próxima de sua mãe, mas principalmente era um momento em que ela podia focar em sua tarefa ao mesmo tempo em que podia refletir em paz sobre qualquer coisa que tivesse em sua mente, então era exatamente isso que ela estava fazendo após todo aquele drama da noite anterior. Sinceramente, quando ela concordou – tudo bem que ela não teve muita escolha – em se tornar parte dos Vingadores, ela esperava mais Velozes e Furiosos e menos Keeping Up With the Kardashians versão espiões, mas ela aceitaria o que recebeu.

Ela gostava de pensar no time como uma espécie de família disfuncional e esquisita, que tinha seus altos e baixos, mas que no fim se dava bem. Eles se divergiam quase que diariamente, mas se Tony foi capaz de perdoa-la por entrar em sua mente, ela achava que poderia muito bem perdoa-lo pelo míssil, que no fim das contas nem era tanto assim culpa dele. Então sim, ela buscava sempre respirar fundo e tentar relembrar que todos estavam propensos a cometer erros, mesmo uma família de super-heróis, especialmente uma família de super-heróis.

Isso não a impediu de ficar extremamente estressada com toda aquela situação envolvendo Peter e seu passado nem tão inocente assim. A assustou um pouco que um dos garotos mais doces que ela conheceu em toda a sua vida tivesse trabalhado com aqueles monstros, mas depois de ouvir toda a história de um hesitante e assustado Peter Parker na noite anterior, alguns minutos após a meia-noite, ela compreendeu. Se tinha alguém que entendia o que significava estar disposto a ser usado de cobaia em prol de ajudar aqueles que amava, seja sua família ou seu país, esse alguém era ela. Ou ao menos ela gostava de pensar que sim.

— Tem alguma coisa errada? – ela quase pulou para fora de sua pele com a voz de Bucky. Honestamente, com todos aqueles pensamentos em sua mente, ela meio que esqueceu que o homem estava ali.

— Só... pensando em toda aquela situação do Peter.

— É bem fodido.

— É, bem fodido. – ela murmurou e voltou a sovar a massa de pão.

— E o que você acha sobre isso? – o Barnes indagou.

— O que eu acho? – ela riu pelo nariz – Eu acho que entendo bem o porquê de ele ter se aliado a eles. Acho que ele era jovem e cometeu um erro, assim como eu. Acho que ele precisa de uma mão amiga, não de julgamento. Acho que eu não sou ninguém para julgar suas decisões, especialmente esse tipo de decisão.

— Bem, você não esta errada. Mas... considerando toda a sua história com eles, não te incomoda que ele tenha se voluntariado para trabalhar com nazistas?

— Incomoda você?

— Não. Eu só quero ter certeza de que isso não vai causar um distúrbio nessa nova amizade de vocês.

— Não vai. – ela hesitou – Até certo nível, eu me voluntariei também, não foi? Eu conheço a forma como a HYDRA trabalha, eles mentem para você, te fazem acreditar que eles são os bonzinhos, que eles vão te ajudar, que eles se importam. E então eles te amarram em macas e enfiam agulhas em você como se você fosse algum tipo de vegetal. Assim, sem mais nem menos. E sempre que você ousa duvidar deles, eles voltam a te manipular para te fazer acreditar que você está, na verdade, ajudando. No fim, você descobre que o tempo todo você esteve sim ajudando, mas ajudando os caras maus a machucarem mais pessoas.

— Eles são bons nisso, os nazistas. – Bucky resmungou – Em distorcer seus medos e desejos para que se alinhem aos deles.

— Acho que, a certo nível, todos nós humanos somos assim. Por mais fodido que pareça, é algum tipo de senso de autoproteção. - ela se virou para pré-aquecer o forno e então se recostou no balcão – Mas o Peter ele... tem dado o seu melhor para se redimir, não tem? Ele é uma boa pessoa, eu sei isso, eu sinto isso. Ele errou mas...

— Ao menos ele tenta.

— Ao menos ele tenta. – ela deu uma risadinha sem graça.

— Acho que vocês dois são exatamente o que o outro precisa. – Bucky enxugou a mão no pano de prato e se apoiou na pia, a louça atrás de si já lavada – Vocês entendem a situação um do outro melhor do que ninguém aqui, até mesmo eu. Em parte pelas experiências parecidas, em parte pela idade próxima. – ele coçou a cabeça – Só... tenta continuar sendo amiga do garoto, sim? Vocês dois farão um bem danado um para o outro. Eu já vejo que ele conseguiu te tirar da concha um pouquinho.

Ela sorriu – Peter e eu conversamos sobre escola ontem. Acho que... acho que estou pronta para tentar voltar para a escola. Com pessoas reais, da minha idade, cuja a maior ambição é conseguir fugir de casa com sucesso para ir a festas. Eu adoro isso aqui, adoro ser uma Vingadora e tudo mais, mas às vezes eu só sinto saudades de... – tentou encontrar as palavras certas, sabendo bem que estava apenas fugindo do assunto porque era covarde.

— Ser uma adolescente normal? – ele sorriu compreensivamente – Tá tudo bem querer essas coisas, Wandinha. Na verdade, se você quer saber uma coisa, eu até te incentivo. Acho bom que você esteja disposta a passar mais tempo com pessoas da sua idade. É saudável. Ou ao menos é o que a minha terapeuta me disse, mas acho que ela não considerou que a maioria das pessoas da minha idade está morta. – ele riu levemente – Mas isso não é sobre mim. É sobre você. E o garoto aranha. Eu tô feliz que vocês sejam amigos, já que agora posso convidar todos vocês para os dias de spa caseiros sem me sentir culpado de que algo dê errado por atrito.

— Hmmmm, dias de spa caseiros. – ela cantarolou.

— Com máscaras faciais, manicure e pedicure, hidratação no cabelo e muitos filmes de comédia romântica.

Ela riu – Soa ótimo. Mas nunca pensei que você fosse o tipo de pessoa que curte esse tipo de coisa. Não que –

— Eu entendo. – ele tornou a sorrir – Esse tipo de coisa me ajuda a me conectar com a minha própria humanidade, sabe? Traz uma sensação de pé no chão. Que nem reaprender a tocar piano com minha mão de metal, ler livros e escutar música dos anos 40. Esse tipo de coisa me lembra que eu não sou mais uma máquina de matar, que eu sou humano.

— Acho que eu entendo a necessidade.

— Achei que entenderia.

Eles ficaram em silêncio por um tempo, no qual ela colocou as outras formas já com os pães bem posicionados no forno e começou a dividir e preparar as próximas fornadas.

— Esse é o máximo que eu te ouvir dizer em... sempre. – Wanda comentou.

— Não se acostume com isso, bruxinha. Eu gosto de manter o mistério.

— Claro que sim. – ela zombou.

— Claro que sim. – ele respondeu e depois a olhou sério, tendo andando até ela e começado a ajuda-la a moldar os pães – Pense nessa coisa de escola, em sua amizade com o Peter e ignore as coisas que o Stark disse ontem, ok? Eram mentiras de alguém perturbado.

— O que, que o Peter tem tesão pela gente? – ela brincou.

— Ah não, isso é cem por cento verdade, vai por mim.

— Acredito em você.

— É melhor mesmo. – ele bateu o quadril no dela e a Maximoff se permitiu acompanhar suas risadas. Era bom estar com alguém que não a fazia se sentir pressionada como os outros Vingadores ou remexida por dentro como Peter (não que ela achasse que aquilo era uma coisa ruim, era só uma sensação diferente) – E cria coragem para chamá-lo pra sair, porque o menino é um pamonha e se depender dele vocês só vão ir a encontros quando estiverem velhinhos.

— Bucky! – ela exclamou, mas riu em seguida – Não é assim, Peter e eu somos apenas amigos.

— Aham. Assim como eu e Steve somos apenas amigos.

Ela revirou os olhos – Você é um idiota.

— Você sabe que me ama.

— Vá à merda.

— Olha a língua.

Eles se entreolharam e caíram na gargalhada novamente.

No fundo de sua mente, entretanto, aquela sementinha que o Barnes plantou começou a geminar. Ela e Peter? Em um encontro? Não... era besteira. Besteira total. A maior besteira que ela ouviu desde quando Nat, completamente bêbada,  anunciou que Sam tinha um crush enorme em Bucky e que só não admitia por medo do que Steve faria. Mas o herói com tema de pássaro realmente agia esquisito perto do centenário de vez em quando e... será?

“Não, Wanda.” ela pensou “Não seja ridícula.”

Sua mente, entretanto, não parou de fornecer imagens dela e Peter como um casal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "After Dark" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.