Predestinados escrita por Emily Lopez


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oláaa pessoas ♥
Bom, passando pra deixar um pequeno recadinho, essa historia está demais, leiam que não vão se arrepender, faz um tempo que escrevi e agora resolvi postar. Espero muito que gostem.
Vamos há alguns tópicos.
*Se leu comente nem que se for um pequeno "continua" isso já me deixa muito feliz e me motiva a postar mais rápido.
*Interajam comigo falem se gostaram ou não se querem que melhore alguma coisa, criticas são sempre bem vindas.
*Personagens totalmente fictícios, qualquer coisa parecida com a realidade é mera coincidência.
*Ainda não fiz um trailer, mas pretendo fazer um logo,logo.
*Boa leitura



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Prólogo

1998

—Tem certeza que vai fazer isso? —Lucy me olha com intensidade enquanto termina de tomar sua cerveja.

Eu hesito antes de responder, agarro um pedaço de pizza e a olho de relance.

—Eu não tenho outra escolha e você sabe disso.

—Você pode tentar juntar esse dinheiro.

Ri quando ela termina de dizer seu pensamento. Realmente eu poderia “tentar“ juntar essa grana, mas levaria bem mais tempo do que eu tinha disponível a meu favor.

—Eu vou morrer tentando juntar esse dinheiro, Lucy—Em um único gole termino minha cerveja e deixou o copo ali para que seja preenchido novamente.

Lucy se ajeita na cadeira um pouco pensativa e até mesmo com um ar de incredulidade, parecia que o que estava me propondo a fazer era considerado um crime, mas é como diz o ditado “os fins justificam os meios” e no meu caso eu teria muito que me justificar.

A passos pesados o garçom chegou com mais duas bebidas e percebi o jeito como ele olhava para Lucy, coitado se pensa que com ela pode conseguir alguma coisa. Ele realmente não é de se jogar fora, moreno alto, de um sorriso de tirar o folego, mas que para ela não parece passar de um simples garçom. Desde de pequena Lucy nunca foi de se interessar muito fácil por alguém, teve apenas um que conseguiu convence-la que o amor de alguma forma existe, se é que isso é verdade. Mas da mesma forma que veio Caio foi embora levando tudo o que era dela.

—Olha, vai ser só uma vez eu prometo—jurei juntando as mãos em forma de oração.

—E se você gostar e continuar indo? —Me questiona

Paro e penso, será que realmente eu seria tão mente fraca de fazer isso?

—Não vou—Digo me convencendo disso—Vai ser só dessa vez.

Ela me olha e não diz nada.

—Você melhor do que ninguém sabe o quanto eu estou precisando desse dinheiro e ainda sou nova vou ter tempo suficiente para me redimir.

—Lise, eu espero que você saiba o que está fazendo.

—Eu também espero.

***

Aquele lugar parecia totalmente o oposto de mim, luzes baixas, som alto, pessoas andando de um lado para outro, umas se esfregando nas outras, os garçons que aproveitavam o descuido dos clientes para se beneficiar do dinheiro.  Andei um pouco até um canto me sentando em uma mesa pedi uma bebida e fiquei esperando um pouco.

Enquanto esperava comecei a analisar aquele lugar, as mulheres pareciam não ter vergonha alguma do que estavam fazendo, homens loucos e eufóricos por seus corpos jogavam dinheiro no palco enquanto elas dançavam sem medo algum. Parecia até esquisito eu estar justamente ali preste a fazer a mesma coisa que elas, ou seja, vender meu corpo por dinheiro, mas a necessidade nos leva a fazer loucuras que nem sempre entendemos se realmente vai valer a pena. Pensei exatamente no que Lucy me disse e se eu voltasse ali mais vezes e virasse rotina na minha vida, eu seria igual as outras mulheres que estavam ali, e ficaria refém disso, afinal era uma maneira de ganhar dinheiro fácil.

Bastou uma olhada melhor em direção a porta para que eu visse meu alvo, ele parecia discreto como se não quisesse ser reconhecido caminhava a passos lentos e pesados, cumprimentou uma das mulheres que estava andando pelo meio do salão ficou alguns minutos ali parado com ela falando coisas em seu ouvido, e quando vi que se aproximava de mim meu coração se acelerou como nunca antes, o que ao certo eu deveria fazer?

Ele era alto, cabelos em um tom acinzentado aparentava ter vinte e poucos anos a barba bem aparada, e seus olhos fixos em minha direção.

—Boa noite, você deve ser Elise—Ele disse com a voz de tom forte

—Sou eu.

—Sou Afonso Fernandez—Ele estende sua mão para mim e continua me olhando com intensidade

—Bom, você já sabe meu nome—Digo afastando o copo vazio para longe

Ele não se sentou, apenas ficou um tempo parado me olhando como se estivesse me analisando da cabeça aos pés, abriu um botão de seu paletó preto e aquilo estava me matando, afinal o que tanto ele olhava me deixando mais nervosa.

 —Se quiser já podemos ir—Afonso disse e pela primeira vez um leve sorriso apareceu no canto de seus lábios

—Podemos ir.

 E a partir dali eu soube que jamais seria a mesma coisa, afinal trocar meu corpo por dinheiro não era uma coisa que eu fazia com frequência, fomos em direção ao andar de cima onde haviam vários quartos cada um com sua identificação numérica, Afonso deveria ser muito conhecido por ali já que ele tinha um quarto somente dele, sem dizer uma palavra ele abriu a porta me deixando entrar primeiro entrando logo atrás de mim fechando a porta.

O quarto era iluminado por apenas uma luz fraca, uma poltrona antiga ao canto e uma cama no centro me sentei e esperei qualquer sinal que me indicasse o que fazer. Afonso se aproximou da poltrona retirando seu paletó e o deixando ali com o maior cuidado, tirou algo do bolso uma espécie de garrafa e bebeu um pouco e em menos de minutos a deixou junto do paletó.

—Então vamos começar— veio se aproximando de mim enquanto abria os botões de sua camisa social.

E naquela noite vi minha vida mudar por completo em questão de poucas horas vendi meu corpo por algumas notas de dinheiro. Eu sabia que já não era mais a mesma coisa, e nunca seria.


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Notas finais do capítulo

*Espero que tenham gostado, até o próximo capitulo



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