Made In Vengeance escrita por Alexis Jansen, Kell Narek


Capítulo 3
Capítulo 03 - Amarguras.


Notas iniciais do capítulo

E ae, meu povo!

I'm baaack!!!



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Olhei para a menina esperando uma resposta. Como aquilo era cansativo. Ficamos naquele embrace por segundos, minutos diga-se de passagem.

Olhei para as minhas unhas, girei os meus anéis. Aquilo estava começando a ficar entediante.

Agora ela estava com a cabeça baixa. Que lindo. Isso vai sobrar pra mim estou até vendo.

Deitei no chão e fechei meus olhos. Sim, esse jogo pode ser jogado de dois.

[...]

Não tinha a menor pressa que fosse para sair daqui, ou tinha? Queria matar os irmãos Winchesters e com uma tacada só irritaria a morte a ponto dela me deixar em paz. Pois eu sabia que ela tinha coisas mais importantes para fazer, a estar ali sendo babá. Meu deus, agora que percebi, se ela estava ali não era por vontade própria...

— Não quero sua ajuda! Vá embora sei me virar sozinha! — Aquilo era um pegadinha, pois sabia que Kallia estava realizando uma tarefa para algum Deus.

Quando ouvi aquilo abri meus olhos lentamente, querendo fuzilar aquela menina com o olhar.

— Ok, sem ajuda da morte, você está ferrada.

Fingir dentro do meu ser que não tinha ouvido o que ela disse, mas fiquei feliz pois minhas suspeitas estavam confirmadas.

— Eu estou ferrada com os Winchester, Kally? E você com qual Deus do panteão, terá que explicar que falhou na sua missão de babá?

Estava rindo por dentro pois sabia que aquilo com certeza iria irritar a morte, no fundo um dos meus maiores prazeres era com certeza tirar Kally do sério.

[...]

Ao ouvir suas palavras um sorriso maligno surgiu nos meus lábios, sem que eu pudesse evitar. A vontade que eu tinha era fazer ela cair em agonia no chão. Cada célula que reside em meu ser orgulhoso clamava por aquilo, mas um fator me impedia de estalar meus dedos.

— Hmn... Sabe você não está de toda errada, devo admitir. – dei um sorriso torto um tanto irônico. – mas nunca falhei em uma missão e não é hoje que isso irá acontecer... Baby girl. – a ironia que usei naquele "menininha" seria o suficiente para irritá-la.

Ela gargalhou em deboche. Sabe-se lá Hades até quando a minha paciência irá durar. Levantei com uma graça digna de um elogio de Hipnus e caminhei até ela. Estávamos ainda na minha área, a menos que Castiel apareça ali, não serei eu quem vai desfazer a pressão.

A egípcia fez um esforço para se levantar, mas foi em vão. Permanecia parada, quando abaixei à sua frente e olhei para ela.

— Sinceramente, em quem você está confiando? – perguntei a ela. – Vou te contar uma pequena história: Há exatos 4 séculos atrás, eu desviei por um caminho do mal. E por diversas vezes eu fui para o tártaro. Então o que te faz pensar que eu tenho medo do seu pai ou qualquer outro Deus do panteão? – olhei para ela séria.

— Nada, ou você acha que sou tão criança a ponto de não conhecer a poderosa semideusa da morte! — Sabia muito bem quem era ela, assim como sabia sua fama. – Sei que para o você, as caçadas são mais interessantes! Como sei também que foi a querida Afrodite que te mandou.

— Ou você acha que me conhece, o que não quer dizer que conhece a minha história. Sua pirralha mimada. – Falou ríspida olhando para mim. Quem Kallia pensava que era para falar comigo daquela maneira.

Já deveria ter desconfiado, fui tola em confiar em Afrodite, e claro que ela não iria deixar que seguisse com meu plano, sem atrapalhar de alguma forma.

— Por Hades Kelsia, você é sempre assim? — Maldita hora que parei para ouvir Afrodite,

— Você vai bancar a poderosa e me deixa aqui ou vou ter que me soltar por conta própria? – Sim também conheço alguns de seus poderes.

— Você vai ficar ai até criar juízo e parar de ser criança! — Ou você prefere abrir essa boca e falar a verdade. — Não poderia deixar ela ali, pois infelizmente tinha que deixar minhas caçadas, para acompanhar uma criança.

Sou meio bruxa, e já vim com meu tridente enfeitiçado, consigo me soltar!

 — Irei falar o que sei, assim você pode ir embora e me deixa seguir sozinha.

Enquanto Kelsia falava, fiquei imaginando por que ela era semideusa dos mares, enquanto Kanef era um Deus? E como ela sabia usar magia? Que os deuses desciam frequentemente a terra isso todo mundo sabia. Agora porque Poseidon que assim como Dionísio tinha uma deusa ao seu lado... Era no mínimo estranho.

— Vai querer ouvir, ou prefere continua mexendo nessa foice?

Nem tinha percebido que mexer tanto no anel eu acabei libertando minha arma.

— Fala logo criança mimada! Espera um minuto... Como você se libertou?

— Como falei morte, eu tenho meus conhecimentos de magia, fui treinada por uma conhecida bruxa, mais como prometido vou contar o que eu sei.

[...]

Naquela noite tinha levado Kanef comigo naquela festa mesmo ele não querendo ir, para meu irmão tudo que importava era o reino, mas ele foi porquê sabia que eu não queria ficar sozinha com a Micla. Certa hora ele se afastou e fui atrás, ouvi ele falando no telefone, conheci a voz e sabia que era daquele caçador Sam Winchester. No final da ligação ouvir meu irmão marcando o encontro a beira do mar vermelho, implorei para ele que me levasse junto. Porém ele recusou e falou que voltaria logo, saiu rápido, claro que não escutei es o segui. Quando me aproximei por detrás das árvores ouvir meu irmão gritar e falar Nãooooo. Tentei me aproximar, mais algo me prendeu no chão, mesmo de longe conheci Sammy e outro homem, mais baixo usando uma jaqueta de couro preta com um empala do lado. Sabia que ele era o tão conhecido Dean Winchester, eu vi quando meu irmão foi morto, vi também quem o matou. Só não entendo o porquê, meu irmão mantinha contato com os irmãos desde que ele soube do plano para Tomar seu trono.

Olhei para a herdeira do tridente, e ela estava chorando, mais suas lágrimas eram vermelhas.

— Primeiro quem era Micla? Segundo que plano era esse de roubar o trono do seu irmão?

— Micla é alguém do meu passado! — Não estava afim de falar sobre ela para a morte.

— Quanto ao trono, eu sei que alguns anos atrás um metamorfo com à aparência do meu irmão comandou uma chacina no mar, nessa época meu irmão estava recluso em treinamento. Com a ajuda dos irmãos ele conseguiu matar a criatura e provar que não era o príncipe que iniciou a guerra, infelizmente por muito tempo meu povo não aceitava meu irmão como futuro rei. Foi necessário muito esforço para reconstruir a reputação de Kanef.

— Kelsia, se você sabe dos metamorfos, como você pode ter tanta certeza que aquelas pessoas era de fato os Winchester? — Levantei o olhar aquela história estava estranha.

— Posso ser criança, mas não sou burra Kallia!

— Como filhos de Poseidon, só podemos ser mortos com uma arma forjada com algo do tridente de nosso pai! — Quando os irmãos salvaram Kanef, meu pai lhes deu um diamante de água do seu tridente, como forma de agradecer! — A pedra foi dada aos irmãos, então somente eles poderiam toca-la. E a lâmina que matou meu irmão foi forjada com esse diamante.

[...]

Me recuso a acreditar que haviam sido Sam e Dean. O que Kelsia não sabe, é que de seres transformistas não só existem metaformorfos. Uma certa raça de Demônios, Leviatãs, alguns deuses escandinavos e outros no Japão. Essa menina não está pensando racionalmente e sim com a maldita vingança.

— Você pode ter quebrado as minhas "amarras", mas o tempo... – estreitei os olhos. – isso é só comigo. – suspirei.

Ela me olhou estranho, provavelmente esperava que fosse comentar o ocorrido e de fato eu ia.

— Quer saber? – vou tentar outra abordagem. – Cansei...

Ela me olhou como se não esperasse por aquelas palavras. Levantei as mãos e estalei ambos os dedos. Logo as folhas das árvores começaram a balançar, o vento bateu em nossos rostos balançando nossos cabelos.

Joguei a foice para cima e ela caiu em meu dedo anelar em forma do anel. Ajeitei o mesmo e dei as costas.

— O que pretende, morte? – olhou para mim, tenho certeza que ela avançou um passo.

— O que pretendo? Muitas coisas... – respondi virando um pouco o rosto para trás. – O que vou fazer agora? Sei lá... Mas estou indo embora. – virei e comecei a andar.

— Mas... – seja lá o que a Herdeira dos Mares iria falar desistiu no mesmo instante.

Continuei andando até o camaro 69, baixei o teto solar, entrei e liguei o carro saindo do local ao mesmo instante deixando uma perplexa semideusa para trás.

Sim. Aquilo era um blefe e estava apostando todas as minhas fichas nele. O vento bateu em meu rosto quando fiz a volta e sai do local. Agora, o plano era arranjar um novo celular e tentar encontrar o rapazes ou talvez...

Parei no bar da estrada e entrei no mesmo escutando um barulho um tanto familiar. Merda!

— Kallia, o que está fazendo? – perguntou a deusa atrás de mim.

— Cumprindo minha missão? – cocei a parte de trás da nuca.

— Deixando a garota para trás? – ela soou desconfiada.

— Eu sou teimosa o suficiente para saber lidar com a teimosia dos outros. Adoraria que me deixasse agir de acordo com o meu plano. – falei fazendo um bico.

— Espero que saiba o que está fazendo. – ela falou sumindo em seguida.

— Eu sei o que faço! – disse convicta. – "A maioria das vezes pelo menos."– falei pensativa e engoli em seco. Sai do local com uma garrafa de Jack Daniels de mel o colocando no porta malas do carro.

Tinha certeza que os meninos iriam gostar daquilo. Embora, não fosse esse o foco.

Andei de carro mais algum tempo até ver o impala vindo em direção oposta. Legal! A sorte estava ao meu favor, até em quem fim. Acenei para eles e logo o mais velho deles apontou para que pararmos em um limpo do outro lado da rua.

Fiz o retorno e logo já estava perto do carro, que tinham os irmãos saindo do mesmo, a medida que parava logo ao lado.

Estacionei e pulei por cima da porta do conversível caminhando contra eles.

— A quanto tempo. – Ambos vieram para um abraço e abracei cada um, sendo o Sam o último.

— O que faz por aqui? – perguntou Dean.

— Longa história. No entanto... – peguei a garrafa e dei para o mais velho. – Isto é para vocês e preciso que responda uma pergunta:

— Meu Deus como eu te amo. – Sorrio animado com a garrafa.

— Mas do que se trata?

— Sam, você... Vocês tiveram contato com Kanef? – perguntei sendo o mais direto possível.

— Quem?

— O príncipe dos mares, primogênito de Poseidon.

— Não. Faz tempos que não mexemos com os pagãos. – falou Dean.

— Foi o que pensei... – disse pensativa. –... A caçula de Poseidon está vindo atrás de vocês. – falei sentando no capo do meu carro.

— Fácil. Deixa ela vir. – O primeiro dos Winchesters falou engatilhando a pistola.

— Sério Dean, com essa pistola? A Herdeira do Tridente. – ri nasalado e ele me olhou feio. – Não precisa matá-la, ela só precisa entender que não foram vocês. – dei de ombros.

— E como fará isso? – Sam falou.

— Ora meu adorável Sam. Fácil... Deixem comigo e voltem a caçar... – disse apenas para avisá-los.

— Sei...

— Nos vemos em breve. – falei pulando para dentro do carro.

Eu voltei em direção ao Lebanon e eles seguiram para Missouri.

Por hora, tudo saia como o planejado. Agora era só voltar ao bar e esperar o que a Kelsia iria fazer.

Das duas uma: Ou ela acreditava no blefe ou meu plano iria com minha paciência de mãos dadas para o inferno.

Pisei no acelerador e os pneus cantaram na alto estrada.

Que maravilha, a morte resolveu sair do meu pé, agora posso ir resolver minha vida sozinha, sem ter uma babá do lado. Mais devo admitir ter Kallia para perturbar era uma ótima forma de passar o tempo, além dela ser bastante encantadora ( minha imaginação viajou )...

— Vou parar de imaginar, e vou atrás de ajuda! — Para encontrar os irmãos eu irei em buscar de alguém que possa me ajudar na minha vingança.

Peguei minha moto, ela estava mais acessível. Fui ao Bar da rua 35 lá iria encontrar quem estava esperando. Fui sentar na mesa, pedi um tequila para a garçonete "uma moça humana" pensei, com aqueles longos cabelos pretos, corpo de chamar atenção, aqueles olhos azuis celeste, seu perfume era inebriante...

— Esta sonhando com a garçonete, princesa do tridente? O sonho foi bom?

Levei um susto, isso só deveria ser brincadeira com minha cara não é possível. Tudo que eu estava precisando era encontrar com eles, logo ali. Puxei meu tridente, pois sabia muito bem quem era.

— Foi melhor do que imaginei! — Falei com o sorriso estampado no rosto, usar o sarcasmo era minha melhor arma.

— Para uma princesa você não é muita criança! — Olhei para a garota a minha frente com uma bela risada.

— Tem como você se controlar, pelo menos uma vez? Ou é muito difícil? Você sabe porquê estamos aqui.

— Vocês vieram para morrer, ou matar novamente? Os famosos irmãos Winchester! — Encontrar eles ali era melhor do que imaginei.

— Olha só Sammy, ela nos conhece! Agora posso atirar logo nela para irmos embora. — Não mereço ficar ali com aquela garota.

— Dean, se controla já falei! Viemos aqui para resolver isso, Kally já fez muito.

— Que maravilha a morte já foi dar o recado, e é muito bom conhecer o famoso Dean Winchester! — Sim, antes da morte do meu irmão, tinha muita vontade em conhecer o Winchester mais velho.

Observava ao longe o desenrolar daquela conversa. Como Bobby costumava a dizer Sam e Dean são dois idiotas. Lógico que não estava com o camaro, uma vez que ele era visado, eu estava do outro lado da rua, dentro de um Mustang 65 preto. Obviamente eu peguei emprestado de um velho amigo da polícia, mas que não convinha dizer seu nome agora.

Vi quando a "adorável" egípcia estava esperando seja lá o que havia pedido a moça bonita, até chegar aqueles dois idiotas. Era mais fácil ter falado para eles irem provocar.

Mas eu sou uma boa atriz e sei disfarçar bem certas coisas e foi nessa hora que ajeitei a peruca e os óculos que estava usando. Pisei no acelerador e parei próximo a naquela, escutaria melhor por ser uma entidade.

Ouvi o que Dean falou, e aquilo era frustrante. Qual a parte de "Não matar a filha de Poseidon" eles não entenderam?

— Olha só Sammy, uma deusa quis me conhecer... – vi o sorriso irônico de Dean se estender de orelha a orelha.

— Espera aí, você disse... Seu irmão? – Sam falou franzindo o cenho, parecendo não saber de nada. – Nunca falamos com seu irmão! – afirmou o caçula.

Vi quando o olhar de Kelsia mudou de Dean para Sam. Seu semblante mudou... Que merda.

— Não diga mentiras! – rosnou Kelsia, direcionando seu olhar raivoso para o caçula.

— Sammy!!!

Dean gritou quando viu ela pegar o tridente e o levantar para atingir seu irmão.

— Não!!

A única coisa que viram foi, que consegui interceder por Sam segurando em um dos dentes do Tridente.

A calmaria em meu ser, surpreendia até a mim mesma. Estava quase colada em Sam e suspirei.

— Tá fazendo o que Kallia? Achei que havia ido embora. – ela falou.

— Idiotas!! – foi a única coisa que eu disse antes de sentir o sangue escorrer pela minha mão. Ela iria matá-lo ali.

— Tá doida menina! – disse Dean enfurecido.

— Eu não disse que não havia sido eles Kelsia. Quer passar uma temporada no tártaro é? – esbravejei. Sam parecia estava cabisbaixo. Ele sempre ficava assim.

Suspirei. Ela recolheu o tridente e baixei minha mão. Meu poder de cura estava uma merda, então o sangue ainda escorria.

Dean ergueu a pistola contra ela. Nada ameaçaria Sam e sairia em pune.

— Dean, não!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo novo.

A amiga Kell está sem tempo, mas eu consegui recuperar esse capítulo.

Beijos, Lexi. ;*



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