Um acidente chamado Hank escrita por Rapha Sidle


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hey galera ♡
Bem vindos



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Na sala de espera do Desert Palms toda a equipe via o desespero de Grissom sem entender nada, a única informação que tinham era que Sara sofrerá um acidente com seu carro.
— O que aconteceu ? – perguntava Catherine.
— Eu não sei, falei com ela dez minutos antes de me ligarem avisando que ela estava aqui, e até agora não me deixaram vê-la – diz Grissom.
— E podemos saber porque ligaram pra você, pra avisar sobre ela? – Diz Brass
— Os paramédicos da ocorrência sabem quem ela é, sabem que trabalha conosco.
— Mas isso não justifica – diz Greg – poderiam ter ligado no laboratório.
—Gente isso não importa né – diz Nick – o importante é que ela fique bem.
Grissom odiava ser o centro das atenções, ela realmente havia ligado pra ele naquela noite, mas a conversa não tinha sida nada amigável.
Naquela mesma semana Sara havia deixando uma carta de demissão em sua mesa, ela passou todos os turnos evitando se encontrar com ele, e ele fazia o mesmo.
Segundo ela o motivo de demissão era a falta de respeito que ele tinha por ela, mas isso não era verdade, se ele pudesse e soubesse como se abrir pra ela, ela entenderia que o que ele sente vai além de respeito, além de qualquer sentimento que possa ser explicado.
O tempo passava e o que mais o preocupava era o entra e sai de médicos na sala de emergência onde ela se encontrava, pelo jeito a coisa foi feia.
— Alguém viu o carro dela, câmeras de vigilância próximas ao acidente, o que ela fez pra estar assim Gil ? - pergunta Catherine.
— Eu não faço ideia, peça aos meninos para investigarem o que pode ter acontecido a ela, eu não saio daqui sem ter notícias – responde Grissom totalmente desesperado.
— Respire meu amigo, ela é forte, vai sobreviver.
Seus meninos haviam saído com Catherine e ele ficou ali sozinho esperando que alguém dissesse alguma coisa sobre ela. Ela que era a razão pela qual ele perdia o sono as vezes, imaginando como seria viver o romance que ela tanto queria, ela que veio sem questionar quando ele precisou de uma investigação e agora ela estava lá dentro daquela sala deitada sobre uma maca deixando ele cada vez mais preocupado .
Quanto tempo havia se passado ele já não sabia mais, até que alguém surgiu com notícias.
— Dr. Grissom? – questionou um dos médicos
— Sim, como ela está? É muito grave? Está consciente?
— Uma coisa de cada vez, eu sou dr. Tales o responsável pela senhorita Sidle, ela chegou desacordada, sinais vitais fracos, os paramédicos tiveram que tirar ela de debaixo do carro, tem algumas costelas e a perna esquerda fraturada, demoramos dar notícias porque precisamos estabilizar o quadro que ela se encontrava.
— Espera... o senhor disse que ela estava embaixo de um carro.
— Não só de um carro, do próprio carro, só não sei explicar como .
— Do próprio carro ? Isso é insano no mínimo.
— Bom, foi isso que nos passaram, fizemos todos os exames possíveis e como por milagre ela não precisará de cirurgias.
— Posso vê-la?
— Terminamos com o gesso na perna, ela já recobrou a consciência, esta medicada e ela deve acordar a qualquer momento, vai ser bom ter um rosto amigo por perto.
A enfermeira o guiou até o quarto onde ela passaria a noite, ele se sentiu culpado por tudo aquilo, sua Sara não merecia passar por tanta dor só porque ele era medroso e teimoso.
Ela dormia, alguns arranhões em seu rosto, no braço esquerdo um cateter ligado a um soro, o abdômen enfaixado marcava as costelas quebradas, o gesso na perna esquerda, curativos no braço direito, ver tudo aquilo cortava o coração de Grissom que resolveu entrar sem fazer nenhum barulho e aguardar que ela despertasse.
Quando abriu os olhos novamente Sara sentia dor, especialmente quando respirava, ela olhou ao redor do quarto e encontrou um lindo par de olhos azuis observando, mas era um olhar triste e preocupado.
— Oi estranho – ela disse tentando sorrir.
— Como se sente? – ele perguntou indo até a beirada da cama.
— Me sinto como se um trem tivesse passado sobre mim, o que faz aqui?
— Me ligaram assim que você chegou aqui, todo mundo veio mas estão investigando seu acidente agora.
Ela começou a rir...
— Aí, isso dói não posso rir...
— Sara o que tem de engraçado? – ele perguntou assustado.
— Não precisam investigar nada, eu sei o que aconteceu.
— É verdade que você foi parar embaixo do seu próprio carro?
— É sim.
— E como isso foi possível Honey?
— Depois que discutimos por telefone sobre minha demissão eu resolvi sair, quando entrei na rua quinze vi que o carro que estava na minha frente atropelou um cachorrinho no cruzamento.
— Não acredito nisso, ele não parou?
— Não, o sinal fechou e eu desci do carro, quando me abaixei pra ver as condições do cachorro bateram no meu carro jogando ele contra mim, o cara também se machucou estava sem cinto, deve estar aqui também.
— Você foi atropelada tentando salvar um cachorro?
— Sim, porque tá tão nervoso?
— Porque eu já me culpei de toda e qualquer maneira existente no universo por você estar assim, nessa cama de hospital.
Os olhos de Grissom estavam cheios de lágrimas.
— Grissom, você fica assim todo emotivo quando seus subordinados se machucam?
— Você é mais que uma subordinada Sara, eu só não sei como te explicar isso.
— Eu? Mais que uma subordinada? Para de tentar me fazer rir Grissom.
— Eu nunca falei tão sério na minha vida, Sara você é o amor da minha vida, eu só não tenho coragem de te falar e...
O resto da conversa teria que ficar pra depois, sua equipe que era na verdade mais que sua família, estava entrando no quarto na maior conversa.
— Sara eu juro que vou te matar – dizia Greg se aproximando – onde você estava com a cabeça.
— Vimos as fitas do serviço de trânsito, menina você não tem um pingo de juízo- diz Brass.
— Eu deveria ter feito o que deixado o bichinho morrer ? – Diz Sara.
— Não, mas deveria ter pelo menos ligado o pisca alerta, quase nos matou do coração – diz Catherine – cadê o Gil?
— Ele saiu, enquanto vocês conversavam ele disse que tinha que ver uma coisa – diz Nick – bom te ver viva Sara.
— Acho que não era minha hora.
— Vira essa boca pra lá, se machucada você já deixou a gente doido imagina se acontecesse o pior.
— Eu só acho que se acontecesse o pior Grissom morreria junto, ele quase surtou – diz Greg.
— Vai ficar em observação por quanto tempo ? – pergunta Nick.
— Até amanhã cedo, e nem precisam se acotovelar pra ver quem vai ficar aqui, eu vou passar a noite sozinha e amanhã ligo pra alguém me buscar.
— Tem certeza querida? – pergunta Brass.
— Tenho, agora todo mundo pra fora que preciso dormir.
Depois que todos se foram ela ficou pensando nas palavras de Grissom, mas não dava pra acreditar, ela o amor da vida dele? Nem pensar ele só estava preocupado e agitado com o que aconteceu, só poderia ser isso.
Ele havia saído enquanto todo mundo tentava falar com Sara, se ela havia parado pra ajudar um cachorro, onde ele estaria?
Quando chegou ao cruzamento onde ela se acidentou notou que havia uma clínica veterinária bem próxima, talvez alguém tenha socorrido o bichinho enquanto Sara era resgatada.
— Boa noite, sou Gilbert Grissom da criminalística – ele se apresentou – hoje mais cedo uma subordinada minha sofreu um acidente...
— Ah! A maluca que parou no sinal por causa do filhote! – sorriu a veterinária – Ela está bem ?
— Vai ficar, sabe me dizer o que aconteceu ao cachorrinho?
— Está em observação aqui, eu corri até lá quando ouvi a pancada, ela me pediu pra ficar com ele, quer vê-lo?
— Quero muito.
— É um filhote de boxer, não passar de três meses, não sei se foi abandonado ou se fugiu de algum lugar.
— Quais as chances dele sobreviver?
— Ele só precisa descansar, na verdade ele não teve nenhum ferimento grave, dois dias de observação e aí vou envia-lo ao abrigo de animais.
— Não precisa fazer isso eu fico com ele, se aparecer alguém procurando devolvo, mas pro abrigo não.
— Eu aviso quando ele estiver pronto, já tem um nome ?
— Hank, acho que ela não vai gostar mas é esse o nome dele é Hank, providencie tudo que ele precisar.
Depois do ver o filhote e tomar um bom banho ele resolveu que era hora de voltar ao hospital, a conversa que iniciaram tinha que continuar , ele estava disposto a se abrir e se entregar aos seus sentimentos, só de pensar na demissão dela seu coração quase parava, pensar nela em uma cama de hospital então era como se alguém lhe tivesse arrancado um pedaço.
Ela havia dormido, achou que estava sonhando quando sentiu aquele perfume, era inconfundível, ou ela estava realmente sonhando ou ele estava ali, abriu os olhos devagar e encontrou novamente aqueles olhos azuis lhe observando.
Ele parecia nervoso, mas dessa vez tinha algo diferente naquele nervosismo, havia um brilho nos olhos que os deixavam mais azuis e mais lindos se isso fosse possível, havia também um buquê enorme de rosas vermelhas em suas mãos.
— Agora jogou sujo Grissom, vem me visitar nessas condições e ainda com cara de quem vai pra um encontro – sorri Sara – quem é a sortuda?
— Acho que a sorte é toda minha, porque no caso a dona das flores, do meu coração e de todo o meu amor é você Honey.
— Então você estava falando sério, hoje mais cedo.
— Nunca falei tão sério em toda a minha vida, eu te amo Sara, sempre te amei, mas é que ... eu ... Não sabia direito como te falar, na verdade ainda não sei...
— Gil eu não queria que fosse nessa situação que você me dissesse isso... eu não consigo acreditar...
— Pois acredite, eu não vou recuar dessa vez Sara... Só preciso saber se você ainda sente algo por mim...
— Senta aqui, não precisa ser tão cauteloso meu amor, você sempre foi o dono do meu amor, do meu coração, da minha vida, eu vou te amar pra sempre...
— Gostou das flores ? São minhas e do Hank...
— Hank? Aquele Hank, ele estava na ocorrência ? Eu não me lembro de ....
— Sara, acha mesmo que eu falaria com aquele canalha, Hank é o filhote de boxer que você salvou, eu o adotei.
— E não tinha outro nome meu amor, coitado do filhotinho.... Aí... Não posso rir.
— Para de rir então querida – diz Grissom depositando um delicado beijo em seu rosto.
— Ei! É só isso que ganho, eu mereço um beijo descente...
— Seu pedido é uma ordem
Foi um momento indescritível, ele se aproximou sem perder o contato com aqueles olhos castanhos, suas bocas se encaixavam como se fosse um gesto familiar, se deixaram levar se perdendo no tempo e foi quando a necessidade de respirar falou mais alto que se separaram.
— Foi descente o suficiente pra você agora Honey? – havia malícia na pergunta e nos olhos de Grissom.
— É melhor você se afastar querido, antes que meu monitor cardíaco volte a disparar e a enfermeira nos pague em flagrante.
— Descanse querida, amanhã vamos pra casa... pra minha casa.
— Grissom...
— Não discuta, por favor me deixa cuidar de você.
— Eu ainda acho que estou sonhando, só pode, amanhã quando acordar tenho certeza que isso não passou de um sonho.
— Já te disse Honey, eu não vou recuar, descanse, durma, e amanhã vamos pra casa.
—________________________________________________________
Amanheceu em Vegas, ela despertou com o chamado da enfermeira, procurou por ele no quarto mas só restavam as flores em um vaso próximo a janela, será que ele se arrependeu?
— Ele disse que volta logo – anunciou a enfermeira – isso que é amor, ele passou a noite toda na poltrona sem fechar os olhos, ganhou na loteria mocinha.
— Eu acho que ganhei mesmo, sabe quando o doutor vai me dar alta?
— Assim que seu namorado voltar você já pode ir.
Grissom estava no laboratório, toda a equipe observava do lado de fora da sala de Eckley.
— O que será que aconteceu ? – perguntava Catherine – já faz muito tempo que ele está aí.
— Não sei não, será que tem alguma coisa a ver com a Sara ? – Diz Nick.
— Vocês dois sabiam que é muito feio ficar bisbilhotando atrás das portas? – comunica Greg que havia chegado – O que está acontecendo lá dentro?
— É feio mas você quer a fofoca né? – Diz Brass – vai todo mundo circulando, deixa o Grissom em paz.
A porta se abriu assustando a todos, Grissom olhou pra eles com a sobrancelha erguida e cara de espanto.
— Foi isso que ensinei a vocês? Ficarem bisbilhotando atrás das portas?
— Eu avisei que você não ia gostar disso chefinho – diz Greg- e a Sara está bem ? Aconteceu alguma coisa com ela ?
— Sara está bem e eu estou de licença por sessenta dias...
— Você está o que? – Diz Catherine- só pode estar de brincadeira.
— Eu estou de licença e você está no comando, Hodges vai a campo quando necessário e vem mais um do diurno pra suprir a ausência da Sara.
— Vai fazer o que nesses dias ? – pergunta Nick.
— Vou ajudar na recuperação da Sara.
Todos sem exceção ficaram de boca aberta, afinal não era normal Grissom dar satisfações sobre sua vida, e saber que ele ia ficar ao lado de Sara por sessenta dias foi chocante.
— Cath, Warrick volta na segunda o julgamento que ele estava terminou, se alguém quiser visitar a Sara ela vai estar na minha casa, preciso ir ela deve estar ansiosa pra sair do hospital.

 


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Notas finais do capítulo

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Bjim



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