Romance Proibido escrita por Juliana Lorena


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Quem é vivo, sempre aparece. Estou aqui com mais um capítulo. Sei que demorei e espero que me perdoem . Estou sem tempo ultimamente. Peço que tenham paciência comigo e não abandonem a história. Boa leitura ❤️❤️



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/776405/chapter/8

POV. AUSTIN

A festa na casa de Elliot estava uma loucura. Havia muita gente na piscina, muita gente enchendo a cara e muita gente dançando. Esse não era o tipo de festa que eu gostava, eu nunca ia nas festas do Elliot. Para começar, ele nunca me convidava, pois sempre tivemos uma rivalidade e depois, eu não gosto desse tipo de “socialização”. Hoje eu vim porque acho que mereço me divertir um pouco. A minha sorte é que por haver muita gente, era bem improvável que Brooke me encontrasse, ou seja, eu estava livre por pelo menos uma noite. Decidi ir pegar uma bebida. Eu não sou muito de beber, mas às vezes faz bem. Perto do bar, notei que haviam umas pessoas jogando sinuca e adivinhem quem estava no meio dessas pessoas? Se você pensou na esquentadinha, acertou. Fiquei observando sua jogada e ela deu uma tacada certeira muito impressionante. A esquentadinha era boa em quase tudo, inclusive em me tirar do sério. Isso ela fazia com maestria. Continuo observando ela jogar, ela jogava muito bem e dificultava muito as jogadas da dupla rival.

— Parece que vocês perderam a aposta, não é mesmo? – disse sorrindo satisfeita para um dos caras que jogavam contra ela.

— Não faz a gente fazer isso, por favor.- disse um deles quase implorando.

— Aposta é aposta. Cumpram o combinado.- Ela disse sorrindo diabolicamente. Fiquei curioso para saber qual era a aposta que haviam feito, a única coisa que eu sabia, era que os caras tinham se ferrado muito. O olhar de desespero deles deixava isso bem claro. Os dois com cara de derrotados subiram escada acima, que levava para os quartos da casa de Elliot. Observei a esquentadinha organizar as bolas de sinuca e um cara visivelmente bêbado chegar nela. O mesmo tentou ser sedutor, mas pela cara que ela fez ,ele não tinha a menor chance. Acabei rindo da cena. Ela saiu andando e deixou o cara lá, com cara de bobo. Após alguns minutos, vejo os mesmos caras que tinham perdido a aposta para a esquentadinha descerem as escadas apenas de cueca. Todos os que viram o estado deles começaram a rir e os acompanharam para ver o que fariam a seguir. Os mesmos, abriram o portão da casa de Elliot e saíram para a rua acompanhados de quase todos os convidados da festa. De repente, os dois começaram a correr pela rua apenas de cueca e a gritar desesperados. Todos que presenciaram a humilhante e hilária cena começaram a gargalhar. Alguns pegaram seus celulares e gravaram o momento. Com certeza, amanhã isso estaria na internet. Os dois continuavam correndo e gritando e as pessoas que passavam, olhavam para eles rindo e sem entender o que estava acontecendo. A esquentadinha realmente era maluca e não tinha limites. Por algum motivo, essa era uma das coisas que me deixava curioso com relação à ela. Ela era forte, determinada, não abaixava a cabeça para ninguém e quem mexesse com ela, sofria as consequências. Eu senti isso na pele e sabia que ela podia ser cruel quando queria. Finalmente, os dois pararam de correr e gritar pelados pela rua, eles passaram por nós de cabeça baixa, envergonhados. Envergonhados eles ficariam amanhã, quando as imagens gravadas viralizasse na internet. Eles param em frente à esquentadinha e ela tentando segurar o riso diz:

—Bom trabalho, garotos.- Rio da fala dela e da cara de derrotados deles quando entram na casa, certamente para vestir suas roupas.
Depois do alvoroço causado pelo “espetáculo” dos dois patetas, todos voltam para a festa. Alguns vão para a piscina, outros jogar sinuca e outros para o bar que havia. Vejo a esquentadinha se dirigir ao bar. Eu não sabia que ela bebia, mas isso não deveria me surpreender vindo dela. Ela pede uma bebida que eu não soube reconhecer e vira o copo de uma vez só. Logo depois ela pede outro e faz a mesma coisa. Realmente, ela é louca. Esse tipo de bebida sobe muito depressa e ainda mais bebendo dessa forma. A esquentadinha ainda está no bar bebendo, quando o idiota do Elliot chega para conversar com ela. O mesmo fala coisas em seu ouvido, por causa do volume da música e a mesma sorri. Ela deixa o copo em cima do balcão e acompanha Elliot para a enorme pista de dança que tinha no local. Senti um incômodo ao ver os dois dançando juntos, mas logo deixei isso para lá. Eu não tinha nada a ver com a vida deles. Decido pegar mais uma bebida para relaxar e espantar o nó no estômago que me deu ao ver o meu maior rival e a esquentadinha juntos. A festa foi rolando e cada vez mais as pessoas foram ficando bêbadas. Era difícil encontrar alguém sóbrio no meio daquela bagunça. De repente, vejo uma aglomeração e muita gritaria próximo à mesa de sinuca. Não dava pra ver o que estava acontecendo de longe, então fui até lá para ver o que era. Meu queixo quase caiu no chão quando vi que a esquentadinha estava em cima da mesa de sinuca apenas de calcinha e sutiã e fazendo um “Showzinho” para todo mundo. Todos os garotos assobiavam e incentivavam ela a continuar. Ela estava visivelmente bêbada e não sabia o que estava fazendo, eu precisava fazer alguma coisa para impedir que ela passasse mais vergonha. Eu não sei porque estava me importando com isso, eu deveria deixar ela lá, mas algo dentro de mim me impedia. Adentrei na multidão de pessoas e com muita dificuldade consegui chegar até ela.
— O que você está fazendo, maluca? Desce já daí. – Falei alto o suficiente para que ela pudesse ouvir. Ela olhou para mim e sorriu.
— Me divertindo. Você sabe o que é isso? – Falou debochada .
— Desce logo daí, antes que eu te tire. – disse mais alto. Todos os garotos começaram a vaiar. A maluca fingiu não me ouvir. Então, eu a tiraria de lá de qualquer jeito. Aproveitei um momento em que ela estava distraída e consegui pegá-la e jogá-la sobre meu ombro. As vaias aumentaram cada vez mais e a mesma se debatia e batia em minhas costas tentando se soltar.
— Me solta, seu louco. Me põe no chão. – grita. Ignorei e continuei andando com ela em direção ao meu carro que estava estacionado do lado de fora. A coloquei no banco do passageiro e fui para o lado do motorista. Ela estava toda desajeitada no banco e prestes a dormir. Liguei o carro e segui para casa, quando olhei para o lado, a esquentadinha já estava apagada. Ri comigo mesmo, ela era muito maluca. Estacionei na garagem de casa e vi no relógio que eram 2 da manhã. Pelo horário e pelas luzes apagadas, meus pais já estavam dormindo. Suspiro aliviado. Eles verem ela dessa forma não seria nada bom. E mais uma vez, me repreendo por me importar. Vou até o lado que ela estava e a pego no colo com cuidado e a levo para dentro, tentando não fazer barulho. Foi difícil destrancar a porta com ela nos braços. Subi as escadas tentando fazer o mínimo de barulho possível, meus pais tinham o sono pesado, mas eu não queria arriscar que eles a vissem dessa forma. Abro a porta do quarto dela e a coloco na cama. Ela ainda estava seminua , mas não tive coragem de vesti-la, então, apenas a cobri com o edredom. Olhei para o rosto dela adormecido e ela parecia tão serena, nada parecida com o furacão que era quando estava acordada. Se eu não a conhecesse, até pensaria que ela é meiga, olhando agora. E uma coisa que eu já havia percebido desde que a vi pela primeira vez, é o quanto ela é linda. A pele clara, os lábios carnudos, o cabelo longo, castanho e ondulado e os olhos cor de chocolate faziam uma bela combinação. Olho mais alguns instantes para ela e vou para o meu quarto. Resolvo deixar um remédio para dor de cabeça e um copo de água no criado mudo dela. Com toda certeza, ela vai acordar com uma ressaca horrível e muita dor de cabeça. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, eu estava me preocupando demais com a esquentadinha e isso não era bom.

POV. ALLY
Que dor de cabeça infernal. Tentei com muito custo abrir meus olhos e me arrependi totalmente. A cortina da janela estava aberta e os raios solares entravam no quarto, meus olhos não gostaram nenhum pouco da claridade e minha cabeça, menos ainda. Eu não sabia direito o que havia acontecido, mas a boca seca e a dor de cabeça imensa, indicavam que eu havia passado dos limites na festa de Elliot na bebida. Me esforcei bastante para sentar na cama e percebi que estava apenas de roupas íntimas, não havia sinal de minhas roupas em lugar algum. Ai, meu Deus! Olhei para o criado mudo ao meu lado e vi um copo de água e uma cartela de remédio para dor de cabeça. Ai, meu Deus, será que Mike e Mimi haviam me visto desse jeito? Pensar nisso, só aumentou minha dor de cabeça. Peguei a cartela do remédio e o copo de água e tomei um comprimido. Pela dor que eu estava sentindo, eu precisaria de uma cartela inteira. Eu nunca havia bebido dessa forma na minha vida. Na verdade, essa é a primeira vez que bebo e já me dei mal. Malditas tequilas e vodcas. Fiquei mais um tempo sentada na cama olhando para o nada , quando ouço uma batida na porta do meu quarto.

— Entre.- disse alto para que a pessoa ouvisse.

— É... Bom dia.- disse o loiro colocando apenas a cabeça para dentro do quarto.

—Bom dia.- Respondi por educação, porque de bom aquele dia não estava tendo nada. Fiz sinal para que ele entrasse e assim ele o fez.

— Vim ver como você está. Deve estar com uma ressaca horrível. – Ele disse. Procurei algum indício de que ele estava zombando da minha cara, mas não achei nenhum. Fiquei surpresa .

— Horrível é pouco. Minha cabeça está parecendo uma bomba atômica preste a explodir. – Ele dá uma risada. Não havia notado como sua risada era boa de se ouvir. Espanto esse pensamento. Um silêncio incômodo caiu sobre nós. – O que aconteceu ontem? Eu não me lembro de muita coisa. – perguntei para quebrar o silêncio e porque eu queria mesmo saber.

— Qual a última coisa que se lembra? – pergunta.

— De ter dançado com o Elliot. – respondo tentando me lembrar de mais alguma coisa.

— Bom, depois disso, você ficou só de calcinha e sutiã e dançou em cima da mesa de sinuca na frente de todo mundo. - Meus olhos pareciam que iriam saltar da cara de tão arregalados que ficaram.

— Eu... Eu fiz o quê? – perguntei sem acreditar. Bom , isso explicava o fato de eu estar só de calcinha e sutiã.

— Pois é, foi isso mesmo. – Ele disse segurando o riso.

— Meu Deus, que vergonha. – digo com o rosto entre as mãos.

— A esquentadinha com vergonha de alguma coisa? Quem diria. – disse ele rindo. Dou um tapa em seu braço e rio também. A situação seria cômica, se não fosse trágica. Eu paguei esse mico na frente de todo mundo da escola.

— Como eu saí de lá? – pergunto sem coragem de olhar pra ele, ainda com vergonha.

— Eu consegui te tirar de lá sob os protestos de todos os garotos. Eles amaram o seu show. – Eu ri.

— Obrigada. Obrigada mesmo por ter me tirado de lá e evitado que eu pagasse mais mico. – Agradeço sinceramente. Eu estava muito grata mesmo.

— Você também sabe agradecer. - diz ele fingindo estar surpreso.

— Você não é de todo mal. – digo sorrindo.

— Você também não é tão ruim quanto imaginei. – diz ele sorrindo também.

— Será que podemos ser amigos? – pergunto estendendo minha mão . Eu estava cansada de estar sempre discutindo com ele e ele não era uma pessoa má.

— Amigos. – diz sorrindo e apertando minha mão. Olho para nossas mãos sorrindo e aperto sua mão selando nossa amizade.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Me contem nos comentários. Beijos ❤️❤️❤️



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Romance Proibido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.