Riddare Drakar escrita por BellatrixOrion, HeielBlueSky


Capítulo 4
Capítulo 3 - Laços Desgastados


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoal! Bem, pelo menos essa semana só atrasamos algumas horas kkk Enfim, esse será um cap especial no ponto de vista do irmão do ano! Esperamos muito que vocês gostem e aproveitem bastante! Não se esqueçam de comentar pois isso nos ajuda muito e super nos motiva a continuar inovando dentro da história.

Ahh e detalhe importante: Estamos tentando seguir aproximadamente de como era a vida dos vikings realmente, mas não será por completo. Então dentro da história, não se apeguem muito a realidade em que vivemos e aos nossos livros de história (apesar de eu amar muito). Ficaria muito complicado mesclar os dois universos perfeitamente em todos os detalhes, por isso estamos formando uma nova realidade onde isso faça sentido. E claro, queremos muito que todos mergulhem junto conosco ^^


Mas, agora chega de enrolação! Aproveitem o Capítulo!!


~Bellatrix ♡



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Capítulo 3 - Laços Desgastados

Itachi

—ABAIXEM-SE!

Mais uma explosão.

As ondas de pressão empurraram a mim e meu batalhão para longe. Mesmo atordoado pelo grande impacto forcei meu corpo a se levantar e correr na direção de um dos meus homens, ele estava prestes a ser atacado pelo Crepitus que havia acabado de lançar suas chamas explosivas em nós. Quando o animal estava prestes a disparar uma nova bola de fogo, me joguei na frente do meu soldado o protegendo com o meu escudo, o qual absorveu a maior parte da explosão, meus músculos doíam pelo esforço, mas isso deu tempo para o meu homem se recompor e atingir a fera de surpresa.

Logo me lancei sobre ela também, fincando minha espada em seu gargalo e fazendo o sangue de sua garganta jorrar sobre mim. O cheiro e gosto metálicos desagradáveis atingiram meus sentidos imediatamente. O animal caiu morto no chão e logo ordenei para que averiguassem se todos se encontravam bem.

Estávamos no terraço da Academia de Armas, por todos os lados se via labaredas incandescentes se alastrando. Quando tudo terminasse, precisaríamos libertar o dragão aquático dos calabouços e usa-lo para apagar todo esse fogo. Talvez um tanto irônico se utilizar de uma besta para reparar os estragos de outra besta, mas enquanto o sistema de irrigação não estivesse pronto, teríamos que nos virar dessa forma.

Continuei indo de um lado para outro para ter certeza de que todos os meus homens estavam bem. Mesmo que meu semblante aparentasse certa neutralidade, minha mente não parava nem se quer por um minuto, estava preocupado com toda aquela situação é claro, mas não deixava de pensar em Sasuke. Eu não o via já fazia algum tempo, e mesmo que teimasse comigo mesmo dizendo que estava tudo bem e que ele estava seguro, meu coração ainda sim insistia em se preocupar.

Sasuke é um garoto diferente, eu sei, apesar de parecer ser o mais fraco dentre os vikings da sua idade, o que não é uma comparação justa já que seu corpo está apenas em fase de crescimento, ele demonstra ter uma inteligência fantástica, muito maior que a maioria e incluo-me nesse quesito. Costumo pedir a opinião dele quando estou preparando as estratégias de batalha e ele sempre tem uma ideia diferente para lidar com cada situação. Sasuke é incrível, e por saber que era inteligente, também sabia que estaria bem. Mas, infelizmente, Fugaku não conseguia enxergar o interior de seu próprio filho. Para ele os músculos e a força sempre seriam mais poderosos do que uma cabeça que pensava demais.

Ainda concentrado em fazer a verificação, constatei que o Fúria da Noite não atacava a algum tempo, e logo estranhei. Algo deveria ter acontecido. Mas, antes de concluir meu pensamento, ouvi a voz estrondosa de Fugaku me chamando das ruas lá embaixo.

— ITACHI, AJUDE-O!

Suspirei pesadamente quando dirigi meus olhos do alto do edifício e vi Sasuke correndo de um pesadelo monstruoso, peguei impulso e mergulhei em direção a fera, fincando minha espada em seu pescoço. Subi em sua cabeça e enterrei minha arma em seu focinho, o obrigando a sufocar como o próprio sangue até desfalecer morto aos pés do garoto. A cara de alivio de Sasuke chegava a ser cômica, e claro, eu não perderia a chance de importuna-lo, mesmo que fosse apenas para deixa-lo menos assustado com todo aquele caos.

— Irmãozinho tolo, precisa ficar mais atento dentro do campo de batalha.

Falei enquanto tirava meu capacete, o cheiro de suor e sangue estavam começando a ficar insuportáveis, ajeitei meus fios negros que estavam atrapalhando meus olhos e por fim, sorri para Sasuke.

—Não, Itachi. Ele não precisaria ficar atento se tivesse ficado na ferraria fazendo o serviço dele – Nosso pai logo se aproximou, já ralhando com o garoto que tinha acabado de levantar – O que temos até agora? – Voltou-se para mim.

— Nós temos Gronkels, Zíper Arrepiantes, Dragões tubarão e mais um Pesadelo Monstruoso – Disse descendo daquilo que um dia foi uma fera poderosa.

— Algum Fúria da Noite?

— Um. Ele destruiu cinco das nossas catapultas, mas já faz um tempo desde que ele atirou pela última vez.

— Bom, talvez ele já tenha ido embora.

— Na verdade – Sasuke entrou na nossa conversa – Eu o derrubei – Meus olhos logo se arregalaram – Ele caiu na direção da floresta Arborial. Se mandarmos um grupo de buscas agora, acredito que ainda podemos mata-lo!

Nosso pai pareceu ficar ainda mais irritado do que o normal, encarando-o como se o que ele tivesse acabado de dizer fosse o maior absurdo que ele havia ouvido em toda a sua vida.

— Você? Derrubou um Fúria da Noite? Sozinho? Por favor, não me faça rir, Sasuke – Virou-se já indicando que voltaria para a batalha.

— Eu estou dizendo a verdade! – Meu irmãozinho segurou o ombro de nosso pai – Se não formos até lá agora, ele vai escapar!

Decidi entrar no meio da conversa, antes que as coisas saíssem do controle.

— Pai talvez nós... – Tentei falar, mas fui imediatamente interrompido.

— Não ouse entrar nestas fantasias do seu irmão Itachi! Pessoas estão morrendo enquanto estamos aqui ouvindo as histórias de faz de conta dele! – Sua mão direita voou no pescoço de Sasuke, fiquei instantaneamente nervoso e aflito, o ergueu alguns centímetros do chão. Sasuke se debatia, tentando miseravelmente se libertar do aperto do viking – E você, volte para a Casa Principal antes que eu faça algo muito pior.

Fugaku o soltou e se virou para voltar para a batalha. Ajoelhei-me na hora para saber se o garoto estava bem, queria ficar ao seu lado, dizer que que eu ouviria o que ele tinha para contar,  mas não poderia deixar o povo de Konoha sofrendo por meu lado egoísta e sensível.

— Sasuke, nós conversaremos mais tarde então, por favor, vá para casa! – Encarei seus olhos, mas eles estavam opacos. Nem saberia dizer se ele havia me escutado, mas sua expressão partiu meu coração. Ele só tem 15 anos, eu sei que somos vikings, que somos brutos e violentos, mas ninguém deveria passar por isso, principalmente com o próprio pai.

Levantei-me, coloquei novamente meu capacete e corri na direção para onde Fugaku já tinha ido. Não me atrevi a olhar para trás, não era hora de amolecer.

Quando alcancei o homem, eu estava com uma carranca digna para que ninguém duvidasse do nosso parentesco. Ele me encarou, deu um pequeno suspiro e falou:

— O que foi, Itachi?

— Pai, você exige muito do Sasuke, e quando ele tenta, você age desse jeito com ele! Como espera que ele o respeite se você o trata como se fosse um inimigo?!

— Itachi, ele já passou da idade para mostrar suas capacidades, mas não temos absolutamente nada. Como posso chamar alguém como ele de filho sendo que ele não tem nada de mim? Você por outro lado, é o meu orgulho. Sempre se mostrou um exemplo perfeito de como os vikings devem ser! Mas, infelizmente, nem a você seu irmão é capaz de imitar.

Depois de ouvir isso, meu sangue ferveu e se não tivesse um bom alto controle teria pulado no pescoço dele ali mesmo.

— Você não sabe da capacidade do seu filho, porque só o despreza! Só o diminui! Se a nossa mãe estivesse aqui...

— NÃO OUSE FALAR DELA!

—Você não vai poder fugir disso para o resto da vida!

Fugaku, finalmente, tinha deixado um pouco de sua máscara cair, eu sabia que tocar naquele assunto era doloroso, tanto para mim quanto para ele. Aquele definitivamente não era o lugar e nem a hora certa para falar a respeito disso. Mas, era mais forte do que eu. A raiva, o inconformismo... Tudo. Eu só gostaria que ela estivesse aqui.

— Nós temos coisas mais importantes para resolver agora, depois falaremos sobre isso de novo.

—Claro, como em todas as outras vezes.

Ele não me respondeu, continuou simplesmente seguindo para o próximo ponto de fogo para averiguar se mais pessoas precisavam de ajuda. Eu continuei o seguindo.

— Pai, e sobre aquele outro assunto?

— Qual?

— O treinamento dos Hunters desse ano. O verão já começou e precisamos começar o quanto antes. Até o inicio do inverno, precisaremos de novos guerreiros. – O treinamento dos Hunters acontecia todos os anos durante os meses do verão, onde jovens que tinham completado seus 15 anos fariam o treinamento dos guerreiros vikings para participar, enfim, ativamente nas batalhas contra os dragões – Essa é a oportunidade de Sasuke aprender realmente com alguém especificamente a arte da batalha e mostrar do que ele é capaz. É a chance dele!

—Estamos falando da mesma pessoa? Mesmo que eu o permitisse participar, ele não duraria um dia na arena.

—Quem te garante isso?

—Eu mesmo.

—O dê uma chance! Um mês! Para vermos se isso o ajudará ou não. Se ele não se adequar, eu não insistirei mais nesse assunto. E... Também irei com você na expedição para o Ninho.

Meu pai se calou, enquanto me observava de cima a baixo para saber se eu realmente estava determinado a isso. Por fim, graças aos deuses, ele concordou.

— Certo. Ele começara o treinamento de Hunter com Kakashi. Mas, se ele falhar... Você nunca mais insistirá nesse assunto. Estamos entendidos?

Assenti. Ao menos isso eu faria pelo meu irmão.

}*{

Ficamos ainda mais algumas longas horas em batalha, o sol finalmente começou a surgir depois da nona hora, levando com ele a longa noite e os dragões. Eu estava acabado, tinha perdido a conta de quantos dessas feras eu tinha matado e juro que achei que não iria acabar nunca, porém finalmente estava de manhã e poderíamos respirar mais tranquilamente por um tempo.

Despedi do meu pai, que tinha ido para o centro de comando para terminar a convocação para a expedição do Ninho e voltei para a Casa Principal.

Tomei um longo banho na fonte de águas termais que tínhamos, um dos privilégios de ser o líder do Império era ter acesso a uma quando bem quiséssemos, geralmente os vikings tomam banho uma vez na semana, com exceção de dias pós-batalhas, ondem a maioria dos guerreiros se reuniam nas fontes que ficam um pouco mais afastadas do centro da cidade para se verem livres de toda a sujeira e sangue. O que não era diferente do que eu estava fazendo naquele momento. A água quente ajudava a tirar toda a tensão dos meus músculos doloridos. Observei distraído ela lavar o sangue seco das feras que estavam encrustados em mim.

Quantas vidas eu tirei?

São seres sanguinários, eu sei... Mas, não deixam de estar vivos. As vezes esse questionamento vinha até mim, mas sempre me convenci de que estava fazendo isso pelo nosso povo, por nossa segurança. Sempre bastou.

 Quando terminei fui em direção ao meu quarto, vesti minhas roupas casuais, uma camisa vermelha, uma calça preta e minhas botas, e então sai de lá enquanto prendia meus cabelos, indo em direção ao quarto do caçula, bati e esperei algum tempo pela resposta, mas esta não veio. Estranhando, entrei no aposento e me deparei com ele completamente vazio.

Pelo jeito de como as coisas estavam, eu podia jurar que ele nem se quer tinha voltado para casa. É compreensível, mas meu instinto de irmão protetor logo fez meu coração apertar.

No entanto, não há nada que eu pudesse fazer agora além de esperar até que ele voltasse e contar as “novidades” e, obviamente, me certificar que ele esta bem, não só fisicamente.

Sai da Casa Principal, como sabia que teria uma viagem amanhã decidi ir atrás da mulher que realmente me importava, assim como Sasuke, eu tinha uma paixão desde a infância, contudo sou bem mais discreto do que aquele garotinho tolo.

Acabei encontrando-a ajudando a tirar os escombros da frente da casa de sua família. A mulher de cabelos escuros, olhos ônix  e que possuía uma pinta abaixo do olho direito, assim que me notou sorriu gentilmente, e de maneira discreta, se afastou das outras pessoas para me seguir até os fundos da casa, longe dos olhares curiosos.

— Itachi, você está bem? Fiquei preocupada com você, pelo o ataque dessa noite.

— Izumi... – Coloquei minha mão em sua bochecha acariciando-a – Não precisa se preocupar, eu sempre vou voltar para você.

Ela sorriu um pouco envergonhada, o que me fez sorrir também. Entretanto, logo sua cara se tornou sombria, parecia triste.

— O que foi? – Disse claramente preocupado – Está sentindo mal? Quer que eu chame a Tsunade?

— Não se preocupe, só estava pensando que você esta noivo e... Nós não deveríamos nos encontrar assim.

— Izumi, eu não estou noivo e não vou me casar com a herdeira dos Harunos, tenho a teoria que isso é outro meio de maldade do meu pai com meu irmão.

Ela me olhou confusa.

— Seu irmão gosta da garota de cabelos rosa? Achei que isso era só história inventada pelo o Uzumaki para brincar com o Sasuke.

Dei risada, realmente do jeito que o Naruto fala, parece realmente uma piada.

— Fique tranquila, Izumi – Disse ficando sério novamente – Eu não irei me casar com a mulher que meu irmão ama... – Vi ela parecer decepcionada por um momento, então continuei sem lhe dar a chance de falar – E não só por isso, não vou me casar com alguém por status, tem apenas uma mulher que habita o meu coração, e essa mulher é você.

Ela me olhou  com seus olhos brilhando, abraçou-me e ficamos ali por algum tempo. Ainda abraçados, mudei de assunto:

— Amanhã irei viajar com meu pai e outros vikings para o Ninho, ele acha que pode acabar com isso de uma vez por todas. Se nem mesmo o meu avô Madara conseguiu, não acho que ele possa chegar muito mais longe, mas você conhece o Fugaku, ele não vai tirar isso da cabeça até ter certeza de que quebrou a cara.

Ela deu risada.

— Você não é muito diferente dele, Itachi.

Fiquei quieto e simplesmente sorri, me aproximei mais dela, sussurrando um "até logo", que foi retribuído por um "se cuida" também em meu ouvido. Dei um beijo rápido em seus lábios e sai em direção a Casa Principal novamente. Logo meu pai estaria de volta, e eu ainda precisava conversar com Sasuke.

 


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Notas finais do capítulo

Então gostaram?
Hoje a gente tentou muito postar antes, mas não aconteceu de novo, a vida das duas é bem corrida, porém dessa vez a culpa é minha de novo. Próxima semana eu não terei mais a mesma desculpa, podem cobrar kkkkkkk

Enfim, esse capítulo é um especial, narrado pelo gato do nosso Itachi, mostrando o lado dele.

Sério, melhor irmão do mundo e essa confissão para a Izumi, coisa mais linda.

Cada capítulo to mais P da vida com o idiota do Fugaku, sério ainda bem que o Sasuke tem o Itachi.

Entretanto, quem esta esperando a conversa do Sasuke com o Itachi?

Ou mais sobre o tão temido Fúria da Noite?

E por fim, mais sobre a Sakura? Ou até mesmo a amizade do nosso príncipe Sasuke com o Narutinho?

Ansiosos? Porque eu estou!
~Heiel✩