Revival escrita por sabrinavilanova


Capítulo 6
Capítulo Seis - Carpe Diem




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O badalar dos sinos demarcou o começo da tarde naquela cidade. Horário de pico, ruas congestionadas, apesar de ser um lugar pequeno. E, mesmo assim, Diego havia encontrado um meio de se locomover rapidamente entre as ruas estreitas do bairro mais pobre dali.

As rodas da Kawasaki Ninja 400 derraparam algumas vezes no asfalto e Vanya grunhia ao segurar com mais força a cintura do irmão. Não sabiam exatamente o que procuravam, já que Diego fez questão de não explicar o que estava acontecendo.

Ela estava em seu corpo de quinze anos e aquilo confundia sua mente em tantos níveis que não conseguia explicar. Lembrava de ter desmaiado no meio do palco e só. Sem saber onde estava ou como ela havia chegado ali, foi essa que Vanya acordou, mais confusa que nunca.

Ao levantar o olhar, viu o Diego do passado com os olhos fechados e só assim percebeu que ele a abraçava. Talvez aquilo tivesse deixa-a mais surpresa que a forma como se encontrava. Diego. Abraçava-a. O mesmo Diego que parecia sempre estar com raiva de si, sempre apontando as merdas que ela havia feito no passado.

Diego, Número Dois, ou qualquer nome que quisesse chamá-lo, seu irmão e não pode deixar de sentir um grande peso no peito por tudo que lembrava. Eles estavam vivos, os dois. Aquilo a fazia pensar sobre como estavam os outros. Teriam eles sobrevivido a tudo?

O pensamento fez com que apertasse mais o piloto da moto em seus braços. Desejava profundamente que eles estivessem bem, não queria causar mais problemas.

X.X.X

 

― Alguém me explica o que caralhos aconteceu aqui? ― Bakugou perguntou, exaltado ao ver o cenário de destruição espalhado pelo restaurante da sua mãe. Deku grunhia, ainda em choque pelo evento recente. As mãos apertavam os cabelos esverdeados e as pernas tremiam, dava para ver que tremiam.

Do outro lado, no balcão, Todoroki e outros dois conversavam, o olhar desconfiado do amigo fazia com que ficasse curioso sobre o que se tratava aquilo tudo. Porra! Ele precisava muito de uma atualização sobre as coisas que haviam acontecido nas últimas horas.

Suspirou, tentando se acalmar. Não conseguiria lidar com nada se estivesse com raiva, sua cabeça nublava e nada parecia fazer sentido. Balançando a cabeça negativamente, ele caminhou a passos lentos até o adolescente nervoso sentado na cadeira. Agachou-se para conversar com ele. Izuku agora roía as unhas, não parecia nada bem.

Puxou suas mãos para chamar a atenção e assim que os olhares se cruzaram, Bakugou o abraçou. Merda! Sentiu a respiração pesada tocar o ombro e, em questão de segundos, as primeiras lágrimas molharem a camiseta xadrez que usava. Sentia o olhar de Shouto de longe e se perguntava por que não era ele quem estava ali. Provavelmente, Midoriya havia o recusado.

Ele se ajeitou, voltando à posição anterior, agora com um olhar irritado no rosto. Viu-o sair dali, indo para a parte da frente do restaurante, talvez quisesse ver o estrago amplamente. Enquanto isso, Katsuki dirigiu-se ao grupo reunido atrás do balcão, desviando do vidro espalhado pelo chão.

― Quem são você e o que aconteceu aqui? ― ele perguntou, ajeitando a roupa.

― Esse é Ben e eu sou Five, você deve ser o Bakugou que ele disse. ― Apontou para Shouto. ― Então, vocês tem café aqui?

 

X.X.X

 

O som do violinho preenchia o ambiente, espalhando uma sensação leve por todo o lugar. O quartinho vagabundo daquele motel poderia, sim, suprir suas necessidades por alguns dias. E, dependendo da decorrência do seu trabalho, talvez durassem apenas horas.

Ouviu o som característico do chegar da mensagem dos seus superiores e abriu a cômoda, pegando a cápsula ali dentro. Sorriu ao terminar de ler e, pegando a pistola, ele saiu.

Era o seu dia de sorte.


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