Alguns dias haviam se passaod desde aquele incidente no moinho e marguerite percebeu que roxton estava distante dela, antes fazia de tudo para estar sempre com ela, mas agora parecia ao contrario. Sera que ela tinha conseguido seu pior medo? Afasta-lo dela? O medo era tão grande, que começou a lhe causar noites de insonia e perda de fome, comia as vezes uma fruta pela manhã, e so voltava a comer ao fim do dia antes de se deitar; os moradores da casa percebiam que algo de estranho estava errado com ela, e por diversas vezes veronica tentou saber o que era mas a herdeira desviava sempre do assunto.

Ninguem conhecia marguerita tao bem como roxton, ele sabia, que ela estava mais magra, nunca deixando de ser bela, as olheiras em sua pele clara de destacavam e o brilho de seus olhos quando olhavam para ele nao estavam mais ali; sabia que o culpado era ele, estava afastado dela, ele a amava, mas as vezes se sentia tao rejeitado que a tristeza tomava lugar a razão. Deveria conversar com ela e nao se afastar dela.

Mais uma vez marguerite nao pareceu no almoço, veronica tentou persistir, mas a mesma nao quis. Malone escrevia me seu diario, charlenger estava no laboratorio com mais uma de suas experiencias, veronica pintava no canto da casa e roxton limpava seu rifle, enquanto a herdeira estava em sua penteadeira abrindo seu coraçao mais uma vez para as paginas daquele diario:

Plato, 22 de março de 1819

Querido diario, fazem sete dias, sete longos dias que meu coraçao esta em sofrimento, sete dias que roxton me ignora, sete dias que minha vontade de viver acabou, sete dias que o sol parou de brilhar.

Por qure nao posso simplemeste jogar tudo para o ar e abraça-lo dizer que o amo, que ele me salvou da escuridao e que em seus fortes bracos me sinto segura como nunca me senti antes, dizer que quero sim ser sua mulher, sua esposa, sua amiga, sua amante, sua companheira. Que quero envelhecer ao seu lado, quero ser mae de seus filhos e que nao importa se seja aqui ou em londres eu sempre estarei ao seu lado.

Por que nao posso deixar essa angustia de lado e esse medo! Esquecer o passado? Mesmo sabendo que o passado vem sempre atras de mim?

Mas tenho que ser forte, nao posso colocar a segurança de meu grande amor, mesmo que isso custe minha felicidade, mesmo a minha vida..

Marguerite levantou guardando o diaria bem escondido embaixo do colchao e quando foi se levantar sentiu uma forte tontura e fraqueza a e escuridao a envolveu.

Algo no peito de roxton se apertou, sabia que algo estava errado, sabia que era algo com marguerite mas o orgulho nao deixava ele ir ate ela, entao chamou veronica:

— veronica, voce nao acha que marguerite esta muito silenciosa? Quero dizer... voce sabe que ela nao costuma, sei la ficar assim tao quieta, nao é mesmo ?- roxton estava meio exitante, mas veronica entendeu a indireta, ele estava preocupado com ela mas nao queria ser ele a ir la; ja tinha reparado que a angustia da herdeira tinha a ver com o caçador, mas queria que ela lhe contasse.

Veronica pousou os pinceis e foi em direçao do quarto da herdeira, realmente ela estava muito silenciosa, e nao acredita que ela estava a dormir naquele horario; a porta do quarto estava encostada e empurrou lentamente observando a penteadeira na canto direito, o biombo de troca estava fechado e a cama central tambem estava vazia, achou estranho e se aproximou mais , por que ninguem tinha a visto sair; quando contornou a cama seu coraçao se acelerou, ela estava caida no chao e em sua testa um pequeno corte que sangrava.

— roxton ! roxton pelo amor de Deus ! Roxton !!- veronica estava aos berros e em poucos segundos roxton entrava pela porta com a arma em punho, mas seu mundo parou quando viu marguerita inerte, mais palida que o normal no colo de veronica.

Lagrimas chegaram aos seus olhos e sentiu que seu coraçao ia parar, nao podeira viver em um mundo onde ela nao estivesse...

— veronica, me diz... me diz que .. que ela esta respirando...- a voz de roxton estava embargada pelo choro que queria vir, nao parava de tremer e o choque paralizava seu corpo.