Plato, 15 de março de 1819

Querido Diario, mais um dia que se passa neste perdido plato, nao sei quanto tempo mais vamos aguentar, apesar que ao mesmo tempo que procuramos uma saida , ja nos habituamos a viver aqui e ate a chamar de casa.

Nunca pensei que chamaria estas pessoas de amigos, e muito menos de familia, porem aqui estou eu me enganando novamente pois eles sao a familia que nunca tive.

E acima de tudo  o que mais me alegra de estar aqui e um certo caçador que me arranca suspiros, sim so posso admitir nestas paginas a grande paixao que sinto por ele e de o quao segura ele me faz sentir.

Tenho medo , mesmo sabendo que ele me ame de um dia encontrarmos a saida e quando chegarmos na sociedade londrina as coisas mudem e ele veja como nao sou digna de seu afeto e nem de seu amor.

Sera que devo me entregar...

— Marguerite? Esta ocupada ?- veronica entrou em seu quarto, batendo levemente a porta. Tinha qu admitir que era uma jovem muito bela, com seus 20 e poucos anos aparenta ser apenas uma menina que era muito sorridente mas que ja havia sofrido e lutado muito nesta vida. Loira com os cabelos cacheados ate os ombros, possuia um corpo escultural e malhado pelos exercicios e vida ativa que levava, as roupas de pele que usava moldavam-lhe bem as curvas e atraia muitos olhares e o coraçao de um certo jornalista, poderia nao admitir mas veronica era importante para ela.

— Nao, estava apenas a escrever umas coisas, em que posso ajuda-la ? – ate marguerite se estranhava naquele momento, nao era normal ser gentil e muito menos oferecer ajuda, esses anos de plato a estavam deixando mole demais.

— na verdade... a ajuda nao é bem para mim...é que roxton teve um pequeno acidente no moinho e precisara de alguns pontos, e ele diz  que voce é a melhor nesse tipo de coisa..- Em primeiro momento os batimenots de Marguerite se aceleraram, quando ouviu que roxton havia se acidentado, porem percebeu que nao deveria ser algo grave ja que estava cheo de gracinhas, depois deste primeiro susto, ela corou e se alegrou, ela sabia que veronica era uma das melhores das suturas mas ele queria ela !

Veronica observava margurite naquela bolha sonhadora que ela estava e deu um so0rriso discreto, todos na casa sabiam daquele romance entre o caçador e a herdeira, mas tambem sabiam dos medos e da inseguranca que aquela bela mulher tinha.

As duas sairam do aposento em que se encontravam e foram para o elevador da casa da arvore, pois roxton estava com malone e o professor charlenger perto do moinho de vento. Em meio a conversas tolas rapidamente chegaram ao local onde malone e george continuaram seu trabalho no mionho enquanto roxton se encontrava sentado em uma pedra com o brao flexinado.

— vou ajudar os rapazes, enquanto voce cuida de roxton.- veronica saiu em direçao aos rapazes e marguerite foi em direçao a roxton; deu um supiro sonhador, ele era mesmo uma bela visao, ombros lagos e peitoral definido, estava sem camisa o que mostrava muita coisa, as pernas grossas e musculosas se destacavam nas calças e seu rosto estava tampado parcialmente com o chapeu de aba reta, por baixo se poderia ver os cabelos escuros que estavam mais curtos graças a ela, e uma barba leve por fazer, os olhos castanhos esverdeados brilhavam ao olhar pra ela e um sorriso radiante se abriu ao ver que ela se aproximava, o que fez ela mesmo abrir um em troca.

Roxton havia feito um corte que precisava de alguns pontos, sabia que veronica ou ate mesmo george poderiam ajuda-lo, mas nao queria, queria que sua amada cuidasse dele, sentir aqueles dedos leves tocar sua pele e sentir o perfume de seus cabelos bem pertos de si. Marguerite tinha a beleza de uma deusa, nunca tinha conhecido mulher mais bela que ela e nem tao misteriosa, sabia que aquela linda mulher tinha perigo por tras de cada olhar e cada gesto, mas isso nao o impediu de a amar. Cabelos negros como a noite caiam pelas costas cacheados que eram balançados pelo vento, a boca cheia com um leve tom rosado tinha um sorriso doce nos labios, o corpo dela era de se suspirar, tudo em seu devido lugar e realçado para levar qualuqer um a loucura, e os olhos, a meu bom Deus, os olhos dela eram de um verde intenso, que em momentos poderiam ser frios e vazios mas que naquele momento esavam brilhantes e divertidos olhando para ele.

— sendo desastrado de novo roxton ?- marguerite perguntou num tom divertido nao tentando olhar muito para aqueles musculos suados lembrando quando ele a abracava as escondidas.

— acabei me distraindo pensando em alguem sabe minha querida lady.- marguerite foi chegando perto ja abrindo a bolsa com algumas gases e alcool, começando seu delicado trabalho. Estava concentrada no que fazia, o que deixava roxton bem perto de si e totalmente livre para admira-la o quanto ele queria. Aproveitando o braço direito livre colocou sua mao na cintura dela, fazendo pequenos carinhos ali.

Marguerite parou por uns instantes apreciando o toque que fez ela se aquecer por dentro, olhou de canto de olho pra ele vendo ele sorrir e nao pode deixar de continuar com o pequeno sorriso nos labios. Era possivel amar tanto alguem assim ? Nem nas historias mais romanticas que tinha lido se lembrava dos personagens descreverem algo tao forte e intenso desta forma.

— pronto lord roxton esta pronto para outra, mais tarde se precisar troco o curativo.- mesmo tendo termiado roxton nao tirou o braco da cintura dela e a puxou mais perto de si, os outros estava longe o suficiente e distraidos no que faziam; Marguerite olhou por tras dos ombros percebendo o mesmo e deixou seus braços cairem em volta do pescoço do caçador, fazendo um carinho em sua nuca.- jhon aqui nao...

Roxton amava quando ela o chamava assim tao intimo, na frente dos outros era sempre roxton, mas quando ela se rendia a suas caricias e sussurava tao docemente seu primeiro nome ele fazia todas suas vontades. Sabia que estavam muito expostos e como estava naquela luta de conquista-la e faze-la aceitar o inevitavel que era os dois juntos lhe deu espaco, levantando e colocando a camisa, com um suspiro.

— venha marguerite, vamos para casa.- saiu andando na frente , enquanto ela o observava, querendo que ela fosse uma pessoa diferente, se fosse diferente eles podereiam ser um do outro sem barreiras.