—scones são uma boa opção, Fitz! Põe na lista! - Diz Jemma, feliz, pois aquela seria a primeira festa que eles iriam fazer em muito tempo.

—Mas Jemma, scones? Onde vamos encontrar scones aqui? – Questiona Fitz.

—Galera, primeiro, o que é um scone? – Questiona Mack.

Os amigos estavam reunidos na mesa da cozinha do QG, debruçados em papeis e anotações, enquanto debatiam sobre doces, bexigas e confetes.

—Scones são pãezinhos muito tradicionais no Reino Unido! São feitos com açúcar, leite e farinha, sem fermento! – Responde animadamente Jemma – Embora lá sejam feitas com farinha de trigo, podemos fazer com outro tipo de farinha para que não tenha glúten.

—Mas já pensou se ela nos pega na cozinha? – lembra Fitz a Jemma.

—Bem, podemos dizer que são apenas pãezinhos! Ela não vai questionar nada, fique tranquilo!

—Eu já acho arriscado nós três estarmos guardando esse segredo... Ainda bem que você mente melhor do que quando nos conhecemos, Jemma. – Diz Mack.

—Falando em mentiras... Mack, a YoYo sabe? – Questiona Fitz.

—Não exatamente... - Começa Mack enquanto os amigos olham para ele esperando o resto da resposta. – Ela sabe que estou escondendo algo, mas não questiona porque acha que é trabalho. Então, vou contar a YoYo... – um jato de vento entra na cozinha de repende.

Todos viram para olhar a porta e ela estava lá, de pé, com uma das lista na mão enquanto lia tranquilamente.

—Gente, se a festa é da Daisy, porquê vocês colocaram os seus doces favoritos? – Questiona Elena.

Ela vai até os amigos com seu largo sorriso.

—Então era isso que estava escondendo de mim? – Pergunta Elena a Mack com um tom divertido.

—Bem, eu posso explicar... – Responde Mack.

—Não precisa, Tartaruga – Interrompe Elena.

—Bem, YoYo, já que você chegou, poderia nos ajudar? – Pede Jemma – Nós estamos pensando nos doces para a festa, mas, como pode ver, não entramos em consenso.

—Simples, amigos, quais os doces que ela gosta? Vocês estão juntos a 6 anos, tem que haver alguma coisa. – Diz Elena.

Todos se olham perdidos... Ninguém sabia sobre quais doces eram os favoritos da Daisy! Desde que se conheceram, ela sempre comia cereal, bebia cerveja, torta de maça, mas nada específico...

—É melhor cancelarmos! – Diz Jemma, atordoada. – não sabemos! Estamos aqui, tentando fazer uma festa para ela, para que fique menos triste do que já está, para mostrar que a amamos e que essa é a família dela, mesmo sem o Coulson, e não sabemos nem do que ela gosta! – Completa já um pouco exaltada.

— Calma, gente! – Diz Elena enquanto caminhava para a geladeira, pegava cerveja e entregava aos amigos. – Vamos fazer algo legal, ela não é mais uma criança. O que acham de bolo, cervejas, jogos...? Fazer uma noite diverdida.

—Isso! Poderíamos colocar Just Dance, comprar rosquinhas... – completa Fitz.

—Poderíamos colocar balões e bandeirolas ao redor da mesa – Diz Jemma, já um pouco mais animada do que antes.

—Mas teríamos que tirar ela da base, ou ela iria ver – Completa Mack.

—Bem, poderíamos falar com a May... ela poderia colocar a Daisy e eu para fora em alguma missão falsa. – Diz YoYo.

—Não, precisamos de você pra deixar tudo organizado assim que ela sair. Preciso de você aqui. – diz Jemma.

—Eu, então. – Responde Fitz – seria minha chance de me desculpar com ela pelo o que fiz, embora ache que ela preferiria arrancar meus braços.

—Aah, Fitz! – Diz Jemma, repreendendo-o enquanto Mack e Elena o olham torto.

—Ai! Esqueci! me desculpem! Eu não lembrava isso. Desculpe, YoYo!

—Tudo bem – diz YoYo e logo depois olha para Mack com um sorriso meia boca de quem tinha aprontado.

Bingo! Ela colocou sal na cerveja do Fitz, e ele tinha dado uma enorme golada e logo depois jogou o liquido para fora, molhando a mesa toda enquanto balbuciava xingamentos e coisas sobre não lembrar o que não tinha vivido.

Todos riam animadamente na mesa da cozinha quando Daisy passou. Ela parou por alguns instantes para admirar seus amigos, são felizes e rindo tranquilamente. Desde que Coulson foi deixado no Taiti, e eles se despediram definitivamente, ela não consegue mais ficar tão contente, ou rir. Sentia um enorme vazio, um aperto no peito da saudade do homem que ela considerava como pai.

Daisy abaixou a cabeça para tentar esconder as lagrimas e seguiu para os alojamentos com sua mala. Tinha acabado de chegar de uma missão, já havia levado o relatório para May, guardado o equipamento, revistado os agentes, e agora se sentia livre para ir para seu quarto.