UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 4
Capitulo 4º - Tentativa e erro


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a CatrinaEvans, Natty Farias Freitas e Mille Portinari pelos seus adoráveis comentários no capitulo anterior.

Desculpem pela demora, andei ocupada esses dias, mas pretendo recompensar!

Sem mais delongas...



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Tinha me sentado de frente para o espelho depois de tomar meu café da manhã, não tinha trocado de roupa só fiquei encarando meu próprio reflexo. Nunca tinha reparado naquelas marcas envolta dos meus olhos – pois é, estava envelhecendo. – Respirei fundo e me levantei, não podia ficar o dia inteiro contemplando minha mortalidade. 

Já ficou com a impressão que alguém esta te chamando em quanto você escuta musica com o fone de ouvido? Estou tendo essa mesma impressão agora, mas sem um fone e sem musica, só com um espelho a minha frente. Coloquei minha mão sob a superfície e os pelos do meu braço se arrepiaram.

— Energia estática? – Me indaguei confusa, o porquê um espelho estaria transmitindo energia estática era bem estranho.

O espelho ficou branco e um reflexo apareceu no espelho e não era o meu, era de um asiático de aparência bem excêntrica, seus olhos brilharam em amarelo, lembrando muito aos olhos de um gato, o encarei com os olhos arregalados pelo espanto, antes que pudesse tirar minha mão do espelho o homem asiático me puxou para dentro do espelho, a sensação de atravessa-lo era como mergulhar na água, um pouco frio, quando fui para o outro lado me vi parada em uma sala de estar com uma decoração bem exótica.

— Como burlou minhas alas? – Perguntou o homem com expressão seria.

— Alas? – Indaguei confusa – Do que você ta falando?

— Minhas alas de proteção – Respondeu o asiático como se isso explica-se perfeitamente.

— Não faço ideia do que você ta falando, e como raios eu atravessei um espelho? – Tentei olhar para trás, mas o homem ainda me segurava, limitando meus movimentos. – Pode me largar?

— Não em quanto eu não descobrir suas intenções. – Seus olhos felinos me analisavam com suspeita, como se eu fosse uma bomba prestes a explodir.

— Não tenho intenção alguma, eu estava de frente para o espelho quando do nada pensei ter ouvido alguém me chamando, o espelho começou a transmitir energia estática e depois eu te vi e você me puxou, é só isso que eu sei. – Seus olhos analíticos eram bem intimidantes, ele ponderou minhas palavras por um instante, seus olhos voltaram ao normal e sua mão me soltou.

— Uma feiticeira? – Se perguntou me encarando. Ele não cansava de me olhar não? – Você tem algo anormal no seu corpo como os meus olhos?

Anormal? Só tinha aquela marca estranha acima do meu busto. Puxei um pouco da blusa do pijama para ele ver a marca toda.

— Só isso, um dia ela apareceu na minha pele – Falei – Eu não bebo então não fiz nada por influencia de bebida alcoólica, e antes dela aparecer eu estava dormindo no sofá da minha sala – Contei, omitindo pequenos detalhes que se passaram depois disso.

— Essa marca não a classifica como feiticeira, a não ser que seja como a Tessa. – Falou dando as costas, estava pensativo.

— Que lugar do mundo estamos? – Da ultima vez esta na Itália, e antes disso estava no Brasil, e agora?

— Nova York. – Respondeu em quanto fazia um copo com uma bebida que lembrava whisky aparecer na sua mão, como mágica.

— Inferno. – Coloquei a mão na cintura e com a outra tapei meus olhos.

— Onde estava antes? – Perguntou o feiticeiro curioso.

— Itália – Respondi bufando, me aproximei dele e tirei o copo da sua mão e tomei um gole daquela bebida amarga, saiu queimando pela minha garganta. Ele abriu a boca para protestar, mas desistiu. – É inacreditável, minha vida ta mais complicada que protagonista de fanfic.

— Bem vinda ao clube. – Desejou roubando o copo de volta.

— Como se chama? – Perguntei.

— Magnus Bane e você? – Apresentou-se.

— Megan Rodrigues.

Magnus Bane era realmente um feiticeiro, e um dos importantes, era o responsável pela sua região, ele ficou muito curioso comigo, me fez algumas perguntas e depois me deixou na sala moscando e quando voltou segurava um livro de couro com capa branca.

— O que é isso? – Perguntei curiosa, o feiticeiro ignorou a minha pergunta e abriu o livro em uma pagina aleatória e se pôs na minha frente.

— O que estiver escondido, será revelado – Disse enigmático e então assoprou o livro e um pó branco voo no meu rosto.

— Mas que droga Magnus, eu sou alérgica a poeira! – Gritei em quanto tentava me livrar daquele pó, espirrando em seguida.

— Não é poeira. – Bufou o feiticeiro.

— Tem a textura de poeira! – Reclamei.

— Levante e me encare! – Ordenou o feiticeiro, obedeci sem entender suas intenções. – Magias podem se encadear por estímulos externos.

— E porque você acha que eu sou uma feiticeira? – Perguntei sem entender.

— Você criou um portal usando um espelho – Respondeu Magnus

— Ta, beleza, e agora?

— Não precisa fazer nada. – Disse Magnus

Magnus fez alguns movimentos com as mãos e uma fumaça branca começou a cobrir suas palmas e estranhamente eu comecei a ficar sem ar.

— Mag..nus? – Sentiu meu coração começar a acelerar em quanto eu tentava puxar oxigênio para os meus pulmões desesperadamente. Pontos negros começaram a surgir a minha frente e então o ar voltou. – Ta tentando me matar Magnus? – Gritei encarando o feiticeiro com raiva transpirando pelos meus poros.

— Só estou te estimulando – Respondeu o feiticeiro com expressão neutra.

— Desgraçado – Corri em sua direção para lhe dar um belo soco, mas antes que pudesse mais um passo o desgraçado tirou o ar dos meus pulmões novamente.

Quando percebeu que seus “estímulos” não deram resultados o feiticeiro decidiu dar uma pausa para repensar na estratégia, em quanto me recuperava.

— Preciso tentar outra coisa.  – Falou Magnus me dando as costas.

Sentia algo quente correr pelas minhas veias, me fazendo transpirar, ignorei a sensação e me prendi a raiva, para quem tentava me ajudar ele parecia estar fazendo exatamente o oposto. Magnus pegou o seu celular do bolso e discou um numero e ao voltar a me encarar novamente, seus olhos se arregalaram em contato com os meus.

Ele desligou o telefone e escutei o barulho conhecido de captura da câmera.

— Definitivamente você é alguma coisa – Ele me mostrou a foto que havia tirado de mim, e na imagem meus olhos estavam diferentes, minha íris estava verde de uma tonalidade escura, minha pupila tava puxada como a de um gato, só que mais fina.

— Se você acha que eu sou feiticeira porque não me ensina alguma coisa, se eu conseguir produzir alguma coisa saberá se eu tenho magia – Sugeri, minha respiração estava se normalizando e minha raiva estava diminuindo, já não sentia mais vontade de dar um soco no rosto daquele asiático.

— Podemos tentar isso.


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