UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 5
Capitulo 5º - O amor deixa as pessoas burras


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a Natty Farias Freitas e
Winchester laufeyson pelos seus comentários no capitulo anterior. ♥



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Meu tempo com Magnus Bane foi bem aproveitado com exercícios para iniciantes. Durante o dia e a tarde praticava magia, já que foi constatado oficialmente que corria magia em minhas veias – observação: fiquei muito feliz com isso. – À noite eu era basicamente expulsa do apartamento dele, já que ele precisava de um tempo com o namorado e minha presença atrapalhava seus amassos com Alexander Lightwood – longe de mim segurar vela! – No primeiro dia eu dormi no sofá da sala e os dois que se seguiram fui abrigada no Hotel Dumort pelo Raphael Santiago.

— Magnus?

Magnus tinha invocado um espelho de corpo inteiro para a minha travessia, depois de três dias eu precisava retornar para minha morada na Itália, Marcus ia precisar de explicações para os meus sumiços ocasionais, porque até onde ele sabe sou turista naquele mundo, sem amigos ou família, então onde eu poderia ir? Terei que arranjar uma desculpa muito boa ou contar a verdade.

— O que foi? – Perguntou em quanto bebia uma margarita. Como ele conseguia beber bebida alcoólica às dez da manhã era um mistério para mim.

— Antes de eu ir, me diga, qual é o problema do Santiago? – Indaguei curiosa, em todo o tempo que estive lá sempre era isolada e ninguém do hotel tinha autorização para me dirigir à palavra.

— Como assim? – Perguntou sem entender o que eu queria dizer.

— Ele não deixava ninguém se aproximar de mim, uma vez ele faltou arrancar a cabeça de um cara que me olhou estranho, não sei seu nível de influência, mas toda aquela afobação era necessária? – Expliquei, estava realmente curiosa para saber o porquê da muralha que o Santiago colocava entre mim e os outros hospedes, será que Magnus era como um chefe da máfia e quem chegasse perto de sua protegida era capado na mesma hora?

— Pensei que você tivesse percebido a essa altura – Comentou despreocupado tomando um gole de sua bebida em seguida. – Raphael e todos do Hotel Dumort são vampiros, ele afastou os outros provavelmente para que você não virasse o jantar.

Encarei o Magnus por dois segundos com a boca aberta antes de dar uma de histérica para cima dele. Onde ele tava com a cabeça para me enviar para um ninho de vampiros?

— Você me enviou para dormir em um ninho de vampiros? – Gritei indignada – Eu podia ter morrido!

— Raphael nunca permitiria, estava segura o tempo todo. – Respondeu despreocupado. O encarei indignada – Se os vampiros do clã dele fossem uma ameaça a sua segurança eu teria lhe deixado com os lobos.

— Com os lobos? – Meu tom de voz só aumentava, mas o feiticeiro permanecia despreocupado. – Um pior do que o outro!

— Nem todos os lobos são raivosos, o Lucian é bem simpático, entrou até para a policia. – Disse Magnus.

— Inacreditável.

Dei as costas para o feiticeiro e andei para frente do espelho, estendi a minha mão direita e toquei a superfície fria, os pelos do meu braço se arrepiaram, fechei os olhos e imaginei o espelho do meu quarto, que quando eu o atravessasse iria sair lá. – Magnus tinha me colocado muito medo, dizendo que se eu não tivesse concentração sabe-se lá o que poderia acontecer. – Respirei fundo e segurei firme a alça da bolsa, meus materiais de estudo estavam lá, material fornecido pelo próprio feiticeiro. A sensação de esta atravessando a água preencheu meus sentidos no momento que atravessei o portal, e meu pé tocou o chão do outro lado e em um segundo tinha deixado a casa do Magnus e voltado para o apartamento na Itália.

— Onde estava? – Perguntou Marcus aparecendo do nada na porta do quarto. Senti meu coração parar pelo susto.

— Senhor.. quase enfartei agora – Coloquei a mão no coração por reflexo. – Não ande como um fantasma, e anuncie sua presença fazendo o favor. – Tirei a bolsa do pescoço e a joguei na cama e segui para fora do quarto – Ou vou lhe dar uma coleira com guizos.

— Nunca que eu usaria uma coleira – Bufou o Volturi atrás de mim.

Abri a geladeira e peguei um danone, fui até o armário e peguei uma colher de sobremesa e me servi.

— Não respondeu minha pergunta.

Revirei os olhos.

— Festa do pijama – Respondi, o fazendo arquear as sobrancelhas confuso. – Conheci um asiático bem excêntrico, passei um tempo na casa dele – Omiti muitos detalhes, não sabia se devia lhe dizer toda a verdade. Lambi a tampa da embalagem com o yogurt, e depois a deixei sobre o balcão.

— Não deveria sair pela rua desacompanhada, pode ser perigoso para turistas. – Falou preocupado.

— Tenho certeza que Magnus e o Alexander poderiam acabar com qualquer um que entrasse no nosso caminho – A preocupação em seu rosto pálido não saiu mesmo depois de eu tê-lo assegurado, deixei a conversa morrer para terminar o danone.

Depois de jogar a embalagem no lixo fui para sala, sentei no sofá de frente para o Marcus. Tirei as botas de camurça e cruzei as pernas, fiquei o encarando, seus olhos antes vermelho carmim estavam negros, arqueei a sobrancelha curiosa.

— O que lhe trás aqui? – Perguntei antes que ele virasse uma estatua, ele tinha dessas, ficava horas olhando para o nada.

— Problemas em casa – Respondeu sem dar detalhes, resolvi insistir.

— Brigou com alguém?

— Meus irmãos, ficam fazendo perguntas que eu não quero responder. – Explicou.

My Love, é assim mesmo, essa é a função deles – Deixei escapar um riso – Eu tenho uma meia irmã por parte de pai, mas graças a Deus não moramos na mesma casa, aquela menina é uma peste, ela parece ser do tipo que bebe até cair e da vexame nas festas e nem idade para beber ela tem. Qual é o nome dos seus irmãos?

Reparando bem eu não sabia muita coisa da vida pessoal do Marcus, sei que ele é rico, tem empregados e se Loki tiver certo vive com vampiros.

— Aro e Caius.

— Há quanto tempo você ta fugindo dos seus irmãos? – Lembrei que ele havia dito que estava fugindo deles e eu fiquei fora por uns dias, quanto tempo ele ficou me esperando?

— Três dias.

— Desculpe pela demora, my Love. – Pedi.

My Love? – Antes de me deitar no sofá o vi arqueando a sobrancelha com curiosidade.

— É um jeito bonitinho de referir a alguém próximo, também pode ser usado com sarcasmo – Expliquei – Sai melhor pela boca de um britânico.

Ele deu de ombros e voltou sua atenção para um ponto qualquer na cortina – espera, que cortina? – Olhei para as janelas da sala e todas estavam cobertas por uma cortina de tecido grosso com aspecto antigo, não pude deixar de sorrir.

— Não ficou a toa em quanto eu estive fora – Comentei me levantando do sofá e indo até a estante onde eu tinha deixado os meus livros da saga Crepúsculo, no hotel Dumort eu aproveitei para terminar o primeiro livro então peguei o segundo livro da saga e voltei para o sofá para ler.

Lua nova era uma leitura que deve ser apreciada com calma, mas a minha velocidade de leitura não permitiria. Em dez minutos já tinha ao menos três capítulos lidos. Olhei para cima do livro e o Marcus havia entrado no seu modo estatua, dei de ombros e voltei a ler, perdendo uma boa parte do dia.

No meio da leitura eu ocasionalmente fazia alguns comentários, como na cena que Edward Cullen dizia que não viveria sem a Bella caso ela morresse.

— Ohm, que bonitinho. – Comentei com um sorriso bobo. – E estranho. – Ele tinha feito um pacto de suicídio afinal, amor deixa as pessoas burras.

Meus olhos se arregalaram ao ler o nome Volturi impresso naquelas paginas. Coincidência? Seria se não fosse um nome incomum e o nome dos irmãos de Marcus também não tivessem sido mencionados como os vampiros do mais alto escalão, sendo os lideres, incluindo o Marcus.

Os livros vieram do meu mundo, e lá o clã Volturi eram personagens ficcionais. Aqui eles são reais. Eu estou dentro do mundo de Crepúsculo.

Fechei o livro dando um barulho que fez o vampiro deixar seus minutos de meditação para prestar atenção em mim. Estava em choque, Marcus era realmente um vampiro, e todos os caras pálidas do palácio também eram. AI MEU DEUS, EU DORMI DENTRO DE UM NINHO DE VAMPIROS!

— Puta-que-pariu! – Xinguei em choque

— Você esta bem? – Perguntou Marcus franzindo o cenho preocupado com minha reação súbita.

— Eu.. – O que eu devia falar? – Eu já volto!

Corri para o quarto com o coração na mão, esse tempo todo levei as palavras de Loki na brincadeira, mas era verdade, tudo verdade! – Bati a porta do quarto e tranquei com a chave, respirei fundo, tentando inutilmente controlar o meu nervosismo. – Seus olhos eram vermelhos porque bebia sangue humano!

— Acho que vou ter um ataque cardíaco. – Coloquei a mão no peito, minhas mãos tremiam, deixei o livro cair sob os meus pés, a dor que senti com a colisão do objeto na minha pele foi insignificante comparado ao medo que sentia naquele momento.

— Megan? – Chamou do outro lado da porta. – Esta tudo bem?

Ouvi o barulho da maçaneta, ele tentava abrir a porta.

— Meu Deus.. – Ofeguei.

Sem pensar corri até o espelho e pulei para dentro dele, bem no momento que a porta foi aberta.

 


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