UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 22
Capitulo 22º - Vida e morte


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a minha querida amiga Natty Farias Freitas por me deixar um comentário no capitulo anterior ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/776190/chapter/22

Deixamos New York de Shadowhunter e voltamos para a Itália dos Volturi. Iríamos a um casamento tínhamos que nos vestir para ocasião. Asten foi para o seu quarto e eu fui ao meu, em algum lugar do meu armário deveria ter vestidos de festa. Fiquei horas procurando, mas encontrei um perfeito, era alguns tons mais escuros que a minha pele, era um pouco apertado, mas modelava a minha cintura que era uma maravilha! O desenho de ramos que se espalhava do tronco as mangas era a verdadeira beleza do vestido. Se o Marcus me visse nesse vestido me faria tirar na mesma hora.

— Céus, eu penso besteira até nessas horas. - Fiz uma maquiagem leve para combinar com o tom do vestido, só faltando cuidar do cabelo.

Ouvi barulho vindo da porta, alguém batia em uma cadencia ritmada.

— Já acabou Megan? Estou pronto há duas horas. – Revirei os olhos. Homens... Não entendem que as mulheres precisam de tempo para se arrumar.

— Só falta o cabelo. – Respondi ao abrir a porta. Seus olhos se arregalaram a me ver. Sua boca abriu ligeiramente. – Pela sua reação eu estou ótima!

— Você esta... Incrível! – Foi obrigado a balançar a cabeça para os lados para voltar a si, ele tinha ficado bem chocado. – Eu posso cuidar do seu cabelo, conheço magias capilares ótimas.

Asten não mentiu sobre sua habilidade em magia capilar, eu ia arrasar naquele casamento!

***

Quando pisamos nas terras dos Cullen’s meu coração disparou, aquilo estava mesmo acontecendo, eu veria a Bella se casar, com um vampiro! Será que um dia eu ia casar com o Marcus? Espero que sim, teria que ser bem chamativo, todos os Volturi estaria lá, Aro provavelmente seria aquele que oficializaria a união, como um padre. – Aro um padre? Onde eu to com a cabeça. Seria hilário. – Caius e Athenodora seriam os padrinhos do Marcus, os meus seriam Magnus e Alec, se o anjo colocar a cabeça dele no lugar, ele teria voltado com o Magnus a essa altura. Jonathan me levaria ao altar, ou o Asten, faria mais sentido o Jonathan já que ele é a duplicata do meu pai.

— O que tanto pensa? – Sua voz me tirou de meus pensamentos fantasiosos.

— Estava pensando se um dia vou me casar com o Marcus. – Meus olhos brilhavam com a ideia.

— Ah sim, será uma coroação maravilhosa e assustadora – O encarei com a testa franzida.

Cumprimentamos a família Cullen, todos estavam radiantes.

— Finalmente nos encontramos em uma situação mais agradável. – Sorri para Alice. – Como representante dos Volturi dou as minhas felicitações à família.

— É um prazer revê-la, Megan. – Se seu coração ainda batesse ele estaria acelerado.

— Olha, eu sei que o fato de eu estar do lado dos Volturi pode ser um pouco intimidador para aqueles que veem de fora, mas saiba que eu sou mais parecida com vocês do que com eles.

— Ah, certo. – Eu tinha puxado um assunto delicado, e a deixei sem reação.

— Mas vamos deixar isso para lá, estamos em um casamento!

— Você é péssima para puxar conversa. – Disse Asten ao nos sentarmos em nossos lugares para cerimônia.

— Até a alguns meses eu era uma antissocial, não espere muito de mim! – Bufei.

— Evoluiu bastante.

A marcha nupcial tocou, não era a musica tradicional que tocava em casamentos, era uma original e mais bela, combinava com os noivos. Uma lagrima escapou dos meus olhos, ela estava tão linda, parecia que ia vomitar a qualquer momento, mas estava linda mesmo assim.

— Senhoras e senhores estamos aqui reunidos para testemunhar a união de Edward Cullen e Bella Swan. Por favor, repitam comigo...

Os votos foram ditos, os noivos se beijaram, envolta de uma aura de amor.

— Eu não acredito que você esta chorando. – Disse Asten zombando da minha cara.

— Vê se me erra, Asten!

Com o fim da cerimônia a festa começou, quando o véu da noite caiu à família dos noivos começaram a contar história sobre o casal, era engraçado ouvir o lado da Bella, e constrangedor, se olhasse para ela dava para ver suas bochechas coradas de vergonha. Eu não fiquei para ouvir, o champanhe que tinha tomado havia enchido a minha bexiga. Alice me orientou para chegar ao banheiro. Estar em uma casa de vidro a noite e completamente sozinha me fez lembrar que era exatamente assim que começava os filmes de terror. A pobre vitima se afasta das pessoas, ligeiramente alta por conta de bebidas ou drogas, e em um momento de distração o assassino sai da escuridão e a mata.

— Mas é claro que isso não aconteceria aqui, tem vampiros e lobisomens por toda parte, tem que ser muito estúpido pra tentar assassinar alguém aqui. – Ri sem graça, lavei as mãos e as sequei ao terminar de usar o banheiro. – Vamos ver como esta essa maquiagem.

Embora eu tenha chorado na cerimônia minha maquiagem não estava borrada, tinha usado rímel e delineador aprova d’água já sabendo que ia chorar, eu sempre choro em casamentos.

— Oh Megan, a doce Megan.. – Algo saiu de dentro do espelho e me empurrou uma dimensão espelhada, sem pessoas ou criaturas sobrenaturais, mas não era algo, mas sim uma pessoa.

— Mãe? – Meus olhos se arregalaram ao ver a versão selvagem da minha mãe. Seus cabelos que eram sempre arrumados estavam bagunçados, como se tivesse acabado de acordar, folha seca aparecia entre as mexas. Sua pele estava clara de forma doentia. Usava um longo vestido preto um pouco retalhado. Seus lábios roxos arquearam em um sorriso que me deu arrepios. – O que faz aqui? – O ar me escapava em quanto meu coração parecia estar participando de uma maratona de tão acelerado que estava.

— Eu vim por você querida. – Não havia sentimentos em sua voz e nem em sua expressão.

— Demorou um pouco. – Engoli em seco. Eu precisava ir embora, mas minhas pernas não se mexiam, estava paralisada de medo.

— Foi um longo caminho. – Seus olhos me analisaram com fascínio. – Oh, oh! Você tem sua magia de volta, e tem algo mais também. – Com passos largos ela veio até a mim. Sua mão acariciou minha bochecha, fechei os olhos ao sentir seu toque, um arrepio subiu a minha espinha com o contato frio.

— Fica longe de mim! – Com um pouco de coragem que eu ainda tinha dei dois passos para trás. Meu estomago estava embrulhado, faltava pouco para eu colocar tudo o que tinha comido para fora.

— Com medo? – De sua garganta escapou uma gargalhada. – Não é tão corajosa sem seus vampiros, não é?

— O que aconteceu com você? Você não era assim. – O horror estava estampado em minha face.

— O que eu fui quando estava com você foi uma mentira. Só uma forma de manipular sua cabecinha, eu precisava que ficasse do meu lado caso Belfegor aparecesse. – Franzi a testa em confusão.

— Eu não era ninguém, não tinha magia, porque minha lealdade faria diferença?

— Belfegor faria qualquer coisa por você. – Sua expressão fechou ao voltar a falar o nome do meu pai, ela o odiava.

— Demônios não têm sentimentos.

Seus lábios arquearam em um sorriso macabro.

Minhas pernas voltaram a receber comandos do meu cérebro, permitindo que eu corresse para longe dela, para longe da criatura maligna que um dia amei. Assim que alcancei a porta senti uma dor que tirou meu fôlego e me jogou para o meio do corredor, de frente para a escada.

— Nunca dê as costas para o inimigo. – Meu corpo tremia a ouvir passos se aproximando.

Reaja Megan! Não seja uma típica donzela indefesa. Você é uma Volturi e uma rainha!

— Vá para o inferno! – Virei meu tronco e lancei o único feitiço que me veio em mente. – Expelliarmus! – Seu corpo doentio foi arremessado para trás. Abençoada seja J. K.  Rowling!

Não perdi tempo e corri para o andar debaixo, precisava de uma janela, qualquer coisa de vidro serviria. Antes que eu alcançasse senti algo perfurando meu corpo, o olhei na mesma hora para baixo e vi um enorme galho me empalando ele era manipulado pela magia da minha mãe. Outro galho atravessou meu corpo formando um X. Eu não ia escapar, mesmo que por um milagre algo acontecesse, estava perdendo muito sangue, era o meu fim.

— Eu não quero morrer.. – Disse com a voz embargada de choro.

— Todos dizem isso. – Minha visão escurecia aos poucos. - E todos morrem no final. – Seus olhos foram a ultima coisa que vi antes dela sugar a minha magia.

Todas as minhas células queimavam, como se eu tivesse mergulhada em chamas. – Ela tinha voltado? Não, não, não! Não me faça sofrer mais.

— Eu sinto muito, meus poderes são fortes demais para o seu corpo debilitado, mas é a única forma de mantê-la viva. – Sua voz me era familiar, mas em meio à dor e o sofrimento eu não conseguia lembrar onde eu já tinha ouvido-a.

Dor. Era é só o que eu sentia.

Eu ia morrer assim? Em sofrimento, sem esperança, em agonia sem fim?

— Megan, fica comigo, não morra! – Sua voz parecia abafada e distante, como se estivéssemos longe um do outro. A escuridão ameaçava a me cobrir, vinha de todas as partes, quanto mais ela se aproxima menos dor eu sentia. – Você não pode deixar a Regina vencer.

Regina? Ah, sim, ele falava da minha mãe.

Não! Eu não posso deixar este mundo sem arrasta-la junto comigo.

— Mãe... 

— Não estou fazendo esse trabalho todo para você ficar chamando a Regina!

— Eu irei mata-la.

— Agora esta certa!

Meus olhos não enxergavam quase nada, mesmo estando abertos. Perto de mim eu via o rosto de Jonathan, não, o vampiro cortou o cabelo e ele não teria poder para me salvar. Quem se parece com o Jonathan, mas não é o Jonathan? Belfegor.

— Pai?

***

O primeiro passo que eu precisava tomar para que a jovem feiticeira tomasse o rumo certo era fazê-la comparecer ao casamento, onde ficaria a beira da morte depois de testemunhar o horror que a marcaria para sempre. Este evento a impulsionaria a tomar as decisões que a levará para o caminho que eu quero, e foi o que eu fiz. A levei de volta para os Volturi para que se apronta-se e fomos para o casamento.

Esperar era a pior parte, para todos os humanos presentes eu estava apreciando a cerimônia respeitavelmente, mas para os vampiros que estivessem interessados na minha frequência cardíaca ouviriam meu coração batendo de forma acelerada, poderia achar que eu teria um ataque cardíaco a qualquer momento. Respirei fundo, precisava me controlar, mas minha tentativa falhou ao vê-la deixar a mesa e entrar na casa do Cullen, a qualquer momento ela deixaria este plano e sofreria o maior trauma de sua vida até então.

Eu devo parecer a pior pessoa do mundo por compactuar com isso, por permitir que ela fique entre a vida e a morte, mas às vezes você só tem opções ruins, mas ainda tem que escolher. O tempo passou, e quando todos estavam concentrados nos discursos da família sobre os momentos constrangedores dos noivos eu fui atrás da Megan, discretamente deixei o salão e entrei na casa, não senti seu poder mágico de inicio, um minuto se passou e então eu senti, senti sua magia, mas ela não estava sozinha. Como eu não vi isso? Eu teria pensado duas vezes antes de trazê-la aqui se soubesse que ele seria o salvador dela.

— Porque toda vez que um filho meu corre perigo você esta envolvido, Asten Ophidian Leviathan? – Seu corpo atravessou o vidro carregando a Megan em seus braços. Sua expressão facial mostrava sua ira. É... Talvez o Marcus não tenha a chance de me matar.

— Belfegor... – Perdi o fôlego, sua presença geralmente causava isso, além da sensação eminente de morte. – O que aconteceu com a Madison não importa agora, a Megan é a prioridade.

— Saiba que o único motivo de eu não mata-lo é por conveniência, quando deixar de ser útil, eu irei mata-lo. – Com movimento circular abri um portal no meio da sala.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Megan chegou bem perto de partir dessa para melhor. E quem diria que a mamãe querida era um lobo em pele de cordeiro?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.