Outro Dia no Paraíso escrita por MPrior


Capítulo 4
No Outro Lado da Rua


Notas iniciais do capítulo

Mexendo no computador encontrei esse arquivo e pensei “porque não”? Era uma historia que eu queria contar e agora pareço ter tempo para termina-la.
Revisei os capítulos anteriores e fiz algumas modificações, não mudei nada apenas inseri parágrafos onde pensei ter deixado algumas lacunas.
Enfim, boa leitura!



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— Isabella, eu já não havia lhe avisado para largar desse garoto? — Gritava ele a plenos pulmões.

—  Phill, por favor... As pessoas então olhando — Eu disse envergonhada.

— Pouco me importa! É bom que olhem e vejam a vagabunda que você é!

— Olha como você fala com ela cara! — Rosnou Douglas dando-lhe um soca na cara.

— Meu Deus! Pare, pare! — Intervi puxando-o pelo braço — Douglas, por favor, vá embora. Depois conversamos – Pedi desesperada.

— Eu não vou deixar você aqui com esse animal, já estou cansado disso Isabella, eu disse que poderia cuidar de você, porque não me deixa fazer isso? — Exclamou exasperado olhando furiosamente para Phill que estava no chão, tamanho foi o impacto do golpe.

— Douglas, por favor. Por favor — Implorei sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

— Bella...

— Por favor!

— Tudo bem, tudo bem — Disse respirando fundo — Me ligue assim que puder. Está me ouvindo? Isso tem que acabar... — Perguntou segurando meu rosto entre suas mãos.

— Estou. Não se preocupe...

— Eu te amo.

— Eu também te amo!

— Me ligue ou vou ir te procurar — Prometeu me dando um beijo e se virou indo embora.

— Anda. Vamos embora, Isabella! — Disse Phill se levantado e arrumando a roupa. O canto de sua boca com um filete de sangue escorrendo — Em casa a gente conversa — Disse ameaçadoramente me pegando pelo braço e me arrastando ate o carro sob os olhares assustados e curiosos das pessoas que estavam ali.

Enquanto me deixava ser arrastada mantinha os olhos em Douglas, e soube, com uma certeza que nunca tive na vida, que aquela seria a última vez que o veria.  

#

 — Edward? Edward! Está me ouvindo? — Perguntou Alice estalando os dedos na frente do meu rosto.

Estávamos almoçando em um restaurante.

 — Eu... Não, desculpe. O que estava dizendo? — Eu estava distraído, não conseguia parar de pensar na noite passada. Na garota, para ser mais especifico.

 — Está tudo bem? — Perguntou franzindo as sobrancelhas.

 Não sei, estava? — Apenas algumas... Questões. Não se preocupe — Respondi por fim e sorri para tranquilizá-la — Então, sobre o que estava falando mesmo?

— Tem certeza, Edward? — Insistiu Alice desacreditada.

— Claro, tenho — Não tinha.

— Certo... — Disse ainda desconfiada — Estava perguntando se tem planos para o próximo fim de semana — Disse voltando a sua animação natural.

— Por quê? — Perguntei desconfiado.

— Estamos organizando um mutirão beneficente... 

— Não tenho tempo para essas coisas Alice, de quanto precisa?  — Interrompi. Sabia do que se tratava, depois de pesquisar um pouco não vi muitas noticias sobre, bem diferente do jantar beneficente que teria daqui a alguns dias. Pensei nas pessoas importantes que estariam presentes e nos acordos que poderia fechar.

— Não se trata de dinheiro Edward! — Disse exasperada.

— Eu sei que não — Suspirei. Não é que não me sentisse mal, e não queria parecer insensível. Mas preferia trabalhar nos bastidores. Eu gosto de ajudar, só não gosto de estar no meio. Não sei como agir. Uma coisa é saber que algo acontece, outra bem diferente é ver isso acontecendo com seus próprios olhos.

— Tudo bem, Edward. — Suspirou — Eu entendo.

E eu sabia que entendia mesmo.

— Bem, mudando de assunto — Começou animada — Gostaria de ir ao cinema com a gente hoje à noite. Bree quer ver um filme e pediu para chamar a família toda.

Ponderei.  Amava muito Brianna e quase nunca conseguia negar um pedido, porém não conseguia tirar a garota da cabeça.  Meu plano era procurá-la essa noite...  Apesar para me certificar que estava viva. Convenci a mim mesmo. Mas talvez devesse aceitar o convite e esquecer de uma vez por toda essa loucura.

 — Claro, encontro vocês lá.

 — Ótimo! Ela vai ficar muito feliz ? — Me olhou com aqueles grandes olhos que poderiam ver sua alma se quisesse.

  — Claro que vai, sou o tio que era mais ama — Sorri.

Revirou os olhos e retribuiu o sorriso — Claro, claro  — Concordou dando um peteleco no meu nariz.

 — Alice — Repreendi-a com um careta.

 — Sim, também te amo — Desdenhou – Bem, vou dizer para a Bree que está tudo resolvido. Agora tenho que voltar para o hospital — Disse se levantando — Alguém precisa trabalhar aqui...

 — Há há, muito engraçada — Revirei os olhos.

—Sempre — Sorriu — Nos vemos a noite. Boa tarde, maninho — Despediu-se pegando sua bolsa e me mando um beijo na bochecha.

— Até logo, Alice.

Depois de pagar a conta, caminhei até a saída para pegar meu carro e voltar para a empresa. Enquanto dirigia me perguntava se a garota havia tido alguma refeição hoje. Passei a mão no cabeço nervoso, me convencendo que meu súbito interesse era apenas curiosidade aflorada e infundada, e logo passaria .

Já estava quase no final do expediente, e conforme a tarde caia mais frio o ar se tornava.  Será que meu casaco seria o suficiente para protegê-la do frio cortante da noite? Era um ótimo casaco sem duvidas, e grosso. Mas nunca  realmente o havia testado  efetivamente contra o frio de Manhattan.

Suspirei exasperado e comecei a arrumar minhas coisas para ir para casa.

Procurei seguir por ruas que nunca vira a garota e tentei prestar atenção redobrada no transito, me obrigando a não ceder a tentação de procurá-la a cada semáforo que parava.

Essa noite descobriria o nome da garota, e acabaria com esse meu interesse. Estava cansado de pensar nela como a garota, como se fosse a única no mundo.

Assim que cheguei ao apartamento tomei um banho rápido e estava quase saindo de casa quando o celular tocou.

— Oi Jasper, diga a Alice que já estou indo — Disse enquanto pegava minha carteira e as chaves do carro.

— Ah Edward, você não saiu ainda, que bom. Houve um imprevisto no hospital e Alice teve que ir para lá e Brianna não quer ir sem a mãe. Vamos ter que remarcar.

— Ah... Bem, okay então. Amanhã eu passo por ai — Disse largando as coisas sobre o balcão da cozinha e me sentando numa cadeira.

— Certo, ate amanhã.

— Até.

Suspirei me levantando e caminhando ate a sala para me jogar no sofá.

Agora que havia tempo e eu estava confortável tinha algumas questões a ponderar. O meu caminho para casa tornou evidente meu recém desenvolvido problema mental. Um distúrbio psicológico era a única opção viável e aceitável para a minha condição obsessiva.

Eu vira a garota duas únicas vezes na vida e em nenhum delas foi sob algum acontecimento traumático. Eu sabia que pessoas que partilhava uma mesma situação de em algum tipo de calamidade ou desgraças eram compelida a desenvolverem afeição uma pela outra. Nada aproxima mais os seres humanos do que tragédias. Mas esse não era o caso então eu podia descartar a hipótese.

Ela tampouco era a primeira desabrigada que eu vira na vida e que me pedira ajuda, se bem que a única coisa que me pedira fora informação, o que era bem incomum. Normalmente pediam por coisas básicas – comida, roupa e então o dinheiro. Pedidos muitas vezes acompanhados de historias tristes e olhares vazios.

Olhos. Sim, os olhos dela fora algo que me chamaram à atenção. Não havia duvidas que eram tristes, mas não estavam vazios e inexpressíveis. Havia um brilho ali que eu não via nem mesmo em pessoas ricas e bem sucedidas... Um brilho que eu não via nem em mim mesmo. Será que fora isso que despertara meu interesse? Um sentimento egoísta e mesquinho que eu disfarçara sobre o pretexto de curiosidade e não passava de desdenho de que aquele ser humano miserável pudesse ter algo que eu mesmo não possua.

Sentia-me enojado com essa ideia. Não podia ser isso.

Eu sabia que era curiosidade. Eu me sentia desconfortável em pensar que na mais profunda miséria ela podia ter algo que eu na riqueza ansiava e não encontrava. Eu queria saber como ela conseguia e não tomar o brilho dela.

Eu estava fascinado. Essa era a palavra. Eu estava fascinado que encontrei nela em um segundo o que não havia encontrado nos outros a minha vida toda. Suspirei por finalmente ter chegado ao x da equação. Eu estava curioso e encantando e assustado com o desconhecido.

Talvez então não fosse um distúrbio psicológico...

Acordei com um barulho estridente soando em meus ouvidos e olhei ao redor atordoado. Ainda estava deitado no sofá com a roupa que colocara para sair ontem.

Maldição, aquela garota me deixaria louco muito em breve.

Levantei mal humorado e desliguei o alarme do celular me encaminhando ao banheiros sentindo as costas  protestares pela noite desconfortável.

Enquanto estava no trabalho e o dia corria tranquilamente pensei muito nas resoluções que tivera noite passada e cheguei à conclusão que encontraria a garota, ofereceria algum tipo de ajuda e seguiria minha vida sem mais dores e cabeça.

No fim do expediente fiquei dividido entre ir a pé e de carro.  Andando seria mais fácil encontrá-la, porém seria mais fácil encontrar os outros também, e não queria me sentir desconfortável como sabia que aconteceria. Com um suspiro resignado e irritado optei por ir de carro.

Dirigi mais devagar do que de costume, os olhos atentos procurando por todos os lados, passei por todas as ruas que já a vira e circulei até mesmo por outras que nunca havia andado, mas nada, não havia nenhum sinal da garota. A terra parecia ter tragado-a.

Senti um arrepiou ao imaginar se não fora isso mesmo que acontecera. Não costumava assistir muito jornal, e eles nem tinham muita repercussão realmente, mas vez ou outro aparecia alguma noticia de um crime ou morte envolvendo os sem-teto.

Após uma hora girando em círculos, desisti e segui para meu apartamento. E essa rotina se seguiu por toda a semana. O fato de não vê-la mais deveria ter me feito esquecê-la de uma ver por todas, afinal quem era ela para mim? Uma total desconhecida ainda parecia um titulo muito grande para o que ela representava na minha vida. Era alguém que eu esbarrei duas vezes na vida, então porque não conseguia apenas tirar sua imagem da minha cabeça? Ela era simplesmente nada. Mas esse fato apenas serviu de combustível para minha curiosidade, queimando-a e alimentando-o cada dia mais ate que se tornou extremante estressante não saber onde diabos se enfiou a maldita garota.

Com uma irritação que não sabia poder sentir, desliguei o computador e guardei minhas coisas. Eu encontraria a maldita garota nem que tivesse que dirigir por cada maldita rua de Manhattan, nem que tivesse que dirigir ate Nova York. A encontraria e a obrigaria a desfazer qualquer feitiço que tenha me lançado. Já havia esgotado a algumas noites todas as opções e justificativas racionais pelo meu interesse ridículo em sua existência. E qualquer resolução que eu tivesse chegado tinha sido extinta pela minha irritação com a o desaparecimento da menina. Era inconcebível que eu pudesse dar tanto significado a algo tão insignificante. Talvez devesse realmente procurar um psicólogo, meu estado mental não devia mesmo estar bem.

Guardei a ultima pasta na bolsa e deixei a sala trancando a porta em seguida.

— Boa noite, Ângela — Me despedi da minha secretaria me encaminhando para o elevador.

— Boa noite Sr.Cullen.

Enquanto aguardava ele chegar ao térreo fiz um roteiro das ruas que passaria primeiro e qual melhor caminho pegar. Graças a maldita garota e a minha nova obsessão infundada, eu tinha agora um mapa detalhado da cidade na cabeça.

Entrei no carro preparado para virara aquela cidade de cabeça para baixo se precisasse e acelerei o carro para a fria noite.

Exasperava-me o fato que todas as noites desde que conheci a garota eram cada uma mais fria que a outra. Meu lado racional apontava que era obvio, pois estávamos no inverno, mas o outro lado, o completamente irracional e obcecado tinha certeza que isso acontecia apenas para me torturar mais e mais pensando na maldita congelando em cada rua e viela da maldita cidade.

Desviei o olhar de um lado da rua passando para o lado oposto e freei em súbito. Graças a Deus não havia carros atrás de mim, não queria nem imaginar o acidente que teria causado.

Mas droga! Lá estava a garota. Um pequeno amontoado humano em uma viela mal iluminada. Mal parecia uma pessoa, eu nunca a teria visto, e na verdade não a vi, o que eu vi foi o meu casaco.

Estacionei o carro um pouco mais a frente. Desci apertando o alarme e caminhei em sua direção. O que faria quando chegasse lá não fazia ideia.

Parei a alguns passos dela, incerto de como agir. Observei a rua, não tinha muito trânsito e apenas dois ou três moradores de rua se protegendo do frio o melhor que podiam. Senti-me inquieto com a imagem. A maioria deles ficava em ruas principais onde a possibilidade de ganhar esmolas ou qualquer outra coisa era maior.  Voltei a olhar novamente a garota, estava sentada em uma pequena elevação da calçada, a fachada parecia de alguma loja ou armazém, as pernas estavam dobradas tão junto ao corpo que pareia que iam se fundir, as mãos enroladas em volta dos joelhos estavam brancas - se pela força que fazia ou simplesmente de frio eu não sabia, e havia algumas escoriações contrastando com a brancura fantasmagórica. A cabeça estava abaixada, enfiada no minúsculo espaço entre os joelhos e o peito. A posição não parecia nada confortável.

Limpei a garganta querendo anunciar minha presença — Hey...

Como se fosse minimamente possível, a garota se encolheu ainda mais e seus ombros agora tremiam.

Me senti culpado, talvez devesse ter sido mais cuidadoso ao me aproximar.

— Você está bem?— Tentei de novo, tentando deixar a voz mais gentil.

Ela parou de tremer e depois de um segundo levantou a cabeça minimante. O Bastante para me deixar em choque. Dei um passo assustado para trás.

Havia um corte considerável em seu supercílio direito, seu lábio inferior estava um pouco inchado e avermelho. O lado esquerdo do rosto estava dividido entre pontos roxos, azuis, vermelhos e alguns ate mesmo negros. Seus olhos, um estava vermelho e molhado, e o outro mal conseguia se abrir tamanho os machucados.

— Mas que merda é essa? — Só percebi que havia gritado quando a garota deu um pulo assustado e se encolheu novamente.

Suspirei exasperado e passei a mãos no cabelo, nervoso. O que eu estava fazendo ali...?

— Desculpe... — Comecei tentando não gritar — Não queria assustá-la.

Ela não disse nada, apenas ficou me encarando. Seus olhos eram insondáveis.

Eu não sabia o que fazer. Meu plano apenas descobrir seu nome, talvez lhe dar um pouco de dinheiro e me livrar dessa obsessão. Nem nas minhas piores conjurações dela congelando de frio em alguma rua eu me imaginava encontrá-la parecendo um saco de pancada humano.

Suspirei considerando minhas opções. Não poderia deixá-la naquelas situações, mesmo que ela não fosse a minha obsessão seria desumano e cruel não oferecer ajuda a qualquer que fosse a pessoa naquele estado. Levá-la para casa não seria a melhor decisão, ela era uma total desconhecida e colocá-la debaixo do meu próprio teto seria irresponsável e impensável  

Suspirei exausto e irritado.

— Você consegue ficar em pé? — Perguntei. Qualquer que fosse a decisão iria pensar nela no carro. O vento cortante estava pinicando a pele exposta do meu rosto e pescoço, não queria nem imaginar o que estava fazendo com seu corpo minúsculo.

— O... o quê?  — Gaguejou. A voz mal passando de um sussurro.

— Você consegue levantar? Meu carro esta estacionado ali — Disse apontando para o outro lado da rua, mesmo sabendo que ela não podia vê-lo do lugar em que estava encolhida.

— Por quê? — Perguntou arregalando os olhos. Se é que aquilo podia ser classificado com um arregalar de olhos. Eles mal se abriam.

— Está frio... E... Eu quero ajudar — Comecei, mas ela nem se moveu — Eu prometo que não vou machucá-la — Prometi solenemente.

E me encarou por um tempo e suspirou. Seja o que for que viu nos meus olhos a convenceu. Desenrolou as mãos do joelho e colocou a mão direita no chão para tomar impulso e se levantar. Mas mal levantou um pouco e desabou de novo soltando um gemido.

— Eu vou te ajudar, okay — Disse levantando as mãos e me aproximando a passos lentos, o tempo todo olhando em seus olhos. Ambos receosos, eu não faia ideia de como e onde tocá-la e ela não parecia nem um pouco a vontade com meu toque, mas não havia outra opção e ambos sabíamos. Abaixei-me e coloquei meu braço em volta de sua cintura, segurando o mais gentil que podia, peguei seu braço esquerdo e o coloquei em volta do meu pescoço — Agora vou te levantar — Informei guinchando seu corpo para cima.

— Ahh — O ar deixou seus pulmões.

E nem queria imaginar a dor que ela estava sentindo.

— Vamos? — Perguntei quando ela estava em pé e a firmei melhor em meu abraço desajeitado.

Ela não disse nada, mas assentiu.

Ótimo.

O carro não estava longe, mas levei o dobro do tempo para cruzar todo o caminho ate ele. A garota praticamente se arrastava, era quase como carregar um cadáver. Eu podia pegá-la no colo, mas não sabia a situação que estava seu corpo por baixo das roupas e do meu casaco. Se fosse minimamente como seu rosto e as mãos a situação não devia ser nada boa. Tentei ao máximo manter a pressão do meu braço em volta dela a mínima possível, mas se não a segurasse firme ela desabaria no meio da rua.

Assim que chegamos, ajudei-a a se sentar no banco de carona e passei o cinto pelo seu corpo. Enquanto dava a volta para o lado do motorista só conseguia pensar no quanto seu corpo estava frio.

Logo após entrar liguei o aquecedor e dei partida. Iria estacionar em uma rua menos perigosa e então pensaria na loucura que estava cometendo.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?



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