*Cleveland Clinic, 25 de maio 2018*
—ALGUÉM POR FAVOR PODE MANDAR UMA AMBULÂNCIA PARA MINHA CASA- Fala entre lágrimas e soluços, enquanto escuta a atendente do Samu a pedir para que fique calma e explique o que aconteceu- Minha amiga ela desmaiou, ela tomou muito remédio, por favor venham logo- Fala ainda desesperada.
—Estamos enviando uma ambulância agora moça- Fala a atendente.
Enquanto ouvia todos me chamar, me balançarem, eu apenas não conseguia me mover, sentia algo me levando para longe da realidade, e enquanto eu lutava para permanecer acordada e encontrar forças para dizer que não era necessário que eu fosse pro hospital, pois se houvesse alguma possibilidade de sobreviver, se minha mãe soubesse do ocorrido, me mataria ali mesmo.
Ainda em choque escuto o barulho da ambulância, e logo em seguida mais um apagão em minha vista, depois sinto alguém me levantar, e depois me colocar dentro de um carro, e aos poucos meu corpo vai voltando aos sentidos normais.
—O que você ingeriu?- Perguntava a enfermeira me olhando preocupada.
—Eu... eu não tomei nada não..por..favor..não chame a minha mãe, ela vai me matar- Falo começando a chorar e a lembrar o quanto a minha mãe era pior do mundo comigo.
—Não vamos chamar a sua mãe, agora diga o que tomou?- Pergunta novamente verificando meus batimentos e pressão arterial.
—Bebi alguns remédios, não lembro quais- Minto pois não queria dizer a verdade. Logo em seguida um enfermeiro sobe a manga do meu casaco e estava a procura de uma veia.
—MEU DEUS O QUE SÃO ESSES CORTES?-Fala assustado olhando para enfermeira que me questionava as coisas.
—Você se mutila?-Pergunta e eu apenas deixo algumas lágrimas escaparem-Informe ao médico que foi uma tentativa de suicídio e a paciente não nós informou o que tomou, ela está um pouco consciente, estamos nos dirigindo ao hospital imediatamente.
Enquanto eu me derramo em lágrimas sinto uma mão segurar a minha e naquele momento aquele toque foi meu conforto.
Depois de vários apagões sofrido, abri meus olhos, estava em uma sala branca, com soros na veias, e com uma forte dor na cabeça.Logo escuto alguém entrar na sala e sinto que está se aproximando, porém não tinha forças para levantar a cabeça e olhar na direção que estava vindo aquela presença.
— Vamos fazer uma lavagem estomacal, fique quetinha se não vai doer mais- Fala e logo depois surge vários enfermeiros segurando os meus braços e outro abrindo minha boca.
— N..N-não.. por...favor- Falo tentando me soltar daquelas pessoas.
—Você deveria ter pensado nisso antes querer morrer- Fala o médico com uma cara sorridente.
Em seguida vejo um tubo e esse mesmo é colocado dentro da minha boca e sensação era a pior possível, enquanto eu me debatia para aquilo sair de mim, percebo que já era tarde demais.
Os enfermeiros me soltam e eu fico com aquela sensação terrível se passando por cada parte do meu corpo. Vejo um dos enfermeiro pegar um saquinho que estava ligado ao tubo e o vejo colocar uma seringa dentro da válvula, e por fim acaba sugando algo, e no mesmo momento eu sinto algo sendo retirado de mim e não me contenho.
— POR FAVOR PARA!!!!- Grito e começo a chorar.
Já tinha se passado uma eternidade e aquele tubo estava causando tantas dores em mim que eu já não tinha mais voz para gritar, quando vejo um rapaz de jaleco azul se aproximar de mim.
—Você vai ser transferida para ficar internada e em observação na ala b- Diz o rapaz que logo identifiquei como mais um médico.-Você está se sentindo bem?-Pergunta preocupado. E parece que esse médico era humano.- Como você veio parar aqui?-Pergunta e a pergunta me leva a uma grande nostalgia ao passado.
*Flashback On*

Classificação: 16+
Categorias: Histórias originais
Personagens: Indisponível
Gêneros: Drama
Avisos: Álcool

Capítulos: 1 (1.274 palavras) | Terminada: Não
Publicada: 23/03/2019 às 20:57 | Atualizada: 23/03/2019 às 20:57