A filha dos mediadores escrita por Samanta Chatham


Capítulo 8
Eu também tinha segredos.


Notas iniciais do capítulo

Noite gente!
Trouxe mais um capítulo pro cês! Vou atualizar Bates for you amanhã, ok? ( e se der, quem sabe eu consigo postar dois capítulos? Quero igualar as duas fics hehe).
Bem, tenham uma ótima leitura!



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Me sentia desconfortável dentro daquele Volvo completamente luxuoso, principalmente quando Edward ligou o aquecedor dentro do carro. Está bem, amei quando ele fez isso, porque estava com frio e a chuva caia lá fora fina e muito fria. Olhei para ele, concentrado olhando para frente, dirigindo em uma velocidade acima do permitido e todo lindo.

Era um inferno ele ser tão lindo. Aqueles cabelos, aquela pele extremamente fria e branca, como se fosse uma pessoa morta. Mas eu sabia que ele não era morto. Porque né, eu sou uma mediadora, via pessoas mortas.

— Tudo bem Edward, pode ir abrindo o bico — falei por fim e o vi olhar para mim, nem um pouco surpreso.

— Sobre o que? — Fez de desentendido. Bufei. Se ele quer que eu diga tudo, eu falo. Nunca tive problema em falar mesmo.

— Vamos ser diretos então — me virei para ele. — Estava sendo atropelada, mas estava acordada o suficiente para notar que você parou a van com as mãos. Então, vai me dizer como foi capaz de fazer isso?

Então, invés de me responder como uma pessoa inteligente que sabia que Edward Cullen era, ele riu. Não, riu não. Gargalhou. Tanto que dava batidinhas no volante do carro para se controlar. Fiquei lá, esperando ele se acalmar, com os braços cruzados para enfim poder dizer:

— Sério Edward? Estou falando sério aqui e gostaria muito que você colaborasse.

Mal percebi quando ele parou o carro diante de casa e olhou para mim, tentando parecer sério, mas seus olhos dançavam divertidos.

— Me desculpa Francis, você não é a primeira pessoa a fazer essa pergunta para mim — sorriu e como eu continuei o olhando esperando uma resposta, o ouvi suspirar. — Certo, nós devemos conversar. Mas não aqui e nem agora.

— Não vejo porque não podemos fazer isso aqui e agora — salientei.

— Porque você tem recomendação médica para descansar — lembrou e em resposta bufei.

— Fala sério Edward, acha mesmo que vou conseguir descansar com todas as perguntas rondando minha cabeça? — Falei como se fosse obvio.

Eu nem estava pedindo para ele me contar o seu segredo mais profundo! Na verdade, eu só queria entender o que tinha acontecido e como ele tinha me salvado. Será que ele não entendia que tinha salvo minha vida? Q ue por muito pouco eu teria virado uma daquelas fantasmas que tanto vejo?

— Francis — ele me chamou, me tirando dos meus pensamentos e fitei seus olhos dourados. — Você quer saber como eu parei a van, e eu quero saber porque a van estava funcionando sem motorista. E sei que sabe a resposta.

Merda, merda. Ele tinha razão, é claro. Porque eu era a única que poderia ter visto o fantasma tomando o controle da van e a única que sabe que a garota morta não precisava estar dirigindo para controlar. Fantasmas faziam isso com a mente!

— Viu? Você também tem segredos — Edward quase sorriu e foi só naquele momento que percebi o quão perto ele estava de mim. Tipo, ele estava sentado meio de lado para ficar de frente para mim e meu coração começou a bater tão forte dentro do peito que posso jurar que se chefe Swan tivesse em casa, poderia ouvir.

Edward riu novamente, como se tivesse ouvido uma piada e seus olhos me encaram divertidos.

— Meu Deus Edward! — Falar o nome dele me causou uma sensação gostosa. — Do que tanto você ri? Ou é outro segredo que não pode me contar?

Mas ele ignorou minhas perguntas.

— Você está livre no sábado? — Perguntou como se eu não tivesse falado.

Espera! O que?

— O que? — Verbalizei minha confusão.

— Perguntei se você está livre no sábado — Edward esclareceu, falando devagar como seu eu fosse uma criança aprendendo a falar. Olhei para ele, tentando ver se não tinha batido a cabeça no meu lugar.

Não. Ele estava falando sério. Respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos. Certo, eu tinha alguma coisa para fazer no sábado? A resposta veio rápida e clara como água do rio.

Meus sábados eram sempre os mesmos. Livros, cama e música. Era assim que gostava, até pretendia reler a trilogia do Círculo novamente. Mas, Edward estava me convidando para sair?

— Segredos, eles não podem ser revelados em qualquer lugar Francis — Edward falou como se tivesse lido meus pensamentos.

— Certo. Ok. Estou livre no sábado. Que horas vamos? — Perguntei por fim.

— As sete da manhã está bom, ou muito cedo? — Perguntou e por um segundo, me perdi em seus olhos. Meu Deus! O que estava acontecendo comigo?

— Não. Está bom — respondi sem pensar muito. — Obrigada Edward por me trazer para casa — agradeci e sai do carro com as pernas bambas.

— Francis? — A voz dele me fez abaixar para olhá-lo da janela do passageiro e vi que ele estava MUITO perto do meu rosto. Senti o olhar dele em mim, como se pudesse ler cada pensamento meu. Engoli em seco.

— Sim? — Aquela era minha voz? Fraquejada daquele jeito?

— Posso vir te dar uma carona para a escola amanhã? — Perguntou, exibindo um sorriso torto mais perfeito e sensual que já tive a prazer de ver na minha curta vida.

— C-Claro — gaguejei e não me pergunte como consegui subir as escadas e entrar em casa com as pernas bambas.

— Ah! Baby! — Minha mãe veio até mim, assim que entrei. Seus olhos verdes estavam preocupados e seus cabelos negros amarrados em um coque no alto da cabeça. — Seu pai me ligou e contou o que aconteceu!

— Estou bem mãe — sorri. — Você sabe, sou mais resistente do que pensa. Afinal, sou filha de Suze Simon. — Falei, utilizando o sobrenome de solteira dela e isso a deixava feliz. Porque ela se lembrava da adolescência, da época que tudo mudou. Da época que conheceu meu pai.

— É isso aí — falou, rindo. — Agora, vai descansar e esperar seu pai chegar para jantarmos.

Assenti, mas quando estava subindo as escadas, algo me ocorreu.

— Mãe? — Chamei e a vi virar-se para mim. — Você disse que papai é um grande amigo do Dr. Cullen.

— Sim, ele é. Por quê?

— Quando foi que eles se conheceram? Não lembro de papai ter mencionado essa amizade. E se eles são tão amigos, porque nunca o conheci antes?

Por um momento, vi minha mãe ficar estática, como se estivesse surpresa. Mas foi uma reação rápida. Logo em seguida, ela deu de ombros.

— Não tenho certeza, querida. Terá que perguntar ao seu pai.

Assenti e subi para o quarto.


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Notas finais do capítulo

Meus lindos comentem por favor! Sei que tem mais pessoas acompanhando a fic, então peço que favoritem, recomendem e comentem, isso me ajuda muito!
Beijo no coração de vcs ♥
Amanhã atualizo Bates for you!



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