The Battle Frontier escrita por Allphox


Capítulo 6
S1EP05 - Rethinking strategies




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Aproximadamente 24 horas haviam se passado desde a batalha com Darach. Eu e Scarlett estávamos em um café que ficava a dois quarteirões de distância do Pokémon Center. Um balcão enorme de madeira era meu apoio, um copo de café fervente soltava um pouco de fumaça da abertura. Scarlett bebia o seu café, em silêncio, o chapéu repousado do lado. A atendente, uma moça negra de cabelos lisos e avental verde parou na nossa frente.


— Desejam alguma coisa a mais?

— Não, estamos bem. – Scarlett respondeu educadamente.


Ela se afastou. Eu bebi um gole do líquido fumegante. Scarlett olhava para a TV bem a nossa frente, que passava um boletim informativo sobre Crown City. Ouvi o nome de Thorton, mas não levantei a cabeça. A batalha ficava indo e voltando na minha cabeça por diversas vezes. Tirei o gorro da cabeça e o joguei do lado do meu copo. Scarlett virou-se para mim.


— Ei, todo mundo perde. – Ela disse pondo a mão no meu ombro.

— Eu não. – Sussurrei sem nem olhar pra ela.

— Mas Jake... – Ela falou.

— EU NÃO, SCARLETT! – Gritei a plenos pulmões, furioso.


Por sorte, o café estava vazio naquela hora e o único casal, sentado na mesa mais próxima a porta olhou na nossa direção. Scarlett virou o rosto e encarou seu copo, retraída. Eu virei pra ela, com remorso.


— Ruiva, desculpa. – Pus a mão no braço dela.  – Eu não queria ter gritado assim.

— Mas gritou. – Ela segurava as lágrimas tentando fechar os olhos, as mãos tremendo segurando o copo firme. – Eu só quero ajudar. E já é a segunda vez que você faz uma coisa que me desagrada.

— Eu sei disso, ruiva. – Falei com uma expressão acalentadora. – É que eu não fui acostumado a perder, só perdi batalhas oficiais em duas ocasiões e até hoje sou meio traumatizado com isso.

— Como assim? – Ela largou o copo, mais tranquila, apesar de ainda não olhar para mim.

— Derrotei os 8 líderes de ginásio sem ter que lutar mais de uma vez. E venci os cinco primeiros Contests que me inscrevi. – Bebi um gole do café em seguida.

— Quais ginásios você enfrentou? – Ela disse, dessa vez olhando para mim.

— E isso importa? – Eu falei, sem entender.

— Sim, importa. – Ela falou, pensativa. – Quatro ginásios foram abertos em Sinnoh ano passado. E eu sei que esses quatro eram considerados os mais “fáceis” de se vencer.


Hesitei. Scarlett sabia de uma informação que apenas treinadores que se interessavam por insígnias sabiam. Eu particularmente só soube da existência dos 4 novos ginásios quando fui em Twinleaf pegar meu terceiro Pokémon.


— Como você sabe disso? – Olhei-a, desconfiado.  Me ocorreu naquele momento que eu nunca soube de ela veio. – Aliás, uma coisa que eu ainda não sei sobre você. Qual sua cidade natal?

— Ah, uma muito longe daqui. – Ela desconversou, rapidamente. Tomou um gole do café e voltou-se para mim de novo. – Você enfrentou os ginásio de Jubilife, Floaroma, Solaceon e Celestic, não?

— Sim. – Cerrei os dentes. – Mas não os enfrentei por serem os mais fáceis nem nada disso. – Me expliquei rapidamente. – Eu não queria ir até Snowpoint por ser muito ao norte e Canalave apesar de relativamente próxima de Twinleaf seria um problema pela força de Byron e ir até lá me faria voltar Sinnoh toda só para pegar a insígnia. Como eu passei por Jubilife logo de início da jornada, resolvi lutar lá. Depois Floaroma e pela rota nova ao Leste que foi construída cheguei em Oreburgh. Eterna, Celestic e Solaceon na semana seguinte. Veilstone depois e por último Sunnyshore, que apesar de ter ganhado de 1x0 contra Volkner, foi um belo desafio.

— Interessante. – Scarlett mexeu no chapéu. – E os Contests?

— Jubilife, Floaroma, Celestic, Solaceon e Hearthome. – Falei olhando para a tv bem no momento em que Thorton finalizou uma entrevista com uma repórter.

— E quais são os tipos dos ginásios que abriram? – Scarlett indagou.

— Jubilife, normal. Floaroma, inseto. Celestic, voador. Solaceon, terra. – Saquei meu estojo de insígnias e mostrei a ela.

 

Scarlett pegou o objeto e tirou todas as insígnias uma a uma. Primeiro a de Jubilife, que parecia uma ampulheta com dois triângulos roxos, depois a de Floaroma, que era redonda e com um corte no meio com duas setas apontadas para as pontas, a de Celestic era azul clara e se olhasse bem dava para enxergar um pássaro como se fosse dar um rasante enquanto a de Solaceon era uma forma de hexágono deformado e vermelha, com uma esfera no centro também na cor vermelha. Ao terminar de analisar as 4 dos ginásios mais novos, ela passou o dedo nas de Oreburgh, Eterna, Veilstone e Sunnyshore rapidamente. Não entendi o porque, então continuei a falar.

 

—  Eu saí de casa no início do ano. Em 2 meses eu havia conquistado as 8 insígnias. A Sinnoh League daquele ano só era no final do ano. – Olhei de volta para Scarlett. – Como eu queria treinar mais, resolvi participar do Grande Festival. Como os Contests só começavam no segundo trimestre eu tive tempo de me preparar. O resto foi fácil. Cinco ribbons em 2 meses.

— Jake... – Scarlett olhou para mim espantada. – Isso é um recorde.

— Eu sei disso. – Falei envergonhado. – Mas é porque eu me organizei muito bem e otimizei muito meu tempo. Se eu tivesse ido até Canalave e Snowpoint não teria conseguido as Ribbons.

— Parabéns. – Ela deu um sorriso amarelo. – Mas então, explica o porque de não ser acostumado perder e ter perdido só duas vezes.

— Ah. – Vesti o gorro de volta. – Eu fui muito bem durante as competições da Sinnoh League e do Grande Festival. – Bufei. – Só que havia alguém melhor que eu nas duas vezes.

— Que triste. – Ela falou com um tom de cansaço. – Mas é algo de se admirar. Nunca vi ninguém que tivesse tentado no mesmo ano as duas maiores competições do continente.

— Eu também não. – Falei e cocei o queixo. – Na realidade... No ano anterior em que eu participei eu assisti as duas competições. Um cara com uma harpa de Mew participou nas duas. Ele chegou a ir bem no Grande Festival, foi até a semifinal, eu assisti a batalha mas tive que ir embora e não vi a final. Na Sinnoh League ele perdeu logo na primeira rodada.

— Viu? É raro alguém participar das duas e ir bem. – Ela deu um sorriso reconfortante.

— Ah... – Fiquei sem graça. – Enfim, isso não vem ao caso agora. – Relaxei os ombros. – Nada da minha experiência deu certo contra Darach.

— Jake... – Scarlett fez uma pausa. – Talvez você tenha sofrido da síndrome do “Eu sou bom o suficiente e não preciso de treino”.

— Como assim? – Indaguei confuso.

— Você achou que o fato de ter ido bem no passado ia se repetir aqui. – Ela terminou de beber seu café. – E mais, você achou que o fato de ter me derrotado tão facilmente já era motivo suficiente para acreditar que Darach ia ser fácil de derrotar.

— Não creio que seja isso, Scarlett. – Falei cabisbaixo. – Darach mudou as regras, isso dá a ele vantagem.

— Tem uma coisa que eu queria te mostrar... – Ela pôs o estojo da câmera no balcão. – Eu não só fotografei como filmei algumas parte da batalha. – Quero te mostrar uma coisa.

— Tudo bem... – Falei hesitante.


Eu assisti a batalha com Empoleon e Houndoom. Scarlett apenas passava algumas fotos e vídeos curtos. Depois de cinco minutos, ela virou-se para mim.


— Percebeu no que você errou?

— Sinceramente? Não.

— Você além de ter deixado as novas regras de Darach terem te desestabilizado, não soube reagir a tempo quando Darach ordenava um contra-ataque.

— Scarlett, isso é loucura. Eu...

— Tem certeza que quer indagar comigo? – Ela me encarou com uma expressão séria.

— Ok... – Fiz uma pausa. – Digamos que você está certa. O que você sugere?

— Primeiro de tudo, você pautou sua estratégia apenas em Togekiss e Garchomp. – Ela prendeu os cabelos em um rabo de cavalo. – Eu teria recomendado Garchomp e Infernape, apesar de Darach ter um Empoleon.

— Por quê? – Perguntei.

— Garchomp é forte, muito forte. Entretanto, Infernape é um dos pokémons mais rápidos que já vi. E o seu é muito rápido. Mesmo lutando contra um Empoleon, eu creio que usando os ataques certos você possa vencer Darach. – Ela falou com uma expressão de entendida no assunto.

— Scarlett, não posso pautar uma revanche com Darach apenas na sorte de você estar certa quanto a velocidade de Infernape. – Falei olhando para frente. – Além do mais...

— Calma. – Ela pôs a mão na minha boca, obrigando-me a me calar. – Darach além de estar com essa vantagem do computador, está te desestabilizando emocionalmente pondo você em desvantagem com ele uma vez que ele dita as regras do desafio.

— E o que eu faço então?

— Você tem que jogar o jogo dele. – Ela olhou para mim com um olhar malicioso. – O que pode desestabilizar Darach facilmente?

— Caitlin. – Nesse momento, um carteiro trajando roupas azuis com um Delibird em seu ombro passou do nosso lado mexendo em um envelope de cartas e eu tive um estalo. – A CARTA DA CAITILIN! – Gritei de novo e o mesmo casal que havia nos olhado antes nos olhou de novo.

— O quê?

— Caitilin me deu uma carta para entregar para Darach! – Falei eufórico. - Eu esqueci completamente de entregar pra ele.

— Isso é uma boa ideia. – Ela olhou para o lado.

— Sim. – Chamei a atendente. - A conta, por favor.

— Você leva a carta até o Battle Castle... – Ela falou.

— E proponho uma revanche contra Darach... – Eu falei sorrindo maliciosamente.

— Com as regras originais da Battle Frontier. – Ela falou sorrindo mais maliciosamente ainda.

— Valendo a carta da Caitilin. – Eu estava eufórico.

— Darach vai ficar mais decidido a te vencer, mas vai ficar nervoso por saber que a carta estará em jogo. Essa vai ser sua chance.

— Sim. – Cocei a cabeça. – Ainda posso acabar me ferrando se perder o cara ou coroa, mas se eu conseguir vencer o cara ou coroa...

— Você já começa com vantagem com Darach. – Ela tinha quase uma fúria no olhar. – Se você derrotar um dos pokémons dele usando apenas um dos seus, vai conseguir ter uma vantagem sobre o segundo tendo que derrotar os seus dois. É a sua chance de vencê-lo.


A atendente veio e pagamos a conta. Saímos do café. Eu e Scarlett trocamos um olhar ansioso. Dobramos a esquina movimentada. O Sol estava no alto de nossas cabeças. Caminhávamos em direção ao Pokémon Center. Andávamos quase correndo. Assim que chegamos, entramos correndo e vimos a mesma menina que Darach havia derrotado no dia anterior e passou por nós correndo. A enfermeira Joy e sua Chansey a confortavam, ainda em meio as lágrimas.


— Jake, isso tem que parar. – Ela olhou a cena com uma expressão triste.

— Vai parar. Me espera aqui. – Apontei para um sofá marrom grande a nossa esquerda em formato de L. – Vou subir e pegar a carta.


...


— Anda, vamos ler a carta. – Ela puxou o envelope da minha mão, ansiosa.

— Será que é uma boa ideia? – Falei, desconfiado.

— Pode ter alguma coisa na carta que te ajude a derrotá-lo. – Ela abriu o envelope devagar e puxou um papel reciclado dobrado perfeitamente. Escritas em uma letra impecável na cor roxa estavam as seguintes palavras:


Querido Darach,

Escrevo essa carta para você mais com uma despedida do que qualquer outra coisa. Preciso seguir minha vida, trilhar meu próprio caminho. Eu não posso ser a sombra de um Frontier Brain. Quando os desafiantes vêm ao Battle Castle eles querem enfrentar Darach, não Caitlin. 

Quero ser reconhecida e creio que em Sinnoh isso não será possível. Há uma oportunidade para ser Elite 4 daqui e eu vou tentar seguir o meu sonho de ser forte por mim mesma, sem depender de mais ninguém. 

Não me entenda mal, eu tenho um sentimento muito grande, forte e bonito por você, mas não posso esperar para sempre por você tomar a iniciativa. Eu vou ficar em Castelia City treinando para as batalhas que terei que travar para conseguir atingir meu objetivo. 

Eu sempre serei sua Lady Caitlin, sempre. Nunca deixarei de ser.

Eu te amo.

L.C.



Eu e Scarlett trocamos um olhar nervoso. Eu sabia que Darach e Caitlin tinham alguma coisa, mas não sabia que era assim. Senti-me um invasor de privacidade alheia, mas agora eu já havia lido a carta.


— Então ela o amava. – Ela olhou para o papel espantada e o dobrou. – E ele burro a deixou ir embora.

— Você não os conheceu quando ela ficava aí no Battle Castle. –Virei a cabeça para a porta do Pokémon Center. – Ele era um cavalheiro para ela, mas nunca mostrava nada além do que o mais profundo respeito por ela.

— Ele é burro. Muito burro. – Ela balançou a cabeça negativamente. – Pois bem, você já tem um trunfo contra Darach. Use-o bem. – Ela me devolveu o papel. 

— Sim. – Pus de volta no envelope. – Agora preciso treinar para a revanche. 

— Exato. – Ela olhou para mim, decidida. – Onde vamos treinar?


Olhei para trás. Vi 3 vídeo-fones perto do balcão de onde a enfermeira Joy confortava a menina. Levantei-me.


— Scarlett, vou fazer umas ligações. – Ela me olhou curiosa. – Já volto.

— Tudo bem. – Ela levantou-se e foi até o balcão ajudar a confortar a menina que ainda chorava.


Respirei aliviado. Eu não queria que Scarlett ouvisse minhas conversas. Haviam 3 bancos verdes alcochoados de frente para três monitores grandes na cor cinza. Sentei-me no do canto direito, mais afastado do balcão e disquei o número de Thorton na tela. Em poucos segundos ele atendeu. Seu rosto era o de sempre, ele estava em uma área aberta e chovia.


— O que foi? – Ele disse com uma expressão séria.

— Eu vi a entrevista. – Fiz uma pausa. – Na realidade, só de relance. Ainda está aí?

— Estou. – Ele olhou para cima. – E pelo visto não vou sair daqui tão cedo.

— Como você não está sendo atingido pela chuva? – Indaguei confuso.

— Xatu. Psychic. – Ele apontou para a esquerda. – Como está o desafio? 

— Vou lutar com Darach amanhã. – Falei sério.

— Primeira vez? – Ele olhou para a direita. Agora eu havia percebido que ele estava andando.

— Segunda. – Franzi a testa. – E se falar qualquer coisa desligo na sua cara.

— Estressado. – Ele olhou para frente, preocupado. – Espero que perca de novo, preciso de tempo.

— Para? – Olhei desconfiado. – Está tudo bem?

— Está. – Thorton olhou para a tela. – Manteve os 3 com você?

— Sim, inclusive Togekiss e Garchomp lutaram ontem.

— E perderam. – Ele falou no tom mais natural do mundo, do nada ele começou a correr. – Preciso desligar, depois nos falamos.


Estranhei, mas logo depois voltei ao normal. Era com Thorton que eu estava falando. Estranho seria ele me tratar bem e não fazer alguma exigência. A tela se apagou e eu disquei o número de Caitlin. Ela atendeu no primeiro toque, o rosto angelical e estava diferente. O cabelo parecia mais volumoso e ela usava um capéu grande. Sorriu para mim assim que me viu, estava em algum lugar movimentado, parecia um ginásio.


— Oi, Jake! – Ela disse animada. – Como você está?

— Estou bem. – Falei num tom tão desanimado que ela percebeu que havia algo errado.

— Já o enfrentou? – Ela disse rapidamente.

— E perdi. – Ri. – Faz parte, eu acho.

— Entregou a carta? – Ela olhou para mim com uma expressão preocupada.

— Eu esqueci de entregá-la. – Fiz uma pausa. - Vou entregar amanhã, quando eu for enfrentá-lo de novo.

— Como foi a batalha? - Ela perguntou, se ajeitando onde estava sentada.

— Foi cruel. Darach está amargo e mudou as regras ainda mais. – Falei baixo.

— Ele o quê? – Ela se aproximou da tela.

— É, isso tornou a chance de derrotá-lo muito menor.

— Não acredito. – Ela ficou angustiada. – Eu não deveria ter ido embora, ele agora vai tornar o desafio...

— Caitlin, calma! – Bati na tela devagar. – Eu vou lutar com ele amanhã de novo e tentar consertar isso.

— Mas se ele mudou as regras com certeza devem ser a favor dele e isso está prejudicando os desafiantes, ai meu Arceus...

— Caitlin, eu liguei pra você justamente sobre isso. – Fiz uma pausa. – Eu quero permissão sua para usar a carta que você escreveu pra ele como mecanismo para tentar tornar o desafio menos impossível.


Caitlin ficou muda por um minuto, o que pareceu uma eternidade. Um indivíduo de calça rosa e preta com blusa verde pôs a mão em seu ombro. Não vi o rosto da pessoa, mas Caitlin olhou para quem quer que fosse e respirou fundo. Olhou para mim e disse com firmeza.


— Faça o que for preciso. – Ela segurou as lágrimas. – Eu não queria isso.

— Caitlin, não é culpa sua. – Eu tentei confortá-la. – Ele está confuso e sente sua falta. Vou tentar por algum juízo na cabeça dele.

— Você tem é que dar uma surra nele nessa batalha. – Ela olhou decidida. – Me prometa.

— Caitlin...

— Me prometa. – Ela me encarou. Uma expressão voraz em seu rosto. – Estou lhe implorando.

— Tudo bem. – Falei hesitante. Eu não sabia se conseguiria derrotar Darach na revanche. – Eu prometo.

— Ótimo. – Ela levantou-se e inclinou-se para baixo. – Assim que você vencê-lo, me avise. Vou desligar agora.


Antes que eu pudesse esboçar qualquer reação, a tela se apagou. Levantei-me e fui até o balcão. A menina não estava mais lá e Scarlett estava conversando com a enfermeira Joy. Assim que notou minha presença, parou de falar e virou-se para mim.


— Pronto? – Ela soltou o rabo de cavalo do cabelo. – Vamos treinar?

— Vamos. – Falei decidido. – Tem um campo de batalhas perto do café onde estávamos. Vamos pra lá.


Scarlett se despediu da enfermeira Joy e saímos do Pokémon Center. Andamos até o café e passamos mais um quarteirão. Um homem de roupas listradas em vermelho e amarelo deu um panfleto na mão de Scarlett, que o segurou sem nem ver o que estava escrito e continuou andando. Cruzamos mais duas ruas e avistamos um campo aberto, com algumas pessoas da nossa idade treinando. Ao fundo haviam dois prédios, os mais altos da cidade e os últimos já que atrás iniciava-se uma rota no meio de uma floresta. O campo mais perto dos prédios estava vazio. Andamos até lá e nos pusemos em lados opostos do campo. Scarlett olhou para mim, um ar de decisão no seu rosto.


— Vamos rever algumas estratégias.

— Exato. – Saquei três pokébolas. Eu não ia perder a revanche. Não ia mesmo. – Temos um Frontier Brain para derrotar.


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