O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
Um Baile


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/_RrA-R5VHQs-Clary canta.



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P.O.V. Erik.

Um baile. Fui convidado para um baile! Bom, fomos convidados. Clarissa e eu.

—Erik, eu tenho que voltar. Tenho que voltar para casa, para a minha família.

—Estava planejando me abandonar?

—Eu nunca abandonaria você. Encontrei um meio de nos comunicarmos mesmo em épocas diferentes, mas eu te ensinei administração, contabilidade, te comprei o teatro, uma mansão e aqui. Nunca perca estas chaves, esta abre um cofre no banco. Lancei uma porção de feitiços de proteção ao redor da casa, no cofre o único jeito de se abrir é usando as chaves. Tem ouro lá dentro muito ouro. Use-o com sabedoria, invista, não desperdice. Como lhe ensinei.

—Ao menos vá ao baile comigo.

—Calma, eu não vou embora tão cedo. Primeiro temos que cuidar do problema Christine. Dai, eu vou pra casa.

Ela ensinou-me a dançar, a me portar corretamente, foi minha tutora, minha salvadora.

—Só me prometa que será feliz. Que encontrará uma esposa, terá filhos e vai ensinar a eles tudo o que eu lhe ensinei.

—Tem a minha palavra.

—Então... e quanto a aquele baile?

P.O.V. Clary.

Tive que me preparar. Comecei a me acostumar com toda a roupa, meias, cinta liga, crinolina, espartilho. Hoje fiz no meu cabelo um penteado igual ao da Elizabeth Swann do piratas do Caribe. E embaixo daquela roupa toda... adagas serafim, lâminas dos mais variados tipos enfiadas em bainhas.

Meu vestido era creme, todo cheio de babados, estampa florida. Bem século dezoito mesmo. E como eu sou parte vampira já sou pálida até demais da conta, então não precisei de base, mas usei corretivo para dar um jeito nas minhas sardas, fiz o contorno das bochechas e usei todos os meus truques de beleza.

Vocês devem estar se perguntando, como ela tem base e corretivo? Simples, eu trouxe comigo numa bolsa. Apliquei pó compacto debaixo do meu queixo, fiz o contorno da sobrancelha, o curler nos meus cílios, mas nada de rímel.

Estou tentando me misturar o máximo possível, portanto maquiagem sem maquiagem. Um pouco de blush cor de rosa nas maçãs do rosto, um glosse nude e um pouquinho de batom vermelho.

Voltei para o futuro para fazer os cachos com o curler e depois as moças do teatro me ajudaram a colocar o penteado no lugar. Quando chegamos ao baile, haviam muitos nobres. Lordes, Duques, Condes, Viscondes e sei lá mais o que.

Damas e todas elas olharam feio pra mim. Não me admira, beleza sobrenatural chama a atenção. Faz com que eu me destaque na multidão.

P.O.V. Erik.

Ela ficou um pouco chocada.

—Olha só, estão todos olhando pra você.

—Acredite, estão olhando para você. Clarissa. Sua prima me confessou que pode ler mentes. Isto é verdade?

—É. Mas, tem um botão de liga e desliga. A telepatia é meio que uma maldição. Você tem a verdade nua e crua jogada na sua cara, mas não preciso da telepatia para saber que estão todos pensando coisas impróprias sobre minha pessoa.

P.O.V. Jane Bennett.

Uma cantora de Ópera. Mas, que profissão. É uma mulher da vida.

Então, chegou o Capitão Bingley. Lorde Charles Bingley.

—É de bom entendimento que o Capitão Bingley está á procura de uma esposa?

Comentou mamãe e a Senhora Madaleine respondeu:

—Oh, sim. Aquelas são suas irmãs, Caroline Bingley e Louisa Hurst. E lá está o Senhor Darcy, dizem que ele herdou uma fortuna, duas mil libras por ano, pelo menos.

Vi o Senhor Bingley vir até mim, mas tive uma desagradável surpresa.

P.O.V. Lorde Bingley.

Meu baile estava cheio. Vários convidados, pessoas demais para contar.

—Senhor Darcy! Bem vindo, caro amigo.

—Como está?

—Estou muito bem. E você?

—Bem. Bem. Então, isto é Paris?

Correndo meus olhos pelos convidados, meus olhos encontraram os dela. Verdes como esmeraldas.

—Ela é a mais bela criatura que eu já contemplei.

Darcy olhou para ela.

—Ela sorri demais.

—Ela é... um anjo.

Fui até a senhorita.

—Charles Bingley, encantado em conhecê-la.

—É um prazer conhecê-lo também. Eu sou Clarissa Carlton.

—Ela é uma cantora. Uma mulher da vida.

Disse uma outra senhorita. A senhorita Carlton virou a cabeça lentamente para olhar para a outra e seus olhos faiscavam de ódio.

—Tem razão. Sou cantora, bailarina, pianista, violinista e sim. Eu canto no Teatro de Paris, mas bem que você queria ter o meu talento né, Princesa? Oh, é mesmo você não é Princesa. É só uma garotinha tola e assustada que recebe ordens de um homem sentado numa cadeira.

A senhora Bennett interviu.

—Ouvimos tanto falar do senhor, senhor Bingley. Minhas filhas, todas de caráter impecável.

Vi a donzela ruiva revirar os olhos. Como se aquilo fosse a coisa mais absurda que já ouviu em toda a sua vida.

—Está gostando de Paris, senhor Bingley?

—Muito.

Disse olhando para a dama mais bela e intrigante que já conheci.

—Senhorita Carlton, gostaria de pedi-la as próximas duas danças. Se não estiver... prometida.

—Não estou prometida e mesmo se estivesse, dançaria com você.

Peguei a mão dela, mas...

—A outra mão.

Disse o Senhor Moreau.

—Oh, certo. Li em algum lugar uma vez que tem que pegar a mão que está mais próxima da dama ou algo assim.

Nós dançamos e ela não falou muito. Ficou calada.

Uma áurea de mistério a envolvia. Ela era extremamente reservada e ainda assim falava o que pensava.

—Se é uma cantora de Ópera, então... poderia cantar uma canção para nós?

Pediu a senhora Bennett.

—Claro.

Disse com uma fúria contida. Ela se sentou ao piano e apesar da sua voz ser incrivelmente enfeitiçante, a letra da música chocou a todos.

 


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