O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 30
Show de Talentos


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/h81UOjlFmMs-Samara coreografia.
https://youtu.be/6_i5pQkA3NA-Melissa coreografia.



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P.O.V. Melissa.

Após meses e meses de ensaio, fazendo o figurino, planejamento, ensaio geral... é finalmente a hora.

Ficamos por último. A Samara e as amigas dela vão antes de nós.

—Vejam e aprendam.

Elas entraram no palco e deu tudo errado. A dança era horrivelmente vulgar, admito minha coreografia tem um pouco de sex appel, mas o que elas fizeram era coisa de casa de strip. 

Uma das quatro foi para o lado errado, trombou no rádio que enguiçou e se não fosse a ruiva a apresentação teria sido um desastre. E eu juro por Deus que não sabotei nada. Não usei magia ou compulsão. Elas se enrolaram sozinhas.

Elas saíram pela coxia e as outras garotas já estavam preparadas. As luzes apagaram, fiquei em posição e... é hora do show!

P.O.V. Isaac.

Eu não dei nada por ela. Mas, cara!

—Cara, aquela é a sua mina?! Que voz é essa?

—Ela é soprano.

A coreografia, o letreiro gigante e luminescente. Ela é super sexy, mas não vulgar. A dança tinha uma vibe dos anos vinte.

—E aquela é a sua irmã?

—É. A Beverly quer ser cantora.

Quando o show acabou todos aplaudiram de pé. E ela fez uma carinha de meiga encima do palco. Elas desceram e o Diretor subiu.

—Muito bem. Agora, vocês alunos votem na melhor apresentação e o eleito ou eleita, vai ganhar o troféu de talento do ano!

Não foi surpresa nenhuma quando anunciaram o vencedor.

—Bom, o Troféu de Talento do ano de 2019 vai para... Melissa Volturi!

Ela recebeu o enorme troféu dourado e como de costume a vencedora tinha que fazer um discurso.

—Bom, eu agradeço por terem me eleito, mas nada disso teria sido possível sem as minhas amigas que me ajudaram e dançaram comigo. E sem vocês que nos elegeram. Este troféu não é só meu, é de todas as meninas que me ajudaram. Então, obrigado. Obrigado a todos.

Foi um agradecimento sincero. E ela dividiu o troféu com as garotas do corpo de baile.

—Uma foto. Para o jornal da Faculdade.

—Uma foto?

—Ah, vamos.

—Tudo bem.

A garota da turma de fotografia bateu a foto e agradeceu.

P.O.V. Melissa.

Então, a Samara apareceu.

—Parece que eu subestimei você.

—É. Isso acontece muito. Você deveria ter ficado na sua, porque agora este palco é meu. E eu vou destruir você, vou tomar tudo o que é seu. Rainha.

—Veremos.

—Sim. Veremos.

Acabo de declarar guerra a uma vadia mortal. E brigas de garotas são uma coisa violenta, porém velada que acontece por debaixo dos panos. Pena para Samara porque já estou planejando acabar com ela a algum tempo. Desde que ela falou mal do meu pai.

E agora, o jogo começa. Vou matá-la com gentileza. Desarmá-la completamente. Conheço suas fraquezas e seu ego é a maior delas. É hora do ataque.

P.O.V. Jeremy.

O dia do show de talentos foi legendário.

—Você não...

—Não. Eu ganhei de forma limpa e justa. Elas se atrapalharam sozinhas.

—Mas, você está planejando alguma coisa.

—Sim. Digamos que... aquela vagabunda falou do meu pai. E ninguém, ninguém, muito menos uma mortal vadia e egocêntrica, fala mal da minha família. Ela falou mal do meu pai e por isso, vou fazê-la sofrer.

—Não vai matá-la, vai?

—Pensou bem Jeremy, mas pensou pequeno. Matá-la seria fácil demais, seria muita misericórdia da minha parte. Nós vamos jogar um joguinho eu e Samara. Mortal burra, está brincando de polícia e ladrão com uma predadora. 

—E o que você vai fazer?

—Não é óbvio?

—Na verdade não.

—Vou destruí-la. Melhor, vou fazê-la se destruir. Oh, isso vai ser divertido.

Conheço a Melissa. Ela costuma deixar pra lá e se purgar, colocar a magia negra pra fora e tal, mas ela é viciosa quando se trata de defender quem ama e especialmente sua família.

—Mel, talvez tenha algum outro jeito.

—Não. Pode caçoar de mim, não tem problema eu acho até engraçado que elas se acham tanto. Afinal eu poderia arrancar a cabeça dela ou o coração em segundos e ela nem saberia de onde sai. Mas, ninguém ofende minha família. Ninguém fere quem eu amo.

P.O.V. Melissa.

Eu preciso de uma roupa classuda e sexy para ir á faculdade hoje. Então, escolhi uma blusa preta com certa transparência, calça jeans skinny, um cinto cheio de spikes e uma ankle boot linda. E meus óculos escuros, aqueles que parecem com os das celebridades.

Uma maquiagem bem básica e natural.

P.O.V. Samara.

A vaca chegou e chegou dirigindo um carro lindo. Uma maldita Ferrari.

—Caraca! Saca só o carro dela!

—Saca só a roupa dela!

—Ainda acho ela uma deselegante. E os olhos são muito esquisitos.

P.O.V. Melissa.

Comecei a ser eu mesma. Bom, uma parte de mim. Ser gentil abre tantas portas e depois que eu detonei com a Blackwood as pessoas começaram a gostar de mim.

—Você arrasou! No ano que vem quero participar.

—Claro.

Quando passei por ela, Samara me passou uma rasteira.

—Ops. Como sou desastrada.

Mas, várias mãos se estenderam para me ajudar.

—Obrigado.

E vários olhos olharam feio para ela. Pouco a pouco consegui virar a faculdade inteira contra ela. Samara deu vários tiros no próprio pé.

Suas tentativas de me ferrar sempre falhavam e saiam pela culatra. Até fomos chamadas na Reitoria da faculdade.

—Chegaram até meus ouvidos denuncias de agressão.

—Agressão?

—Aparentemente a senhorita, senhorita Blackwood andou passando rasteiras entre outras agressões físicas contra a senhorita Volturi. Tenho testemunhas.

—É mentira.

—É mesmo, senhorita Volturi?

Olhei para baixo, para parecer estar com medo de denunciá-la e então:

—É. É mentira.

—Entendo. Bom, é só isso.

Quando sai olhei bem para a cara da Samara e dei um sorriso maldoso pra ela. E como esperado ela surtou.

—Sua vaca!

E partiu com tudo para cima de mim. Foi difícil lutar contra meus reflexos, mas deixei ela me acertar.

—Senhorita Blackwood! Está suspensa até segunda ordem.

—Vou te pegar santa do pau oco!

Tiveram que chamar a polícia e Samara foi fichada. Senti o corte cicatrizando.

—A senhorita está bem?

—Estou.

Fizemos um boletim de ocorrência. E agora, vou dar o tiro de misericórdia.

P.O.V. Jeremy.

A Melissa sumiu. Perguntei por ela, mas ninguém sabia onde ela estava. Disseram que ela entrou no carro e foi embora. Fui á casa dela e os pais também estavam desesperados atrás dela.

Então, me lembrei da casa de campo.

—Acho que sei onde ela está.

—Eu vou com você. Ela pode ser sua namorada, mas também é minha amiga.

Quando chegamos á casa, todas as luzes estavam apagadas, mas as velas estavam acesas.

—Melissa?

—Não deveriam estar aqui.

—Oh, você comprou um gatinho.

Disse minha irmã fazendo carinho no gato. E Melissa respondeu friamente:

—Não. Eu peguei ele na rua.

—Qual é o nome dele?

—Sacrifício.

—Sacrifício? Isso é nome pra se dar a um gato?

Ela não respondeu a pergunta da minha irmã caçula, simplesmente começou a misturar umas ervas com outras ervas, fez uma espécie de altar. Então, eu entendi. O gato era um sacrifício.

—Melissa, que tipo de feitiço é esse que está fazendo?

—Não é um feitiço meu amor, é um ritual. Me dá o gato, Bev.

Beverly entregou o gato para Mel.

—Veritas, meum parvolo, te iq invoco!

As chamas das velas foram nas alturas e quando ela acabou de falar, quebrou o pescoço do gato.

—Meu Deus!

—Deusa.

A mulher apareceu na sala.

—Quem me invoca?

—Meu nome é Melissa Volturi. E eu quero a verdade, quero que uma mentirosa que desrespeitou o nome do meu pai seja punida. Eu a ofereço como tributo.

—Tributo?

—Chamem de pagamento.

—E quem será o meu tributo?

Melissa pareceu ter ouvido alguma coisa.

—Temos companhia. Perdoe-me minha Deusa, mas eu já venho.

Ela usou sua super-velocidade. E tinha uma galera lá fora.

—Levou muito tempo, mas finalmente pegamos você.

—Ou talvez eu só tenha parado de fugir.

Ela massacrou as pessoas, arrancou os corações delas, decepou as cabeças.

—Você é forte, não tenho dúvida. Mas, está em menor número. Desista agora e acabaremos com isso rápido.

—Eu tenho uma ideia melhor.

Ela começou a soltar uma fumaça cor de rosa pelas mãos e logo todos os soldados estavam no chão.

—É. Pois é. Tenho o dom do meu pai. E o da minha tia. Dor.

O homem caiu no chão berrando e ela massacrou aquela gente. Então voltou para dentro.

—Pronto. O nome do seu tributo é Samara Blackwood. Vai achar a língua dela bastante saborosa.

Disse entregando para a mulher de olhos e cabelos pretos chapinados uma foto de Samara.

—Só de olhar, eu já sinto o cheiro da mentira. É um tributo maravilhoso.

E dentro de um mês, Samara Blackwood estava morta. Ela havia se suicidado.

—Meu Deus! Vocês ouviram? A Samara Blackwood foi encontrada pendurada pelo pescoço no quarto.

Sabia que aquilo não era um acidente. Foi fruto do ritual, já que o corpo de Samara se extraviou a caminho do necrotério.


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