Intevalo.

Baby, um novo começo...

Ela ouvira essa frase pouco antes de tomar coragem e ir até o encontro do garoto que gostava.

Ok. Agora ou nunca – dizia a garota, com medo de não conseguir dizer tudo que sentia

Caminhou alguns passos em direção ao banco em que o garoto que gostava estava.

Ryoma-kun...? – perguntava ela, sem graça.

Sim? – respondia Ryoma, amarrando o tênis.

Posso falar com você depois da aula? – dizia ela corando

Sim – respondia Ryoma, totalmente sem graça.

Ok – dizia a garota, se afastando.

Sinal toca. Todos voltam pra suas classes.

A garota também. Mas estava um tanto distraída.

O professor então resolveu fazer chamada. Tudo correu normalmente até que ele pronunciou “Ryuzaki-chan”

Seus colegas a despertaram do sono profundo, e ela respondeu “presente”

Seu cérebro estava direcionado ao que dizer no encontro que ela teria com o cara que mais amava, logo após as aulas.

Ela mal podia esperar pelo que iria acontecer...

No final de todas aquelas aulas, ela correu e foi procurar Ryoma. Não achou. Saiu correndo escola abaixo à procura dele.

Quando achou, pediu para falar com ele.

Ryoma-kun, Ryoma-kun – repetia Sakuno incessantemente

Hã? – responde Ryoma

Quero falar com você! - diz Sakuno – Você disse que no final da aula eu podia conversar com você

Ah sim... o que você quer falar?

Enquanto Sakuno ia explicando o quanto gostava dele, Ryoma apenas estava distraído.

Sakuno e Ryoma saíram andando enquanto Sakuno falava, e no final do “relato”, Sakuno apenas disse um “eu te amo, Ryoma-kun”

Ryoma, com seu jeito arrogante de sempre apenas respondeu “mada mada dane”, e foi embora.

Sakuno saiu caminhando em direção a sua casa, chorando. Encontrou Tomoka no caminho.

Ah! Sakuno! Você está chorando...? – pergunta Tomoka

Ahn...? Está um fim de tarde lindo hoje sim! – responde Sakuno, fingindo um sorriso por entre as lágrimas

SAKUNO! Eu perguntei se você estava cho ... – começou Tomoka, que apenas viu a amiga se afastar

Depois conversamos... – respondeu Sakuno, tomando o caminho de casa.

Na casa de Sakuno...

Tadaima! – disse Sakuno, enquanto subia correndo as escadas pra seu quarto, logo depois de passar na cozinha e pegar algo pra comer. Iria passar a tarde chorando.

Sakuno então foi pro seu quarto. Lá sim ela pôde chorar. E chorou, chorou, chorou, chorou até pegar no sono. Estava dormindo abraçada a seu travesseiro, e ao lado, na mesinha, estava o que ela deveria ter comido, mas de forma intocável.

No outro dia...

Despertador do quarto de Sakuno toca. Hora de ir para a escola.

Levantou. Viu o lanche no quarto, e seus olhos inchados no espelho. Jogou o pequeno lanche no lixo, e vestiu seu uniforme, descendo para tomar café

Ohayo Gozaimasu, vovó! – dizia Sakuno

Ohayo Sakuno! – respondia sua Sumire, lhe indicando para sentar – Está com os olhos inchados e vermelhos, aconteceu algo?

Nada de importante, vovó – diz Sakuno, sentando, e tomando seu café

A hora do café decorreu normal, e Sakuno e sua avó foram pra Seigaku. Sumire foi pra sua sala, enquando Sakuno se dirigiu pra sala de aula. Tomoka a viu, e chegou perto com calma.

Sakuno... ogeki desu ka? – Perguntou Tomoka

Hai, genki desu. Anata wa? – Respondeu Sakuno

Hai... – Respondeu Tomoka, curiosa pra saber o que tinha deixado a amiga do jeito que ela vira no dia anterior – Ahnn... Sakuno... ontem... você estava daquele jeito por que?

Levei um fora – disse Sakuno, sem emoção

OMG! De quem? – respondeu Tomoka, interessada em saber

Ryoma-kun... – respondeu Sakuno, triste

Tomoka ficara em silêncio. Ela e Sakuno se entreolharam. Os olhos de Sakuno responderam a pergunta silenciosa de Tomoka. E então, elas seguiram para a sala.

Algumas aulas depois, no intervalo.

Sakuno, você não pode ficar assim. Dê a volta por cima, amiga! – dizia Tomoka, tentando animar Sakuno

Ok... – dizia Sakuno, olhando distraída pro treino dos titulares, enquanto mordia o papel em que enrolara seu lanche

PRESTA ATENÇÃO, SAKUNO! – diz Tomoka, e quando percebe que todos olharam pra ela, abaixa o tom – Você vai comer papel ao invés de lanche! E pára de olhar o treino e longe. Chegue lá e assista.

Ok, Então vamos ver o jogo do... Kikumaru – respondia Sakuno, puxando Tomoka

Tomoka não pôde evitar pensar que Sakuno estava muito estranha. Normalmente, Sakuno era puxada por ela para ver os jogos, treinos, ou seja lá o que fosse de Ryoma, mas foi assistir junto com Sakuno ao jogo do Eiji contra Arai.

6 x 0 – Vitória de Kikumaru Eiji

Todos que estavam assistindo estavam maravilhados. Eiji derrotara facilmente Arai. Sim, todos sabiam que Eiji era regular, mas, este, mesmo jogando em sigles, conseguiu derrotar o adversário, não permitindo a ele fazer nem um único ponto.

Tomoka estaria gritando “eu te amo, Eiji-sama” em outras ocasiões, mas, desta vez ela permaneceu calada. Sabia que Sakuno não gostaria muito de ficar ouvindo ela gritar. Sakuno estava totalmente desligada, fixara os olhos em Eiji, e seguia-o com a cabeça, até que ele sumiu de seu alcance...

Here without my heart... – repetia Sakuno

Nani???? – dizia Tomoka, confusa

Nada não. Mas, sem coração nós não podemos amar não é mesmo?

Hai... – responde Tomoka, ainda sem entender...