A herdeira Lestrange escrita por clarasalinger


Capítulo 2
Capítulo 1




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Era o dia da mudança e Icarus organizava a maleta com o Feitiço Indetectável de Extensão que Clara observava do topo da mala.

— É meio ilegal isso, não é pai?!

— Ah é um pouco sim. – Icarus respondeu alto de dentro da mala, com sua voz vindo de longe.

Helena se mostrava apática durante todo o dia, andava pelos cantos embalando pertences que deveria levar para entregá-los ao marido que se mostrava feliz e ansioso pela mudança.

Na manhã seguinte da briga entre os pais, eles esperavam por ela sentados na mesa da cozinha. Ela sabia que queriam conversar simplesmente pela forma que a olhavam.

— Senta, filha.

Icarus falou apontando pra cadeira. Clara obedeceu enquanto na cozinha uma garrafa de leite voava e se derramava em uma tigela saída do armário, logo depois a caixa de cereais derramou a quantidade exata que ela queria, e depois de guardar todos os ítens, a tigela voou em sua direção. Clara estendeu as mãos para pegá-la no ar enquanto seu pai começava a falar.

— Nós queremos te dizer que vamos nos mudar.

Ela fingiu surpresa, levantando as sobrancelhas enquanto enfiava uma colher de leite com cereais na boca.

— E pra onde?

— Inglaterra. Você vai estudar em Hogwarts. – Icarus sorriu ao declarar.

Clara deu um leve sorriso e entre olhou seu pai e sua mãe.

— E isso é bom?

— Isso é ótimo, minha filha! – Icarus celebrou, levantando-se da cadeira.

— Eu não sei qual a diferença para Ilvermorny. – Helena resmungou apoiando o rosto na mão enquanto mexia em seus pedaços de frutas com a ponta do garfo.

— Hogwarts é a melhor escola de magia e bruxaria do mundo. Você vai ter a chance incrível de estudar lá, Clara. Assim como eu e toda a sua ascendência.

— Menos a mim. – Sua mãe levantou o garfo como quem levantasse a mão para responder uma pergunta – Porque eu não sou boa o bastante como bruxa simplesmente por não ter estudado em Hogwarts.

Icarus revirou os olhos enquanto a mulher se retirava da mesa em direção a cozinha deixando a luz da manhã, que entrava pelas janelas, iluminar a pele morena de Helena irritada.

— Falou a melhor bruxa que eu já conheci. – Ele falou mais alto para que ela ouvisse.

Helena bateu uma das portas do armário que estava as costas dela, sem responder mais nada. Icarus fez uma careta e voltou a olhar para a filha.

— Eu recebi uma ótima proposta para ser professor em Hogwarts, filha.

Clara sorriu e seguiu em direção a cozinha.

— Que bom pai.

Icarus abriu e fechou os braços deixando-os cair.

— "Que bom pai?" Só isso que me diz?

Clara encolheu os ombros após colocar a tigela dentro da pia.

— Eu não sei se gostaria de mudar de escola, pai.

Helena gargalhou ao ouvir a fala da filha. Icarus lhe lançou um olhar irritadiço e depois voltou-se calmamente para a filha.

— Clara essa é uma oportunidade incrível. Incrível. Hogwarts é maravilhosa, você vai amar aquele lugar e aquelas pessoas e as casas de lá são muito melhores do que tudo que há aqui.

A filha revirou os olhos.

— Não acho que seja necessário estudar lá. Tudo que aprenderei lá, vou aprender aqui também. Então eu vou precisar passar por um início de ano de novo? Vou ter que passar por uma cerimônia de seleção de novo? Vou ser a aluna transferida.

Agora era a vez de Icarus revirar os olhos.

— Dramática como sua mãe. Vá arrumar suas coisas, partiremos daqui dois dias.

E foi só. Ele não queria perguntar a ela se tinham a permissão de se mudar, ele só queria avisar que a decisão já havia sido tomada, como fizera com a sua mãe na noite anterior. Icarus sempre foi assim.

E agora eles fechavam as três malas que levariam, duas com o feitiço de extensão, prontos para entrarem no táxi em direção ao aeroporto.

— Filha, quero falar com você.

Helena falou assim que Icarus saiu pela porta em direção a garagem. Pela briga de seus pais a alguns dias, ela já conseguia adivinhar o que vinha na conversa. Helena suspirou e sentou-se no último sofá que havia na sala antes de ser guardado, sendo seguida pela filha enquanto alguns  enfeites de seus avós paternos eram embalados no ar e enviados para a mala aberta sobre a mesinha de centro que logo deveria ir para dentro também.

— Vai ser tudo muito novo agora, não? – Ela sorriu amigavelmente para a menina de pele branca como a de seu pai, tão diferente da dela.

— Acho que sim, né?! – Ela fez uma careta enquanto a mãe riu pelo nariz.

— Seu pai tem umas excentricidades as vezes e quando ele mete uma coisa na cabeça, você sabe que ele não desiste. – Clara concordou. – E ele tá realizando um sonho dele. Desde que eu o conheço ele queria voltar praquele lugar como professor. Ele detesta ser um Auror. Então estamos fazendo isso por ele, está bem?

— Eu sei, mãe.

Helena ajeitou a prisilha que segurava duas mechas cacheadas de seu cabelo atrás e sorriu. Ela respirou fundo novamente.

— Mas tem umas coisas que eu queria que você soubesse antes de irmos. – Icarus entrou pela porta e observou de soslaio as duas conversando, mas não atrapalhou. – Minha família sempre foram Sonserinos e apesar de seu pai e toda sua ascendência ser Corvinal, você corre o risco de ficar na Sonserina.

— Isso é ruim? – Clara interrompeu.

— Não! – Icarus gritou de longe fazendo a esposa olhar irritada na direção de onde havia vindo sua voz.

— Não é ruim. – Helena retomou a conversa calmamente. – Mas é que caso você vá pra Sonserina, vão te perguntar se alguém de sua família foi um sonserino, mas eu não quero que você fale o nome dos Lestrange. Eles não são bem vistos, nunca foram e não é agora que vão ser. Então caso você caia na Sonserina, mesmo que te perguntem se tem alguém da sua família, não fale dos Lestrange. Tudo bem?

Clara balançou a cabeça em concordância.

— Tudo bem.

Ela sabia dos boatos portanto podia entender as razões de sua mãe. Quando era criança e perguntou porque a mãe nunca falava de sua família, Helena contou à filha uma única história que ela nunca mais esqueceu. Ela lhe dissera que os Lestrange não foram boas pessoas, que ela não se lembra da última vez em que um Lestrange foi bom. Disse que quando era bem pequena, sua mãe a enviou para a américa para não seguir os passos de outros Lestranges, portanto lá foi criada com uma tia que nunca se casara, Virginie Black, então Helena cursou a Ilvermorny e esteve bem longe de tudo o que acontecera em Hogwarts, longe da Segunda Guerra Bruxa. Ela recebia cartas de Bellatrix a quem respondia por não saber ainda exatamente quem era sua mãe, mas quando seu nome se espalhou pelo mundo como procurada, ela parou de idealizar a mulher a quem lhe dera a luz. Sobre seu pai, nunca soube e a única família que conheceu na infância foi sua tia Virginie. Os avós paternos de Clara, ocuparam então o lugar dos faltantes maternos, tanto para ela quanto para sua mãe. Dois antigos corvinais que estudaram em Hogwarts onde Clara agora iniciaria os estudos.

A viagem de avião não foi longa, passaram por uma fenda bruxa e logo estavam descendo do novo táxi em frente a casa onde iriam morar.

— Gostaram? – Icarus perguntou sorridente.

— É, devo admitir que é bem bonita. – Helena resmungou entre dentes enquanto analisava o local.

Ela olhou em volta na rua como quem se certificasse que ninguém a reconheceria, mesmo tendo se passado quarenta anos de sua saída da Inglaterra. A casa esteve uma bagunça durante aquela tarde. Móveis voando para fora das maletas e se deslocando pela casa enquanto sua mãe ordenava feitiços de limpeza, abria as janelas para arejar o local e montava sua estufa de plantas no jardim da casa.

— Amanhã começam suas aulas. – Icarus comentou assim que sentaram-se na mesa para o jantar. – E as minhas também.

Ele riu, nervoso como em seu primeiro ano estudantil em Hogwarts.

— Está nervoso, pai? – Clara perguntou achando cômica a situação.

— E você não?!

Helena revirou os olhos rindo pelo nariz.

— Sua filha tem mais auto controle que você, Icarus.

Ele fez uma careta e respondeu:

— Puxou a mãe.

Durante a noite, Clara só conseguiu encarar o teto enquanto o sono não chegava. Estava tensa, tudo o que havia ouvido sobre sua família, sobre o território que habitaram, voltava agora a sua mente e ela sentia um arrepio.

[...]

Os olhos azuis de Rodolfo Lestrange se abriram rapidamente após sentir a presença e ouvir a voz. Em Azkaban, acorrentado, sua pele arrepiou. Sua filha estava de volta e com mais alguém de seu sangue.

[...] 

— Pai, eu não quero ir para a Sonserina.

Clara falou baixo assim que desceu do Expresso de Hogwarts ao lado de seu pai em direção à escola. Haviam pegado o trem às 5 da manhã e chegado pouquíssimo tempo depois, haviam ficado em um espaço só para eles, sem nenhum contato com outros alunos que sufocavam tudo a sua volta. Naquela manhã após a mudança, ela se despediu da mãe que forçava um sorriso enquanto escondia todos os medos de mandar a filha para onde sua família estudou, para carregar sobre os ombros o peso de ser uma Lestrange, mesmo que não admitissem isso para ninguém. Foi estranho para Clara vestir um uniforme negro, com a gravata com o brasão de Hogwarts e não de Ilvermorny; sem uma casa marcada, muito diferente das suas vestes antigas nas cores azul e cranberry.

— Cuide dela, Icarus, por favor. – Helena sussurrou ao marido antes da filha e ele saírem pela porta da frente em direção a Hogwarts.

O medo da mulher era tanto que assim que se sentiu sozinha, fechou todas as portas e as trancou, caso ouvisse qualquer barulho estranho, lançaria um feitiço de proteção. Helena respirou fundo tentando acalmar seus pensamentos.

Icarus tocou o ombro da filha enquanto ria ao ouvir sua declaração de não querer ir para Sonserina.

— A Sonserina deixou de ser uma casa má vista á muito tempo, querida. Desde a época da derrota de... - Ele se inclinou pra falar mais baixo perto dela. – Lord Voldemort.

— Mas eu não quero mesmo assim pai. As piores famílias vieram de lá.

— Mas muitas boas também, Clara. – Ele contestou.

— Podem ter muitas famílias e bruxos bons saídos da Sonserina, pai, mas todos os ruins que conheço vieram de lá.

— Shiu, agora chega. Vamos.

Icarus terminou o assunto enquanto puxava a filha pelo pulso para outro lado notando que ela se perdia na estação de trem populosa. A maleta de Icarus mantinha-se com o feitiço de expansão e fazia questão de levar todos os materiais que precisaria, além dos materiais que Clara já tinha de Ilvermorny, enquanto ela só levava consigo uma mochila nas costas que logo seria deixada com o bagageiro. A estrada com a carruagem puxada pelos Testrálios, que Clara nunca tinha andado em uma, não demorou para logo mostrar o castelo e a entrada para Hogwarts que era maior do que ela poderia imaginar.

— Isso é meio antigo, não é? – Ela falou baixo inclinando-se para o pai.

— O que?

— Uma carruagem com Testrálios, não poderíamos simplesmente vir de carro?

Icarus riu com os costumes americanos da filha.

— Isso faz parte da magia, Clara.

Ela franziu as sobrancelhas mas concordou silenciando o resto do caminho enquanto observava a estrada pela janela. Ela notou o sorriso largo de seu pai assim que descera do transporte e ela mantinha-se nervosa com a multidão de alunos voltando às aulas.

— Tem muita gente.

Ela resmungou enquanto o homem ria colocando a mão sobre seu ombro.

— Vamos logo.

— Não precisam ter pressa, meninos!

A velha diretora McGonagall, que desde o falecimento de Dumbledore estava a frente da escola, mantinha as costas retas e as mãos cruzadas a frente do corpo. Parada no topo da escada observando o movimento de alunos veteranos e novatos, ela cumprimentava a maioria com um sorriso simpático. Notou no meio de jovens já uniformizados, um homem grisalho de terno e colete pretos, caminhando ao lado de uma garota de cabelos cacheados e um tanto volumoso preso com duas mechas presas para trás, acima dos ombros. Aquele rosto lhe era conhecido e Minerva se viu sorrindo.

— Icarus Salinger. Atrasado, como sempre. Estava apenas esperando o senhor.

Ela cumprimentou risonha, assim que seu antigo aluno parou em frente a ela tão sorridente quanto.

— Como é bom vê-la, professora McGonagall. Eu sinto muito, nós viemos no Expresso, por isso só pude chegar agora.

Clara sentiu um empurrão em suas costas por um dos alunos e se virou irritada tentando olhar quem havia feito aquilo. Minerva continuou sorrindo agora virando-se para a menina.

— E essa deve ser a senhorita Clara Salinger, certo? - McGonagall falou, chamando a atenção da garota de volta para ela e não mais para quem esbarrara nela.

— Sim, minha filha.

Icarus colocou a mão nas costas da filha, a trazendo um pouco para frente. Clara sorriu sincera.

— Prazer em conhecê-la, senhora McGonagall.

— O prazer é todo meu em conhecer a filha de um excelentíssimo ex-aluno que hoje será parte de nosso corpo docente.

Icarus riu e agradeceu um tanto tímido sem saber como aceitar o elogio vindo de alguém tão especial como a diretora McGonagall.

— Muito obrigado, diretora.

Clara sentiu um pisão em seu pé e outro empurrão.

— Mas que droga.

A garota sussurrou enquanto olhava pra longe procurando pelo ser que aquilo fizera, enquanto aproximava-se mais ao corpo de seu pai. Minerva percebeu seu incômodo e segurou um riso.

— Vamos entrar. – Ela falou virando as costas em direção a entrada principal, enquanto o excesso de jovens diminuía. – Acredito que possamos levar a senhorita Salinger até o salão Comunal onde os alunos já estão começando a se reunir.

Minerva caminhou a frente dos dois. Clara sentia volte e meia a mão de seu pai tocar seu ombro, o que lhe passava um sentimento de proteção. O castelo era imenso e seus corredores com quadros gigantes lhe dava a sensação de estar na era medieval. Garotos já uniformizados, demonstrando suas veteranices, passavam pelos corredores com passos apressados. Clara mau percebeu quando Minerva parou em frente a grande porta do salão iluminado por velas flutuantes.

— Aqui. Esse é o salão comunal. – Ela comentou de frente para a porta, Clara parada ao seu lado e ao lado de seu pai, acompanhando aquela visão. – Seja bem vinda, senhorita Salinger. – Minerva se virou para olhá-la, com um sorriso sincero nos lábios.

A garota mostrou um sorriso discreto. Minerva caminhou a frente enquanto Icarus e a filha seguia um ao lado do outro um pouco mais atrás. Outros alunos já sentados nas longas mesas de suas respectivas casas observavam a movimentação daquela garota caminhando ao lado de um homem e atrás de McGonagall.

— Por favor, deêm uma licença para a senhorita Salinger, por favor. Por favor – Minerva falava para a reunião de crianças de frente para a escada que dava na mesa principal que cruzava a ponta final do salão horizontalmente, abrindo caminho para que Clara e Icarus passassem até subir os poucos degraus. – E o senhor, assuma sua cadeira, professor Salinger.

Os olhos verdes de Minerva demonstravam o orgulho do ex aluno, enquanto Icarus abria mais um grande sorriso e circundava a mesa, se dirigindo para sua cadeira na ponta oposta. Ele reconheceu alguns amigos de escola e os cumprimentou com um balançar de cabeça ou então um aperto rápido de mão. Clara estava tensa demais para conseguir observar a emoção do pai, ela simplesmente tentava-se manter sem tremer em frente de toda aquela multidão.

— Atenção, atenção! – Minerva bateu com a colher na taça que pegou sobre a mesa. – Começaremos a cerimônia de Seleção de Casas. Peço silêncio.

Todos se calaram observando atentamente a diretora que mantinha a voz forte, mesmo com a idade chegando.

— Essa é a cerimônia de seleção, colocarei o Chapéu Seletor em suas cabeças e serão enviados então para suas respectivas casas. Senhorita Salinger como uma aluna transferida diretamente para o quinto ano, iniciaremos a cerimônia com sua seleção. Depois continuaremos na ordem alfabética dos sobrenomes com os alunos primeiranistas. – Ela informou a todos. Pegou o chapéu na mão e olhou para Clara. – Sente-se.

A garota obedeceu, sentando-se no banco com as costas eretas. O velho chapéu foi encaixado levemente em sua cabeça e logo ele começou a se mover fazendo seu coração acelerar. Icarus sorria de orgulho ao mesmo tempo escondendo a tensão da escolha da casa de sua filha, nas mãos do Chapéu Seletor.

— Hum... - O chapéu resmungou. – Vejamos o que temos aqui. Vinda de terras longínquas mas com todas as suas raízes iniciais aqui. Já tem uma bagagem grande. Hum. – O chapéu resmungou mais uma vez. – Um sangue de duas cores tenho aqui. Difícil.

Clara pensou rapidamente, sangue de duas cores significava Corvinal e Sonserina de onde vinha toda a sua família. Fechou seus olhos pensando silenciosamente na frase "Sonserina não, por favor". Sentiu suas mãos se apertarem sobre o colo. Minerva franziu as sobrancelhas enquanto encarava o chapéu se demorar sobre a cabeça da garota, mais do que o normal. Icarus se ajeitava na cadeira, desconfortável, puxando a gravata. Helena odiaria que a filha fosse enviada para Sonserina.

— Inteligência é o que tem. Mas... - O chapéu voltou a falar. – Tudo bem. Tudo bem. Entendo.

Clara abriu os olhos e olhou para cima, vendo apenas a aba do chapéu, imaginando se ele teria lido seus pensamentos contínuos de "Sonserina não".

— Já ouvi esse pedido a muitos anos atrás. – O chapéu riu e então por fim, declarou: - CORVINAL!


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