Improváveis escrita por Katheryn


Capítulo 4
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Boa noite minhas lindas e meus lindos!


Voltei!
Primeiro peço por favor que perdoem a demora para postar, também sofri com ela...
Eu disse que pretendia postar entre 7 e 14 dias, para manter as postagens assíduas, mas falhei com vocês e comigo.
Ainda não tenho certeza de quantos capítulos esta estória terá no total, mas tenham certeza que ela será concluída e concluída com o maior amor e empenho da minha parte.

O capítulo de volta é curtinho, mas espero que gostem.
Sem mais,


Enjoy!



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— Durante o almoço o seu tio parecia um pouco... — “amargo” Tenten pensou, colocando o cinto-de-segurança. Neji iria levá-la para o trabalho. Estavam sempre aproveitando juntos qualquer tempo livre que tinham — aborrecido... — preferiu dizer enquanto observava Neji ligar o carro.

O moreno que sempre lhe passava a impressão de estar completamente concentrado nas tarefas que desempenhava – por menores ou mais mecânicas que estas pudessem ser. Sorriu. Ela deveria confessar: achava essa característica fascinante.

Contudo, apenas um sorriso dele ainda era capaz de fazê-la sentir cócegas na barriga ou, como diriam os mais românticos, sentir as famosas borboletas no estômago! Era incrível lhe causar esse efeito, mesmo depois de tanto tempo juntos. O sorriso dele sempre lhe desarmaria completamente.

“O que eu estava falando mesmo?” Ela tentou lembrar, ainda um pouco distraída pela beleza do namorado.

— Provavelmente um pouco amargo, ainda que ele quisesse disfarçar... — Neji lhe respondeu como se pudesse lê-la tal qual fazia com o mais simples dos livros. Sorriram, embora a morena tenha soltado um suspiro resignado em meio ao sorriso.

É claro que ele podia lê-la. Aqueles misteriosos olhos acinzentados dos Hyuugas pareciam ter esse poder.

— Sim, eu consigo ler seus pensamentos... — Ele disse num tom sério, fazendo—a arregalar os olhos surpresa.

O rosto de Tenten adquiriu uma expressão de incredulidade e quase de desespero, passando para uma expressão sarcástica na velocidade de um relâmpago. Nitidamente se segurando para não rodar os olhos, mas ele já sabia disso também. E ela sabia que ele tinha conhecimento disso, portanto não segurou suas expressões faciais, fazendo com que ele abrisse outro sorriso.

— Seu fingindo... — Ela reclamou, mas não sustentou a falsa expressão brava — Não sei o que vi em você! — suspirou, parodiando ar de pesar.

— Meu sorriso... — Ele piscou fazendo-a gargalhar.

Tenten lembrava-se bem de quando o conheceu.

— Essa foi muito boa, meu bem! — disse quando conseguiu parar de rir, mas ele não se incomodou.

— Embora não estivesse muito diferente de como o conhecemos, meu tio estava daquele jeito por causa da Hinata. — Ante a expressão confusa da namorada, ele explicou — Hoje é oficialmente o primeiro da volta para casa. Meu tio tirou folga, até eu fui liberado do trabalho, ele estava animado como não o víamos há muito tempo. Mas então ela saiu sem dar satisfações, faltando primeiro no café da manhã em família em anos e depois no almoço, sem deixar nenhum recado...

— Isso deve ter mexido com as expectativas dele... — comentou, sem querer envolver—se.

 — Se não fosse pela Hanabi ter passado no quarto dela pela manhã ou por Ko ter avisado, não saberíamos nem onde ela estava — O moreno continuou — Acho que todos acabaram se chateando um pouco... Se ela estivesse lá vocês poderiam, finalmente, se conhecer pessoalmente.

— Não por isso, podemos marcar um jantar. — sugeriu.

— É uma boa ideia, obrigada... — respondeu, mantendo a atenção na avenida pela qual passavam.

— Não se preocupe, Neji...

— Está tudo bem... — afirmou — Eu já esperava por algo parecido, embora não no dia seguinte a chegada dela...

— Imagino que seu tio também não... — falou, recebendo um aceno em concordância — Mas, meu bem, ele não pode esperar receber a mesma Hinata de anos atrás... A menina que vivia dando satisfações a cada passo. Ela deve ter mudado bastante, provavelmente no fundo seu tio já saiba e agora seja mais uma questão de aceitar....

— Você está certa, e também... — parou no sinal vermelho, enfim olhando para a namorada —  Ela já havia mudado, mesmo antes de ir embora.

 — Ela está acostumada com uma rotina diferente, nem deve ter passado pela cabeça dela que poderia chatear alguém...

— Sim, mas de todo modo... — começou a dizer, lembrando-se de como a prima podia ser distraída — Melhor mandar uma mensagem para a Hinata, ela perde a noção do tempo muito fácil.

Tenten acenou afirmativamente. Sabia que a maioria das pessoas não costumam demorar tanto em instituições de caridade, pelos mais diversos motivos. Contudo, Hinata havia ido a Fundação Namikaze e lá era diferente de todas as instituições que já viu, perder-se por lá era fácil – também pelos mais diversos motivos. E entre os “diversos motivos” inclui-se o diretor-presidente...

A morena sorriu ao lembrar do loiro e de como o conheceu. Foi uma situação bem inusitada! Contudo, a prima de Neji poderia muito bem ter ficado distraída com a beleza de Naruto.

— Por que a risada? — O moreno perguntou, curioso.

— Nada... — respondeu ainda sorrindo — Só lembrei de como conheci o diretor-presidente da Fundação. Mas então, quer que eu escreva o texto pra você?

— Por favor, o celular está no meu bolso.

Aproveitando o momento para provocar o namorado de semblante majoritariamente sério, a morena escorregou a mão pela perna dele. Foi e voltou com a mão, do joelho até chegar próximo a virilha, devagar. Escorregando a mão novamente, pousando as pontas de seus dedos na parte interna do joelho dele.

— Tenten... — Neji sibilou, desviando os seus olhos cuidadosos da avenida. — Eu. Estou. Dirigindo... — disse, mas a voz falhou quando a mão da morena subiu novamente, enquanto ela sorria marota. Mas, para o alívio e desprazer do Hyuuga, ela alcançou o celular, tirando-o do seu bolso.

— O quê? Eu estava procurando... — Ela sorriu com falsa inocência. Tenten nunca escondeu que gostava de pegá-lo desprevenido ou de provocá-lo. — O quê quer que eu digite?

— Francamente... — balançou a cabeça negativamente — Você, uma agente da lei, tentando distrair um motorista... É uma conduta muito perigosa...

Tenten alargou o sorriso.

— O trânsito está tranquilo... — ela disse, recebendo uma encarada do moreno em resposta. Ele olhou-a nos olhos, capitando sua atenção e direcionando-a para um ponto muito específico de si mesmo, erguendo as sobrancelhas em seguida.

Ela havia perturbado sua tranquilidade...

— O que digo a ela? — Tenten perguntou novamente, vendo-o virar à direita e parando em mais um sinal vermelho.

Para deixa-la na delegacia teriam que seguir reto por mais duas quadras e só então virar a esquerda... Mordeu os lábios, contente.

— Pergunte se está tudo bem e diga que a família sentiu a falta dela durante as refeições...

O casal havia saído da sede Hyuuga logo após o almoço, que ocorrera tarde naquele dia, iniciando-se por volta das 13h15min. O Patriarca Hyuuga havia atrasado propositalmente a refeição, esperando que a filha comparecesse, o que não aconteceu. Ele poderia até ter mandado uma mensagem, mas o orgulho também parecia uma característica genética naquele clã.

Lembrando-se vagamente da pontualidade britânica que Hiashi lograva conservar, Tenten tentou imaginar o quão grande poderia ter sido o ferimento que forjar aquele atraso causou em seu orgulho. Porém, o pensamento fugiu-lhe da mente rápido ao sentir o olhar de Neji sobre si novamente.

 Parece que mais alguém ia se atrasar hoje, mas a árdua tarefa de combater o crime certamente poderia esperar...

(...)

Hinata estava, mais uma vez, passeando pelo seu castelo de pensamentos. Mais absorta em si mesma que de costume, não percebia o olhar perspicaz de Naruto sobre si, observando-a com curiosidade.

O sol vespertino adentrava as janelas da ampla sala de leitura, onde se encontravam.

Enquanto Shakespeare jazia aberto nas mãos da morena, ela apreciava apenas o toque suave do sol em sua pele. Talvez fosse retornar ao lar que a estivesse deixando assim, nem ela mesma sabia dizer. Mas o momento não durou muito, o mundo palpável fez-se presente.

O celular dela vibrou insistente por três ou quatro vezes, obrigando-a a fechar o livro e pegar o aparelho do bolso. Era Neji, suspirou ao ler o conteúdo das mensagens. Não tinha a intensão recomeçar com o pé esquerdo com sua família, porém, o que tudo indicava, era exatamente o que acabou dando a entender. Suspirou novamente.

— Eu preciso ir, agora. — disse levantando-se abruptamente da cadeira onde estava sentada — Parece que fiquei mais tempo que o previsto para uma primeira visita e ainda tem tanto para ver... — lamentou. Naruto acompanhou-a por quase todas as instalações da Fundação e ainda acompanharam discretamente o pedaço de algumas aulas. Bem, o mais discretamente possível, pois apesar de seu kit disfarce ajudar a esconder sua identidade as crianças lhe encaravam com curiosidade e claro, em algum momento sempre se empolgavam tentando chamar a atenção do loiro — Mas presenciei o suficiente para tomar minha decisão...  — sorriu, fazendo suspense.

— Então? — O loiro questionou, encarando-a com interesse crescente.

— Vai ser uma honra poder colaborar com sua fundação! — Hinata disse, ganhando um sorriso largo do loiro como recompensa.

Naruto desencostou o quadril da mesa oposta à que Hinata estava e caminhou até ela, estendendo-lhe a mão, enquanto ainda sorria.

— Fico muito feliz com sua decisão! — falou para a morena que também sorria ao repousar a mão delicada, porém segura, sobre a sua, selando a parceria com firme um aperto de mãos.

— Eu também. — respondeu, sentindo, antes que fosse capaz de entender como, o calor da mão do loiro começar a aspergir por si, assim como o sol fazia momentos atrás.  — Mas agora preciso mesmo ir. — disse soltando a mão do loiro, temendo que logo suas bochechas delatassem seus sentidos.

— Eu te acompanho! — Naruto falou. Apesar de soltarem as mãos, ele  ainda permanecia a apenas dois passos da morena.

— Não precisa, eu... — tentou recusar, mas foi logo interrompida.

— Não se preocupe Hinata, vai ser um prazer. — O loiro afirmou com um sorriso.

(...)

Na portaria da Fundação Namikaze os seguranças aproveitavam para fazer um lanche sem sair dos seus postos.

— Mesmo que o Evento anual esteja chegando, hoje está bem movimentado... — Izumo comentou com Kotetsu assim que viu um carro preto elegante parar próximo ao portão da Fundação.

A chegada do automóvel foi acompanhada da chegada de uma moto preta, tão cara e tão conhecida deles quanto o carro, contudo, vista com uma frequência muito menor. A segunda visita inesperada do dia obrigou-os a voltar ao trabalho, precisando terminar o lanche mais tarde.

— Shikamaru e Sasuke chegando juntos no meio tarde? — Kotetsu comentou surpreso e cheio de curiosidade — Será que vieram só para ver a Hinata?

Izumo rolou os olhos.

— Seja mais profissional Kotetsu... — censurou o amigo pouco antes da dupla se aproximar.

— Boa tarde! — Shikamaru cumprimentou, Sasuke como de costume limitou-se a seu típico aceno de cabeça.

— Boa tarde! — Os seguranças responderam juntos.

— Hoje estamos recebendo muitas visitas ilustres... — Kotetsu soltou como quem não quer nada. Estava preparando o terreno para acabar com a própria curiosidade, mesmo sob o olhar de censura do colega.

Sasuke permaneceu calado ao passo que Shikamaru acendia um cigarro.

— Negócios... — O Nara respondeu, fingindo não notar a curiosidade do segurança, enquanto passavam pelos procedimentos de segurança para adentrar o local.

— O Evento anual está cada dia mais perto. — Izumo falou — Provavelmente os veremos mais vezes até lá. — comentou.

— Você está certo. — Shikamaru concordou já dentro das imediações da Fundação.

Sasuke que entrou logo depois dele, lhe deu um toque no braço, indicando com a cabeça a aproximação de duas pessoas. O Uchiha sorriu de canto vendo a dupla icônica se aproximar. Um loiro alto vestido em um quimono, acompanhado de uma morena, menor que ele alguns centímetros, vestindo um casual kit disfarce da Marvel.

— Não é um bom hábito e nem é permitido fumar aqui! — Naruto censurou assim que chegou até eles, mas já sorria antes mesmo de terminar a “bronca” — Ao que devo a visita dos dois, no meio da tarde? — perguntou desafiador, erguendo as sobrancelhas e cruzando os braços.

— Tsk... — Shikamaru murmurou, surpreso e contrariado. “Problemático” era a palavra que ressoava em sua mente no momento. Ao que podia-se notar, dada a postura tranquila de Hinata e a presença dela, ainda por ali, ela não havia desistido. —  Negócios... — disse novamente, dando de ombros.

— Antes de tratarmos dos negócios, deixe-me aproveitar para apresentar nossa nova doadora a vocês! — o loiro disse com um sorriso vitorioso nos lábios. Era fácil prever que a visita conjunta dos morenos se dava por duvidarem de sua capacidade para lidar com a Hyuuga, ainda que não soubesse como descobriram que ela estaria ali, hoje — Hyuuga Hinata... Meus amigos e companheiros de trabalho, Nara Shikamaru e Uchiha Sasuke.

Hinata que acompanhava a interação deles com divertimento sorriu para os recém-chegados.

— Já ouvi muitos comentários positivos da sua família e firma sr. Nara. — Hinata sorriu, apertando a mão de Shikamaru — É um prazer.

— Prazer. — Shikamaru respondeu com simpatia — É bom saber que contribuirá conosco!

— Sasuke! — Hinata sorriu mais largo, enredando o moreno em um abraço, surpreendendo a todos, que ficaram ainda mais surpresos quando ele correspondeu, embora rapidamente — Há quanto tempo! É bom ver que está bem... — disse libertando-o.

— É bom te ver também. — Ele respondeu, genuinamente.

Naruto que havia descruzado os braços, cruzou-os novamente. Já sabia que a Hyuuga e seu amigo se conheciam, mas Sasuke e abraços? Em que situação exatamente eles haviam se conhecido? O moreno nunca havia entrado nos detalhes dessa história.

Sem se ater a mudança de postura do loiro, a morena retornou sua atenção para ele.

— Obrigado por ter me guiado durante a visita — agradeceu com um sorriso — E, para que não haja surpresas na próxima vez... Pode anotar meu número, para combinarmos melhor!? — concluiu, falando um pouco mais rápido que o normal. Suas bochechas adquirindo uma coloração mais rosada.

Shikamaru e Sasuke se entreolharam.

— Seria ótimo, mas não tô com o celular, nem caneta aqui! — O loiro sorriu sem graça, coçando a nuca. Olhou para si mesmo, lembrando a ambos que ele ainda estava usando o quimono.

Internamente Naruto recriminava-se por ser tão desligado com esses negócios de tecnologia. Hinata por sua vez, começava a ficar sem graça ao passo que Sasuke controlava-se para não sorrir. Nunca mais deixaria que o loiro chamasse Konohamaru de lerdo na sua, sentia-se obrigado a dividir com o garoto a cena que acabara de presenciar.

— Eu tenho uma caneta. — Como um bom amigo, o Nara falou, já oferecendo-a para a morena.

Hinata aceitou a caneta na mesma hora, solicitando com um gesto a mão do loiro. Ele estendeu-a para ela, mesmo sem entender, a princípio, sua pretensão. A morena anotou seu número na mão dele com uma caligrafia firme e precisa, apesar de não estar mais se sentindo tão firme assim. 

— Obrigada. — Disse devolvendo a caneta para Shikamaru. — Bem, vejo vocês depois! — sorriu para os três, dirigindo-se para o portão de saída dos pedestres.

Assim que a morena estava longe o suficiente para não ouvi-los, Shikamaru soltou um “não acredito no que acabou de acontecer”. Já o Uchiha deu uma cotovelada no amigo, sem cerimônia alguma.

Baka, diz alguma coisa antes dela entrar no carro!

Depois de se despedir, a morena não olhou para trás em nenhum momento. Chegar no carro do outro lado da rua foi como atravessar um largo rio nadando. De onde havia tirado coragem dar seu número para o loiro daquela maneira? A curiosidade que sentiu por ele não deveria ter sido capaz de libertar esse seu lado mais “atrevido” — palavra utilizada por sua mente, para julgar-se.

— Eu te ligo! — escutou a voz do loiro, fazendo-a olhar para os portões da Fundação.

Atrás dos portões estava Naruto, que acenou com simpatia assim que ela olhou. Junto dele estavam os amigos. “Que belo trio” A morena pensou. Sorriu, acenando de antes de entrar no carro.

(...)

O dia de Naruto foi longo depois da visita de Hinata. Além de ser obrigado a suportar as insinuações dos amigos, tiveram realmente uma reunião. Questões complicadas precisavam ser resolvidas e ficara envolvido nelas até tarde. Antes que pudesse se dar conta o relógio estava marcando nove horas da noite e foi preciso encerrar o expediente.

 Qual não foi a surpresa do loiro ao chegar em casa e não haver nem sinal do filho? Pior ainda foi não conseguir contato com o garoto de forma alguma.

— Para quem ia comprar só um livro você demorou bastante... — Naruto disse assim que Konohamaru acendeu a luz, assustando o mais jovem — Esqueceu para que serve o celular? — inqueriu, erguendo a sobrancelha loira.

Konohamaru sorriu amarelo, tentando se lembrar porque não avisou que chegaria tarde. Naruto não era o tipo de pai mais rígido com horários – desde que soubesse onde e com quem o filho estava, claro.

— Então? — Naruto perguntou novamente, cruzando as pernas e os braços.

Konohamaru tinha aprendido duas coisas sobre esse gesto. A primeira, Naruto ficava parecendo uma velha reclamona quando o fazia. A segunda, ele estava tentando não parecer bravo por algum comportamento seu.

— Desculpa!? — tentou primeiro, já sabendo que o discurso “não sou mais uma criança, não precisa se preocupar” não funcionaria e por outro lado, apreciava imensamente o cuidado que o loiro tinha consigo. Outra vez, sorriu amarelo para Naruto.

— Não tente me enrolar... — balançou o pé da perna que havia cruzado sob a outra e Konohamaru quase riu.

— Desculpe mesmo. — disse sentando-se ao lado do loiro no sofá. — Eu me atrasei bastante com a Moegi e ela acabou me chantageando por isso... — Disse fazendo Naruto sorrir um pouco malicioso -— Para! Não faz essa cara! Por isso que te acham pervertido! — acusou um pouco sem graça.

Naruto nem tentou fazer o ofendido, apenas esperou ele terminar de se explicar.

— Acabamos indo ao cinema também, aí teve a livraria e um incidente com a garota da livraria e, bem, acabei numa festa com o pessoal da escola.

— E o celular que você nunca tira da mão, onde fica? — perguntou, mas queria saber mesmo do tal incidente na livraria.

— Descarregou. — respondeu — Por isso não avisei. — Era verdade, mas sabia também que poderia ter carregado em algum momento ou avisado por qualquer outro meio.

“Poxa, são só três da manhã... Não dá pra sair livre dessa?” O moreno pensou consigo mesmo, vendo as engrenagens rodarem na cabeça do loiro, e suas esperanças de não ter um castigo se esvaindo. Suspirou.

— Qual vai ser? — perguntou vencido.

Naruto ergueu uma sobrancelha, novamente, descruzando as pernas e os braços. Ele só podia estar sendo muito mole com o filho... Ele ia mesmo aceitar o castigo fácil assim?

— Sem carro pelos próximos...

— Ah, isso nã...

— Dois finais de semana e durante a semana — Naruto falou mais alto, fazendo sinal para que ele fizesse silêncio — E nada de taxis ou afins... — Vendo que Konohamaru ia tentar protestar novamente, ergueu mais o dedo em sinal de silêncio — Eu pago suas contas, eu vou saber, com certeza. Se precisar de algo o Ebisu leva você, assim saberei onde você está e se tentar reclamar, fica sem celular pelo mesmo período.

E lá estava, a reação que Naruto esperava. O que poderia ser pior para um adolescente do que ficar sem celular? A expressão do garoto caminhou de surpresa para incredulidade, passando direito pelo medo, desafio e por fim, o conformismo forçado.

Sem discutir – pelo menos por hora – Konohamaru arqueou os ombros, numa postura conformada e foi em direção a seu quarto. Naruto, por outro lado, soltou o ar depois que o menino já não podia ser visto da sala. Ele detestava deixar o filho de castigo no fim das contas, mas era necessário

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Comentários, por favor????

Postado esse capítulo, vou responder o comentários anteriores que eventualmente eu ainda não tenha respondido.
Aproveito para agradecer o carinho de vocês e as sugestões de referencias literárias. Continuo aceitando-as e aceitando também referências de músicas que lhes forem inspiradoras.

Beijo enorme para vocês!
Muita luz e ate o próximo.



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