Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 55
Leah


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar, que está sendo postado excepcionalmente hoje, pois ele deveria ter sido o capitulo de sexta.
E se preparem porque a fic já entrou na reta final.

Boa leitura, beijos e até segunda.



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Voltar para o café foi maravilhoso, afinal estava sentindo muita falta daquele lugar.

Fui recepcionada da melhor maneira pelos meus funcionários e fiquei feliz em saber que tudo estava em ordem, apesar de ter me ausentado por tanto tempo.

—Será que eu poderia atrapalhar? - Cece questionou entrando na cozinha do café e sorri concordando.

Assim que entrou na cozinha, Cece veio me abraçar e correspondi ao seu abraço.

—Onde foi que você se meteu Leah? Só faltei chamar o FBI por causa do seu sumiço. - ela disse seria assim que nos separamos e respirei fundo.

Odiava mentir para Cece, ela era uma das minhas melhores amigas, mas não podia arriscar a sua segurança.

—Eu precisava de um tempo Cece. Precisava ficar sozinha, então decide arrumar uma mochila e acampar pela floresta. Apenas, eu e a natureza. - menti e ela me olhou surpresa.

—Não sabia que você era amante da natureza.

—Pois é nem eu. Mas foi bom pra mim, pude pensar em muitas coisas. E me desculpe, por sair assim sem avisar.

—Tudo bem, só que dá próxima vez que decidir acampar por ai, avise. - ela disse me olhando de cima a baixo. -Você está ótima, talvez essa história de ser amante da natureza faça bem mesmo, ou talvez seja só o efeito de ter o Elli de volta.

E foi impossivel não rir do seu comentário.

—Está mais para a segunda opção. - segredei e sorrimos. - E você e o Sebastian?

—Estamos bem. - ela disse mas percebi que havia algo a mais na sua resposta.

—Cece, vocês brigaram?

—Graças a Deus, não. Estamos bem...Só que andei pensando em uma coisa, mas não sei se é uma boa ideia. - ela disse nervosa e indiquei que sentássemos nos bancos que haviam perto da bancada da cozinha.

—No que você anda pensando?

—Quero pedir o Sebastian em casamento. - Cece disse e a olhei surpresa por sua ideia. -Eu sei, é uma ideia muito ousada.

—Claro que não. Vocês dois se amam, e se ele não toma a iniciativa, não há problema algum em você tomar. - disse e ela me olhou nervosa.

—E se ele disser que não?

—Ai só você pode responder essa pergunta Cece. Mas tudo que posso lhe dizer, é que não importa a resposta do Sebastian, eu sempre vou estar do seu lado quando precisar de um ombro amigo. - disse segurando a sua mão e ela agradeceu antes de me abraçar com carinho.

—Obrigada por ser minha amiga. Minha mãe tinha razão, quando dizia que você é uma pessoa incrível, Leah. - ela disse assim que nos separamos.

—Incrível era a sua mãe, e você tem muita coisa dela.

—Espero que sim. - ela sussurrou e sorriu espantando a tristeza por lembrar da mãe. - E como você e o Elliot estão? E a Ária? Já que meu melhor amigo se mudou para a sua casa e nunca mais foi me visitar.

—Estamos bem, conseguimos acertar nossas diferenças. - disse antes de começar a lhe contar sobre como estávamos.

Depois que Cece saiu, pois tinha um cliente para atender, continuei o meu trabalho fazendo os doces para o mostruário, estava testando uma receita nova quando recebi uma mensagem de Ayla. Segundo Elliot, depois que o salvei de Clara, Gael teve um imprinting pela minha prima que ficou confusa no começo, pois não queria se envolver com ninguém depois da desilusão que teve, mas no final ela acabou aceitando o que houve e partiu com Gael.

Lê a mensagem, que dizia “olhe para trás”.

Confusa, virei e vi a minha prima sorrindo para mim. Sem pensar muito corremos em direção a outra, nos abraçando.

—Não acredito que você voltou. Você está tão linda. - Ayla disse entre lagrimas enquanto me abraçava apertado. -Senti tanto a sua falta.

—Eu também senti a sua falta. - disse suave, mas percebi que o perfume da minha prima estava diferente. Era como se o cheiro de Ayla tivesse desaparecido, ficando apenas o de Gael.

Preocupada, afastei minha prima para olhá-la melhor, e Ayla estava muito mais bonita do que antes, era como se ela brilhasse. Mas foi um tum tum abafado vindo dela que me deixou sem fala.

—Ayla, você está grávida...- sussurrei maravilhada e ela confirmou sorrindo.

—Gael disse que você perceberia assim que me visse, ou quando escutasse o coração do bebê. - ela disse e sua mão foi parar em sua barriga de forma involuntária.

—Como aquele cretino teve coragem de engravidar a minha prima? -questionei seria e ela revirou os olhos.

—Leah, o Gael não teve culpa de nada. Na verdade, nós não planejamos nada, apenas aconteceu. E ele ficou muito preocupado quando soube da minha gravidez.

—Você corre algum risco? -questionei preocupada, afinal minha prima estava grávida de um filho da lua.

—Não, segundo eles a minha gravidez vai evoluir normalmente, como qualquer outra gravidez. - ela tentou me tranquilizar, mas fiquei desconfiada.

—Então, porque Gael ficou preocupado?

—Porque somos apenas noivos, Leah. E o conselho de filhos da lua, não são liberais. Eles podem muito bem, decretar que meu filho não é do Gael, mesmo que seja. - ela disse e fiquei preocupada com a sua situação.

—Você sabe que pode voltar para cá se as coisas se complicarem lá. Vou recebe-la de braços a abertos, tanto você, quanto seu filho e o Gael.

—Eu sei, mas meu noivo sabe se impor, e tudo acabou se resolvendo.

—Que bom. - disse aliviada e olhei para a sua barriga que ainda estava lisa, sem aparentar a vida que minha prima carregava dentro de si. - Como é estar grávida?

—Como qualquer coisa na vida, tem dias bons e ruins, mas é a melhor sensação que já senti na vida. E quero muito que um dia, você possa experimentar esse pequeno milagre também. - ela disse e concordei suave.

—Segundo o livro que Elliot leu, só posso engravidar depois que nos casarmos, segundo ele isso irá ativar meu ciclo menstrual.

—Mas você ainda tem dúvidas. - Ayla disse perspicaz e concordei.

—Isso aconteceu há séculos, quem garante que possa acontecer comigo também?

—Isso se chama fé, Leah. É ela que nos faz mover montanhas e acreditar no impossivel. Acho que você deveria ter um pouco de fé, afinal tudo é possível, prima. - ela disse e concordei.

—Vou tentar, agora me conta prima... Como o Gael te deixou sair da Irlanda de livre e espontânea vontade, carregando um filho dele? - questionei curiosa e Ayla sorriu me deixando confusa.

Sabia por experiência própria, que os lobos tinham o senso protetor para com seus imprinting e muito mais com seus filhotes, afinal me sentia assim com Elliot e Ária.

—Como se fosse deixar minha fêmea grávida desprotegida. - Gael disse entrando na cozinha com seu sorriso debochado, como se fosse o rei do lugar. - Só dei uma tempo para vocês conversarem a sós.

—Educado como sempre. - disse implicando com ele que sorriu antes de beijar a testa de Ayla e acariciar sua barriga de leve.

—Ao contrário do que imagina, lobinha meus pais me deram educação sim.

—Estou duvidando.

—Será que vocês dois podem parar de implicar um com o outro? - minha prima pediu enquanto nos olhava e Gael concordou.

—Tudo bem. Ayla, será que eu poderia falar a sós com o Gael? Prometo que não irá demorar. - pedi olhando para a minha prima.

—Tudo bem, olhei um doce na vitrina que me deixou muito interessada. E tentem não matar um ao outro, porque quero que meu filho conheça o pai e a minha prima. - ela pediu e concordamos, assim que minha prima saiu olhei para Gael com raiva.

—Como você pode engravidar a minha prima, seu idiota? - questionei furiosa e ele me olhou desolado.

—Você acha que planejei engravidar a Ayla tão cedo? Eu não planejei Leah, apenas aconteceu. Tive que enfrentar uma verdadeira guerra para protegê-la, afinal os filhos da lua não aceitam que um descendente seja concebido fora do casamento. O conselho é bem arcaico com relação a concepção dos herdeiros do alfa. - ele explicou cansado, como se tivesse feito isso várias vezes.

—Ayla corre algum perigo na Irlanda?

—Por enquanto não, foi dificiel dobrá-los me custou muita paciência, algumas prisões e ameaças de morte, mas consegui um tempo. Mas temos que nos casar antes do nosso filho nascer, para que ele seja visto como meu herdeiro e seja protegido pela matilha.

—Você tem razão, os filhos da lua são arcaicos. - segredei e ele sorriu concordando. - Mas não foi para brigar com você que pedi que a minha prima saísse, eu queria te agradecer.

—Agradecer pelo que?

—Por ter me ajudado com a Clara, e por sempre tentar me fazer ver que na verdadeira eu era uma rainha, como você sempre dizia.

—De nada Leah. E um alfa sempre reconhece outro, agora que sabe que é a alfa da sua tribo e que eles a respeitam como tal, sua força irá aumentar assim como seus sentindo. - Gael explicou e o olhei confuso.

—Não estou entendendo o que quer dizer.

—Você conseguiu sentir meu cheiro na Ayla e conseguiu ouvir, por mais que abafado, o coração do meu filhote. Não foi?

—Não tem como não sentir seu cheiro na Ayla, é como se você fizesse parte dela agora. Não há divisão de cheiros. - disse ainda confusa com isso e ele concordou. - Porque não consigo mais sentir o cheiro da minha prima?

— Porque ela é minha fêmea, Leah. Por isso você só consegui sentir meu cheiro nela. - ele explicou e o olhei ainda mais confusa. -Antigamente no clã dos filhos da lua, não existia uma cerimônia de casamento convencional, um filho da lua escolhia sua parceria e se unia a ela sob a luz da última lua cheia do mês, e isso já a transformava em sua fêmea. Essa prática foi abandonada muitos anos atrás, eu nem sabia que isso poderia acontecer e ainda mais resultar em um filho.

—Como pode ser tão irresponsável Gael? Você sabia das consequências e mesmo assim colocou a minha prima em risco. - disse furiosa e ele olhou desesperado.

—Não foi por mal, Leah. Foi um acidente. Se soubesse que poderia acontecer não teria levado a Ayla comigo para o encontro dos filhos da lua. Foi um impulso que tomou conta de nós dois, era como se estivéssemos sob o efeito da lua. Quando acordei ao lado dela e percebi que seu cheiro havia mudado, entrei em pânico, porque isso só deveria ter acontecido quando estivéssemos casados. E não vou dizer que me arrependo do meu filhote, porque não. Eu o amo e amo a mãe dele, e seria capaz de fazer uma guerra para defender os dois. - ele explicou e concordei.

—Quem sou eu, para te julgar? Só me promete que vai protegê-los? E se ficar perigoso demais, vai mandar minha prima para Forks.

—Eu prometo. - ele jurou olhando em meus olhos. - E você, me promete que se eu mandar a minha fêmea para cá, fará de tudo para protegê-la? Ela é meu filho?

—Eu prometo Gael. - jurei olhando em seus olhos e ele concordou.

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—Então, a Ayla está grávida? - Elliot questionou enquanto lavava as louças do jantar e eu as secava.

—Pois é, quase matei o Gael quando soube. - disse e meu noivo me olhou questionador. - O que?

—Nada. - ele disse desviando os olhos de mim e voltando a lavar a suas louças.

—Espera... Não acredito que você está com ciúmes do Gael? - questionei sorrindo e Elliot me olhou sem graça.

—Claro que não. - ele tentou mentir sem sucesso.

—Elliot, eu conheço você. - disse e ele gemeu constrangido.

—Tudo bem, estou com ciúmes. É dificiel esquecer que até dois meses atrás ele queria você e estava disposto a tudo para isso.

—Só que agora ele está noivo da minha prima e eles vão ter um filho. Gael não enxerga mais ninguém além da Ayla, assim como eu não enxergo mais ninguém além de você. Acredita em mim?

—Acredito e me desculpe, não devia ficar com ciúmes, afinal você nunca me deu motivos.

—Eu desculpo você. E você fica lindo com ciúmes de mim. - segredei sorrindo e Elliot sorriu antes me puxar para os seus braços me molhando o que nos fez rir mais.

—E você fica linda depois que te beijo. - ele sussurrou com seu rosto próximo ao meu, acariciando seu nariz com o meu.

—Então, o que está esperando para me beijar doutor Marshall? - questionei e Elliot sorriu antes de me beijar.

Foi naquele momento que entendi o que Gael queria dizer com meus sentidos ficarem mais apurados, porque o cheiro de Elliot estava mais forte que antes chegando ao ponto de me embriagar com o seu aroma. Só não perdi o equilíbrio, porque Elliot me segurou.

—Que foi? Está sentindo alguma coisa? - ele questionou preocupado assim que parou de me beijar e me segurou em seus braços.

—Não sei, está tudo rodando. - disse tonta e Elliot me pegou no colo antes de me levar para o quarto.


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