Custódia Protetora de sentimentos escrita por Any Sciuto


Capítulo 9
Contando a Verdade




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Já era de manhã, quando Luke acordou no quarto de hospital de Penelope. Ele sentiu a dor de não ouvir a voz dela logo pela manhã e percebeu que a menos de três dias, ele havia deixado um maníaco a levar embora.

Sua mão ainda no mesmo lugar, o monitor cardíaco de Penelope era a única coisa que ele podia ouvir. Ele olhou para o rosto dela, ainda no mesmo e ele suspirou. De novo.

Rossi entrou, sem saber como falaria a Penelope que era seu pai verdadeiro, e como explicaria o exame de DNA de quase cinco anos atrás.

Olhando para tudo o que a equipe passou, ele sabia que provavelmente o caso Scratch e Replicador poderiam ser usados, mas não poderia realmente ser uma boa explicação.

— Desculpa. – Rossi viu Luke encarando ele. – Eu não queria parecer um guarda britânico.

— Isso parece errado. – Luke brincou. – Eu acho que aqueles guardas não são legais.

— Alguma mudança? – Dave se aproximou da cama. – Algum movimento? Uma piscada?

— Você está ansioso. – Luke se levantou. – Pode sentar no meu lugar se desejar. Eu preciso comer alguma coisa e visto que você realmente parece a fim de se sentar.

Rossi apenas balançou a cabeça e se sentou enquanto Luke foi para um café na padaria do hospital.

Pegando a mão dela na sua, Dave observou a textura da pele dela contra a sua, levemente mais escura. Não tanto quanto a de Derek, mas ele era italiano afinal. Seus cachos pareciam de quando ela era criança e seus lábios com aquele respirador na boca, parecia que ela estava realmente sofrendo.

— Eu sei que eu provavelmente deveria te contar. – Dave passou as mãos pelo cabelo dela. – Mas eu espero que você acorde logo. Geralmente eu seria o primeiro a te contar que eu sou seu pai.

JJ derrubou a bandeja que segurava e os doces se espalharam pelo chão, alertando Rossi.

— Eu sinto muito. – JJ se desculpou. – Meu deus, me deixe limpar isso.

Rossi se levantou e ajudou a agente a pegar as balas e colocar de volta ao pote.

— Você é o pai da Garcia? – JJ perguntou. – E parece que você não contou a ela?

— Jennifer. – Rossi se aproximou da agente. – Sente. Eu vou explicar, ok?

— Ok. – JJ olhou para amiga ainda em recuperação. – Qual a história?

— Eu e a mãe de Penelope namoramos por dois anos depois de meu segundo casamento ir para o ar. – Rossi começou. – Eu meio que casei com ela. Fomos morar juntos quando descobri que ela estava grávida.

— O casamento não deu certo? – JJ perguntou. – Eu não entendo como Pen não sabe sobre você.

— Penelope era uma garota de dois anos quando eu e Barbara nos divorciamos. – Rossi suspirou. – Quando um dos assassinos veio até nossa casa e ameaçou Penelope. Barbara me acusou de ser egoísta e não pensar em Penelope em perigo.

— Eu posso entender ela. – JJ deu um meio sorriso. – Se um assassino viesse e ameaçasse Henry e Michael por causa do meu trabalho, eu pediria a Will para levar eles. Até que eu pudesse dar um lar seguro a eles.

No momento em que eles terminaram, ouviram um movimento vindo da cama de Penelope. JJ e Rossi se viraram para ver e Dave perdeu algumas respirações.

Penelope estava voltando para eles e Rossi perdeu completamente a compostura. Se sentando na cama dela, Ele pegou sua mão e tocou a campainha para chamar o médico.

— Eu vou avisar o resto da equipe. – JJ falou. – Você fica aqui com ela.

— Com certeza. – Dave respondeu. – Penelope, você pode acordar para mim?

Penelope seguiu a voz de Dave que se misturou as imagens de seu pai na infância. O pai que ela não tinha conhecido depois dos dois anos.

— Penelope? – A voz de Rossi a chamou. – Você pode acordar?

— Papai? – Penelope começou a entrar em pânico. – Pai, eu estou com medo.

Rossi sabia que Penelope poderia estar em um sonho com seu pai, e ele queria realmente contar a ela dessa vez.

— Estou aqui, filha. – Dave a puxou para seus braços o máximo que podia. – Estou aqui com você.

Ele não notou o resto da equipe o observando quietos e meio sem reação.

— Agente Rossi, eu vou pedir que você saia. – O médico olhou com raiva para ele. – Agora. Preciso examinar sua filha e você está atrapalhando.

— Desculpe. – Rossi a colocou na cama. – Eu vou estar lá fora.

Rossi se afastou do quarto e colocou o medalhão que estava em seu bolso na mão. Era uma foto de Penelope ainda criança com maria chiquinhas cor de rosa e uma roupinha de ballet.

— Você vai contar a ela? – Emily chegou por trás. – Ela está acordada agora. Está confusa.

— Ela acordou? – Rossi se virou, ignorando a pergunta anterior. – Ela está confusa?

— Sim. – Emily o puxou para o quarto de Penelope. – Ela está a sua procura, sabe?

— Está certo. – Rossi entrou e viu Penelope o olhando. – Penelope?

— Agente Rossi? – A voz levemente dolorida de Penelope foi ouvida. – Você está aqui.

— Pessoal, vocês poderiam me dar um minuto com ela? – Rossi pediu gentilmente. – Há coisas que eu preciso conversar com ela.

Todos assentiram e JJ apenas o olhou com simpatia.

Penelope ficou preocupada com as novas notícias que Rossi queria compartilhar com ela.

Dave se aproximou de Penelope, pegando a mão dela na sua, vendo quanto ela parecia receosa. Seus olhos arregalados contavam uma história de apreensão.

— Há muito tempo, eu tomei uma decisão que mudou várias vidas. A minha com certeza. – Ele olhou diretamente para Penelope. – E a sua também. Eu e a sua mãe, nós tomamos isso.

— Agente Rossi. – Penelope não sabia se queria realmente saber. – Do que está falando?

— Penelope. Eu descobri recentemente que eu sou seu pai verdadeiro. – Dave a viu estremecer ao seu toque. – Eu fiz um teste de DNA apenas para confirmar uma dúvida, mas nunca abri. Eu o abri ontem.

— Disse que fez a escolha com minha mãe. – Penelope estava relutante. – Você achava que eu não era sua?

— Quer saber o porquê eu fiz esse teste? – Dave puxou o papel do bolso. – Eu precisava ter a confirmação que você era você. Eu e Jack Garrett brigamos por causa da sua paternidade e ele está chateado.

— Acho que deveria me contar sobre isso, pai. – Penelope abriu um sorriso. – Eu ainda estou meio alta pelas drogas e tal.

— Você está feliz? – Rossi Sentiu um peso sair dos seus ombros. – Você não deveria gritar comigo ou me chamar, sei lá, de idiota e todos aqueles palavrões?

— Eu sempre quis que você fosse meu pai mesmo. – Penelope riu. – Eu provavelmente vou gritar com você depois, mas agora, eu só quero um abraço.

Dave levantou, sorrindo e a abraçou. Se alguém podia fazer tudo melhor, essa era sua filha, Penelope.


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