Custódia Protetora de sentimentos escrita por Any Sciuto


Capítulo 10
Corações quebrados




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O médico checou Penelope logo depois que a movimentação permitiu e a manteve alerta dos ferimentos e de todos os analgésicos que ela tomaria. Ela precisaria ficar em repouso aqui no hospital.

Rossi observou a filha, com um sorriso no rosto e felizmente a par de toda a história sobre sua vida.

Ele havia arrumado algumas frutas frescas, mesmo consciente de que ela ainda não poderia comer nada liquido, já que a facada havia pego seu estomago.

Uma sonda levava a alimentação que ela precisava agora e ela sorriu de volta para o pai.

O pai que ela achou que nunca havia tido. Sua mãe nunca lhe deu nenhuma informação sobre ele quando ela era uma mocinha e depois que ela morreu, aí que ela não poderia pedir.

— Rossi. – Penelope chamou. – Pai.

Isso o fez se mexer e ir até ela. Se sentando ao lado da garota, Dave pegou sua mão e a beijou com carinho.

— Sim, minha menina. – Rossi a olhou. – O que você precisa?

— Tudo. – Penelope respondeu. – Desde o começo.

— Certo. – Rossi pegou o medalhão de novo. – Mas eu não tenho certeza sobre alguns fatos.

— Apenas me conte. – Pen viu Luke entrar. – Ele pode ficar. Eu o quero aqui.

— Certo. – Rossi viu Luke pegar a mão de Penelope. – Você tinha dois anos e sua mãe e eu discutimos sobre o trabalho.

Alguns anos atrás...

— Ele veio até a nossa casa, Dave. – Barbara gritou, baixo para Penelope não ouvir. – Ele disse que matará Penelope se você não o deixar em paz.

— Isso não vai se repetir. – Dave pegou o ursinho. – Eu prometo, amor. Penelope está segura.

— Eu quero o divórcio. – Barbara bateu o pé. – Para mim, já deu.

— Você vai tirar Penelope de mim? – Dave parou na porta de sua filha. – Você não pode ser tão má!

— Pague para ver. – Barbara saiu, batendo a porta.

Dave abriu a porta e sua filha dormindo, com a girafa que ele havia comprado. Fechando a porta, ele precisava que a mulher não tirasse sua filha.

Agora...

Lágrimas rolavam pela bochecha de Penelope e Dave. Luke estava tentando ser forte, mas perdeu e começou a chorar. Era uma história que Penelope nunca soube e se sentiu triste.

— Não houve um dia em que eu não pensei sobre você, filha. – Dave respondeu uma pergunta nas sombras. – Eu nunca pude te dar tudo o que eu podia. E eu tenho histórico com isso. Eu deixei você e Joy sem nenhuma ajuda.

— Eu nunca quero tirar seu dinheiro, pai. – Penelope falou baixinho. – Talvez eu precise dormir agora.

— Sim filha. – Rossi beijou sua cabeça. – Eu tenho algo para buscar.

Ele se levantou e saiu. Luke se sentou ao lado dela e pegou sua mão. Penelope olhou para ele e começou a chorar em seu abraço.

Penelope tentou ser forte, mas esperou até que Dave tivesse ido para chorar. Ela acordou com um pai e uma irmã e estava com dor.

— Pode chorar. – Luke a abraçou. – Chora, Pen. Chora.

Emily estava olhando para a cena do lado de fora, sentindo-se uma intrusa.

— Olha que fofo. – JJ comentou. – Ela está bem?

— Ela precisa dormir, mas não consegue. – Emily respondeu. – Talvez a facada tenha dado mais prejuízo.

Reid entrou no quarto, mesmo sob protestos e ficou ao lado da cama.

— Reid. – Penelope suspirou baixo. – Você veio.

— Eu estive aqui, sempre. – Ele a abraçou com cuidado. – Agora, eu tenho certeza que você precisa dormir.

— Também acho. – Luke respondeu. – Feche os olhos e conte os carneirinhos, Baby.  

Assim que ela fechou os olhos, ela adormeceu completamente.  Reid olhou para ela e colocou uma coberta a mais. O frio se aproximava e na condição dela, era perigoso.

— Sério, Luke. – Spencer se sentou. – Como ela está?

— Bem, ela mal acordou e descobriu que tem um pai que trabalha com ela. – Luke apenas acenou com a cabeça. – Ela está com dor e precisa dormir. Mas isso não faz bem a ela de nenhum jeito.

— Rossi é o pai dela. – Spencer fechou os olhos, uma dor de cabeça se formando. – Todos esses anos e nem mesmo ela sabia.

— Rossi suspeitava, mas nunca abriu o teste. – Luke apenas contou. – Parece que ele esteve em uma negação plausível.

— Não me parece que Pen vai sair daqui sem uma bolsa de colostomia. – Spencer mudou de assunto. – Não acho que ela vá trabalhar por menos de seis meses.

— Não diga a ela isso. – Luke olhou para a mulher que amava na cama. – Eu acho que ela morreria se isso acontecesse.

— E o que vamos fazer então? – Reid olhou para a amiga. – Não acho que eu poderia viver sem a eficiência de Garcia.

— Ela vai ser minha mulher, Spencer. – Luke fitou o anel. – É claro que eu não sei se ela vai dizer sim.

— Tem uma grande chance de ser um sim. – Spencer sorriu. – Ela não se casou com Kevin porque, bem, ele era um boboca.

— Eu vejo vocês falando sobre esse tal Kevin e nunca soube porque todos o odeiam. – Luke estava curioso. – Por que nenhum de vocês gostam dele de qualquer jeito?

— Eu prefiro não falar na frente de Pen. – Reid suspirou. – Eu vou buscar chocolate.

Reid deixou o quarto e foi em direção a cafeteria, pronto para pegar uma refeição. Ele sabia onde Rossi havia ido.

Rossi entrou em sua casa e subiu as escadas em direção ao andar de cima. Entrando em um dos quartos, ele puxou uma caixa de cima e a abriu, tirando fotos, desenhos e um colar de criança.

Eram todas as fotos dele com Penelope. Agora que Robert estava morto e provavelmente enterrado, ela e Luke poderiam ser felizes.

Ele também poderia ser feliz com a filha que sempre desejou ser. Fechando a casa, ele partiu de volta para o hospital.

Ligando a SUV, ele viu um carro diferente de qualquer um dos seus vizinhos. Ele sentou por alguns segundos antes de o carro ligar e sair. Ele deixou para lá, imaginando que era algum parente de seus vizinhos.

Emily se sentou com JJ, Matt, Tara e Emily na lanchonete e viram Spencer lá também.

— Luke me perguntou sobre Kevin. – Reid respondeu. – Eu não disse nada sobre o que ele fez.

— É melhor que não diga. – Emily suspirou. – Ele está preso por tudo o que fez e é melhor Alvez não descobrir sobre isso.

— Mas um dia ele vai saber tudo o que ele fez com Penelope. – JJ disse. – Eu vou contar a vocês o que ele fez.

— Certo. – Tara respondeu. – Eu prometo não contar sobre isso.

— Ok, ele fez isso... – JJ começou.

A reação dos agentes novatos era de pânico, terror e depois puro terror.


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