Custódia Protetora de sentimentos escrita por Any Sciuto


Capítulo 5
Flores Para Seu túmulo.




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Penelope e Luke ficaram uma semana internados no hospital. Ao voltarem para a agência, notaram os olhares de seus colegas. Algo não parecia certo.

Emily ficou esperando uma nova entrega. Havia algo sobre esse cara, Robert, que não fazia sentido para ela. O fato de ele não fazer parte da vida de Penelope tão diretamente que a intrigou a ponto de pedir o arquivo selado de Penelope.

Ela estava se odiando por isso. Invadir a privacidade da amiga em busca de respostas poderia ser considerado pela jovem analista como uma traição e ela nunca se perdoaria se Penelope se afastasse por isso.

Por outro, ela precisava entender o que acontecia. Penelope parecia muito discreta sobre seu passado e algo estava sempre incomodando.

Uma batida distraiu Emily e como ela previu, era o arquivo. Abrindo a primeira página e se certificando que a porta estaria trancada, ela leu.

Nome: Penelope Grace Garcia.

Filiação: Barbara Garcia e pai desconhecido.

Padrasto: Emilio Garcia – Falecido.

A senhorita Penelope Grace Garcia está em comum acordo para que o testamento seja lavrado beneficiando apenas seus meios irmãos.

Passando pelas outras folhas do arquivo, ela viu exames físicos e médicos de uma Penelope Garcia que ela não conhecia. Algo estava errado desde o começo e ela apenas precisava de algo para confirmar.

Penelope entrou em sua sala, sentindo-se sufocada por estar de volta ao confinamento e agora Luke também estava com ela. Eles sabiam o quão perigoso era para qualquer um deles e ela se sentia mal cada vez que JJ ligava para Henry e Michael em New Orleans.  Ou Reid com sua mãe em Las Vegas e protegida pelos federais.

Ela precisava estancar o vazamento de arquivos federais que Paul Millander, codinome de Robert fez no HD do diretor e fez o homem ser afastado da diretoria federal. Algo não estava certo e todos da equipe estavam no prédio no momento.

Ligando os computadores, ela sentiu a paz se estabelecer, mas de repente, seu corpo parecia muito lento para ela e ela tentou dar um passo para fora, caindo no chão e apagando na hora.

O prédio inteiro sofreu o mesmo efeito e nos momentos antes de desmaiar, Spencer sabia que quando acordassem, Penelope estaria em problemas. Luke caiu em total sono na porta dela, querendo chegar a ela antes de o pior acontecer. JJ caiu sobre a mesa do refeitório derrubando o café que tomava, enquanto Matt desmaiou sobre a própria baía.

Todo o prédio, alguns segundos depois, caiu em um estado de sono. Robert entrou, com sua máscara de gás, pronto para levar Penelope de lá.

Passando pela portaria e subindo as escadas, ele tinha 40 minutos para raptar a técnica antes que todos acordassem.

Chegando ao andar da BAU, ele caminhou pelo corredor e chegou a sala dela, com seu leitor de senhas. Ele sabia que Penelope se trancaria caso algo acontecesse.

Entrando na sala, ele a viu, caída no chão, como se fosse um anjo recém-chegado do céu. Ele não perdeu tempo. Arrastando a garota até as escadas, ele a pegou nos braços e a levou para o carro no estacionamento. Ele amarrou as mãos dela, seus pés e uma blusa em sua boca preparado para que ela não gritasse.

Ligando o carro, ele deu o fora de lá, faltando dez minutos para o fim do efeito. Ela estava finalmente em suas mãos e ele a faria ver seu próprio lado.

Dez minutos se passaram rápido demais. Luke abriu os olhos, procurando por Penelope, no segundo que seus olhos captaram a sala aberta. Ele sabia que ela estaria desmaiada. Ela não teria apenas...

— Garcia! – Luke se apoiou na parede. – Penelope.

— Luke, cale a boca. – Reid murmurou. – O que está havendo?

— Penelope desapareceu. – Luke viu Reid empalidecer. – Com cuidado, Spencer.

—Eu acho que foi fentanil. – Reid ofereceu. – Os russos usavam isso.

Luke se sentou quando a cabeça começou a girar. Olhando para o resto do pessoal, ele viu um a um acordando.

— Com cuidado. – Matt ajudou JJ a se levantar. – Se apoia em mim.

— Alguém viu a Garcie? – JJ automaticamente se preocupou. – Penelope!

— Ela foi levada. – Luke precisou de quatro segundos a mais para falar. – Spencer acha que foi fentanil.

— Isso explicaria muita coisa. – Rossi resmungou. – Parece que eu levei uma madeira na cabeça.

— Precisamos ver as câmeras. – Spencer deu outro bocejo. – E precisamos ser avaliados pelo médico.

— Certo. – Emily se segurou. – Chame Jack Garrett e peça assistência dele e de Monty para isso.

Matt assentiu enquanto Luke se sentou na cadeira, sem reação adequada aos eventos. Ele poderia ter salvo Penelope, mas ninguém fazia ideia de como o fentanil foi acionado.

Talvez Robert tivesse feito algo a distância ou tenha armado algo mais complexo.

Ele correu a ficha dele outra vez, com a lentidão que seu corpo permitia, tentando encontrar uma formação e quando fez, ficou sem reação.

— Eu acredito que Robert possa ter feito isso. – Reid disse, em desespero. – Fentanil era muito usado na Rússia ou pelos russos.

Robert estacionou o carro na entrada de uma casa abandonada, muito longe para a equipe dela a encontrar, mas muito perto de um hospital se fosse preciso. O que iria acontecer aqui dependia exclusivamente de um hospital.

Abrindo a porta, com a ajuda de seu fiel empregado, ele estava com Pen em seus braços, como uma espécie de noivo doentio.

— Vejo que finalmente se casou. – O emprego comentou. – Quando foi?

— Durante a viagem. – Ele olhou para o rosto adormecido de Pen. – Ela dormiu no meio do caminho e eu me senti mal de acordar.

— Você vai ser feliz aqui. – O homem lhe deu a chave. – Abasteci com chocolate, geleia...

Ele não concluiu porque Robert deu apenas um tiro em sua cabeça, o fazendo cair no chão morto.

Pegando Penny em seus braços, Ele a levou para o quarto que preparou para ela. Seriam dias fantásticos antes de finalmente a matar de tanto espancar.

Era seu plano depois que ele havia terminado a vingança dele.

Trancando a última algema nas mãos dela, Robert saiu do quarto, desligando a luz e trancando a fechadura.

Pegando um par de luvas e uma touca de banho, ele começou a levar o homem morto para a mata ao lado da casa.

Ele jogou o celular no rio e foi embora.

Ligando a televisão, ele pegou a cerveja e finalmente se sentou pronto para ouvir as notícias sobre seu último ato.

O FBI foi palco de um misterioso ataque de gás. — A mulher do jornal começou. ­ - Os funcionários foram atingidos por um tipo de gás do sono, usado pelos russos. A ação tinha em mente o sequestro da agente analista técnica Penelope Grace Garcia, analista técnica da unidade de analise comportamental. O suspeito conhecido por Robert é o principal suspeito em uma série de crimes do tipo Stalker.

Robert olhou para as notícias e riu. Era exatamente o que ele mais desejava. Fama. E a morte de Penelope.

Ele olhou para o quarto onde ela estava e esperou que o show começasse.


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