Janela para o futuro escrita por Ella


Capítulo 5
Capítulo 4 - Vida




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Já é a segunda semana após o funeral, e após aqueles primeiros dias deprimida eu já me sinto bem novamente.

         Kushina me levou ao Ichiraku, junto com Minato, e foi realmente divertido. Eles me contaram histórias sobre seus colegas de classe, sua infância, a academia. As histórias da mulher esmagando sem piedade os meninos que a irritavam bem como sua alcunha de “Pimenta Sanguinária” me fizeram rir por muito tempo.

         Todos os dias eu treinava com os meninos. Ainda não estava nem perto de conseguir acompanhá-los, mas minha mira havia melhorado muito, a ponto deu conseguir acertar a maioria dos alvos na cabeça ou no coração. Minha velocidade de respostas também estava progredindo: conseguia ao menos desviar de grande parte dos golpes que os meninos davam e eu já conseguia fazer o exercício de chakra na folha da cabeça por três minutos inteiros.

         Eu vira Yuki todos os dias no final da tarde. Íamos a biblioteca ou a sorveteria, e às vezes, Itachi e Shisui nos acompanhavam. Yuki parecia ter adorado o mais velho, que sorria abertamente para ela e a tratava com extrema delicadeza.

         Shisui era o Uchiha mais amigável que eu já conhecera — de longe.

         Estico os braços, me espreguiçando. Já eram sete horas e Itachi provavelmente já estava pronto para o treino.

         Honestamente, a dedicação daquele garoto era assustadora.

         Me arrumo e desço as escadas alegremente. Fugaku e Itachi ainda estavam sentados, e Mikoto terminava de servir a mesa.

— Bom dia!

— Bom dia, Izumi-san — Responde o menor.

Sorrio para a família e me sento no meu lugar de costume. Mikoto assenta-se ao meu lado e diz:

— Antes de começarmos eu tenho uma notícia para dar.

Todos os olhos se viram para ela, os meus incluso. Ela parecia estranhamente feliz e ansiosa, o que me deixou curiosa.

— O que é, Okaa-san?

— Eu estou grávida.

Pisco. Isso significava...

— Eu vou ter... um irmãozinho? — Itachi pergunta vagarosamente, como se testasse a palavra.

— Ou irmãzinha — responde Mikoto, enquanto assente com a cabeça.

O mais novo se levanta e segue até a mãe. Delicadamente e hesitantemente ele coloca a mão em sua barriga (que agora eu notava estava um tiquinho maior). Após alguns segundos, Itachi volta a falar com uma estranha convicção na voz:

— Eu acho que é um irmãozinho.

Sua mãe sorri gentilmente para ele. Olho para Fugaku, que parece ainda estar congelado. De repente, como se algo encaixasse dentro dele, um sorriso — o maior que eu já vira o homem dar — se abre em seu rosto.

— Eu fico muito feliz, Mikoto.

A mulher sorri abertamente para ele e eu me sinto como uma intrusa pelos próximos segundos. Quando a aura de extrema felicidade diminui, eu me arrisco a dizer:

— Parabéns, Mikoto-baa, Itachi-san, Fugaku-sama. Eu tenho certeza que essa criança será extremamente feliz.

— Obrigada, Izu-chan.

Sorrio para a mulher, falo meus agradecimentos e me ponho a comer, os outros logo me seguindo. O resto do café é silencioso e todos parecem estar refletindo sobre nada. O clima só é quebrado quando a voz alegre de Shisui é ouvida na porta.

— Ohayo, Fugaku-sama, Mikoto-baa!

— Ohayo, Shisui — Responde a mulher mais velha.

— Agora vocês dois! Nós marcamos de nos encontrarmos meia hora atrás! O que você estão...

— Kaa-san está grávida.

— O quê?! Parabéns!! — O menino diz sorrindo e abraçando Mikoto e em seguida Fugaku.  

Eu e Itachi terminamos a refeição enquanto os pais do menino trocam algumas palavras com o genin. Nos levantamos, lavamos os pratos e seguimos para o nosso lugar de sempre. Enquanto nos alongamos, resolvo perguntar:

— E então, Itachi-san, ansioso para ter um irmãozinho?

O menino pausa por alguns segundos antes de continuar a alongar.

— Sim. Eu acho que vai me ajudar... a ver as coisas de outra forma, eu acho? Não sei. Mas estou curioso para conhecê-lo.

Sorrio abertamente.

— Eu tenho certeza que você será um irmão mais velho maravilhoso. Seu irmão será alguém de sorte!

O menino me dá um de seus característicos sorrisos pequenos. Shisui, por outro lado, parece estranhamente pensativo. Ele então se vira para o menor e estica dois dedos, empurrando de leve a testa do mais novo.

Eu nunca presenciara isso, mas o rosto do herdeiro deixava claro que aquela não era a primeira vez que algo assim ocorria. E essa não é a única novidade: o puxar de lábios presente no mais velho é muito menor que o de costume, entretanto muito mais carinhoso. Era um novo Shisui, e pela primeira vez ele realmente parecia o mais maduro entre os dois.

— Você está encarando, Izumi-chan!

— Estou. Pela primeira vez você agiu com o mínimo de seriedade, estou em choque!

— Izu-chan! — Ele parece horrorizado com minhas palavras — Eu estou ofendido, viu senhorita? Estou aqui, me desdobrando para ensiná-la, sendo um maravilhoso senpai, e você me trata assim?!

Todos caímos na risada, e o olhar de diversão nos olhos do genin não passa despercebido.

— Agora, vamos treinar, meus queridos kouhais? Itachi e eu vamos para taijutsu enquanto você Izumi-chan, vai treinar seu controle de chakra. Primeiro a folha na testa por ao menos 5 minutos e depois subir em árvores.

— Hai, Shisui-senpai — Eu respondo com me curvando dramaticamente, trazendo um leve riso aos meninos.

—‘-

Chegamos em casa no fim do dia, e Mikoto convida Shisui para a janta. Tomamos banho, trocamos de roupa e descemos.

— Izumi-san, você está decidida a ir para a Academia, certo?

— Sim — Respondo com convicção. O mais velho me oferece um sorriso aprovador.

— Então nós encontramos um apartamento para você. Nas primeiras semanas, alguém sempre irá ser enviado para checar em você e te ajudar a fazer algo que não consiga.

— Hai, Fugaku-sama — Eu lhe digo obedientemente, um pouco triste por ter que deixar a casa. Será que eu ainda os veria? Será que Itachi e Shisui ainda iriam querer treinar comigo?

— Eu que escolhi o lugar, Izumi-chan — Diz Mikoto-baa, quase como se lesse meus pensamentos — Você será vizinha de Shisui e seu apartamento está a cem metros daqui. Sempre que quiser você é bem-vinda, sim?

— E é claro, não pense que isso será aceito como desculpa para se atrasar nos treinos! — Complementa o genin.

— Hai, Shisui-senpai!

Fugaku limpa a garganta, voltando os olhos de todos para ele.

— E após sua mudança, começaremos a ter sessões para treinar seu Sharingan. Ele tem uma condição... especial, que será explicada mais tarde, mas por conta dessas circunstâncias eu mesma a treinarei.

— Muito Obrigada!

—‘-

Vou, pela primeira vez na semana, para minha aula de caligrafia. Minha mãe fizera questão que eu me matriculasse nela, em aulas de etiqueta e da cerimônia do chá, e eu iria fazer meu melhor para obedecê-la.

No fim da aula, encontro Minato e Kushina à minha espera na porta. Sorrio para o casal, que a cada dia que se passava eu gostava mais de ver juntos.

Duas personalidades complementares. Ele, calmo onde ela era nervosa, gentil onde ela ríspida, frio onde ela era temperamental e ambos com o maior coração que eu já vira.

— Izu-chan! Não sabia que você fazia aulas de caligrafia... — comenta o loiro que a muito havia deixados as formalidades de lado.

— Sim... Kaa-san me inscreveu a quase um ano atrás. Ela dizia que saber maneiras e coisas assim era algo essencial para mim. Eu tinha que continuar após... — Deixo a ideia no ar, ainda sem coragem de falar com todas as palavras sobre o ocorrido.

— Você gosta? — Quem pergunta e Kushina e um olhar de curiosidade pode ser visto em seu rosto. Minato ergue uma das sobrancelhas para ela, e depois de aparentemente compreender o que a esposa queria com aquilo, um sorriso aparece em seus próprios lábios.

Aqueles dois estavam tramando algo, e eu não sabia o que, entretanto, deixei passar e resolvi responder a pergunta. No final, mesmo que eles estivessem de fato tramando algo, eu provavelmente gostaria e descobriria mais cedo ou mais tarde.

— Eu gosto bastante, na verdade. É parecido com desenho e eu acho... terapêutico. Me ajuda a relaxar em dias difíceis.

— Bom saber — Diz a ruiva com uma voz quase cantada.

Definitivamente tramando algo. Começamos a andar em direção a casa de Mikoto.

— Enfim, ouvimos de Fugaku que você irá se mudar amanhã. Como estão os preparativos? Como você está se sentindo?

— Eu estou um pouco nervosa, acho. Eu nunca morei sozinha. Mas o apartamento aparentemente é ao lado do de Shisui então acho que vai dar tudo certo. As coisas que estão na casa de Mikoto-baa já estão prontas para serem movidas, e os móveis da casa de kaa-san já estão no apartamento novo. Eu ainda não mexi nas coisas dela, separar o que eu quero guardar e jogar fora... Fugaku-sama falou que eu poderia fazer isso quando eu quisesse, então estou esperando me sentir mais tranquila.

— Entendo. Não se apresse, Izumi-chan. Após nossa pequena conversa com Fuga-baka eu tenho certeza que ele não irá cometer o erro de apressar decisões que você ainda não está pronta para tomar.

— Kushina, esse sorriso é assustador. Seu cabelo... — Comenta Minato com uma leve diversão no olhar.

Os olhos da mais velha brilhavam com raiva. Seu sorriso era quase animalesco e seu cabelo subia, quase como... caudas?

— Cale a boca, Menina-Minato. Você sabe que Fugaku mereceu nossa... conversa. Eu ainda estou irritadíssima com ele pressionando Izu-chan antes da hora — Grunhe a ruiva.

Finalmente chegamos na casa do líder do clã. Bato na porta e Mikoto a abre, sorrindo ao nos ver.

— Sejam bem-vindos, Minato, Kushina. Izumi, o jantar está quase pronto, então desça depressa, sim? E chame os meninos, eles devem estar no quarto de Itachi.

— Hai, Mikoto-baa — Subo as escadas praticamente saltando e bato na porta de Itachi gritando — Está na hora de jantar!

Corro até o banheiro, lavo as mãos e desço, encontrando os dois casais conversando animadamente. Ouço Fugaku falando algo que se parece com meu nome e antes que eu possa entender algo a mais Mikoto diz:

— Izu-chan! Sente-se.

Me sento e a conversa parece mudar de assunto, e eu estranho, mas não comento.

Se eles não queriam que eu soubesse deixaria o assunto morrer.

Shisui e Itachi não demoram para descer e se juntar a mesa. Os dois pareciam cansados e imagino que sem eu lá para fazê-los perder tempo, eles haviam se exaurido no treino.

Os meninos cumprimentam as visitas e se sentam. Shisui, quase lendo meus pensamentos, comenta:

— Hoje à tarde nem treinamos. Eu empurrei Itachi no rio de brincadeira e quando vi, estávamos os dois na água em meio á uma guerra.

Rio do menino e respondo:

— Então é só eu faltar que ao invés de treinar os senhores brincam? É impressão minha ou os tão falados treinos são na verdade formas de me torturar?

A mesa inteira dá uma leve risada e eu me sinto um pouco grata a Shisui. Não gostava de pensar que em cada treino eu estava atrasando os meninos.

— Você me magoa, Izumi-chan.

Rio da cara de magoado do menino. Às vezes eu pensava que Shisui seria muito mais feliz como ator ao invés de ninja.

Ele certamente seria aclamado.

— Então Minato, como vai a nomeação para Hokage? — Pergunta Fugaku-sama e a mesa cai em silêncio.

Itachi parece estranhamente tenso, enquanto eu e Shisui refletimos nossa própria surpresa. Minato-nii... o Relâmpago Amarelo de Konoha. Faz sentido, eu penso. Ao mesmo tempo, a tensão do herdeiro do clã ao meu lado me deixa nervosa.

Eu estava perdendo alguma coisa?

— Eu ganhei. Sandaime-sama desistiu de nomear Orochimaru pela falta de carisma do cientista aparentemente.

— Você vai se tornar Hokage? — Pergunto sem me segurar — Por que você não me contou?

— Sim. Eu achei que a essa altura já era conhecimento comum... — Responde o loiro, coçando o pescoço.

— Parabéns, Minato-nii! — Praticamente pulo em cima do loiro, o abraçando.

Minato seria o melhor dos Hokages, eu tenho certeza. Gentil, mas eficiente; carismático, porém firme. Ele não seria repressor ou manipulado...

Sinto uma esperança para o futuro de Konoha desabrochar no meu peito.

—‘-

“Pessoas correndo. As ruas estão lotadas, prédios caídos, gritos percorrem as ruas. Eu estou morrendo de medo. Um chakra nojento, malicioso, odioso, percorre toda a vila e eu vejo um bicho laranja gigantesco. Gritos, sangue, mais gritos.

Vejo Itachi. Seus olhos estão mortalmente sérios e ele parece tenso. Um... bebê está em seus braços. Ele parece extremamente preocupado e me puxa pela cidade. De repente o grande monstro começa a unir chakra em sua boca e eu sinto um pânico indescritível subindo a minha boca.

Eu grito enquanto o herdeiro me puxa”.

Eu acordo gritando, e Itachi está na cabeceira da minha cama. Após ter acordado gritando praticamente quase todas as noites, e descobrirmos o efeito calmante do menino sobre mim, Fugaku e Mikoto não vinham mais. Normalmente vinha apenas o menino, e após trocarmos algumas palavras eu rapidamente dormia de novo. Quando meu Sharingan estava em aberto, o menino segurava a minha mão e me ajudava a respirar.

Ao ver o rosto do garoto e conseguir notar seus poros eu sabia que meus olhos estavam ativados. Mas eles pareciam... diferentes.

Melhores.

A pequena mão de Itachi se junta com a minha e ele fala:

— Respire, Izumi-san. Inspire, expire.

Com sua voz suave, calmo como sempre, Itachi me instruía. Minha visão volta ao normal, mas eu não consigo escutar a voz do menino. Tudo que eu penso é naquele grande bicho, cheio de caudas e Konoha destruída.

—‘-

Acordo de manhã mais calma.

O sonho ora assustador, mas fora apenas isso: um sonho. Mesmo que parecesse real, nada daquilo acontecera.

Tudo estava bem.

Hoje era o dia da mudança, então após lavar o rosto, me ponho a organizar tudo que falta. Finalmente fechando a mochila, eu desço para o café da manhã. A comida está na mesa, e Itachi já está sentado.

 — Bom dia família! Fugaku-sama já está na estação?

— Bom dia, Izumi-chan. Sim, mas ele pediu para lhe avisar que estará te esperando no dojo do clã as seis horas — Não me surpreendo com o “após sua mudança’ de Fugaku na verdade significar no mesmo dia.

— Hai!

— E então, ansiosa para ver sua casa nova?

Sorrio por entre as mordidas, assentindo.

— Eu espero que você goste de lá. Mas lembre-se: você é sempre bem-vinda aqui, não importa a hora ou o motivo, sim?

— Sim, Mikoto-baa-chan!

A mulher sorri e pela primeira vez Itachi se intromete na conversa:

— Você tem certeza que vai conseguir ficar bem mesmo com os pesadelos? Eles parecem estarem ficando piores...

— Eu acho que sim. Além disso, você deve estar sentindo falta de noites inteiras de sono, Itachi-san. Eu consigo me virar...

O menino não parece muito satisfeito com a minha resposta, contudo não discute.  Terminamos o café, eu subo e pego minha mochila, e Mikoto nos leva até o apartamento. Em frente ao prédio, Shisui nos aguarda, com seu sorriso de sempre no rosto. O cumprimentamos e subimos até o terceiro andar.

— Eu moro aqui — Diz o menino apontando para a porta do lado direito — E o seu apartamento é esse, na esquerda. Qualquer coisa que você precisar, é só chamar, vizinha!

Sorrio para o menino. Morar perto dele seria... interessante, eu acho.

Entramos no meu apartamento. Ele é médio: dois quartos, dois banheiros, uma lavanderia, uma cozinha. Era aconchegante e estava impecavelmente limpo. Reconhecia todos os móveis de minha casa antiga e eu sinto uma pequena nostalgia me invadir. Mikoto deixa minhas coisas, e assim que os meninos prometem me ajudar, ela nos deixa e retorna para casa, onde esperava uma amiga de longa data.

Itachi me olha com olhos sérios e pergunta:

— Izumi-san, nós somos amigos, certo?

Eu sou pega desprevenida, todavia sem sequer hesitar respondo:

— É claro que sim, Itachi-san.

— Então por favor para de usar o san junto com meu nome.

Por alguns segundos fico em silêncio, um pouco surpresa. Itachi era o herdeiro do clã, então eu nunca imaginara que o tratar com a formalidade que ele merecia o incomodaria. Mesmo assim, ao ele pedir que eu o chamasse de algo mais informal, me sinto estranhamente alegre.

— Só se você também parar, Itachi.

Ele sorri para mim e diz:

— Então estamos em acordo, Izumi.

— Ai, que orgulho! Meu irmão, tão antissocial, fez seu primeiro amigo!

Rio da dramaticidade de Shisui e me jogo no sofá, me espreguiçando. O mais novo parece pensar em alho e se vira para Shisui:

— Shisui, você tem uma chave extra, certo?

— Sim?

— Dê para Izumi.

O mais velho pisca um pouco e depois concorda, usando o shunshin para buscá-la. Ele volta em meio segundo (a rapidez que ele atinge com esse jutsu não para de me surpreender), me oferecendo a chave.

— Eu vou ficar com sua chave também, Izumi. Não vou entrar qualquer hora, mas assim, caso tenha alguma emergência, eu também conseguirei entrar.

Assinto para o menino, aceitando a sua chave e já colocando-a em um local de fácil acesso. Ele pega uma das minhas em meu chaveiro 9eu tinha três cópias) e ofereço a outra a Itachi.

— Você não quer dar uma para Yuki-chan?

— Nah. Ela é mora do outro lado do distrito de qualquer forma. Eu quero que você fique com essa, Itachi.

Com toda a seriedade do mundo, quase como se sentisse honrado, o menino pega a chave e eu sorrio largamente para ele.

— Bem, vamos treinar? Hoje eu vou ter que sair mais cedo por conta do treino com Fugaku-sama....

— Também não vai poder fazer muita coisa com chakra — Continua o genin — O que significa... Taijutsu e Shurikenjutsu!

Resmungo. Taijutsu era o mais difícil — eu sempre saía dolorida e nunca conseguia acompanhá-los direito.

— Veja pelo lado bom, Izumi-chan. Com o Sharingan talvez você pare de apanhar!

Reviro os olhos irritada com a verdade de suas palavras.

— Um dia e ainda vou fazer você engolir essas palavras, Shisui.

— Ei, isso lá é forma de se dirigir ao seu senpai, Izumi-chan?!

Rio enquanto seguimos em direção a clareira de sempre.

—‘-

Chego no dojo as pressas, seis horas em ponto. Fugaku me espera no centro do tatame. Eu retiro meus sapatos, me curvo respeitosamente e sigo em direção ao mais velho.

— Izumi-san, a forma mais eficiente de se treinar um Sharingan é através de taijutsu.      Você vai ativá-lo e eu vou continuar te atacando até você se tornar capaz de defender-se, certo? Mas hoje... apenas ativar e desativar. Vamos.

Assinto, me preparando.

— Como eu o ativo, Fugaku-sama?

— Concentre o chakra em seus olhos e mantenha um ritmo linear. Não é preciso muito.

Faço o que ele fala e sinto minha visão ficar mais aguçada, mas após alguns segundos ela volta ao normal. Os olhos do homem estão com seu próprio doujutsu ativado, enquanto ele me analisa.

— Você tem que manter um fluxo constante. E use menos chakra do que você está usando agora.

Tento novamente e o mesmo ocorre. Quando tento pela terceira vez, sinto que muito chakra foi direcionado e vejo minha visão ficando mais aguçada — aguçada demais.

— Não quero que você use essa fase do Sharingan ainda, Izumi-san. Corte o fluxo de chakra para seus olhos e tente novamente, com bem menos energia dessa vez.

Tento cortar o fluxo, e sinto uma dor de cabeça.

“Um bicho gigantesco. Ele possui várias várias caudas? Gritos, sangue”

“Eu vejo alguém caindo e tento alcança-lo após meio segundo de hesitação, mas não consigo. Morte.

Minha culpa.”

“ Eu escuto o som de pássaros enquanto minha mão, coberta de raios, atravessa um corpo. Mais um.

Pelo menos esse não era de minha companheira”.

“Eu estou em uma caverna escura. Sozinha(o?). Em minha frente de repente uma coisa branca surge.

Está na hora. “

Grito quando sinto algo queimar minha pele. Um selo, percebo. Antes de poder falar qualquer coisa sinto minha visão escurecer e o nada me abraça.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Comentem! Estamos na contagem regressiva para o 10 de Outubro quando as coisas vão começar a se distanciar do canon...
See you~



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