Alan escrita por Lady Zanão


Capítulo 7
Novas assombrações para chamar de amigos.


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, ontem foi meu aniversário ( essa e pelo menos a 15° vez que eu falo heheheh) mas o presente e para vocês, mais um capitulo fresquinho. ❤️
Antes de começar o capítulo quero agradecer quatro pessoas que são muito importantes na minha vida. A primeira pessoas vocês vem muito nas notas iniciais e nessa não poderia ser diferente, muito obrigada Lady Romanoff, você e uma das pessoas mais incríveis que eu conheço, sério. As outras pessoinhas que eu amo de montão e quero agradecer por todo o apoio são, sim você Bel, Milene e Deinily muito obrigada por serem as pessoas mais adoráveis que eu conheço e por me inspirarem tanto, amo muito vocês ❤️
Tenham uma ótima leitura e até a próxima!



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Eu sei, o que vou dizer e estranho, mas misteriosamente eu gostava de ter a Brenda na minha cola, e não, não ache que sou um aproveitador nato. Ok talvez eu seja mesmo, mas eu posso explicar. Nunca fui muito bom em geografia se você me perguntasse agora qual lado e a minha direita e qual e a esquerda provavelmente você iria me ver fazer uma simulação de pegar um garfo imaginário para só assim te responder qual lado é, sim se você está curioso eu sou destro. Mas eu não esperava que ter uma fantasmas fosse tão útil como agora, a Brenda soprou todas as respostas da prova só de passar os olhos por ela, e ok, eu me sinto o ser mais burro e sortudo do universo agora.
Eu tinha acabado de despachar o maldito do infeliz do Ben. Sim maldito por que ele tinha aula de biologia agora e eu não, e infeliz por que ele odiava biologia, queria eu passar essa infelicidade com um baita de um sorrisão no rosto. Mas não, lá estava eu indo para a minha sentença, aula de literatura com a San Andreas, eu nem queria lembrar que a Lívia fazia essa aula também então me concentrei na fantasminha que andava determinadamente igual um cachorro puxando seu dono a minha frente, a real verdade e que a Brenda não via a hora de ver meu encontro com a Lívia, ela realmente queria ver fogo no parquinho, ela tinha até apostado que eu iria receber um tapa na cara, o que não era impossível vamos dizer por assim, mas a única coisa que eu recebi quando entrei na sala além de uma olhada cômica da Sra. Andreia foi a imagem da Lívia com um curativo enorme no nariz e olhos assassinos que por sinal estavam com gigantes bolsas de olheiras inchadas e roxas. Deus me perdoe, mas ela parecia um mine troll raivoso, mas mesmo assim ela ainda parecia fofa, talvez como um panda mal-humorado.
A Brenda sapateava de um lado para o outro sobre meus ombros entre a minha direita e esquerda fazendo a contagem dos segundos até eu chegar na minha carteira.
—Vamos, vamos você está quase lá – ela falou radiante– Não vejo a hora da reação.
Virei meu rosto me aproximando do meu ombro esquerdo que a Brenda tinha acabado de passar, e fiz um belo som de “shiiiuu” onde charmosamente disfarcei com uma educada tosse.
Me aproximei da carteira, mas quando fui me sentar nela a Lívia se virou com um olhar cortante.
— Você não pode sentar aí.
— Ah, Lívia sobre ontem...- mas não consegui terminar minha frase pois ela me interrompeu.
— Não quero perdedores como você tão próximo, sabe pode ser contagioso.
Sua resposta foi um choque grande o suficiente para eu perder minha reação por alguns segundos, só fui voltar a tona quando algo passou entre mim e a Lívia batendo intimidante na carteira.
— Essa carteira está livre? – Genevieve falou friamente, com sua mão bem posicionada sobre a carteira.
— Não, não está– Lívia falou chocada com a determinação da morena – Você não pode se sentar aí.
— Estranho– Genevieve falou olhando para mim – Eu tinha acabado de escutar que ela estava.
—Escutar a conversa dos outros e falta de educação – Lívia falou.
— Ser rude também é. E como posso ver você não vê problema nenhum em estar sendo agora– Genevieve devolveu na mesma moeda.
— Tanto faz – A panda mal-humorado falou se virando indignada.
Genevieve se sentou no meu antigo lugar e cruzou os braços com um sorriso confiante no rosto olhou para mim e com a delicada ponta do queixo apontou para o antigo lugar da Brenda, como ela estava de boca aberta sobre o meu ombro acompanhando toda a cena nem ligou para o fato de eu estar com meu belo traseiro em seu lugar precioso.
— Ela é tão legal – A Brenda estava quase em ponto de choque. – Primeiro você, depois a Lívia. Porque a gente não era amiga quando eu estava viva?
— Talvez por você ser uma cretina insuportável? – falei me abaixando para pegar um lápis que teatralmente tinha derrubado.
Porém minha atuação não deve ter sido das melhores por que a garota que sentava da carteira ao lado não desperdiçou a oportunidade de me lançar uma encarada bem significativa, pelo jeito ela tinha escutado minhas palavras.
— Isso mesmo, sofra as consequências de suas más palavras. – A loira falou com um dos seus fantasmagóricos sorrisos.
Balancei a cabeça para simbolizar minha oposição sem me comprometer mais, para me deparar com os atentos olhos de Genevieve me analisando, é definitivamente ela estava desconfiada de algo, e nesse momento um arrepio passou por minha coluna e não foi por culpa da Brenda dessa vez, toda vez que a Genevieve tentou descobrir alguma coisa ela sempre conseguia, talvez isso tenha grande influência por sua formação em qualquer série policial existente no mundo. Olhando para esse fato seria bem mais sensato eu contar de uma vez para ela do que ter ela me caçando por aí, porém como que eu iria explicar de forma sensata o insensato? Seria bem mais fácil pedir para ela me internar em um manicômio do que explicar que eu via a minha vizinha morta e que ela era insuportável.
A aula foi concluída sem nenhuma possessão demoníaca ou indício sobrenatural, olha aí uma vitória, sai dela o mais rápido possível pois aparentemente a Sra. Andreia tinha notado que meu encontro não tinha sido dos melhores afinal e eu não estava nem um pouco coberto de minha áurea de paciência para lidar com suas piadinhas.
O clima hoje de manhã estava ensolarado e tão claro que fazia meus belos e preciosos olhos negros lacrimarem e agora aquele famoso ditado popular que falava que o tempo tinha virado se tornou belamente útil, mesmo com as fileiras de luzes fluorescentes do St. Callida parecia que a escuridão das nuvens estavam invadindo o colégio pelas janelas, definitivamente iria ser um temporal dos grandes, quando voltei a olhar para o corredor a minha frente notei que não estava mais no corredor de literatura, por uma amigável plaquinha em uma das paredes consegui me situar que na verdade essa era a ala de química que se eu não me engano era do lado oposto do colégio. O como raios eu vim para aqui? De repente me lembrei de um ponto importante da minha atual vida, onde infernos a Brenda estava? Desde ontem ela não tinha largado do meu pé nem por um segundo e agora que eu estava parado no meio de um corredor sinistro ela resolve dar o pé. Francamente na próxima vez que um fantasma resolver me pegar para Cristo que pelo menos ele seja um mais bem comportado.
Comecei a me virar pra ir a minha próxima aula, mas fui paralisando pela voz grossa, porém fragilizada de um homem.
— Ah por que eles sempre acabam parando nesse corredor? O que será que um lorde tem que fazer hoje em dia para ter paz?
—Senhor? – falei me virando para o homem rechonchudo a minha frente.
— Que estranho, até parece que esse garoto consegue me ver – falou soltando uma risada engomada.
— Senhor... Eu consigo te ver...
Acho que não devia ser um bom presságio ver um fantasma desmaiando em um dia de chuva, mas afinal, bem vindos a minha vida.
Quando o fantasma voltou a seus sentidos tive que presenciar um ataque histérico diplomático em minha frente.
— Á faz tanto tempo que aquela garotinha, como é mesmo o nome dela? Celie? Á não, não acredito que tinha dois C's – o fantasma falava consigo mesmo.
— Senhor, do que você está falando?
— Deixa para lá esse assunto– falou chacoalhando a mão dramaticamente para o lado. – Quem o senhor é jovem lorde?
— Alan... Alan Martin – Falei nervoso pelo fantasma a minha frente – Quem o senhor seria?
— Em que tempos estamos? Ninguém mais consegue reconhecer o grande Lorde protetor do posto Norte? Uma verdadeira lástima. – Me chamo lorde Laurentius e você senhor Martin está prestes a presenciar um dos meus grandes feitos protetores.
— Feitos protetores?
— Sim olhe para as nuvens – falou indicando as janelas – Provavelmente o primeiro ataque vai ser de que 30 minutos. Você por acaso não viu os outros vindo?
— Outros? Ataque? Senhor do que você está falando?
— Você consegue me ver, mas não entende sobre o que falo? Você por acaso conhece a ordem?
— Senhor eu não entendo nenhuma palavra que você está falando. O que seria a ordem?
— Deixe esse assunto para trás garoto. Vou ter que falar com a menina Celie seja lá qual for seu nome para te encontrar depois. – Falou se aproximando de mim. – agora me dê sua mão.
— Porque você quer minha mão?
— Me dê logo, não é como se eu fosse te pedir em casamento garoto tolo. – falou pegando minha mão. – Fazia tanto tempo que eu não via um humano que conseguisse me corresponder. Agora vá criança, vá.
Essa foi de longe a conversa mais estranha que eu já tive com alguém e olha que eu vá tive muitas conversas estranhas. Sai da ala de química como se minhas pernas tivessem tomado vida própria, claro não era como se eu não quisesse dar o fora o quanto antes mas não queria ter saído de uma conversa sem pelo menos entender metade dela.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostou do capítulo ou achou um errinho? Comenta para eu melhorar! ❤️
Muito obrigada por ter lido e até a próxima ❤️



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