Alan escrita por Lady Zanão


Capítulo 6
As boas amizades a casa tornam.


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, tudo bem com vocês ?
Ennntão primeiramente quero agradecer a Poly por ter lido a primeira versão do capítulo e ter basicamente corrigido um monte de coisa ( você e um anjinho !)
Quero também apresentar a vocês a minha querida Genevieve, ela e uma personagem muito preciosa, então espero que gostem dela hehe
Boa leitura e até a próxima ❤️



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Andei devagar até chegar no corredor principal. Eu não havia pegado meu material por causa do brutamontes do Josh e agora faltavam menos de 15 minutos para a primeira aula acabar. Por um lado, isso era bom, eu ainda não sabia o como conversar com a Lívia.
— Não acredito que você está aí todo triste por causa daquela água de linguiça. – A voz nada doce da minha assombração não tão favorita falou de repente. – Você gosta mesmo tanto dela? Ela, tipo, não acabou de pregar uma peça em você?
— Você está chamando-a assim por que? – Falei por impulso. – Ela é fofa demais para você tratar ela assim.
— Você pelo menos está usando o seu único neurônio ou acabou de queimar ele? Ela pregou uma peça em você! – A loira disse revirando os olhos. – Seu conceito de fofo é extremamente assustador aos meus olhos.
— Afinal, como você soube que eu estava pensando nela?
— Você fala palavras desconexas baixinho quando está distraído. – Explicou sem graça. – Sério, você não pode ficar se sentindo mal por alguém que fez algo ruim para você!
— Eu sei, mas você já olhou os olhinhos puxadinhos dela? – Pergunto, mexendo meus dedos de uma forma considerada bobinha e fofa – Ela é tão adorável.
— Ela te prejudicou, seu gênio. E até mesmo agora você está aí preocupado e triste por alguém que te faz mal. – De repente ela puxou as mãos para perto de seu pescoço. – Se eu pudesse, dava uma coça naquele filhote de cruz credo sem graça.
Nesse momento eu tinha parado no meio do longo corredor de azulejo creme para olhar a encenação da Brenda enforcando seu próprio pescoço de uma forma bem dramática e sanguinária.
— Você está bem? – Questionei depois de um tempo.
— Claro que estou – respondeu como se finalmente tivesse se tocado de seus atos.
— Você está me defendendo. É isso mesmo que eu entendi?
— Não! Claro que não, eu te odeio mais que tudo.
—Woow – fiz um grunhido fofo. – Você estava preocupada comigo.
— Não, você entendeu tudo errado. Eu te odeio muito, e venho zelando por esse ódio a muito tempo. Você não pode ficar triste por outras pessoas, só eu posso te fazer mal!
Minha expressão fofa caiu e voltou ao habitual meio sem graça de sempre.
— Você é tão má! Por que as pessoas gostam de você e não de mim?
— As pessoas gostam de pessoas más – Falou com um sorriso triunfante.
— Ok. Então tudo bem todo mundo gostar de você por que você é má, mas eu não posso gostar de uma garota adorável que fez uma brincadeira de mal gosto? Você realmente ainda duvida que nessa conversa só eu que uso meu único neurônio queimado?
— Cala a boca, seu panaca.
Antes de responder a alma penada abaixei meus olhos e olhei para a extensão do corredor para me deparar com Genevieve analisando a situação de longe, encostada em um dos armários.
Segui meu caminho em sua direção, deixando a fantasma ao meu lado sem uma resposta desejada.
— Quanto tempo, Gen – falei me aproximando.
— Não se aproxime de mim, Alan – disse firmemente. – Você é um péssimo amigo.
Estudei a morena a minha frente, Genevieve foi a primeira garota que virei amigo, nossos pais foram colegas de escola então quando criança nós visitávamos constantemente mas do dia para a noite fomos nos afastando, pensando bem foi a dois anos atrás quando acabei contraindo o meu amor platônico pela Lívia, eu não entendia pelo qual motivo a opinião feminina não era boa para a pobre Lívia, ela era adorável de mais e isso deveria causar algum espanto nas garotas, não é como se ela fizesse algo de mal.
— “Não é como se ela fizesse algo de mal.” – Brenda sussurrou ironicamente em meu ouvido.
— Ah, você está atrasada também. – falei sem graça parando a dois armários da Genevieve.
— Sim, eu acabei de sair da enfermaria. – falou arrumando os óculos. – Eu tenho que ir.
— Espera, você está bem?
— Você está dois anos atrasado para perguntar isso cabeça de mola.
Ela se virou e começou a seguir seu caminho, mas após alguns passos ela hesitou e se virou para mim.
— Alan, com quem você estava falando?
— Eu? An, você deve estar me achando um louco por isso – falei coçando minha nuca envergonhado.
— Você é louco. – Genevieve afirmou.
— Eu estava falando em uma ligação. – falei mal humorado puxando um dos fones para confirmar a ideia.
A morena olhou para mim novamente e por exatos 5 segundos eu achei que realmente tinha convencido ela, mas ela de repente olhou para mim de outra forma.
— Você está mentindo.
— Quem, eu? não, não eu nunca mentiria, e verdade!
— Alan, eu te conheço a muito tempo e se um dia me pedissem para te descrever. Ser um péssimo mentiroso estaria no topo das minhas variadas opções.
Eu abri minha boca algumas vezes para protestar, mas não tinha realmente um argumento suficientemente válido para falar para ela.
— Eu tenho que ir para a minha aula agora – falei tentando me escapar dos olhos detalhistas de Genevieve.
Me virei e andei até meu armário, quando abri a porta me enfiei lá como se fosse um avestruz, e respirei fundo o ar mofado. Eu definitiva tinha que fazer uma limpeza naquele armário.
— Ela sabe sobre mim? Quem ela é? – Brenda falava com a voz abafada fora do armário.
—Vai embora. – falei me encolhendo ainda mais no armário.
Se passaram doces 5 segundos até a Brenda se enfiar no armário também.
— Você sabe que eu não posso nem se eu quisesse– falou com seu rosto fantasmagórico a centímetros do meu.
Respirei fundo e sai do armário, peguei meus livros e fechei a porta no mesmo instante dei um pulo para trás, Genevieve estava novamente lá.
— Eu achei que você tinha desmaiado aí dentro. – falou por final.
Só respondi ela quando terminei de rezar o quinto pai nosso, isso estava se tornando um efeito colateral desde que a Brenda apareceu eu comecei a rezar toda vez que eu me assustava, o que somam 15 vezes no dia. Quando você tem um fantasma de estimação a sua convivência pode se tornar literalmente bem abençoada.
— Você quase me matou de susto. – falei com a mão no coração.
— Olha quem fala, o cara que estava desmaiado no próprio armário, eu quase nem tive um ataque cardíaco. – falou ironicamente.
— Então isso significa que somos amigos de novo?
— Não, isso significa que pelo menos eu não quero que você morra, viu só? A nossa amizade já está progredindo um pouco.
— Me sinto honrado por suas palavras doces.
— Já que você não está desmaiado eu não tenho mais nada para falar com você.
E assim ela seguiu em frente me abandonando com meu encosto.
Após alguns segundos olhei para a Brenda que estava muito quieta, ela estava com um sorriso de orelha a orelha.
— Por que você está sorrindo igual uma besta?
— Vocês são amigos?
— Quem?
— Você e a Genevieve?
— Aparentemente a gente era amigo.
— Ela é tão legal! Você viu quando ela saiu? Parecia que anjos cantavam em uma saída triunfante.
— Deus, por que amarraste essa fantasma louca em mim?
— Você é tão sem graça – olhou fazendo cara feia para mim. – Vamos você vai se atrasar.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que achou ? Comenta para eu saber o que você gostou ou não no capítulo, sua opinião e extremamente importante.
Muito obrigada por ler e até a próxima. ❤️



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