Pov Natasha

— Ei garoto hora de comer.
— Não quero comer nada.
— Tem que comer ou vai acabar passando mal.
— E porque você se importa? Claro se eu morrer, o experimento de vocês vai pro lixo.

Experimento? Estão machucando ele?

— Eu não vou te machucar.
— Sei que não vai, o seu chefe sim.
— Alex?
— E tem outro?
— Você é bem atrevido garoto.
— Esquece Helena.
— Quem?
— Seu nome, você tem Alzheimer por acaso ou não sabe o próprio nome?

Garoto atrevido, quero ajudá-lo e ele vem com piadinhas sem graça.

— Pode parar com as gracinhas eu vou te ajudar a sair daqui.
— E para que? Redenção? Você não trabalha aqui?
— Não.
— Não? E quem é você?
— Estou infiltrada aqui.
— Eles podem estar ouvindo, essas câmeras não estão aqui de enfeite.
— Causei um pequeno dano nelas, com um disco de choque.
— Como vai me tirar daqui?
— Estou trabalhando nisso, antes eu tenho que encontrar um amigo meu.
— Ele não está aqui?
— Já chequei e não o encontrei.
— Alex pode estar brincando com a mente dele.
— O torturando.
— Provavelmente pior.

Merda, tenho que acha-lo.

— Se não trabalha aqui e está infiltrada, quem é você?
— E você? Vai me dizer quem é?
— Não.
— Nem eu. Por enquanto me chame de Rodrigues. Como te chamo?
— De ninguém.
— Ok ninguém, coma vai precisar da sua força, enquanto isso eu vou procurar o meu parceiro.
— Você vai mesmo me tirar daqui?
— Vou prometo. Thau ninguém.

Deixo a sua cela e espero o novo vigia entrar, e quando chega vou até a sala dos registros e procuro os prisioneiros que chegaram a dois dias atrás. Vejo que o "ninguém" está aqui a dois anos. De onde será que ele é? Procuro os relatórios e descubro onde o Rogers tem ficado esse tempo, e uma hackeio a câmera de segurança e o vejo sentado na cadeira olhando um monitor. O que estão fazendo com ele?

— Entre.

Desligo tudo, e me escondo atrás de um carregamento bem apertado.

— Vou checar se estamos sozinhos.

É o Alex. Se ele me pega aqui estou fodida. Prendo a respiração e me encolho o máximo possível.

— Estamos sozinhos.

Olho para uma fresta e vejo Alex de costas com dois braços envolta do seu pescoço.

— Que bom, estava com saudades.

Merda. Não pode ser ela.

— Eu também querida, você demorou.
— O alto comando precisa ser acalmado, a base na Europa está querendo respostas.
— Em breve vamos acabar com todos.
— Enquanto isso?
— Vamos nos divertir.

Eles se beijam e vejo o rosto da mulher. Não podia ser melhor, como se não bastasse o Alex terei que evitar a Yena Belevona. Eu a chamo de Lena é uma ex-aminimiga que eu tinha no passado. E pelo que eu vejo ela conseguiu o que sempre queria ser a companheira do Guardião Vermelho. As coisas não mudam mesmo.

— Como vão as coisas?
— As mesmas, tirando o fato de que eu achei o Capitão.
— A não acredito. Eu sabia que você iria acha-lo, viu eu disse você é o melhor meu amor o mais inteligente, e forte.

Que vontade de vomitar. Ela era assim mesmo, sempre puxando o saco das pessoas, e sendo uma vaca pra conseguir o que queria.

— Sempre me elogiando.
— E o que você queria vindo da sua esposa?

Vou mesmo vomitar. Sua promessa de conseguir o que queria a qualquer custo foi cumprida. Seu objetivo quase me matou antes do casamento, e depois que eu "morri" não deve ter perdido tempo, e consolado o viúvo.

— Menos que isso não.
— Como ele está?
— No processo de religação, quando ele retomar todas as suas memórias vamos ativar o modo assassino, e mandar ele de volta para o Búnquer inimigo, e acabar de uma vez com esses vermes.
— Adorei o plano. Quanto tempo?
— Depende do quanto ele aguenta, já deve estar acabando a primeira parte, logo vamos iniciar a próxima.
— Você está na frente?
— Sim sou eu, e tenho que ir.
— Não, fica comigo vai.
— Mais tarde eu prometo.

Ele a beija e sai do local, e ela fica com uma cara de boba.

— Eu te amo.

E logo em seguida ela sai e espero um pouco, depois saio para procurar o Alex e entrar na sala em que estão mantendo o Rogers o aviso cruzando o corredor a esquerda e ele para em uma porta próxima e o seu olhar vem na minha direção.

— Helena que bom que está aqui, como foi a sua vigília?
— Muito bem senhor.
— Não combinamos que seria Alex - ele sorri de um modo galante, está achando que eu sou uma garota bem fácil, mau sabe ele quem eu sou realmente.
— Com todo o respeito, vou continuar com o protocolo.
— Quero outro favor de você.
— Estou a sua disposição. - seu olhar se torna horrivelmente macabro pela minha resposta.

Ele sorri em aprovação e abre a porta.

— Quero que conheça um velho amigo meu.

Caminho pelos metros restantes e entro na sala, e finalmente encontro o que procurava, Rogers está como eu tinha visto na sala virado para um monitor. O que estão fazendo com ele?

— Esse é Steve Rogers, o Capitão. Meu pedido é que fique de olho nele, e caso alguma coisa o deixe agitado o contenha, se preciso o atordoe, cuidaremos do resto.