Dear Mr. Potter escrita por JubsFeh


Capítulo 9
Capítulo Oito: A Mais Bela


Notas iniciais do capítulo

Cá estou eu, postando mais um capítulo, apesar de não ter recebido feedback nos capítulos anteriores. Isso me magoa muito, porém é meu compromisso postar os capítulos, então estou aqui, mesmo a contragosto (sim, eu guardo rancor).

Esse capítulo é mais "lento" e não têm grandes acontecimentos, porém é importante para conhecer os vínculos sociais da nossa "mocinha do filme", já que serão bem importantes no decorrer da história.

BOA LEITURA E PELO AMOR DE SALAZAR SLYTHERIN, COMENTEM O CAPÍTULO!



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Frida saiu enquanto Sirius se distraia com o elfo. Saiu o mais rápido que põde em direção às masmorras. Passou o percurso inteiro brigando consigo mesma mentalmente, balançando a cabeça de um lado para o outro, tentando afastar as imagens do que havia acontecido em poucos minutos.

Chegou às masmorras e foi até a uma parede de pedras. Ela disse a senha e uma passagem se abriu, por onde ela entrou, passando por um corredor escuro até chegar ao salão comunal de Sonserina.

O salão de Sonserina com certeza era o mais bonito de Hogwarts. Salazar Sonserina foi o fundador mais rico da escola, e havia deixado sua herança para os alunos de sua casa.

As paredes eram de um mármore verde esmeralda, com várias tapeçarias antigas e cortinas de linho prateado em torno das grandes janelas com vitrais. Havia uma linda lareira feita de mármore carrara e com várias serpentes esculpidas em torno. Também possuía vários sofás verdes em camurça, cheio de almofadas feitas com penas de cisne, forradas por seda prateada. Um armário de mogno escuro com detalhes foliados em ouro branco estava em um dos cantos da sala com todos os troféus ganhos pela casa e algumas fotografias dos melhores Sonserinos que já passaram por ali. Um lustre de cristal e prata grande ficava no teto, iluminando a sala com uma luz opaca, sendo acompanhadas por luminárias do mesmo material nas paredes de mármore.

A loira caminhou até a escadaria de mármore carrara que levava até os dormitórios. Subiu e foi para o seu dormitório, entrando sorrateiramente para não acordar as companheiras de quarto. Pegou uma roupa qualquer em seu malão a beira de sua cama e foi até o banheiro, pois precisava tomar um banho para espairecer.

Encheu a banheira de marfim com água bem quente e colocou alguns sais de banho. Foi até um grande espelho em uma moldura de ouro polido e se encarou enquanto se despia.

Todos a achavam linda. Seus pais sempre lhe disseram que até Afrodite teria inveja de sua aparência. A pele era pálida como porcelana e macia como veludo. Seus olhos esverdeados eram grandes e hipnotizantes. Suas bochechas eram de um róseo claro e as maçãs do rosto eram pequenas, porém encantadoras. Possuía os lábios avermelhados suaves e desenhados, como em uma pintura. Os cabelos loiros prateados lhe davam um ar inumano, transformando sua beleza em mais avassaladora ainda.

Seu corpo era mais comum que seu aspecto inumano. Possuía pernas longas e com coxas magras, o que lhe dava uma estatura alta, medindo 1,75. Sua cintura era fina e acentuada, dando a ela um corpo de boneca. Os seios médios e não chamativos, assim como as pernas e glúteos. Os ombros eram ossudos e os braços finos. Seu pescoço era médio e sua clavícula marcada fazia contrate em seu tórax. Ela não achava seu corpo belo, mas era o que tinha.

Frida então notou pequenas manchas escuras pela extensão de sua clavícula, ombros e pescoço. "Droga" ela praguejou mentalmente. Pegou sua varinha que estava junto com as suas roupas e lembrou-se de um feitiço que usava em seu primeiro ano, quando se aventurava pelo castelo e acabava batendo nas coisas. Agradeceu por não estarem fortes ou pior, já roxas. Não sabia nenhum feitiço para marcas púrpuras, pois se normalmente elas duravam até quase três semanas, feitiços para isso não eram comuns.

Após sumir com as marcas e sua pele voltar a ser a típica cor de porcelana de antes, deixou a varinha sobre a pia de porcelanato róseo e foi em direção à banheira, fechando a torneira de prata esculpida. Entrou na banheira de água fervente e sentiu sua pele arder e se tornar avermelhada. Adorava a sensação da água quase queimando sua pele, era uma sensação maravilhosa. Por viver em regiões geladas, sempre se sentiu fria. Sua pele era gelada, então amava o calor.

Submergiu até o pescoço. Fechou os olhos e suspirou, permanecendo na água. Começou a lembrar do que havia acontecido mais cedo na cozinha. Lembrou-se do calor da pele de Sirius contra a sua, o cheiro de whisky, cigarros e menta que sua pele exalava que, apesar de não ser uma combinação apropriada, era hipnotizante. Lembrou das mãos firmes e fortes do rapaz segurando suas coxas, mantendo a garota no alto, de seu corpo contra o dela, mantendo-a na parede.

A loira se repreendeu mentalmente, porém sem sucesso, já que os olhos cinzentos do moreno apareceram como uma imagem em sua mente. Os lábios avermelhados dele após beijá-la e como sorriu após ela dizer que o odiava. Quando ele aproximou os lábios e passou a língua pelos dela. Mesmo já tendo sentido a sensação, Frida levou os dedos aos lábios que ainda estavam dormentes e suspirou. Tapou o rosto com as mãos e se repreendeu novamente, sabendo que havia corado por se lembrar do acontecido.

Terminou o seu banho e saiu, esvaziando a banheira e se sentando enrolada em uma toalha verde com o escudo de Sonserina. Vestiu-se e recolheu suas coisas, voltando para o seu dormitório. Deixou suas coisas numa escrivaninha de mogno que se encontrava ao lado de sua cama e foi se deitar no colchão de espuma, se enrolando nos lençóis de seda verde, apoiando a cabeça no travesseiro de penas e fechando os olhos. Demorou mais três horas para finalmente adormecer.

 

Acordou totalmente atrasada, perdendo às duas primeiras aulas. Sabia que a ruiva lhe daria uma advertência, mas o que poderia fazer? Suas colegas de quarto não falavam mais do que o necessário com ela, então não ligavam se ela se atrasasse ou não.

Era sexta-feira e ela teria aula com a Grifinória de poções. Porém,  já estava atrasada para essa aula e resolveu passar o resto da manhã em seu salão comunal. Então se levantou, foi até o banheiro, fez sua higiene matinal e se vestiu com o uniforme de sua casa. Desceu para o salão  e ficou sentada em um dos sofás, brincando com sua varinha.

Avra e Regulus apareceram entrando pela parede de tijolos, os dois pertenciam à mesma turma. Avistaram a loira e foram em direção a ela. Cumprimentaram-na e se sentaram no mesmo sofá.

A relação entre Frida e Avra era instável. A loira sabia que a dona dos olhos violetas não era confiável. Ela fazia de tudo para ficar por cima, queria ser sempre à melhor entre ela e Frida. Era apaixonada por Edward Greengrass desde que havia conhecido Frida. Porém a McCormick sabia que o loiro tinha interesse na Malfoy e graças a isso, sempre queria ser melhor que ela.

Já Regulus ela conhecia há menos tempo. Era um garoto doce quando queria, porém sério e tão metido quanto o irmão, porém não do tipo exibido. Era pálido e tinha os cabelos um pouco mais curtos e menos rebeldes que o Black mais velho, além de ter o semblante mais sério e menos divertido.

—Não te vimos durante a manhã _começou Avra sorrindo._ Ficamos preocupados.

—Acabei dormindo demais _Frida respondeu, colocando a varinha atrás da orelha.

—Vai descer para o almoço? _Perguntou Regulus. Frida notava o jeito que ele olhava pra ela e sabia que não poderia corresponder, assim como Edward Greengrass ou qualquer outro que fosse apaixonado pela loira. Porém era egoísta demais para cortar a relação que possuía com Regulus. Gostava de sua amizade demais para fazer algo do gênero.

—Irei logo _Frida o respondeu e ele concordou com a cabeça.

Os dois voltaram por aonde vieram e Frida permaneceu no salão.

 

—E vocês brigaram ontem de novo? _Perguntou Alice enquanto guardava alguns livros na estante.

—Sim _respondeu a loira._ Ele é um idiota que acha que pode ter tudo o que quer.

—Mas mesmo assim o beijou? _Perguntou Sabina.

—Não beijei ninguém, ele me beijou _ela rebateu.

Frida estava na biblioteca com Lily, Alice e Sabina, estudando história da magia.

Alice era uma Grifinória do último ano, da turma de Lily. Alta e magra, pele alva e bochechas salientes, possuía olhos castanhos esverdeados e cabelos castanhos bem escuros, extremamente curtos. Era carismática e talentosa, namorava Frank Longbottom desde o final do sexto ano e era amiga de Lily desde o terceiro. Conheceu Frida na mesma época que Lily e se tornaram grandes amigas.

Sabina Ravenclaw era prima de Frida, filha do irmão gêmeo falecido de sua mãe. Sabina possuía olhos negros como ônix, pele morena dourada de sol, cabelos cheios e ondulados castanhos bem escuros, sardas nas bochechas e coxas grossas. Pertencia a Corvinal e era uma garota tímida, porém super simpática e divertida quando se fazia amizade.

—Ele beijou você sozinho, não é? _Perguntou Lily irônica._ Você não correspondeu nem um pouquinho?

—Lily, caso não saiba, não sou a McKinnon pra ficar me agarrando com Sirius Black por Hogwarts  _ela disse indiferente e Lily revirou os olhos._ Ele me chamou para ir para Hogsmeade, mas eu disse não. Não passa de um garanhão, não que isso seja alguma novidade.

—E vai com quem para Hogsmeade? _Perguntou Alice.

—Com a Sabina, oras! Nós iremos beber em Hogsmeade e nos divertir sem meninos _ela deu de ombros e Sabina concordou com a cabeça.

—Por quê? Não foi chamada por nenhum menino ainda Sabi? _Perguntou Lily.

—Ela deve até ter sido, ruiva _começou Alice colocando as mãos na cintura e sorrindo travessa, ao lado da mesa onde as três amigas estavam sentadas._ Porém ela não iria com nenhum garoto de Hogwarts porque o búlgaro dela não está aqui.

As meninas gargalharam alto e Sabina ficou vermelha, porém também sorriu.

—Quantos anos Anton Chavdar tinha quando se conheceram, quando ele veio pra cá no torneio? _Perguntou Lily curiosa.

—Ele tinha 16 e eu 13 _respondeu Sabina sonhadora._ Ele foi super romântico comigo na época do torneio. Sempre nos encontramos nas férias de Hogwarts. Ele prometeu que iria vir para minha formatura no final do ano letivo.

—Que romântico _comentou Lily e Sabi sorriu abobalhada.

—Bem, eu não sei vocês, mas eu irei com meu namorado à Hogsmeade _Alice informou.

—Você é a única que namora aqui, senhorita Longbottom _disse Frida sarcástica._ Sabi namora, mas o namorado está competindo quadribol com a equipe búlgara, então nem conta agora.

—Nem vem, Malfoy _rebateu Alice._ Você e Lily já foram convidadas, mas não querem ir.

—Já disse, vou com a Sabina. Não irei deixá-la ir sozinha. _Frida respondeu e depois ligou os pontos._ Espere aí... James lhe chamou ruiva?

—Sim, mas eu não respondi _disse Lily._ Não vou com James, ele é prepotente e arrogante.

—Ele é um amor com você _declarou Sabina._ Deveria ir com ele. Ele gosta de você de verdade.

—Concordo com a Sabina _acrescentaram Frida e Alice ao mesmo tempo, rindo em seguida.

—Não! Eu e James? Claro que não _Lily pareceu nervosa.

—Deveria aceitar só dessa vez _começou Sabina._ É nosso último ano, deveria ir só uma vez. Se não gostar, só não aceitar na próxima e se afastar de vez. Mas imagine daqui a dez anos. Você irá tomar café de manhã se perguntando o que teria acontecido se você tivesse ido com o Potter para Hogsmeade. Sua você do futuro se arrependeria de não ter feito isso.

Lily parou para pensar e as meninas sorriram. Sabina sempre foi ótima com as palavras e tinha o dom de conseguir convencer as pessoas com argumentos inteligentes ou sentimentais, puxando para o psicológico da pessoa, assim como havia feito com a ruiva.

—Está bem, está bem _Lily se rendeu levantando as mãos. As amigas apenas sorriram animadas._ Primeira e última vez, só porque vocês estão mexendo com a minha cabeça.

As meninas comemoraram eufóricas e Lily apenas riu a nervosamente. Sabia que poderia ter se metido em uma grande confusão.

—Sabina, você é a melhor pessoa de todas _Alice comentou sorrindo e Frida deu um beijo estalado na bochecha da prima, fazendo-a rir. Só aquelas meninas conseguiam a fazer ela se esquecer de todos os problemas e desviar os pensamentos conturbados de Sirius para qualquer outra coisa.

—Mas ainda acredito que você também deveria com Sirius, Frey _informou Sabina, que recebeu um aceno em concordância vindo de Alice.

—E você por acaso iria sozinha? De jeito nenhum! _Respondeu a loira enquanto se sentava sobre a mesa que usavam para estudar._ Além do mais, pelo pouco tempo que conheço o Black, sei que boa coisa não sairia desse “encontro” _Frida fez aspas com o ar e levantou o dedo indicador quando percebeu que Alice iria refutá-la._ Nem tente argumentar comigo, Alice. Dentre nós quatro aqui, você é a mais próxima de Sirius. Sabe que não estou falando algo absurdo.

—Pode até ser _Alice comentou concordando com ela, antes de cruzar os braços e prossegui:_ Mas cá entre nós, você só não aceita porque é uma pessoa fria.

—Não sou uma pessoa fria! _Exclamou Frida indignada. Reparou pelo o olhar das amigas que as mesmas não concordavam com ela._ Vocês me acham uma pessoa fria?

—Bem... _Lily tentou responder de maneira que não magoasse a amiga.

—Talvez se levar em consideração que _Sabina tentou começar a explicar, porém fora interrompida por Alice.

—No quesito rapazes, sim _ela disse como se fosse óbvio, recebendo olhares acusatórios vindos de Lily e Sabina._ Ah, qual é! Quanto tempo a Frey não se relaciona com alguém do sexo oposto? _Alice perguntou para as duas e depois redirecionou seu olhar para Frida._ Deveria agradecer pelo Black ter te pegado de jeito e te convidado para Hogsmeade. Eu não agüentaria ficar tanto tempo sem...

—Alice! _Interrompeu Sabina em espanto, já com o rosto todo vermelho.

—As senhoritas são todas umas santas mesmo, não são? _Ela perguntou sorrindo travessa com o constrangimento das amigas. Após alguns segundos as quatro caíram em gargalhadas.

—De qualquer forma, eu e Sirius não vai rolar _informou Frida._ E acho que as senhoritas deveriam parar de tomar conta da minha vida e continuarem estudando.

O assunto foi encerrado ali, com as quatro voltando sua atenção para o que deveriam estudar. O assunto não retornou para Hogsmeade e nem para a proposta que a Malfoy havia recebido. Mas tinha certeza de uma coisa: nada de se aproximar ou dar qualquer brecha a Sirius Black. Era uma Malfoy e não seria um alguém qualquer na vida de ninguém.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem o que acharam, adicionem aos favoritos, qualquer coisa!

Vejo vocês no próximo capítulo semana que vem!



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