Dear Mr. Potter escrita por JubsFeh


Capítulo 8
Capítulo Sete: Ela Fugiu


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu sei que demorei para postar esse capítulo, porém tenho motivos plausíveis: estou muito ocupada por conta da faculdade e não estou recebendo reviews nos capítulos, o que me desanima bastante. Algumas pessoas até estão acompanhando a história (o que eu agradeço demais, seus nenês), porém não recebo comentários ou qualquer outra coisa e isso me desmotiva bastante.
Mas estou aqui, postando mais um capítulo. ESPERO QUE MEUS LINDOS LEITORES RESOLVAM DAR REVIEWS NESSE CAPÍTULO!

BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/775020/chapter/8

Naquela noite todos estavam empolgados porque havia sido anunciado que dia seria o primeiro sábado pré-programado para visitarem Hogsmeade. Lily conversava animada com Alice e Frank Longbottom na mesa da Grifinória. James comentava com Remus sobre querer convidar a ruiva para o passeio. Remus sabia que iria com sua nova namorada da Corvinal e Peter pensava em convidar uma lufana que sentava com ele durante as aulas de Aritimância.

O jovem Black entrou no salão principal normalmente, com as mãos no bolso da calça, blusa social com as mangas arregaçadas até os cotovelos e gravata frouxa. Caminhou até a mesa de sua casa e se sentou ao lado James, cumprimentando o restante dos amigos e em seguida se servindo com a primeira coisa que viu em sua frente na mesa.

—Então, rapazes? Acordaram todos animadinhos com a notícia do primeiro sábado em Hogsmeade. Vocês pareciam um bando de garotas fofocando _comentou Sirius sobre a cena durante a manhã no dormitório,  quando os rapazes tagarelavam sobre quem chamariam.

—Você não se preocupa porque não quer se comprometer _comentou Peter provando sua sopa de abóbora.

—Vocês que são uns bobos apaixonados, isso sim _decretou Sirius.

—Vai fazer que nem ano passado e levar duas garotas ao mesmo tempo, sem que elas descubram? _Perguntou James._ Sabe que não deu muito certo.

Sirius riu lembrando-se do fato que James comentara.

—Não cometeria o mesmo erro duas vezes. Vou ver se chamo a loira pra ir.

—McKinnon? _Remus perguntou.

—Claro que não,  Aluado _respondeu o moreno._ A Malfoy.

Os três amigos de Sirius se entreolharam e começaram então a gargalhar, chamando atenção dos outros alunos presentes na mesa. Almofadinhas apenas bufou e passou uma mão no cabelo, jogando-o para trás em sinal de irritação.

—Frida não vai com você,  Sirius _disse Potter, após se recuperar de sua crise de risos._ Pense comigo, apesar de você ser um puro sangue e ela não ligar muito se você é ou não, ela não iria contigo. Claro que ela é nossa amiga, mas ela mesma te viu com há Marlene essa semana. E nem tente negar, eu e Lily estávamos com ela. Aliás, ontem mesmo você saiu com três garotas em horários diferentes. Notícias correm.

—Eu e Marlene somos só amigos agora. Quando nos viram naquele dia nós estávamos conversando sobre nossa "situação" _Sirius fez aspas com os dedos.

—E que situação seria essa? _Perguntou Remus.

—Não estamos mais saindo. Estou focado agora e somente em conquistar a loira e conseguir ganhar essa aposta _respondeu ele sorrindo presunçoso.

—Está bem então _indagou James._ Se conseguir levá-la para sair, você ganha.

—Tão fácil como voar em uma vassoura _Sirius pegou uma maçã e a mordeu sorrindo, recebendo um olhar de reprovação vindo de Remus e um de divertimento de James.

                          

Durante aquela noite, Sirius saiu de seu dormitório mais uma vez para ir de encontro onde poderia encontrar a Malfoy. Tomou cuidado para não ser visto pelo castelo enquanto percorria o caminho até a cozinha. Não tinha certeza se a loira estaria ali, mas foi mesmo assim. Havia acordado durante a madrugada com vontade de beber chocolate quente e iria aproveitar para por seu plano que envolvia Frida em prática. As duas coisas ele encontraria no mesmo local, então resolveu ir.

O percurso foi consideravelmente rápido, chegou até a cozinha em poucos minutos. Aproximou-se e fez cócegas na pêra, que abriu então a passagem para que ele entrasse.

Ao entrar avistou a loira comendo os típicos morangos com algumas folhas de hortelã, sentada na ponta de uma das mesas. Sorriu para ela que retribuiu o sorriso quando o avistou. O moreno caminhou calmamente até a loira, sentando-se em frente a ela.

—Boa madrugada, gracinha _ele a cumprimentou e ela sorriu, mordendo um morango.

—Olá Black _ela respondeu._ De novo atrás de sanduíche?

—Dessa vez eu vim atrás de morangos _ele respondeu galanteador pegando um morango da bandeja da loira.

Ela o fuzilou com os olhos, mas não pode ficar séria por muito tempo, então sorriu. 

—Então loira? Nunca me disse o motivo de vir aqui durante a noite _começou Sirius._ Eu venho por ficar a toa. Mas você não é desse tipo.

Ela o olhou como se analisasse se responderia ou não. Por fim ela apenas deu de ombros e colocou uma folha de hortelã em sua boca.

—Desde pequena eu tenho problemas para dormir _ela o respondeu._ No meu primeiro ano em Hogwarts eu aprendi a vir pra cá durante a noite. Até hoje eu nunca fui pega. Dumbledore me encontrou aqui no meu segundo ano.

—Ele aceitou você vir aqui durante a noite? Afinal, ele é o diretor. Deveria fazer reclamações e dar puxões de orelha.

Ela gargalhou e prosseguiu.

—Não, ele não se incomodou quando contei o porquê não conseguia dormir.

—E qual seria o porquê, gracinha?

Ela hesitou um pouco e Sirius percebeu isso. O rapaz estendeu a mão e afagou o braço dela. Frida olhou para a mão do moreno em seu braço, volto os olhos para os cinzentos do rapaz e suspirou.

—Quando eu era pequena, em uma das reuniões de família, acabei encontrando Você-sabe-quem. Estava no andar de cima na mansão, junto de Lucius. Acabei escapando da companhia dele e encontrei-os no salão principal. Meus pais discutiam com os pais de Lucius, e Você-sabe-quem assistia tudo. Estava tentando atrair os Malfoy para sua causa. Minha mãe não queria ser envolver, brigava com meu pai por isso. Seu irmão a apoiava, não precisavam se tornar comensais.

Frida olhava para as mãos. Sirius notou seu nervosismo e se arrependeu de ter tocado no assunto. Ele afagou o pulso dela, a incentivando a continuar.

—Eles... Ela reagiu. Eu assisti tudo. Seu irmão brigou com meu pai... Enfrentou Voldemort. Usaram o feitiço Avada nele. Eu assisti tudo. Minha mãe me tirou dali, fomos embora. Fomos para Liverpool para nos refugiar com a família dela, mas papai foi atrás. Ele pediu perdão a ela e disse que nunca mais brigaria com ela, que não se importava com Você-sabe-quem ou qualquer Guerra. Que só queria nós todos juntos. Voltamos, porém para longe dos outros Malfoy. E desde então eu tenho alguns problemas para dormir. Eu tinha 10 anos quando aconteceu.

Sirius a olhava espantado. De todas as hipóteses que imaginou para ela não conseguir dormir, aquele nunca lhe passou pela cabeça. Pegou a mão dela e trouxe até próximo ao seu rosto, beijando as costas da mão dela e depois afagando.

—Sinto muito, gracinha _ele se lamentou._ Eu não deveria ter perguntado.

—Não se preocupe _ela disse, recolhendo as mãos e afagando seus próprios antebraços._ Não teria como você saber.

—Vocês... Sua família. Ainda estão afastados dos Malfoy?

—Minha mãe se afastou de vez _ela começou._ Meu pai continua sendo um Malfoy.  E eu também. Eu os perdoei pelo que fizeram, afinal, são minha família. Eles apenas têm medo. Medo de o mundo mudar e eles não estarem prontos. Medo de não serem mais quem eles são. Eu os amo, apesar das escolhas que eles fazem ou o que fizeram.

Ele a encarou pensativo. Não pensava da mesma forma que ela. Os Black não o aceitavam e ele não via a obrigação de fazer o mesmo por eles. Lembrava do dia que a mãe queimou sua pintura na parede da árvore genealógica dos Black quando disse que iria embora. Sirius não pensava da mesma forma que a loira, não achava que eles tinham medo de mudar, mas sim que eram covardes preconceituosos.

—Eles me instruíram para que eu me mantivesse discreta, sem chamar atenção enquanto estivesse em Hogwarts _comentou a Malfoy gesticulando enquanto segurava um morando._ Eu passava a maior parte do meu tempo escondida na biblioteca, sempre quieta. Foi assim que conheci Lily. Mas então no final do sexto ano eu resolvi que iria fazer o que eu quisesse. Foda-se se isso chamar atenção. Só irei fazer o que me vier à mente.

Ela sorriu e depois começou a encarar os quadros de forma pensativa. O silêncio começou então a espreitar os dois. Ela havia voltado a comer seus morangos, enquanto ele ainda encarava as mãos. Um turbilhão de pensamentos sondava sua mente no momento.

—Quer ir comigo à Hogsmeade? _Ele perguntou à loira em sua frente, que o olhou surpresa.

—Eu? Com você? _Ela perguntou e o rapaz assentiu. Frida começou a rir nervosa e completou._ Somos amigos, Black, e eu gosto de você. Mas já tenho problemas o suficiente na minha vida.

—O que quer dizer com isso? _Ele perguntou incrédulo por receber um não da loira.

—Ninguém chama alguém para ir num dos fins de semana em Hogsmeade por nada. Quando são amigos é normal, mas vindo de você? Não,  obrigada. Não confunda as coisas. Aliás, eu e a McKinnon não temos um relacionamento bom e não quero ter um motivo para ouvi-la falar comigo.

Ela se levantou nervosa, deixando sua bandeja de morangos e indo em direção a saída. O moreno se apressou para ir atrás dela e a segurou pelo braço, fazendo-a se virar para ele.

—Você tem uma visão errada sobre mim, Malfoy _ele disse sério, ainda segurando o braço da loira.

—Eu tenho? _Ela perguntou desafiadora, soltando-se dele. Apontou o dedo para o rosto do rapaz._ Conheço caras do seu tipo.  São ótimos amigos, ótimas pessoas, mas não podem ver uma brecha que já acham que podem dar em cima. Você tem uma reputação, caso não conheça, Black. Acha que ninguém sabe que sai com várias ao mesmo tempo? Você não passa de um cafajeste, Sirius.

—Escute aqui, Malfoy _ele havia alterado o tom de voz e já estava nervoso. Foi avançando em direção à Frida, que recuava até encostar-la à parede, sendo encurralada por ele._ Eu só te perguntei uma coisa, não te ataquei em nenhum momento. Não quero nada contigo, sua metida insignificante. Posso ter quem eu quiser aqui e em qualquer lugar. Um não vindo de umazinha qualquer não muda em nada na minha vida.

Frida estava furiosa e levantou a mão para acertar o rosto de Sirius. Ele foi mais rápido e segurou a mão dela, aproximando o corpo ao da loira, deixando ela sem poder sair. Os olhos dela o fuzilavam e o mesmo olhava com raiva nos olhos para ela.

Por poucos segundos ficaram se encarando com menosprezo mútuo, até que por um descuido do rapaz, seu olhar foi para os lábios avermelhados da mais baixa e sua mente perdeu o foco. Antes que Frida pudesse perceber a mudança repentina do rapaz, ele aproximou o rosto e lhe tomou os lábios.

No começo Frida se assustou e ficou estática. O Black mordiscava e sugava seus lábios, enquanto ela continuava espantada e de olhos abertos. O moreno percebendo o estado da loira soltou o braço dela e levou as mãos para a cintura da mesma, prensando mais ainda os corpos dos dois na parede. Nesse instante a loira suspirou,  dando espaço para Sirius  invadir sua boca com a língua. Ela fechou os olhos e acabou se rendendo, levando suas mãos ao pescoço de Sirius, arranhando o mesmo e enlaçando seus dedos nos cabelos rebeldes dele. Percebendo que a loira havia cedido, puxou o corpo da mais baixa para se afastar da parede, levando as mãos até as coxas dela, pegando assim impulso para levantar a loira, encostando o corpo dela novamente na parede. Frida enlaçou a cintura dele com as pernas enquanto sugava o lábio inferior do moreno, o fazendo arfar e sorrir.

Naquele instante o rapaz percebeu que estava ansiando por aquele contato com a loira. Esqueceu a aposta, esqueceu de Hogsmeade e se esqueceu da briga há poucos minutos. Conhecia a garota há pouco tempo, mas já adorava o tempo que passava com ela. Sentir ela em seus braços foi uma sensação que ele não sabia definir, apenas estava adorando.

Os lábios de Sirius se afastaram dos da loira e foram até a pele nua de seu pescoço. Ela soltou um gemido no ouvido de Sirius, que o fez apertar suas coxas e mordeu o pescoço da loira. As unhas dela estavam cravadas nos ombros do rapaz e suas pernas apertavam em torno da cintura dele.

—Eu te odeio, Black _ela sussurrava quase inaudível.

Sirius sorriu contra o pescoço da loira depois fez uma trilha de beijos até chegar de novo nos lábios dela, que se encontravam vermelhos vivos. Antes de voltar a beijá-la, aproximou os lábios até quase tocar nos dela. Ele sorriu torto e passou a língua pelos lábios dela, fazendo-a arfar e suspirar. Quando estava pronto para selar os lábios nela novamente, ouve um barulho de metal contra o chão na cozinha.

O rapaz deixou Frida no chão novamente e se soltou dela, virando para ver o que havia acontecido. Um dos elfos domésticos apareceu segurando a barra dos trapos que ele vestia.

—Perdão, meu senhor. Éror não queria atrapalhar o senhor e a senhora. A frigideira foi derrubada por Éror _o elfo se lamentava.

—Não se preocupe, Éror. A culpa não foi sua _Sirius tentava acalmar o elfo, que chorava compulsivamente. Após conseguir, virou-se para a loira e percebeu que ela não estava mais na cozinha._ Droga.

Resolveu então seguir o mesmo exemplo e ir embora. Sabia que no dia seguinte ela não falaria com ele, que diria que foi um ato idiota e que não se repetiria. Mas o que poderia fazer? A loira era tão teimosa e difícil quanto ele. Foi andando em direção ao seu dormitório com um sorriso nos lábios pelo que havia acontecido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por hoje é só. Eu particularmente gosto bastante desse capítulo (não é o meu preferido porque há outros muito melhores, então acho melhor acompanhar a história para conhecê-los) e espero que tenham gostado.
Comentem o que acharam. Por favor, deem-me um sinal se estão gostando ou não. Qualquer comentário é bem vindo, favorito, recomendação, cartinha, sinal de fumaça, seja o que for.

Ajudem a autora a não desistir de postar!

Até o próximo capítulo!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dear Mr. Potter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.