Dear Mr. Potter escrita por JubsFeh


Capítulo 5
Capítulo Quatro: Erros e Consequências


Notas iniciais do capítulo

O quinto e último capítulo de hoje! Os próximos serão postados no próximo final de semana!

Como disse nas notas do prólogo, espero que acompanhem por aqui para receber os capítulos já refeitos, além de ter a vantagem das notificações!

BOA LEITURA!



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A noite chegou sorrateira e silenciosa. Era época de lua crescente, então ainda não teria de se preocupar. Porém a última coisa que sentia era preocupação. Chegou ao dormitório leve como uma pluma. Remus estava recebendo cotoveladas e rindo de James, que mexia as sobrancelhas sem parar e sorria torto. Peter babava em sua cama, dormindo com o traseiro pra cima.

—Remus não está estudando? E ainda por cima gargalhando? _Sirius implicou entrando no quarto sorrindo, recebendo um revirar de olhos vindo de Lupin._ O mundo mudou tanto com a minha ausência.

—Sirius, você não vai acreditar! Remus está saindo com uma garota da Corvinal! _James gargalhava alto enquanto Remus massageava as têmporas aparentemente irritado, mas sem conter um leve sorriso.

—Puta merda! _Sirius exclamou e se jogou em sua cama, que ficava ao lado da do amigo._ Parece que nosso amigo Aluado finalmente conheceu os prazeres carnais e tentações que assombram nós homens: mulheres.

Os amigos caíram em gargalhada. Sirius se sentiu feliz. Era a primeira vez desde que chegaram a Hogwarts que estava com os amigos como antes. Era uma sensação boa. Sentia que ali estava sua verdadeira família, não com os Black, ou com os trouxas, ou em qualquer outro lugar. Seus amigos, esses sim eram sua família.

—E você, Black? Onde estava a tarde toda durante o período das aulas? _Perguntou seu amigo loiro, tentando desviar a atenção de si.

—Passei à tarde na torre de astronomia _respondeu o moreno indiferente.

—Durante quatro horas? _James perguntou, arqueando uma sobrancelha.

—Fiquei duas horas sozinho lá, fumando onde os monitores não pudessem descobrir _respondeu ele. James assentiu com a cabeça compreendendo e Remus o olhou com reprovação._ Depois a Malfoy apareceu na torre e ficamos conversando por mais algum tempo.

—Malfoy? Frida? _Perguntou o rapaz de óculos e o amigo acenou com a cabeça._ Está tendo algo com essa loira?

—Que?! _Sirius se espantou com a pergunta do amigo._ Claro que não, ela só é simpática comigo e eu para com ela. Nada demais. Acho que somos só amigos... Nós nos conhecemos tem menos de uma semana. E aliás, ela não faz o meu tipo. Pálida demais, um pouco magra, e, além disso, é uma Malfoy. Sem chances.

—Ela é muito bonita _comentou Peter agora acordado, assustando os amigos que não perceberam que haviam acordado Rabicho durante sua crise de risadas._ Ah, qual é! Vão-me dizer que estou mentindo? Com certeza deve ser a garota mais bonita de Hogwarts.

—Está afim da Malfoy, Peter? Vou logo lhe avisando que os Malfoy ligam bastante para aparência. Se eu fosse você começaria a pentear mais o cabelo _Sirius falava rindo pelo nariz.

—Claro que não, seu idiota _Peter lançou uma almofada no amigo, fazendo todos a sua volta começarem a gargalhar, o fazendo ficar vermelho e revirar os olhos._ E além do mais, é uma Malfoy. Não é o tipo de garota que alguém como nós teria acesso. Ela pode até ser uma garota legal e se tornar nossa amiga, mas nunca que teríamos chance com ela.

—É uma mulher. Qualquer mulher pode ser conquistada, só precisa descobrir o que elas querem. São totalmente fáceis _Sirius deitou com os braços cruzados atrás da cabeça.

—Eu bem acho que não é assim, Almofadinhas _Remus comentou, receoso com o rumo que aquele assunto poderia tomar.

—Todos nós sabemos como você é com as mulheres, Sirius, mas se trata de uma Malfoy _completou James._ Mesmo você sendo você, tendo sangue totalmente puro, seria mais fácil você conquistar um dragão.

O moreno de olhos tempestuosos sentou-se na cama e encarou os amigos indignado.

—Vocês estão em um complô contra mim? Seria mais fácil que enfeitiçar trouxas.

—Aposto com você o contrário _desafiou seu melhor amigo de óculos.

Sirius estreitou os olhos para o rapaz de cabelos desgrenhados a sua frente. Ele sorria desdenhoso e Sirius pensou em como ele poderia duvidar de sua capacidade, já que James o conhecia melhor do que ninguém.

—E o que eu ganharia com isso? _Perguntou ele com certo interesse.

­_Além de ter a chance de poder dizer que você domou uma Malfoy, lhe dou minha coleção de vassouras _respondeu o rapaz.

—Agora eu vi vantagem _o moreno abriu um sorriso._ Eu aceito sua aposta, Pontas.

O moreno estendeu a mão para seu amigo, que a apertou. Ambos já possuíam um sorriso vitorioso nos lábios, como se já tivesse tudo finalizado. Remus massageava as têmporas, prevendo que aquilo não acabaria nenhum pouco bem. Sabia que argumentar não adiantaria de nada, então precisava pensar em alguma forma de impedir uma catástrofe de se formar.

—Sirius, você disse que passou apenas mais algum tempo na torre. Mas... Por que demorou tanto para aparecer? _Peter fez um questionamento e todos os amigos olharam para o mesmo. Era bem estranho quando ele falava ou perguntava algo que fazia total sentido. Os olhares dos amigos mudaram de Peter para Sirius, que sorriu travesso.

 

No dia seguinte todos estavam comentando pelos corredores. Durante a madrugada alguém havia enfeitiçado palavras por toda a mesa de Sonserina. ”Grifinória Governa”, “Serpentes não passarão”, “Hogwarts pertence aos leões”, entre outras frases e até alguns xingamentos para os membros da casa rival.

Sirius havia saído da torre e procurado vários membros de sua casa para escreverem o que achavam da Sonserina, pois ele faria “mágica” durante a noite. E fora o que fizera. Pegou a capa de invisibilidade de seu melhor amigo escondido, fora até o salão principal sorrateiramente e enfeitiçado a mesa de Sonserina. Nem vira o que seus colegas de casa haviam escrito no papel que deixou com os grifinórios, apenas lançou o feitiço, pois sabia que nada bom estaria escrito ali.

Os Marotos seguiram para o salão principal calmamente. Algumas pessoas passavam pelo corredor rindo, outras furiosas. Os rapazes se perguntavam o que estava acontecendo, mas Sirius se mantinha quieto. Sabia que aquilo era apenas o efeito que sua travessura causara, mas estava ansioso para saber o que os sonserinos fariam e como reagiriam.

Chegaram ao salão principal e havia uma multidão em torno na mesa das serpentes. Os meninos trocaram um olhar entre si e se aproximaram também. Ao chegarem perto da mesa, viram várias caligrafias diferentes escritas na mesa. Alguns sonserinos saiam de lá furiosos após lerem o que havia escrito. Os grifinórios gargalhavam pelo que estava acontecendo, inclusive os marotos. Sirius chorava de tanto ri com as expressões furiosas dos mimados sonserinos. Estava tão feliz por sua travessura ter dado certo que nem se importava com quais consequências sofreria.

Uma cabeleira quase branca atravessou a multidão de sonserinos acompanhada de Regulus Black. Frida se aproximou da mesa e começou a ler o que havia ali escrito, até parar em uma frase específica. O moreno percebeu a presença da loira e a encarou. Ela olhava fixamente para algo na mesa e ele seguiu seu olhar. “Os Malfoy são a própria trevas. Deixem Hogwarts. Frida Malfoy é uma vadia de Voldemort”.

“Merda” pensou Sirius.

—Quem escreveu isso? _A pergunta ressoou pelo salão com o timbre de voz encantador de Frida passando para algo assustador. As vozes se calaram e todos os olhares se voltaram para ela, que mantinha um olhar frio e calmo demais para quem acabara de ler algo tão horrível sobre si._ Terei que perguntar mais uma vez?

Frida passou os olhos por vários rostos grifinórios até encontrar o olhar de Sirius. Pelo olhar gélido que ela lhe lançara ele percebeu. Ela sabia. Frida sabia que havia sido Sirius que fizera aquilo. O moreno se xingou mentalmente e se arrependeu do que havia feito.

—Isso é algum complexo de inferioridade ou falta de noção mesmo?  _Ela perguntou, mantendo os olhos calculistas sobre o Black, que engoliu seco pela primeira vez em muito tempo. Frida gargalhou de maneira fria. Retornou a falar gesticulando, sorrindo com escárnio._ Porque, na minha concepção, parece que está tentando compensar alguma coisa. Talvez tenha um pênis pequeno ou um cérebro pequeno para querer tirar sarro com os outros e se tornar superior em alguma coisa. E bem... _ela apoiou a mão sob o queixo e olhou para cima, fingindo pensa, antes de retornar o olhar diabólico para os olhos cinza de Sirius._ Já que conseguiu ter essa brilhante ideia, presumo que seja a primeira opção.

Alguns risos foram ouvidos vindo dos integrantes de Sonserina. A loira negou com a cabeça ainda sustentando o olhar do Black e ele vislumbrou _ou pensou ter visto_ olhar gélido da loira marejando. Ela se virou e saiu de nariz empinado por entre a multidão. Regulus se espantou e saiu atrás da loira.

O rapaz resolveu fazer o mesmo que o irmão. Atravessou a multidão e seguiu correndo pelos corredores de Hogwarts. Os perdera na metade do caminho, mas resolveu seguir para a biblioteca. Talvez ela tivesse ido se refugiar lá. Correu apressadamente até a biblioteca e a procurou em todos os corredores. Nada. Praguejou mentalmente.

Resolveu então ir para a torre de astronomia. Com certeza a loira estaria por lá. Mais uma vez se pôs a correr por Hogwarts. Quem lhe via correr ficava espantado. Sua expressão era preocupada e, ao mesmo tempo com remorso. Chegou depressa na torre. Subiu as escadarias correndo, mas já perto do fim começou a caminhar silenciosamente, pois não gostaria de espantar a loira.

Chegou à entrada da torre, mas parou no fim da escadaria. Ouviu soluços de choro e a voz de... Regulus? Tentou espiar sem ser visto. Frida estava encolhida nos braços do irmão mais novo de Sirius, sentada no chão. Ela parecia muito menor do que realmente era. Suas mãos estavam agarradas à capa do colégio de Regulus, seus olhos estavam fechados, mas ainda assim lhe caiam lágrimas.

O Black mais novo estava com os braços em torno dela, protetoramente. Ele afagava os cabelos esbranquiçados da jovem e lhe sussurrava acolhedoramente, tentando acalmar a mesma. Ela apenas chorava silenciosamente, hora ou outra soltando leves soluços audíveis.

Sirius ficou furioso consigo mesmo e com o seu irmão. Consigo mesmo por não ter lido o que haviam escrito para ele antes de enfeitiçar a mesa. Com Regulus por ele estar levando vantagem com a loira pelo que o mais velho fizera. Afinal, Regulus conhecia o irmão o suficiente para saber que fora ele quem fizera aquela brincadeira estúpida. Sirius trincou o maxilar irritado.

Deu meia volta e desceu as escadas silenciosamente. Precisava de um plano para se desculpar com a loira e fazê-la pelo menos voltar a encará-lo sem lhe fuzilar com os olhos esverdeados. Fora a aposta que fizera na noite anterior com seu melhor amigo. Não poderia dar-se por vencido e não poderia perder de jeito nenhum aquela maldita aposta. Nunca admitiria para James, mas após esse incidente as coisas poderiam ser mais complicadas do que havia imaginado.

Mas, o que ele poderia fazer agora, já que estragara tudo? Se ela fosse como o restante dos Malfoy, provavelmente nunca o perdoaria, nem mesmo depois de morto. Resolveu que aquele dia não iria para a aula e voltou para o salão comunal. Jogou-se no sofá que havia ali e adormeceu, pensando em que raios deveria fazer e tentando lidar com a maldita dor de cabeça que havia arranjado.


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Notas finais do capítulo

Espero muito que tenham gostado e que tenham lido todas as notas! Caso não, recomento que leia o disclaimer ou as notas do primeiro capítulo!
Espero que tenham gostado e que comecem a acompanhar essa história que é meu amor.

Gostou? Comente aqui embaixo! Irei responder com muito amor e isso deixará a autora muito feliz!
Até o próximo capítulo!



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