Dear Mr. Potter escrita por JubsFeh


Capítulo 43
Capítulo Quarenta e Dois: Querido Sr. Potter


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo está curtinho porque se trata de apenas uma carta, mas o próximo será maior.

LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!!
BOA LEITURA!



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As páginas do diário acabaram e Harry não conseguiu entender. Sabia que havia mais dias até a morte de seus pais e a captura de Sirius. Começou a revirar a caixa e encontrou algumas cartas destinadas ao seu pai. Estranhou bastante haver cartas póstumas para James Potter, mas ignorou esse fato. 

Separou-as por datas e começou por ordem crescente. 

  

5 de junho de 1994 

Querido senhor Potter. Ou melhor, Pontas. Não preciso usar tanta formalidade com você, não é mesmo? 

Você morreu no dia 31 de outubro de 1981. E eu acho que aquele foi o pior dia da minha vida. 

Eu cheguei à sua casa após ser informado que algo havia acontecido lá. E, quando eu cheguei, vi a pior cena que eu poderia imaginar. A porta estava totalmente aberta e havia um silêncio mortal no lugar. 

Seu corpo estava no chão da sala, inerte. Naquele instante eu tive que me controlar para não desabar ali mesmo. Aproximei-me de você e ouvi passos vindos da escada. Pensei ser algum comensal e já saquei a varinha. Também pensei que poderia ser Lily e meu coração falhou por imaginar que ela o encontraria naquele estado, assim como eu te encontrei. 

Mas quem apareceu na escada foi Hagrid, o meio gigante. Ele vinha trazendo Harry embrulhado em uma manta chorando e eu me desesperei mais ainda. 

"O que aconteceu?" Perguntei com desespero. 

"Você-sabe-quem esteve aqui atrás do pequeno Harry" o gigante havia respondido. "Ele não conseguiu o pequeno. Mas os pais morreram para protegê-lo". 

Aquela foi a gota d'água. Eu comecei a andar pela sala tentando me controlar para não chorar. Parece que foi ontem que aconteceu. Após conseguir me controlar um pouco me virei para Hagrid e estendi os braços. 

"Dê-me Harry" pedi. "Vou levá-lo para casa e depois resolvemos tudo". 

"Dumbledore já tem planos para ele" o gigante declarou enquanto seguia para a porta. "Tenho que deixá-lo com a família trouxa de Lily". 

"Dumbledore quer isso?" Perguntei. 

"Sim". Acho que nem insisti por estar desnorteado. Acho que meu grande erro foi esse. 

"Você sabe como descobriram aqui? Usaram Peter para revelar o segredo?" Analisei todo o lugar enquanto perguntava. 

"Peter era o traidor, senhor Black" respondeu Hagrid e eu o olhei com espanto. "Ele trabalhava com os comensais e relevou o feitiço para o Lord das Trevas. Também torturaram Alice e Frank atrás do pequeno Neville. Foi tudo graças à profecia". 

A raiva me consumiu. Toda a dor de tornou raiva e os nós dos meus dedos começaram a doer de tão cerrados que meus punhos ficaram. 

"Eu preciso ir, senhor Black" Hagrid anunciou. "Dumbledore me espera para entregar o pequeno". 

"Vá com minha motocicleta" avisei entregando as chaves para Hagrid. "Não é seguro aparatar com alguém tão pequeno. Ela é enfeitiçada e voa". 

"Muito obrigada, senhor" Hagrid agradeceu enquanto ia em direção à rua. Voltei a analisar a casa quando o ouvi dizer "Logo a Ordem chegará para resolver tudo. Sugiro que vá embora e tente se acalmar". 

Então o gigante foi embora e eu resolvi voltar para casa. Precisava avisar Frida. Aparatei em frente a casa. Ficava apenas a algumas ruas de distância, mas do outro lado do vilarejo tudo estava normal. Abri a porta de casa e Frida estava na cozinha, comendo uma torta. Quando ela me viu sorriu, mas logo sua expressão mudou quando percebeu o meu olhar. 

"Meu amor, o que houve?" Ela perguntou se aproximando e foi naquele ponto que eu comecei a chorar. As mãos dela pegaram as minhas, esperando uma resposta que eu não conseguia dar. 

"James e Lily..." Eu tentei começar a responder, mas não consegui. E nem precisei. 

Frida então ficou estática. Depois de alguns segundos começou a andar pela casa em pânico. 

"Ele não pode ter feito isso" ela praguejava com a voz embargando. "Eu não posso deixar isso acontecer". 

Ela então começou a ir para a porta, mas eu a interrompi. Então começou a se debater tentando se soltar para ir atrás deles, mas tudo que eu fiz foi abraçá-la e ela começar a chorar. 

Horrível. Essa é a palavra que escreve toda aquela situação. Frida em desespero e aos prantos enquanto eu chorava em silêncio, tentando acalmá-la. Ficamos assim por um longo período de tempo, agora sentados no sofá, sofrendo em silêncio. 

"Harry?" Ela perguntou após muito tempo. 

"Ele está bem" respondi e ela suspirou aliviada. "Dumbledore tem planos para ele. Levou-o para a família de Lily". 

"E você deixou?" Frida perguntou parecendo indignada. Apenas assenti com a cabeça e ela se levantou e foi até o balcão, pegando sua varinha e algumas coisas. 

"Onde pensa que vai?" Perguntei. 

"Resolver isso. Harry não irá crescer com os trouxas" ela respondeu ríspida. 

"Está parecendo uma Malfoy falando" briguei com ela. “E não é o que eu sou?" Frida perguntou com certa raiva na voz. 

"É o que a sua família é e não você" rebati e ela se silenciou. Logo voltou a chorar e eu fui até ela, abraçando-a. 

"Eu já perdi tanta gente, Sirius" ela se lamentou soluçando. "Harry é a única coisa que restou de James e Lily agora. Não posso deixá-lo escapar". 

"Se acalme primeiro, gracinha" pedi a acalentando. "Não faça nada de cabeça quente. Essa função é minha". 

"Eu irei até Dumbledore" ela anunciou se afastando. "Irei pedir para ficarmos com Harry. James e Lily iriam querer isso. Escolheram você como padrinho. Eu posso ajeitar o quarto do andar de baixo para ele". 

"Faça isso amanhã, quando estiver mais calma" pedi a ela e Frey assentiu. "Preciso resolver umas coisas agora, mas assim que puder eu retorno". 

"O que irá fazer?" Frida perguntou preocupada. 

"Ir atrás de Petegrew" respondi indo até a porta, acompanhado dela. "Ele revelou o feitiço para Você-sabe-quem e precisa ser capturado". 

"A Ordem irá com você?" 

"Não, se eu for sozinho tem mais chances de conseguir pegá-lo" respondi. 

"Eu vou com você então" ela declarou abrindo a porta. 

"Sem chance" a interrompi. "Você irá até Dumbledore pela manhã. Prometo voltar cedo. Não quero que se machuque". 

"E você pode?" 

“Por favor, não seja teimosa agora. Eu irei ficar bem, prometo" ela assentiu receosa e segurou meu rosto com as mãos, aproximando-se e me dando um beijo de despedida. 

"Se cuida, meu amor" ela sorriu triste. "Eu te amo tão absurdamente que nem eu consigo entender." 

"Eu também te amo" me despedi antes de sair para não mais voltar. 

O resto da noite foi como a pior da minha vida. Não foi como, tenho certeza que foi. Sei que já devo ter dito isso milhares de vezes para você, meu amigo, mas nenhuma das outras se compara a como aquela noite foi. 

Rastreei Peter até um vilarejo trouxa, onde havia vários corpos assassinados no chão e um clima mórbido no ar. Uma cilada. Foi o tempo que levou para eu ser preso acusado de assassinar aquelas pessoas. Antes mesmo que eu pudesse reparar na armação que Petegrew havia planejado para mim. 

Encontraram um dedo de Peter no chão, constando que ele veio a óbito e eu havia sido o assassino. Sem delongas e sem cerimônias, fui julgado e condenado à Azkaban. No meu julgamento, nenhum conhecido estava presente, o que me fez pensar que eles acreditavam que eu havia cometido realmente aquele crime. 
Mas você sabe que não, meu amigo. Eu nunca faria algo assim. E imaginar que Frida não estava lá por achar que eu era um assassino me fazia morrer por dentro. Eu a havia perdido, assim como perdi vocês, mas de uma forma diferente. Para ela eu era um criminoso, alguém que havia assassinado pessoas inocentes, trouxas que não poderiam se defender. E isso ela nunca perdoaria. 

Sinto muito por decepcioná-los, 

Sirius Black. 


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Notas finais do capítulo

O próximo não é o final, propriamente dito. Iria postar mais um capítulo hoje, mas acho que, como existe um epílogo, acho necessário postar os dois capítulos juntos. Então, amanhã sairá o final e o epílogo, e, talvez sábado, sairá os dois capítulos bônus (um é de quando eu escrevi a história e o outro e é novo, com a minha escrita atual, mas ainda precisa ser finalizado).

Comentem o que acharam! Estamos no finalzinho, então leitores, apareçam!

ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO!



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