Dear Mr. Potter escrita por JubsFeh


Capítulo 14
Capítulo Treze: Ravenclaw




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Já era sábado pré-definido de Hogsmeade. E, felizmente, 31 de outubro. Além do passeio durante a tarde, a noite teria banquete do dia das bruxas. Todos estavam ansiosos para os encontros que teriam no vilarejo, o que era comum entre os alunos acima do quinto ano.

A semana havia sido estranha para o jovem Black. Falava com a loira, mas só o necessário e passou a ser constrangedor eles ficarem próximos. Não havia mais flertado com ela, achava que poderia piorar a situação após ela ter descobri dobre a aposta, então esperava que esse passeio por Hogsmeade pudesse ajudar.

Havia conversado com Remus, que havia confessado ter deixado escapar sem querer algo sobre a aposta com Frida. Claro que não poderia culpar o amigo. Uma hora ou outra a garota descobriria, já que era tão esperta. Só não esperava que fosse tão depressa, muito menos antes de ele ter cumprido a aposta.

Estava sentado em um dos degraus da escadaria da entrada no colégio. Vários montinhos de alunos esperavam ansiosos pela liberação dos portões. Os gêmeos estavam em um canto, com um deles acompanhado de uma ruiva e o outro conversando com a tal Sabina. Ao longe avistou a loira se aproximar.

Frida estava acompanhada de Regulus. Eles caminhavam em direção aos primos dela quando Edward Greengrass  apareceu. Ele parecia furioso e andavam em passos pesados até os dois. Greengrass chegou à Frida e puxou seu braço com força, fazendo-a virar.

Antes que Frida pudesse abrir a boca para brigar com Greengrass, o mesmo lhe deu um tapa forte em seu rosto, fazendo a mesma levar a mão à bochecha, em estado catatônico.

Sirius ficou furioso e partiu em direção à Greengrass, porém fora impedido por seu irmão caçula. Sabina assistia a cena horrorizada e um dos gêmeos segurava o outro, acompanhado da ruiva, para não se aproximarem.

—Você é uma vagabunda, Malfoy! _Edward gritava com Frida, que ainda o olhava incrédula._ Fica se esgueirando por Hogwarts com o Sirius Black. Sério? Sirius Black? Não passa de uma vadia imunda que mancha o nome da família. Andando com Grifinórios e se esfregando com qualquer um que apareça. Você me desonrou sua...

Antes que pudesse terminar, Frida atingiu seu rosto com um soco no nariz, quebrando-o no mesmo instante. Ele cobriu o nariz que sangrava compulsivamente com as mãos, para evitar que o sangue escorresse. Em seguida ela o chutou entre as pernas, o fazendo cair ao chão.

Todos que estavam no local ficaram em silêncio, apenas assistindo a cena. Frida estava com as bochechas vermelhas de raiva e sua expressão era vazia, porém furiosa. Um dos gêmeos gritou em aprovação.

—Nunca mais você irá dizer algo assim de mim. Eu sou Frida Alma Malfoy, não uma de suas garotas com quem você fode por Hogwarts. Nunca fui nada sua e nunca serei. Prefiro me envolver com nascidos trouxas a ter qualquer tipo de relação com você _ela falava firme e com raiva em sua voz. Ela cuspiu no chão em frente ao rapaz e o olhou de cima, com os olhos tão gélidos quanto mármore._ Você me enoja, Greengrass. Acha que seu dinheiro compra tudo, mas não compra. Não passa de um mimado desprezível. Tenho pena de você.

Ela saiu de lá batendo os pés e foi chamada por Mcgonnal, que havia aparecido para ver a confusão, convidando a loira para ir à direção. Ela foi, levantando os braços rendida, acompanhando a senhora bruxa. Edward Greengrass foi mandado para Madame Pomfrey. Todos que estavam no local começaram a cochichar.

—Sirius... _Regulus começou, porém seu irmão não deu ouvidos. Empurrou o irmão para que o soltasse e andou apressado em direção à sala de Dumbledore.

Wilhelm quis ir atrás da prima, porém foi impedido pela irmã, que disse que Frida poderia se virar e que iria preferir ficar sozinha. Os gêmeos assentiram e seguiram para Hogsmeade, sabendo que a irmã tinha razão e que Frey seria castigada, não podendo ir para o passeio. Porém, Sabina sabia que Sirius havia ido atrás dela e torcia para que tudo corresse bem.

 

O rapaz chegou tarde. Mcgonnal e a loira já estavam na sala do diretor. Sirius socou a parede com angústia e se encostou nela, escorregando até o chão. Ficou esperando por meia hora, até Frida sair da sala do diretor. Ele se levantou apressado e a loira se assustou.

—Você está bem, gracinha? _Sirius perguntou preocupado.

—Claro que sim. O outro cara ficou bem pior _ela disse rindo pelo nariz, após dizer uma frase comum entre os trouxas. Sua risada era encantadora.

Sirius, não satisfeito, tirou a mecha de cabelo que escondia a bochecha da loira, conseguindo assim ver o resultado do que Edward Greengrass fizera. Por possuir a pele bem pálida, a vermelhidão em seu rosto era totalmente perceptível. Havia um pequeno corte em sua bochecha, provocado por um anel que era provável Greengrass estar usando. Também tinha alguns pontos mais escuros, já puxando para o tom de roxo. Apesar da loira dizer estar bem, além da marca em seu rosto, que não era nada boa pelo tapa que Greengrass lhe dera, usando muita força, seu ego fora ferido. Sirius sabia que essa dor era bem pior.

Ele passou o dedo levemente pela vermelhidão e Frida fez uma careta. Automaticamente Sirius sorriu torto, ela era uma garota durona. 

—Deveria ir à enfermaria, gracinha _ele comentou, levando as duas mãos para a cintura da loira.

—Quero que Edward veja meu rosto e lembre-se com quem ele se atreveu a arranjar uma briga _ela disse determinada, porém saiu andando de repente e Sirius não compreendeu.

—Gracinha, o que foi? _Sirius a seguiu, porém ela não disse uma palavra. A mesma acelerou o passo, tentando deixar Sirius para trás, porém ele ainda a seguia  distante.

Andaram por alguns minutos até chegarem à torre de astronomia. Frida subiu depressa e, depois de um tempo, Sirius fez o mesmo, com calma, para não assustá-la quando chegasse ao fim. Quando terminou a escadaria, encontrou Frida sentada abraçando os joelhos e com a cabeça enterrada nas pernas. Seus cabelos lhe escondiam toda a face e ela não percebera a presença do rapaz.

Caminhou em direção a ela e sentou-se ao seu lado, pegando seu maço de cigarros no bolso e acendendo um.

—Eu irei acabar com a vida dele _ela murmurou ainda de cabeça baixa._ Ele não poderia ter feito o que fez comigo.

—Não se preocupe, gracinha. Pelo estrago que você fez nele, nem Madame Pomfrey consegue consertar aquele nariz.

Ela riu pelo nariz e então levantou a cabeça. Olhou para os olhos de Sirius. Seus olhos estavam vermelhos, provavelmente havia chorado, mas mesmo assim sorriu.

Ela estava com certeza mais linda que o normal. Usava um vestido cinza até a metade das coxas, uma jaqueta preta, acompanhada de um cachecol da mesma cor, meia calça preta e botas com salto. Seus olhos estavam contornados levemente de um azul prateado, que agora se encontrava borrado em preto devido às lágrimas e ao rímel. 

Sirius estendeu o cigarro para ela, que o aceitou e começou a tragar em seu lado. Apesar de ele ter um longo histórico com mulheres e conhecer várias, ela com toda a certeza era a mais bonita dentre todas.

—Você continua bonita até mesmo chorando _ele disse para ela. Frida o fitou pelo canto dos olhos rindo sem ânimo pelo comentário indevido._ A propósito, está mais linda que ultimamente, Frida.

Ele havia dito o seu nome. Ela estranhou. Sempre a chamava ou de gracinha, ou de Malfoy.

—Nunca me contou que possuía primos _ele comentou.

—Tenho o Lucius da família Malfoy e Sabina, Jacob e Wilhelm da família Ravenclaw _ela disse.

—Eles são... _Não sabia como fazer a pergunta.

—Filhos do gêmeo da minha mãe? Sim, eles são _ela deduziu a pergunta do rapaz e respondeu._ Sabe algo interessante? Minha mãe foi à única da família que não foi para a Corvinal, mesmo sendo descendente de Rowenna Ravenclaw.

"Ela foi para a Sonserina, onde conheceu meu pai. Eles se amavam muito naquela época. Bem mais do que hoje. E o amor deles fez com que o irmão dela morresse".

O rapaz permaneceu em silêncio.

—Os três estão acostumados só com a tia Spetra, sabe? Sabina e o gêmeos _ela continuou._ Não culpam meu pai, mas sim a Você-sabe-quem. Mas eu é que carrego tudo isso até hoje. Sem dormir, às vezes sem comer... Eu só... Queria que ela tivesse sido escolhida para a Corvinal. Eu poderia não existir hoje, mas Sabina e os gêmeos teriam o pai deles. Eu poderia ter sido uma garota simples da Corvinal. Nos feriados nós nos iríamos para a casa da vovó Alma na Irlanda, onde mora a família Ravenclaw, comer bolo de morango com hortelã, com toda a família. Seríamos felizes...

Era a primeira vez que Frida estava irreconhecível para Sirius. Ela olhava para além da paisagem, com um olhar distante e vago, parecendo estar mergulhando em suas lembranças. O rapaz ficou a admirando por algum tempo.

—Desculpe fazer você perder sua aposta, Sirius _ela comentou baixo._ Era uma aposta terrivelmente boba e nojenta, mas mesmo assim nunca é bom perder.

O rapaz assentiu e entregou a garota mais outro cigarro, já aceso.

Tragavam seus cigarros calmamente, enquanto olhava a vista que a torre possuía. Ele quando terminou, jogou o filtro para o lado. Sirius ainda mantinha o olhar sob ela e, quando a mesma virou o rosto para olhar o rapaz, ele automaticamente puxou a loira pelo queixo e a beijou.

Ele apenas selou os lábios aos dela de maneira rápida, afastando-se em seguida e abrindo os olhos. Ela o fitava com seus orbes esverdeados que o rapaz havia aprendido a admirar. A garota não disse nada, apenas ficou o encarando, então Sirius selou os lábios novamente.

Ela correspondeu. Eles se beijavam calmamente, ele com uma das mãos na cintura da loira e ela acariciando a bochecha do rapaz com a ponta dos dedos. Separaram os lábios, porém Sirius permaneceu com a testa colada a dela, de olhos fechados.

—Que merda você está fazendo comigo, Malfoy? _Ele sussurrou mais para si mesmo do que para a loira em sua frente. Ela abriu os olhos, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele a beijou novamente.

Dessa vez o beijo estava urgente. Sirius mordiscava e sugava seus os lábios da loira com ferocidade, enquanto a puxava pela cintura para mais perto. Frida o atendeu e se aproximou com o auxílio do moreno, indo para o colo dele e enlaçando a cintura do rapaz com suas pernas. Ela estava com uma das mãos no ombro do rapaz, enquanto a outra estava enterrada em seu cabelo comprido. As mãos do moreno passeavam e apertavam ferozmente às coxas da menina, fazendo-a arfar e soltar gemidos abafados pelos beijos algumas vezes.

Ambos travavam uma batalha que parecia ensaiada com as línguas. Pararam o beijo ofegantes, porém Sirius não havia terminado. Tirou o cachecol da loira e jogou em qualquer canto da sala,  levando os lábios até o pescoço nu de Frida, beijando-o e mordendo sua pele branca de porcelana.

Estava furioso pelo rosto marcado pela agressão de Greengrass, mas não se importava em manchar a pele do pescoço dela. Puxava mais e mais o corpo de Frida para o seu, colando-os o máximo possível. A garota suspirava enquanto Sirius marcava sua pele em um tom púrpura, porém, como ele pensava, do jeito que a garota merecia.

Frida puxou Sirius pelo cabelo e então o encarou. Ele estava com os lábios vermelhos devido aos beijos e também ofegava. A loira levou os lábios ao pescoço de Sirius e distribuiu vários beijos e mordidas, traçando um caminho até sua orelha. Mordeu o lóbulo de sua orelha, o que fez Sirius se arrepiar sem querer.

—Isso nunca aconteceu _ela sussurrou em seu ouvido. Sirius tentava manter a sua sanidade. Era a primeira vez que uma garota conseguira esse feito. Frida sondava os pensamentos de Sirius há algumas semanas. Ele tentava evitar isso há dias, porém, naquele momento, estava pouco ligando para seu bom senso que lhe alertava para que fosse embora. Dizia que, depois disso, ele não iria conseguir parar de pensar nela. Ele apenas a queria e naquele momento, não ligando para as consequências que se sucederiam.

Sirius puxou Frida pelo cabelo, fazendo-a olhar nos olhos. Seus olhos esverdeados o hipnotizavam como nunca havia acontecido. Sorriu torto para a loira e puxou seu queixo, beijando novamente seus lábios. A única coisa que não poderia acontecer agora era alguém aparecer na torre de astronomia e atrapalhar o momento que Sirius tanto desejava.


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