Dear Mr. Potter escrita por JubsFeh


Capítulo 12
Capítulo Onze: Astronomia




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Durante a noite tudo seguiu bem. Os meninos conversavam animados sobre o time de quadribol desse ano e que, com certeza, ganhariam a Taça das Casas. Frank estava feliz por continuar como goleiro no time. Achava-se desengonçado, porém sabia ser bom com uma vassoura, ao contrário de sua namorada, que era um grande desastre no ar.

Remus e Peter participavam da conversa como torcedores, por não participativa do time. Remus comentava sobre algumas táticas que achou em um livro qualquer quando estava à toa na biblioteca e Peter contava sobre os boatos que ouvira sobre os outros times.

Lily, Alice e Marlene conversavam sobre Hogsmeade animadas, discutindo sobre roupas e coisas de meninas. No último ano todos estavam se aproximando mais, o que era muito bom, pois Sirius não sabia com seria depois que as aulas acabassem.

Desviou o olhar dos amigos que conversavam e seguiu com os olhos para a mesa de Sonserina. Frida não estava lá,  o que era estranho para o rapaz. Vagou os olhos pelo salão e encontrou um ponto quase prateado na mesa de Corvinal. A loira estava sentada com os primos e parecia ser bem aceita entre os outros estudantes da casa. Riam e conversavam, enquanto comiam pedaços de um bolo de aniversário na mesa. Os gêmeos usavam chapéus de aniversário enquanto Frida e a prima gargalhavam. Ela parecia bem feliz.

Conhecia a jovem há pouco tempo, porém já considerava sua melhor amiga _que Alice não soubesse disso. Claro que tinha os rapazes, mas ela também era uma pessoa incrível. Lembrou-se do beijo que deram na semana anterior e afastou os pensamentos. Talvez graças a aposta poderia perder isso, mais sua competitividade falava mais alto. Daria um jeito depois, caso a garota acabasse criando expectativas ou acabasse se apaixonando por ele, mas era algo para se pensar depois. Desviou os olhos e acabou encontrando os olhos de uma Sonserina olhando para ele.

O rapaz não fazia idéia de quem era, mas ela sorria e o encarava descaradamente. Sirius sorriu galanteador para ela, que olhou para as mãos e sorriu. A loira enfeitiçou um pedaço de papel que saiu voando até a mesa de Grifinória. Poucos alunos repararam, por estar ocupados em suas conversas. Para avião de papel pousou no chão atrás de Sirius e o mesmo derrubou os talheres propositalmente para pegá-lo. Ótimo, já tinha algo para fazer depois do jantar.

—Caramba, amanhã tenho um trabalho imenso sobre o alinhamento dos planetas e a influência disso na magia para entregar _comentou Alice._ Por que raios eu me inscrevi nessa matéria?

—Pergunto isso a mim mesmo todos os dias _Sirius comentou enquanto brincava com sua torta de morando com um garfo, tentando disfarçar o sorriso travesso do rosto.

—Amanhã temos feitiços _Lily praguejou._ Trinta centímetro de redação para entregar.

—Não fez, ruiva? _Perguntou Marlene.

—Fazer eu fiz, só que está horrível.

—Não se preocupa _James a acalentou._ Pior que o meu não vai estar. Aumentei a calígrafo o máximo possível para não ter que escrever muito.

O grupo de amigos riu com o comentário do rapaz.

—Mas acho que o pior serão você e a Alice mesmo _comentou James._ Quem em sã consciência gosta das aulas de astrologia?

 

Frida gostava das aulas de astrologia, aliás, era a melhor da turma. Ela fazia a aula por amar olhar para o céu e ver as estrelas. Na tarde seguinte de segunda, Alice e Frida se sentaram juntas na aula. O rapaz sentou-se atrás das duas com um garoto da Corvinal ao seu lado.

As meninas prestavam atenção na aula teórica. A professora havia conjurado várias mesas para poder dar aula sobre as constelações usando os livros. Sirius estava com os braços cruzados e o queixo apoiado nos mesmos. Com os dedos brincava com uma mecha de cabelo prateado de Frida, que estava em sua frente.

—Essa aula é um saco _ele sussurrou para que só Frida a sua frente ouvisse._ Poderia estar fazendo coisas muito melhores agora.

—Deveria ter pensando nisso quando resolveu continuar com essa matéria _Frida rebateu aos sussurros._ Estaria fazendo o que? Se agarrando com alguma menina pelos corredores e armários de vassouras? Muito produtivo.

—Por acaso você tem alguma vida amorosa ou algo perto disso, Frida? _Ele perguntou sarcástico.

—E isso é da sua conta, Black? _Ela tentava manter seu foco na aula, porém não conseguia com o rapaz tagarelando em suas costas. Massageou as têmporas e continuou._ E sim, não estou morta, Black. Eu me relaciono com as pessoas. Acha que é só você que possui algum tipo de charme? Você não é o único.

—Por acaso você beijou alguém além de mim esse ano?

—Eu não te beijei, você que me agarrou _ela respondeu irritada, tentando manter o tom de voz baixo._ E estamos em outubro, caso não saiba. O ano não se iniciou quando eu te conheci, seu metido.

—Deveria ter começado _ele disse sorrindo._ Você pode ainda não saber, mas eu sou o amor da sua vida, gracinha. É tudo uma questão de tempo.

Ela riu baixo, tentando não chamar atenção. Alice ao seu lado a encarava pelo canto de olho e sorriu, porém Frida fingiu não ter notado.

—Você é muito convencido _ela comentou.

—Por acaso você já... Sabe? Ou eu fui o primeiro cara que colocou as mãos além da sua cintura? _Sirius sorriu torto. Havia descoberto no dia anterior que adorava perturbar a serpente, o que era magnífico para ele.

Ela se virou para ele e deixou o rosto a pouco menos de sete centímetros. Arqueou uma das lindas sobrancelhas e sorriu sedutora.

—O único lugar que você colocou suas mãos, meu querido Sirius, foram minhas coxas. E isso todos veem _ela disse sedutora. Frida sabia muito bem que tom usar para seguir o mesmo nível que Sirius Black._ E, além disso, você talvez não seja o único aqui que goste de sexo.

Após terminar de sussurrar sedutora a loira se virou, se endireitou na cadeira e voltou a fazer anotações em seu livro.

—Por que você tem que ser tão sexy às vezes? _Ele perguntou sorrindo ainda aos sussurros.

—Só às vezes? _Ela se fingiu de indignada._ Pensei que fosse todo o tempo e que você estaria louco para me foder por causa disso.

Sirius se assustou. Aquela garota cada dia que se passava o surpreendia mais ainda. Conseguia ser totalmente contraditória. Doce, gentil, irritante, cruel, triste e o lado que Sirius não conhecia até aquele instante: ela conseguia se parecer com ele.

—Você não existe, sabia?

—Eu sempre soube disso, Black. Agora, se me der licença, gostaria de prestar atenção na aula. Mais tarde conversamos sobre seus hormônios masculinos e o fogo que você sente em sua pélvis quando me vê. Contente-se com a sua Sonserina no momento.

Ele sorriu.

—Isso seria ciúmes, gracinha? _Ele perguntou sorrindo torto.

—Não, isso seria um "se contente com o que tem, pois não conseguirá nada comigo" _ela o respondeu, atraindo a atenção de Alice e do Corvinal ao lado de Sirius._ Agora, aceite que você não irá me ver sem roupas e se contente em me ter como sua amiga sexy que você gostaria muito que lhe desse atenção.

Sirius ficou incrédulo e Alice se segurou para não rir. O rapaz olhou para o Corvinal ao seu lado que encarava a loira.

—Essa cena toda e esse discurso não faz ela se tornar mais sexy ainda e dar mais vontade de levá- pra cama? _Sirius perguntou para o rapaz ao seu lado que olhava de boca aberta para a jovem Malfoy.

—Faz _ele disse abobado._ Com toda a certeza faz.

Frida olhou para traz e fuzilou os dois com o olhar, depois voltou sua atenção ao professor.

—Lily precisa saber disso _Alice comentou rindo baixo.

 

A aula passou rápido depois da interação entre Sirius e Frida. Claro que ela o havia levado na esportiva, tinha um senso de humor parecido com o dele, apesar de sempre acabarem discutindo um com o outros por motivos idiotas e duvidosos.

Ao saírem, Sirius possuía um tempo até a próxima aula. Saiu primeiro da sala e esperou que Frida e Alice saíssem. Aguardou por três minutos, até que as duas saíram.

—Alice, vou roubar sua amiga um pouquinho, se não se importar _Sirius disse para a morena enquanto puxava Frida pelo braço.

—Fique a vontade _Alice respondeu recebendo um olhar bravo da loira. Alice apenas sorriu e piscou para ela acenando.

—O que quer, Black? _Perguntou Frida ainda sendo puxada pelo pulso. Já estavam bem distantes da sala e do fluxo de alunos.

Sirius se virou para ela no meio do corredor, fazendo-a quase bater contra ele.  O rapaz a analisou por alguns segundos e sorriu. Direcionou-se para uma das janelas e se sentou, tirando seu tão comum maço de cigarros no e seu isqueiro zippo do bolso. Ele sacou um cigarro e colocou entre dentes, olhou para a loira e fez um gesto com a cabeça, para que ela se aproximasse e ela o fez.

—Você só me chamou aqui para fumar? _Ela perguntou com uma das sobrancelhas arqueada._ Por que se for, eu tenho aula e preciso...

Ele a interrompeu puxando-a, gesticulando para que ela sentasse. Frida se sentou a frente do rapaz e fitou o rosto dele com os olhos esverdeados.

—O que você está fazendo? _Ele se direcionou a ela enquanto acendia seu cigarro.

Frida pareceu não entender. Seu olhar era confuso e ela analisava o rapaz a sua frente com o cenho franzido.

—Eu não fiz nada, você que me chamou aqui _ela o respondeu sem entender muito bem a pergunta.

—Está fazendo esses jogos de manipulação _ele comentou e ela continuou o olhando confusa._ De ser confusa. Uma hora gentil, em outra uma gata chata e do nada se torna extremamente sexy. Está conseguindo me deixar maluco, se é essa sua intenção.

Ela suavizou a expressão de confusão, que passou apenas para um semblante sério, mas ainda assim mantinha uma das sobrancelhas arqueada.

—O que quer dizer com isso? _Ela perguntou indiferente._ Está insinuando que eu estou sendo bipolar? Que eu estou tentando seduzir você? É isso?

O moreno tragou o cigarro e sorriu. Tirou o cigarro dos lábios e se inclinou em direção à loira, aproximando o rosto ao dela. Frida apoiou a mão no peito do rapaz, o impedindo de prosseguir.

—Sirius...

—Okay, não vou fazer nada que não queira _ele levantou as mãos rendido._ Você...

—Não _ela o interrompeu rapidamente._ Se me chamou aqui achando que poderia tentar qualquer coisa comigo, deixe pra lá. Não confunda as coisas, Sirius. Eu gosto de você, mas...

—Não se preocupe, gracinha _ele a interrompeu, colando a testa na dela._ Eu já entendi. Não irei forçar nada. Prometo que quando te beijar agora será apenas quando você me pedir.

—Isso não irá acontecer _ela comentou segurando a gravata do rapaz e fechando os olhos. Nesse momento até o próprio rapaz achou que a loira fosse o beijar, porém ela abriu os olhos e sua expressão ficou séria._ Só amigos, Sirius.

Ele deu um sorriso fraco e assentiu de leve.

—Eu vou indo, tenho aula agora _ele disse e ela apenas assentiu. Já havia soltado a gravata do rapaz. Sirius se levantou e saiu, deixando Frida na janela.

Seguiu pelo corredor em direção às escadas, passando por Edward Greengrass no final do corredor. Os dois trocaram um olhar de repulsa. Greengrass saiu batendo os pés e Sirius sorrindo vitorioso por saber que o sonserino havia presenciado a cena.


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