Starling City 2013 escrita por AmandaTavaress


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Depois de um tempo enoooorme eu voltei pra terminar essa fic. E está terminada! Os capítulos 20 e 21 estão sendo lançados hoje pra concluir de vez a fic. Uma fic que eu pretendi escrever só com no máximo 5 capítulos, vai ser encerrada com 21!

Espero que gostem! Tô ansiosa pelo comentário de vocês!



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No dia seguinte, Moira revelou à sua advogada e filhos que a Laurel havia feito uma visita tarde da noite na cadeia. Ela sabia do caso que Moira havia tido com Malcolm anos atrás. Essa era a carta na manga da promotoria. E graças a esse aviso dela, Jean Lorring decidiu não colocar Moira pra depor. Mais do que nunca, Oliver tinha certeza que ter contado toda a verdade para a Thea havia sido a coisa certa a se fazer.
Enquanto o julgamento prosseguia, Felicity descobriu com a ajuda do Diggle que na verdade o amigo havia sido infectado por uma falsa vacina da gripe em um posto móvel de vacinação. John quis ir verificar, mas ele não estava em condição nenhuma de sair dali. Felicity foi. Ela só ia verificar se achava uma amostra ou duas desse novo Vertigo, e voltaria direto pro esconderijo. O que poderia dar errado?

***
Depois de ouvir da advogada da mãe que o júri estava pronto para dar um veredito, e que normalmente vereditos tão rápidos não eram boas notícias, Oliver só pensava em o que dizer ou fazer para ajudar a Thea. Seu telefone tocou, e ao ver que era a Felicity, pediu licença pra atender. Tommy assentiu com a cabeça e passou o braço nos ombros da irmã, tentando acalmá-la.
— Felicity? – Oliver perguntou ao atender a chamada.
— Oliver... – Aquela definitivamente não era a voz da Felicity. – Tudo bem se eu te chamar de Oliver? – Oliver forçou o maxilar pra não falar nada. Era o Conde Vertigo falando do celular da Felicity. Cadê a Felicity? – Surpreso ao ouvir minha voz, né? – Sem dar chance de resposta, ele continuou. – Não tão surpreso quanto eu ao achar essa loirinha nada feia se metendo nos meus negócios... – Oliver respirou fundo e fechou os olhos. Ele não podia deixar transparecer seu desespero. Isso seria visto como fraqueza, e Oliver não podia demonstrar fraqueza nesse momento de forma alguma. – E o que ela tinha com ela? – Oliver estava ouvindo o choro da Felicity de fundo enquanto aquele filho da puta falava, e ele jurou ali mesmo que o babaca não sairia vivo dessa. – Um crachá da Corporação Queen! E eu pensei comigo mesmo: “Por que esse nome me é tão familiar?”... Oliver Queen! Ele tentou comprar de mim no ano passado. – O Conde Vertigo falava e falava, mas Oliver só queria saber de onde ele estava. Onde a Felicity estava. As mãos dele já estavam coçando pra lançar uma flecha (ou três) no desgraçado. Seu juramento de não matar que se explodisse. Naquele momento só havia uma coisa que ele queria mais do que sangue do inimigo, e isso era a segurança da Felicity. – Logo antes do Capuz me colocar num hospício... Ipso facto, Arqueiro!
Oliver não precisava ouvir mais nada. O maníaco falou da Corporação Queen, e era lá que ele deveria estar. Ele não estava nem aí se a identidade dele havia sido descoberta ou não. Ele precisava de qualquer jeito chegar até a Felicity. Oliver desligou a chamada com raiva e saiu andando. Sua mão desesperada pra segurar seu arco.
— Aonde você está indo? – Thea perguntou indignada. Oliver olhou desesperado pro Tommy querendo que o amigo entendesse sem palavras o seu dilema. Ele pensou em mentir e dizer que havia surgido algum problema no escritório, mas não conseguiu... Oliver suspirou simplesmente, não querendo perder mais tempo e disse:
— É a Felicity... Preciso ir.
Tommy assentiu com a cabeça, e Oliver ainda ouviu Thea protestar enquanto saía a passos largos.
— Ollie... Mas e o júri?
— Eu tenho que ir! – Oliver respondeu sem se virar pra irmã. O Tommy podia acobertá-lo, mas ele não podia mais perder tempo.

***

Felicity viu o Vertigo ligando pro Oliver, e ela queria se controlar melhor. Ela queria não dar um pio, não demonstrar de forma alguma que o sequestro lhe estava afetando. Ela tentou tantas vezes segurar o choro, mas esse traidor escapava mesmo assim em forma de lágrimas e soluços. Suas mãos estavam amarradas na cadeira do escritório, e todo comentário que saía da boca daquele nojento era algo com dupla conotação, que fazia Felicity temer mais do que a própria vida. Cada vez que aquela mão asquerosa encostava na sua pele, Felicity sofria pensando em quantos litros de cloro precisaria pra se livrar pra sempre de qualquer vestígio dele em seus braços, suas pernas, seu rosto, seu cabelo... Felicity adorava ser mulher, adorava se vestir bem, adorava se maquiar e se destacar. Mas naquele instante, tudo o que ela queria era sumir e não ser notada. Fingir que não existia desvantagem nenhuma em ser mulher. Ela queria poder nunca precisar sentir esse medo de ter seu corpo violado. Como qualquer homem. Se o Diggle estivesse amarrado no seu lugar, ele temeria apanhar, ser torturado... mas nunca estuprado. Esse era um medo que só mulher tinha. Constantemente, e em todas as situações de perigo.
O Conde Vertigo perdeu algum tempo avaliando a sala e parecendo memorizar seus pontos estratégicos. Mas no restante do tempo, ele preferiu torturar Felicity psicologicamente. Ele tinha uma pequena pistola na mão, e ele adorava percorrer o corpo todo da Felicity com ela, incitando pavor e nojo. “O Oliver vai chegar a qualquer momento” esse era o mantra que ela repetia em sua cabeça pra tentar se afastar da situação em que estava.
— Felicity Smoak, Chefe das Ciências Aplicadas... – Vertigo disse pegando mais uma vez o seu crachá e lendo-o. – E eu achando que você era só um rostinho bonito com o corpo pra acompanhar. – Ele pegou no seu rabo de cavalo enquanto passava por trás dela, e Felicity engoliu o gemido de pavor. Ela não queria demonstrar o que estava sentindo. – Será que o Oliver demora tempo o suficiente pra gente se divertir antes de ele chegar? Você amarradinha assim tá me dando ideias... Tantas ideias! – Felicity fechou os olhos completamente, não querendo ver a expressão facial dele de forma alguma. – O que foi? Não quer me ver? Sem problemas. – Ele foi para detrás dela e puxou seu rabo de cavalo com força para que se pescoço ficasse exposto. – Eu falo aqui bem pertinho do seu ouvidinho... – Ele sussurrou na sua orelha e lambeu seu pescoço. Felicity quase vomitou ali mesmo, mas não podia demonstrar medo. – Olha só... Estou ouvindo o elevador. – Ele continuou a sussurrar no seu ouvido, e o coração da Felicity se encheu de esperança. – Seu príncipe Arqueiro veio correndo mesmo! Se eu soubesse que você significava tanto assim pra ele, com certeza teria brincado mais com você!
O Conde Vertigo afastou o rosto do seu pescoço, mas permaneceu mexendo no cabelo nela. Felicity tremia quando avistou Oliver se aproximando de onde estavam. Ele estava vestido de Arqueiro, arco na mão, mas sem o capuz. O rosto estava exposto. Todos ali sabiam quem ele era. Os olhos do Oliver não desviaram dos seus em nenhum instante. Nem mesmo quando o Conde disse por detrás dela:
— Escritório bem elegante esse, não? – Ele se levantou e finalmente soltou o cabelo da Felicity. – Dá pra ver toda a destruição que a sua mãe causou daqui de cima! – As mãos dele desceram pelo braço da Felicity mais uma vez, e ela fechou os olhos segurando a respiração.
— O que você quer? – a voz o Oliver era puro ódio, e isso fez com que ela abrisse os olhos mais uma vez.
— Paz mundial e satisfação pessoal... Não necessariamente nessa ordem... – as mãos do Conde foram pro pescoço da Felicity mais uma vez, e de novo ela acabou fechando os olhos em pavor. Oliver queria atacar ali mesmo, mas o Conde usava a Felicity de escudo enquanto tocava nela pra provocar os dois. – Você me envenenou e me largou num hospício! – O Conde continuou. – Você não tem ideia do quanto te odiei por isso! Acabou que outra pessoa também te odeia muito!
Felicity respirou aliviada que pelo menos o Conde estava se afastando dela. Oliver também sentia o mesmo, e queria distraí-lo e levá-lo pra longe dela.
— Quem? – Oliver perguntou.
— “Quem?” Ah, você vai ficar surpreso quando descobrir. – No momento, Oliver não se importava nem um pouco. Ele só queria que aquele maluco saísse de trás da Felicity. Ele não podia arriscar de forma alguma que ela fosse pega num fogo cruzado. Ele não sabia se o Conde estava armado, nem onde estava a arma se estivesse. Informação é tudo numa batalha. – Ele é um homem rico. Armou toda a minha nova operação pra que eu atraísse você. – Oliver estava perdendo a paciência. O Conde não saía de trás da Felicity, e o blá blá blá não acabava.
— Pra fazer o quê?
— Isso! – O Conde respondeu rapidamente sacando uma arma e atirando na direção do Oliver. Ele teve que correr pra buscar abrigo, mas ele queria que o Conde viesse atrás dele e se afastasse da Felicity.
— Você vai ter que se esforçar mais! – Oliver disse revelando sua localização na esperança que o Conde viesse pra cima.
— Pode deixar! – O Conde atirou de novo, mas não saiu de onde estava.
Esse plano não daria em nada, e o fato de a Felicity estar no meio de tudo estava tirando um pouco (muito!) do foco do Oliver. Ele precisava de outra estratégia pra afastar o Conde da Felicity, mas este parecia entender perfeitamente que a lourinha era o único motivo de o Arqueiro não ter lançado nenhuma flecha até aquele momento, então rapidamente o Conde soltou a Felicity de sua cadeira e a levou consigo como escudo, guiando-a pelo seu rabo de cavalo. O grito de dor e medo da Felicity fez Oliver sentir mais medo dentro de si do que jamais lembrou de sentir.
Conde Vertigo foi até onde Oliver estava, mas ele, preparado pra isso, saltou de onde se escondia, arco e flecha preparados.
— Então agora vamos pro plano B. – Conde Vertigo disse com raiva, sacando duas seringas cheias de Vertigo e apontando para o pescoço da Felicity.
— Oliver não! – Disse Felicity com voz de choro. – Não por mim!
— Quieta, por favor! – Conde Vertigo disse cheio de escárnio. – Eu estou ameaçando aqui... – Oliver olhou e analisou a situação. Felicity podia implorar o que fosse, aquele homem morreria naquela noite. A Felicity não merecia passar por aquilo, e qualquer um que ousasse achar que poderia, pagaria o preço. – Abaixe o seu arco. – Oliver estava puto da vida, mas o risco da Felicity morrer com aquela dose altíssima de Vertigo era grande demais. E o tempo da sua flecha chegar naquele filho da puta era tempo suficiente pra ele descarregar as ampolas nela. Oliver baixou e jogou a flecha longe.
— Seu problema é comigo! Não com ela! – Ele nem sabia como estava conseguindo formar as palavras, tamanho o ódio que estava sentindo.
— Então considere isso sua penalidade por ter me forçado a usar o plano B! – O Conde Vertigo posicionou mais uma vez as ampolas no pescoço da Felicity, e Oliver não viu, não pensou mais nada. Não titubeou, apenas reagiu. Em milésimos de segundos pegou uma flecha de sua aljava, armou no arco e disparou. Em menos de 1 segundo, uma flecha acertou o Conde Vertigo bem no peito, seguida de mais uma. E Oliver poderia parar por aí. Felicity já não corria mais risco, e o filho da puta estava prestes a cair no chão. Mas Oliver queria mais. Em frações de segundos, disparou uma terceira flecha, que fez com que o Conde ao invés de cair no chão, caísse pela janela, sem chance de sobreviver. Ele sabia quem era a Felicity, provavelmente deduziu o que ela significava pra ele, e ele não podia permitir – de forma alguma! – que um risco desses saísse vivo dali. Ainda mais se houvesse uma ameaça ainda maior como ele havia dito. Oliver respirou aliviado que Felicity não viveria nesse constante risco e correu até ela, ajoelhando-se na sua frente.
— Ei... Ei! – Oliver tocou no braço dela como sempre fazia, e Felicity se assustou com o contato. – Está tudo bem. – Ele disse numa voz que ele esperava ser reconfortante. – Você está a salvo. – Felicity olhou agradecida nos olhos dele, até que algo chamou sua atenção.
— Você tomou um tiro! – Ela disse preocupada e chorosa.
— Ei! – Oliver disse firme pra chamar a atenção da Felicity, mas não mais alto que um sussurro. Ele não queria assustá-la ainda mais. – Não é nada!
Os dois ficaram se olhando pelo que pareceu uma eternidade, e Oliver se assustou com a vontade absurda que sentiu de beijar aquela mulher e abraçá-la o mais forte que pudesse. A vontade era tanta, que ele precisou se afastar. Ela tinha acabado de passar por uma situação de extremo estresse, e ele não podia colocá-la numa situação dessas! Ele teria que ser forte e racional. Oliver se aproximou da janela ao ouvir as sirenes de polícia se aproximando. De lá de cima, viu o corpo ensanguentado do Conde Vertigo em cima de um carro, suas três flechas ainda posicionadas. Melhor assim. Arrependimento zero. Pela proteção e paz de espírito da Felicity, Oliver mataria tantas vezes fossem necessárias. E no fundo, no fundo... ele gostava! Não havia prazer maior do que matar alguém pra se proteger alguém que se ama. Oliver nunca admitiria em voz alta, e lutaria até o fim contra esse sentimento a respeito de matar, mas era real. E no momento, além do filho, não havia ninguém que Oliver amasse mais do que a Felicity.


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